Atividade do plexo entérico depende totalmente do sistema nervoso parassimpático

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Atividade do plexo entérico depende totalmente do sistema nervoso parassimpático

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por vezes, causada por potencias em ponta repetidos sem interrupção – quanto maior a frequência, maior o grau de contração.
Algumas vezes, a contração tônica é causada por hormônios ou por outros fatores que produzem a despolarização parcial contínua da membrana do músculo liso, sem provocar potenciais de ação. A terceira causa da contração tônica é a entrada contínua de íons cálcio, no interior da célula, que se dá por modos não associados à variação do potencial da membrana.
* Controle neural da função gastrointestinal – sistema nervoso entérico: o trato gastrointestinal tem um sistema nervoso próprio chamado de SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO (SNE), localizado, inteiramente, na parede intestinal, começando no esôfago e se estendendo até o ânus. Esse sistema nervoso é bastante desenvolvido e especialmente importante no controle dos movimentos e secreções gastrointestinais. O SNE é basicamente composto por dois plexos: 
1. o plexo externo, localizado entre as camadas musculares longitudinal e circular, denominado plexo de Auerbach ou PLEXO MIOENTÉRICO. O plexo mioentérico controla quase todos os movimentos gastrointestinais (movimentos musculares). Esse plexo consiste, em sua maior parte, na cadeia linear de neurônios interconectados que se estende por todo o comprimento do trato gastrointestinal. Quando esse plexo é estimulado, seus principais efeitos são: aumento da contração tônica; da intensidade das contrações rítmicas; da velocidade de condução das ondas excitatórias ao longo da parede do intestino, resultando em um movimento mais rápido das ondas peristálticas intestinais e um leve aumento no ritmo da contração.
O plexo mioentérico não pode ser considerado apenas excitatório, pois alguns dos seus neurônios são inibitórios, nestes, os terminais de suas fibras secretam transmissor inibitório (polipeptídeo intestinal vasoativo). 
2. o plexo interno, denominado de plexo de Meissner ou PLEXO SUBMUCOSO, localizado na submucosa. O plexo submucoso controla a secreção gastrointestinal e o fluxo sanguíneo local, ele está, basicamente, envolvido com a função de controle da parede interna de cada diminuto segmento do intestino.
As fibras extrínsecas simpáticas e parassimpáticas se conectam com os plexos mioentérico e submucoso. Embora o SNE possa funcionar, independentemente, desses nervos extrínsecos, os estímulos simpáticos e parassimpáticos podem intensificar ou inibir as funções gastrointestinais.
* Fibras nervosas aferentes do intestino: Existem também terminações nervosas sensoriais que se originam no epitélio gastrointestinal ou na parede intestinal e enviam fibras aferentes para os dois plexos do sistema entérico, como também para os gânglios pré-vertebrais do SNS, para a medula espinhal e para o tronco cerebral pelos nervos vagos. Esses nervos sensoriais podem provocar reflexos locais na própria parede intestinal e, ainda, outros reflexos que são transmitidos ao intestino pelos gânglios pré-vertebrais e das regiões basais do cérebro. Esses nervos são estimulados por irritação da mucosa intestinal, distensão excessiva do intestino ou presença de substâncias químicas no intestino. Os sinais transmitidos por essas fibras podem causar excitação ou, sob certas condições, inibição dos movimentos ou da secreção intestinal.
* Controle autônomo do trato gastrointestinal: 
- Parassimpático: a estimulação parassimpática AUMENTA a atividade do SNE. Os neurônios pós-ganglionares do sistema parassimpático gastrointestinal estão localizados, em sua maior parte, nos plexos mioentérico e submucoso. A estimulação desses nervos parassimpáticos causa o aumento geral da atividade de todo o SNE, o que intensifica a atividade da maioria das funções gastrointestinais.
-Simpático: o simpático inerva, igualmente, todo o trato gastrointestinal, sem maiores extensões na proximidade oral e do ânus, como ocorre com o parassimpático. Os terminais dos nervos simpáticos secretam norepinefrina, mas também, pequenas quantidades de epinefrina. Em geral, a estimulação do SNS INIBE a atividade do trato gastrointestinal, causando muitos efeitos opostos ao parassimpático. O simpático exerce seus efeitos por dois modos: em grau menor, por efeito direto da norepinefrina secretada, inibindo a musculatura lisa do trato intestinal, e em um grau maior, por efeito inibidor da norepinefrina sobre os neurônios de todo o SNE. 
* Reflexos gastrointestinais: (Guyton pág. 799)
1. Reflexos completamente integrados na parede intestinal do SNE: neurônios sensoriais que se comunicam com os plexos mioentérico e submucoso.
2.Reflexos do intestino para os gânglios simpáticos pré-vertebrais e que voltam para o trato gastrointestinal: Gastrocolico (evacuação do cólon): ocorre pela manhã quando há ingestão de água ou alimentos – associação do ato de despertar com a evacuação; Enterogastrico (inibição da motilidade e da secreção do estômago): depende dos constituintes dos alimentos, que exigem uma maior ou menor digestão pelo intestino – principalmente gordura; Colonoileal (inibição do esvaziamento do íleo): dependendo do enchimento do cólon.
3.Reflexos do intestino para a medula ou para o tronco cerebral e que voltam para o trato gastrointestinal: amplificação da atividade motora e da secreção (reflexo vago-vagal).
OBS.: os neurônios aferentes do TGI se comunicam apenas com o sistema nervoso parassimpático (reflexo vago-vagal), uma vez que a atuação do sistema nervoso autônomo é, principalmente, para amplificar a motrocidade e a secreção gástrica. O simpático é ativado por questões emocionais, que afetam diretamente o córtex, ou para contrabalançar uma descarga parassimpática muito elevada.
* Tipos de secreções do TGI:
1. Peptídeos neurócrinos: são liberados por neurônios entéricos nas terminações nervosas e afetam a célula-alvo difundindo-se a curtas distâncias através do líquido intersticial que separa os dois tipos celulares:
- Peptídeo intestinal vasoativo (VIP): inibitório para as células musculares lisas e excitatório para as células epiteliais e glandulares.
- Somatostatina: inibitória, secretada tanto por neurônios entéricos quanto pelas células D do estômago.
- Substância P: excitatória para as células musculares lisas.
- Peptídeo liberador de Gastrina
- Óxido nítrico: inibitório para as células musculares lisas.
2. Peptídeos endócrinos: os peptídeos endócrinos são liberados por células endócrinas do TGI e atingem a célula-alvo através da circulação.
- Gastrina: é secretada pelas células “G” do antro do estômago em resposta a estímulos associados à ingestão de refeição, tais como a distensão do estômago, os produtos da digestão das proteínas e o peptídeo liberador da Gastrina, que é liberado pelos nervos da mucosa gástrica, durante a estimulação vagal. As principais ações da Gastrina são a estimulação da secreção de ácido gástrico e do crescimento da mucosa gástrica.
-Colecistocinina (CCK): é secretada pelas células “I” da mucosa do duodeno e do jejuno, em resposta aos produtos da digestão de gordura, ácidos graxos e monoglicerídeos nos conteúdos intestinais. Esse hormônio contrai a vesícula biliar, expedindo bile para o intestino delgado, onde a bile emulsifica substâncias lipídicas, permitindo sua digestão e absorção. A CCK ainda inibe, moderadamente, a contração do estômago. Desse modo, ao mesmo tempo em que a CCK, causa a secreção da bile, ela retarda a saída do alimento no estômago, assim assegura um tempo adequado para a digestão de gorduras no trato gastrointestinal.
OBS.: A CCK também inibe o apetite, para evitar excessos durante as refeições, estimulando fibras sensórias aferentes do duodeno, essas fibras, por sua vez, mandam sinais, por meio do nervo vago para inibir o centro de alimentação do cérebro.
- Secretina: é secretada pelas células “S” da mucosa do duodeno, em resposta ao conteúdo gástrico ácido que é transferido do estômago ao duodeno pelo piloro. A Secretina tem pequeno efeito na motilidade do trato gastrointestinal e promove secreção pancreática de bicabornato, que contribui pata a neutralização do

Qual atividade do plexo entérico?

A sua função principal é detectar o ambiente dentro do lúmen, regular o fluxo sanguíneo gastrointestinal e controlar a função das células epiteliais. Em regiões onde estas funções são mínimas, como o esófago, o plexo submucoso é escasso e pode faltar em secções.

Qual nervo responsável pelo controle parassimpático do sistema nervoso entérico?

O nervo vago, representante parassimpático da inervação extrínseca, inerva o trato gastrointestinal, sendo que aproximadamente 90% de suas fibras nervosas são aferentes, transmitindo informação sensorial ao cérebro, enquanto 10% de suas fibras são eferentes, levando impulsos ao trato gastrointestinal.

O que é sistema nervoso entérico e qual é a sua função?

O sistema nervoso entérico é composto principalmente por células gliais, as células da glia entérica (CGE) e por neurônios entéricos. Estes tipos celulares fa- zem parte de uma complexa rede que controla a motilidade gastrointestinal, se- creção, absorção de nutrientes, o fluxo sanguíneo e processos inflamatórios.

O que é plexo Enterico?

O plexo mioentérico ou plexo de Auerbach faz parte do sistema nervoso entérico. É formado por uma cadeia de neurônios e células da glia interconectados, que coordenam principalmente as contrações no trato gastrintestinal. Situa-se entre as fibras longitudinais e circulares da camada muscularis.