A Revolução Federalista, ocorrida entre 1893 e 1895, no Rio Grande do Sul

A Revolução Federalista, ocorrida entre 1893 e 1895, no Rio Grande do Sul, contra o governo de Júlio de Castilhos, que era apoiado pelo poder federal republicano, tinha como reivindicação principal: 

a) a criação de um regime parlamentarista republicano, cujo primeiro-ministro governaria de fato. 

b) a mudança da capital do país, do Rio de Janeiro para Brasília. 

c) a mudança da capital do país, do Rio de Janeiro para o Rio Grande do Sul. 

d) o restabelecimento da monarquia, mas com viés parlamentarista. 

e) a descentralização política do poder e a maior autonomia dos estados.

RESPOSTA:

Letra E.

Os federalistas rio-grandenses lutavam pela descentralização do poder político na República, pois queriam mais autonomia para os estados da Federação – tal como acontecia no sistema dos Estados Unidos. Essa perspectiva confrontava diretamente o ideal centralizador e autoritário defendido por Júlio de Castilhos e outros representantes da República à época.

1 pág.

A Revolução Federalista, ocorrida entre 1893 e 1895, no Rio Grande do Sul


Pré-visualização|Página 1 de 1

A Revolução Federalista, ocorrida entre 1893 e 1895, no Rio Grande do Sul, contra o governo de Júlio de Castilhos, que era apoiado pelo poder federal republicano, tinha como reivindicação principal:

a) a criação de um regime parlamentarista republicano, cujo primeiro-ministro governaria de fato.

b) a mudança da capital do país, do Rio de Janeiro para Brasília.

c) a mudança da capital do país, do Rio de Janeiro para o Rio Grande do Sul.

d) o restabelecimento da monarquia, mas com viés parlamentarista.

e) a descentralização política do poder e a maior autonomia dos estados.

resposta: e) a descentralização política do poder e a maior autonomia dos estados.

A Revolução Federalista foi uma guerra civil ocorrida inicialmente no Rio Grande do Sul, entre 1893 e 1895, durante o governo do presidente Floriano Peixoto, opondo dois grupos da oligarquia rural pelo controle político do Estado. Foi também um conflito extremamente violento – dez mil mortos em uma população de um milhão de pessoas – e devido ao ato de degolar os combatentes vencidos de ambos os lados, ganhou também a alcunha de Revolução da Degola.

Um dos lados em disputa era formado pelos republicanos ou pica-paus (devido ao uso de roupas azuis e quepe vermelho), organizados em torno do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR) e tendo como principal líder o governador do estado, Júlio de Castilhos.

Os castilhistas haviam se fortalecido no poder após a Proclamação da República, em 1889, e devido ao seu ideário positivista de modernização conservadora da sociedade, davam especial papel ao Estado nesse processo. Deveria haver uma centralização estatal para garantir os rumos de um processo de industrialização, além da criação de um mercado consumidor regional para fortalecer essa modernização. A base de apoio social aos castilhistas se encontrava entre os proprietários rurais da região central e norte do Rio Grande do Sul, além da burguesia industrial e comercial.

A eles se opunham os defensores de uma estrutura de governo menos centralizada no Rio Grande do Sul, e estavam organizados em torno do Partido Federalista. A liderança era exercida principalmente por Silveira Martins, sendo conhecidos como federalistas ou maragatos, termo uruguaio dado aos estrangeiros de origem espanhola.

Muitos dos federalistas eram liberais-conservadores que apoiavam os ideais monárquicos. Sua base social de apoio e origem eram os grandes latifundiários produtores de charque e couro do Sul do estado. Eles estavam insatisfeitos com a intervenção do Estado na economia, ação empreendida por Júlio de Castilhos, que havia intensificado a cobrança de impostos e criado barreiras ao contrabando nas fronteiras do estado.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Os conflitos se iniciaram em fevereiro de 1893, quando um grupo de federalistas que estavam emigrados no Uruguai e Argentina invadiu o Rio Grande do Sul e tentou tomar a cidade de Bagé. Os conflitos se estenderam por todo o estado chegando inclusive a se estender aos estados de Santa Catarina e Paraná, onde os federalistas tomaram a capital, Curitiba.

O presidente Floriano Peixoto era também um positivista, como os castilhistas, e decidiu pela intervenção de tropas do exército federal no conflito, a favor dos republicanos. O conflito tomou dimensões nacionais com essa intervenção, agravado pelo fato de os opositores de Floriano, que organizaram a Revolta da Armada, em 1893, no Rio de Janeiro, terem se aliado aos federalistas.

O deslocamento de tropas fiéis a Floriano a partir de São Paulo, em 1894, infligiu sérias derrotas aos federalistas no Paraná, retomando a capital. A melhor organização das tropas republicanas, com o uso das ferrovias para deslocamento e uma divisão de funções internas, conseguiu desmantelar de forma sangrenta as não menos violentas forças militares federalistas.

Apesar do empenho de Floriano Peixoto em encerrar o conflito, foi apenas em agosto de 1895, no governo de Prudente de Morais, que a Revolução Federalista teve fim. Morais conseguiu um encerramento relativamente pacífico do conflito, anistiando boa parte dos líderes maragatos.

O castilhismo saiu fortalecido com a vitória. Seu projeto de Estado tornou-se um modelo para a modernização econômica e social do Brasil, que seria empreendido em âmbito nacional por um discípulo de Júlio de Castilhos, Getúlio Vargas, a partir de 1930.

O que foi a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul?

A Revolução Federalista ocorreu logo após a Proclamação da República em decorrência da tentativa dos federalistas em libertar o Rio Grande do Sul da tirania do governador do estado, Júlio de Castilhos.

O que gerou a revolta federalista ocorrida no Rio Grande do Sul entre 1893 e 1895?

As causas da Revolução Federalista foram as divergências entre os republicanos, em razão dos rumos adotados pelo governo Floriano Peixoto, bem como a eleição de Júlio de Castilhos como presidente do Rio Grande do Sul.

Qual foi os motivos da Revolução Federalista?

A Revolução Federalista ocorreu no sul do Brasil logo após a Proclamação da República, e teve como causa a instabilidade política gerada pelos federalistas, que pretendiam "libertar o Rio Grande do Sul da tirania de Júlio Prates de Castilhos", então presidente do Estado.

Qual foi o resultado da Revolução Federalista?

A revolução federalista foi derrotada em 24 de junho de 1895 no combate de Campo Osório, nas proximidades de Santana do Livramento, quando o almirante Saldanha da Gama morreu diante das tropas do general Hipólito Ribeiro. A paz foi assinada em Pelotas no dia 23 de agosto de 1895.