ANIMAIS EM PERIGO DE EXTINÇÃO PELO AQUECIMENTO GLOBAL
As mudanças climáticas aceleram a sexta extinção
#natureza
A biodiversidade mundial diminuiu de forma alarmante em meio século: mais de 25.000 espécies, quase um terço das conhecidas, correm o perigo de desaparecer. As mudanças climáticas serão responsáveis por 8% delas.
Nos últimos 60 anos, a população de focas-monge no Mediterrâneo (Monachus monachus) sofreu uma redução de 60%.
O boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) está prestes a ser extinto devido à contaminação.
A rena (Rangifer tarandus) é uma espécie ameaçada devido à sua dificuldade para sobreviver durante o período de verão, que é cada vez mais longo e quente.
EM PERIGO DE EXTINÇÃO: DO CAÇADOR AO CAÇADO
Você gostaria que alguém lhe falasse sobre isso? Ouça este artigo. Para aqueles que querem mudar o mundo.
"A atividade humana, o consumo de combustíveis fósseis, a acidificação dos oceanos, a contaminação, o desmatamento e as migrações forçadas ameaçam formas de vida de todos os tipos. Estima-se que um terço dos corais, dos moluscos de água doce, dos tubarões e das arraias, um quarto de todos os mamíferos, um quinto de todos os répteis e um sexto de todas as aves estão prestes a desaparecer". Este impactante parágrafo do livro A sexta extinção (2015), da jornalista e vencedora do prêmio Pulitzer Elizabeth Kolbert, é um bom resumo da situação atual da biodiversidade natural no planeta Terra.
Após a publicação, a comunidade científica começou a discutir e estudar a sexta extinção. As cinco anteriores se desenvolveram nos últimos 450 milhões de anos, devido, fundamentalmente, aos meteoritos e às erupções vulcânicas. A sexta extinção, no entanto, corresponde às ações do ser humano. Um estudo da Universidade de Connecticut
Uma prova concreta da redução da biodiversidade natural de nosso planeta pode ser encontrada na Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas
Cientistas europeus, por sua vez, estudaram a redução da massa de insetos voadores nos parques naturais, e os dados falam por si só: 75% desde 1990. As mudanças climáticas e os pesticidas aparecem como as principais causas dessa queda significativa. Preocupa, e muito, a diminuição das abelhas. O departamento de Agricultura dos Estados Unidos contabilizou 2.500.000 de colmeias em 2015 (data do último relatório) contra as mais de 5.000.000 de 1998. Quem polinizará as plantas que nos alimentam? De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 100 espécies de cultivos proporcionam 90% dos alimentos à humanidade, e 71% deles são polinizados por abelhas.
O aquecimento global, fenômeno caracterizado pelas alterações climáticas e o aumento da temperatura média do planeta, por fatores naturais ou antrópicos, já tem desencadeado vários desastres ambientais. As consequências do aquecimento global são diversificadas e complexas, podendo gerar danos irreversíveis à humanidade.
Uma das consequências mais notáveis é o degelo. As regiões mais afetadas são o Ártico, a Antártida, a Groelândia e várias cordilheiras. Pesquisas apontam que a camada de gelo do Ártico tornou-se 40% mais fina e sua área sofreu redução de cerca de 15%. A Antártida perdeu mais de 3 mil quilômetros quadrados de extensão. A Groelândia também tem sofrido com o aquecimento global, fato preocupante, visto que seu derretimento pode provocar um aumento no nível dos oceanos de até 7 metros.
Tópicos deste artigo
- 1 - Mapa Mental: Aquecimento Global
Mapa Mental: Aquecimento Global
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O derretimento dessas geleiras gera transtornos ambientais e sociais. Esse fenômeno altera a temperatura dos oceanos, causando um desequilíbrio ambiental e atingindo principalmente as espécies marinhas. A elevação do nível dos oceanos obriga que a população residente em áreas costeiras migre para outras localidades – estima-se que pelo menos 200 milhões de pessoas sejam afetados pelo aumento do nível dos oceanos.
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Outras consequências do aquecimento global são a desertificação, alteração do regime das chuvas, intensificação das secas em determinados locais, escassez de água, abundância de chuvas em algumas localidades, tempestades, furacões, inundações, alterações de ecossistemas, redução da biodiversidade, perda de áreas férteis para a agricultura, além da disseminação de doenças como a malária, esquistossomose e febre amarela.
Portanto, o aquecimento global tem consequências extremamente negativas para a vida de todas as espécies do planeta. Sendo assim, são necessárias medidas
para amenizar o processo de alteração climática, como, por exemplo, a redução da emissão de gases responsáveis pela intensificação do efeito estufa, garantindo, assim, uma relação harmoniosa entre homem e natureza.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
*Mapa Mental por Rafaela Sousa
Graduada em Geografia