A busca do outro como mesmo

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Ela nasceu na Ucrânia no ano de 1920, mas foi abraçada e abraçou o Brasil como sua terra. Clarice Lispector é um dos primeiros nomes que vem à cabeça de qualquer amante de literatura quando pensamos em romance, sentimentos, “ser” em profundidade.

Com um ar enigmático e um jeito único e marcante de falar sobre a existência e as emoções, a jornalista e escritora publicou 17 livros em vida, muitos deles repletos de reflexões admiráveis sobre coisas que todo mundo sente.

Selecionamos as melhores frases da autora que, poeticamente, tinha o nome ucraniano de batismo “Haia”, que significa “vida”.

1. Sobre entender a dádiva que é viver

A busca do outro como mesmo

Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.

Clarice Lispector
(KNOBEL, Anna Maria. Moreno Em Ato. São Paulo: Editora Agora, 2004.)

Esta é uma das frases mais famosas da autora, e merece sempre ser lembrada. Não é sobre ser inconsequente, mas compreender que nem tudo na vida precisa fazer sentido.

Ter medo de arriscar coisas novas, se abrir para outros lugares, olhares e ideias é normal. O legal é entender que isso é a vida, e as experiências estão aí para serem vividas.

2. Como descobrir o que é ser feliz

— Queria saber, depois que se é feliz o que acontece?
O que vem depois?
[...]
— Pegue um pedaço de papel, escreva essa pergunta que você me fez hoje e guarde-a durante muito tempo. Talvez um dia você mesma possa respondê-la de algum modo.

Clarice Lispector
(Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)

Não é uma frase, mas um diálogo esclarecedor. Clarice instiga em suas obras uma busca pela autoconsciência, de olhar para dentro no sentido de se autoconhecer e encontrar sua melhor forma de viver.

3. Viver até morrer ou morrer de viver

A busca do outro como mesmo

Vida é o desejo de continuar vivendo e viva é aquela coisa que vai morrer. A vida serve é para se morrer dela.

Clarice Lispector
(BORELLI, Olga. Clarice Lispector: Esboço para um possível retrato. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.)

Aqui a autora exprime um lado um tanto existencialista de encarar a vida mas, ao mesmo tempo, o pensamento pode ser encarado de outra forma. Sabe aquela máxima romântica de “morrer de amor”? É mais ou menos isso: já que vamos todos morrer, que seja vivendo, ou seja, aproveitando essa dádiva da melhor maneira possível.

4. Viver é saber lidar com os momentos de fraqueza

A busca do outro como mesmo

Nem sempre é necessário tornar-se forte. Temos que respirar nossas fraquezas.

Clarice Lispector
(A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.)

É impossível ser forte o tempo todo. Nos altos e baixos da vida, você terá muitos momentos de tristeza e insegurança. Mas lembre-se de que eles só vão te abater se você permitir. Muitas vezes essa é a maneira de a vida nos ensinar lições muito valiosas que não teríamos aprendido de outra forma.

5. É impossível deixar-se ser

A busca do outro como mesmo

Como é que se explica que o meu maior medo seja exatamente em relação: a ser? E no entanto não há outro caminho.

Clarice Lispector
(A paixão segundo G.H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)

Vários dos escritos de Clarice demonstram um intenso debate interno sobre o que é ser e sentir. Seus personagens (e ela própria) pensam muito sobre si e, para eles, isto é algo muito importante na vida: refletir sobre quem somos nesse mundão e, assim, encontrar melhores formas de “ser” alguém.

6. Nem passado, nem futuro: você só tem o agora

A busca do outro como mesmo

Se você se sente infeliz agora, tome alguma providência agora, pois só na sequência dos agoras é que você existe.

Clarice Lispector
(A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.)

Não parece uma coisa que podemos ficar repetindo milhões de vezes até acreditarmos? “É na sequência dos agoras que você existe”. Não há muito o que dizer sobre esse conselho da autora senão agradecer o puxão de orelha e fazer algo AGORA pela sua felicidade.

7. Não basta existir, é preciso também pertencer

A busca do outro como mesmo

A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver.

Clarice Lispector
(A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.)

Muito da literatura introspectiva e pensante de Clarice parece ter a ver com o fato de que ela se sentia deslocada em alguns aspectos. Nesta frase, ela demonstra a importância em “achar o seu lugar no mundo”, em buscar lugares, pessoas, hábitos que possam te acolher como pessoa e dar um sentido maior à sua vida.

8. No fim, estamos todos no mesmo barco

A busca do outro como mesmo

Sou uma mulher que sofre, como todas as pessoas do mundo, as mesmas dores e os mesmos anseios.

Clarice Lispector
(GOTLIB, Nádia Battella. Clarice: Uma vida que se conta. São Paulo: Editora Ática, 1995.)

Não é incomum colocarmos pessoas célebres em um pedestal e, sem querer, tratá-las como especiais. Com esta frase, Clarice está praticamente pedindo que enxerguemos sua existência como a de uma mulher comum. E, às vezes, é importante fazermos esses exercícios internamente. Pare e pense um pouco: você se permite sofrer como uma pessoa comum?

9. Respira fundo e pensa um pouco: você já amou alguém hoje?

A busca do outro como mesmo

Sei que não posso viver automaticamente: preciso de amparo e é do amparo do amor.

Clarice Lispector
(A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.)

As relações humanas são tudo, menos óbvias ou automáticas. É necessário, muitas vezes, reiterar sentimentos que, no dia a dia, ficam negligenciados e esquecidos. O amor, por exemplo: fraternal, romântico, qualquer que seja, pode ser a chave para melhorar o seu dia. Para quem você já disse “eu te amo” hoje?

10. Olhe ao redor e comece a reparar nas correntes invisíveis

A busca do outro como mesmo

E, antes de aprender a ser livre, tudo eu aguentava, só para não ser livre.

Clarice Lispector
(A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.)

Essa frase é também sobre coragem. Quantas vezes nos anulamos para não sermos excluídos em padrões sociais que nem nos ajudam de verdade? Se conhecer também é isso: saber recusar o que não te faz bem e ter liberdade para ser você mesmo.

11. “Porque se você parar pra pensar, na verdade não há”

A busca do outro como mesmo

O tempo corre, o tempo é curto: preciso me apressar, mas ao mesmo tempo viver como se esta minha vida fosse eterna.

Clarice Lispector
(A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.)

Um quebra-cabeça, mas não tão difícil de decifrar: a brevidade da vida faz a escritora reconhecer a importância de viver intensamente, aproveitando cada instante. Mas, ao mesmo tempo, comer um pedaço de bolo pensando que ele vai acabar logo pode estragar a experiência, correto? O segredo, então, é aproveitar ao máximo a vida e desfrutar de cada momento.

12. Um dos sentimentos mais belos e necessários do mundo: empatia

A busca do outro como mesmo

Quando eu puder sentir plenamente o outro estarei salva e pensarei: eis o meu porto de chegada.

Clarice Lispector
(A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.)

Uma das características da autora era se solidarizar e tentar compreender o sofrimento do outro, os problemas sociais, etc. Nesta frase, Clarice nos encoraja como leitores a praticar a empatia e não encarar a vida como finita em nós mesmos, mas sim no momento em que formos capazes de, se não compreender, pelo menos tentar sentir o próximo.

13. O nosso viver é repleto de gatilhos que podem gerar mudanças

A busca do outro como mesmo

Há dias que vivo de raiva de viver. Porque a raiva me envivece toda: nunca me senti tão alerta.

Clarice Lispector
(A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.)

Apesar de sentir raiva diante das injustiças e dores do mundo, talvez esse sentimento seja útil como uma forma de enfrentar a realidade e tomar uma ação para a mudança. Ou seja: nem todo sentimento ruim é totalmente ruim, podemos usá-lo a nosso favor.

14. Viver é estar num enorme campo de atrações

A busca do outro como mesmo

A vida, meu amor, é uma grande sedução onde tudo o que existe se seduz.

Clarice Lispector
(A paixão segundo G.H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)

E não é verdade? Diariamente somos seduzidos por coisas diversas: ficar aqueles dez minutinhos a mais na cama, comer aquele pedaço a mais de sobremesa. O segredo da vida está, então, em saber lidar com a sedução das coisas que nos cercam.

15. Encontrar o equilíbrio entre o fracasso e o sucesso também é viver

A busca do outro como mesmo

Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar. Ao tentar corrigir um erro, cometia outro. Sou uma culpada inocente.

Clarice Lispector
(BORELLI, Olga. Clarice Lispector: Esboço para um possível retrato. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981.)

O que significa, basicamente, estar disposto a quebrar a cara e começar de novo. Saber que nem todas as tentativas vão dar certo, mas, definitivamente, toda experiência que temos enquanto ser humano nos serve como aprendizado. Isso é viver!

16. A vida acontece no momento presente

A busca do outro como mesmo

A eternidade é o estado das coisas neste momento.

Clarice Lispector
(A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)

Por vezes, passamos muito tempo procurando aquilo que é eterno e imutável e esquecemos que tudo o que temos verdadeiramente é o dia de hoje. Aprendermos a aproveitar o presente sem criarmos grandes expectativas sobre o futuro pode ser uma lição importante que vem revolucionar o nosso modo de estar no mundo.

17. Para viver, é fundamental usar a imaginação

A busca do outro como mesmo

Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.

Clarice Lispector
(Água Viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)

A vida é plural e não deve ser limitada pelas visões das outras pessoas, nem aquilo que elas consideram aceitável ou normal. Para seguirmos o nosso percurso de um modo genuíno, sincero com os nossos sentimentos e desejos, não precisamos usar nenhuma fórmula estabelecida.

18. A vida pode ser uma eterna busca por liberdade

A busca do outro como mesmo

Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.

Clarice Lispector
(Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)

Para Clarice, assim como para muitos dos seus leitores, a liberdade parece ser uma componente essencial da vida. E, para procurarmos por ela, não devemos nos restringir aos conceitos que já existem: podemos nos permitir sonhar com coisas que ainda não têm nome, almejar aquilo que nem sabíamos que existia.

Qual é a frase mais famosa de Clarice Lispector?

“Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.” “A loucura é vizinha da mais cruel sensatez.” “Mas existe um grande, o maior obstáculo para eu ir adiante: eu mesma.

O que Clarice Lispector fala sobre a vida?

“A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade.” Quer mais prova disso do que a própria Clarice? Adorada por milhares e milhares de leitores, a escritora conseguiu traduzir em palavras sentimentos complexos e deixar a sua marca no coração e mente das pessoas. Todos nós podemos fazer o mesmo.