Cultura de Massa é o termo empregado para designar o processo de produção de livros, cinema, teatro, música ou qualquer outra manifestação artística pela indústria de entretenimento ou indústria cultural, com a
finalidade de satisfazer as demandas capitalistas pela arte e cultura. Cultura de Massa, portanto, se refere ao processo de mercantilização da cultura por parte da indústria. A arte torna-se um produto, uma mercadoria a ser comercializada. Na sociologia, a cultura de massas e a indústria cultural foram alvo dos estudos dos filósofos e sociólogos Theodor Adorno e Max Horkheimer. 📚
Você vai prestar o Enem? Estude de graça com o Plano de Estudo Enem De Boa 📚 A cultura de massa é um modelo de reprodução artística que deixa de lado
elementos filosóficos da arte e cultura. A arte passa a ser feita para ser reproduzida até o momento que o público se canse de consumi-la. Não há, portanto, intenção de criar obras autênticas uma vez que as cópias já atendem às demandas econômicas do mercado. Podem ser considerados elementos da cultura de
massa: Todos os elementos anteriormente citados seguem a fórmula de apresentarem qualidade, complexidade e nível técnico pouco
desenvolvidos. As músicas, por exemplo, são compostas com poucos acordes e rimas simples . Os filmes, seguem roteiros que misturam ação, romances e conclusões que são desvendadas ao longo da obra, muitas vezes sem um plot twist considerável.
As roupas e calçados seguem um mesmo padrão de cores, cortes e estampas. A arte leva então à homogeneização dos gostos e daquilo que se consome. Theodor Adorno e Max Horkheimer, importantes intelectuais alemães da Escola de Frankfurt e
teóricos da “Indústria Cultural”. O crescimento e complexificação das tecnologias a partir do século XIX gerou transformações profundas nos modos de vida da população
e nas formas com que produziam e consumiam bens culturais. As produções artísticas foram deixando de ser autorais, individuais e que seguiam estilo próprio do artista e passaram a ser produzidas a partir da lógica industrial, visando o comércio e o lucro. Na lógica industrial, a arte passou a ser
produzida em larga escala, seguindo os padrões de consumo demandados pelo mercado ou para fazer com que os consumidores acreditem precisar do produto cultural que está sendo vendido. A arte deixa de ser consumida de acordo com o gosto e passa a ser consumida para garantir a diferenciação social ou para que os indivíduos se sintam parte da sociedade homogeneizada pela
padronização do gosto. Foi somente após a II Guerra Mundial que os conceitos Cultura de Massa e, sobretudo, Indústria Cultural ganharam contornos e força dentro do meio intelectual. Na
chamada Escola de Frankfurt, os teóricos alemães Theodor Adorno e Max
Horkheimer produziram inúmeras reflexões sobre o advento da produção cultural para as massas. 🎯 Simulador de Notas de Corte Enem: Descubra em quais faculdades você pode entrar pelo Sisu, Prouni ou Fies 🎯 Na Escola de Frankfurt Theodor Adorno e Max Horkheimer cunharam o termo indústria cultural e desenvolveram teorias sobre a produção da cultura no mundo capitalista. A sociologia fala em cultura autêntica e cultura inautêntica. A primeira, se define como o conjunto de manifestações
artísticas produzidas para serem apreciadas, sem a necessidade de servirem ao capitalismo e são subdivididas em cultura popular e cultura erudita. A Cultura inautêntica é a produzida em escala industrial que serve aos ganhos financeiros do capitalismo, caso da cultura de massas. Para os pensadores
alemães, a cultura erudita é a produzida pela elite econômica e intelectual, e por esse motivo é mais refinada e elaborada. Através da arte, a elite podia escapar da produção artística em escala industrial. Adorno e Horkheimer sugerem o desenvolvimento expressivo da arte erudita. São exemplos de produções eruditas: os concertos de
música clássica, apresentações de orquestras, espetáculos de ballet clássico, peças de teatro ou exposições de artistas clássicos renomados. A cultura popular seria a maneira autêntica de produções artísticas e estariam ligadas às culturas tradicionais dos povos, por isso eram consideradas por Adorno e Horkheimer menos técnicas e elaboradas. É possível citar como exemplos de cultura popular brasileira, a literatura de cordel, as festas juninas, o Carnaval, a folia de Reis e a festa de Parintins. Quanto à Indústria Cultural, o termo foi escolhido para fazer referência aos grandes centros de produção de comunicação em massa, responsáveis pela criação, divulgação e propagação de informações, serviços e produtos. O termo faz menção ao fato de que, como em qualquer indústria, a produção de bens culturais estaria a favor do consumo em massa, do lucro e, portanto, do capitalismo. Ainda segundo Adorno e Horkheimer, a Indústria Cultural e a Cultura de Massa são responsáveis pelo processo de alienação e homogeneização da população, uma vez que seus produtos são pré-definidos, homogêneos e carentes de profundidade política ou reflexão social. Para estes intelectuais, esses produtos servem como empecilho para o questionamento de sistemas vigentes por parte da população. Já outro teórico alemão ligado à Escola de Frankfurt, Walter Benjamin, considerava que, apesar das problemáticas relacionadas aos conteúdos e homogeneização, a cultura de massa proporciona um acesso mais amplo de classes menos privilegiadas aos bens culturais. Características da Cultura de MassaAlgumas características da Cultura de Massa são:
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