Como os teóricos do absolutismo justificam o poder absoluto do rei?

O que era Absolutismo? Como era ser governado por um rei com poder absoluto? Nem tão legal quanto nos filmes…

admin29/10/19954 views

Como os teóricos do absolutismo justificam o poder absoluto do rei?
O que era Absolutismo

Como os teóricos do absolutismo justificam o poder absoluto do rei?

O absolutismo é o regime político em que uma única pessoa possui poderes absolutos, ou seja, o governante é o único que possui o poder absoluto de ordenar. Normalmente o regime é governado por um rei ou uma rainha.

Estude essa matéria de História com o nosso artigo sobre Absolutismo, que foi uma fase importante e que costuma cair com frequência no caderno de Ciências Humanas e suas tecnologias do ENEM e de outros principais vestibulares. 

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O que era Absolutismo?

O absolutismo é um regime de poder, uma forma de governar, na qual o poder absoluto deve ser concentrado nas mãos do rei, e ele é o responsável por comandar toda a nação. Na Europa, na idade moderna, entre os séculos XVI e XIX, esse regime foi um dos principais modelos de governo colocado em prática.

Por meio do absolutismo, os monarcas tinham o poder de desenvolver leis, sem que tivesse a aprovação de outras pessoas, como por exemplo o consentimento da sociedade, que não tinha nenhuma possibilidade de decidir sobre as questões implantadas. 

Além disso, criavam novos impostos e tributos para financiar os seus próprios projetos e conflitos, beneficiando somente a si. 

O rei na fase absolutista tinha extremo poder, diferente da Idade Média. O rei nesse período era considerado limitado, pois dependia de uma relação de vassalagem, esse relacionamento era baseado na troca de favores entre reis e nobres. 

O rei absoluto sempre estava envolvido em conflitos religiosos, ao ponto de ter total controle diante do clero. Sendo assim, o rei possui um poder até maior do que as igrejas, muitos interferiam no papado, consideravam-se superiores e tudo deveria estar abaixo deles.

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As nações modernas, começaram a passar por um processo de estruturação. Esse desenvolvimento fez gerar então uma nova classe social, que possuía grande poder econômico, denominada burguesia. 

Essa classe formada, considerava a fragmentação política e econômica do feudalismo, muito desinteressante, pois atrapalhava nas relações comerciais. Isso se dava porque em cada terreno o rei definia sua própria moeda e seu próprio imposto.  

A nobreza, diferentemente da burguesia, acreditava que a concentração do poder garantia as terras e o seu controle sobre elas, assim não sairiam prejudicados. 

O rei tinha como responsabilidades:

  • Criar impostos;
  • Determinar leis;
  • Impor leis, a moeda e o idioma;
  • Impedir invasões;
  • Garantir a segurança do reino;
  • Acabar com rebeliões e revoltas.

A economia das nações se desenvolveu e fortaleceu, consequentemente foi preciso proteger toda a produção nacional. Para isso foram criados impostos alfandegários, que eram cobrados de produtos produzidos em outros países. 

Com tantos impostos cobrados, o rei capacitou diversas pessoas para constituir um exército especializado e permanente para lutar, defender e proteger o reino das ameaças.

Importante ressaltar que a doutrina “Direito Divino Reis” é diferente do regime absolutista, pois o poder e autoridade da doutrina era concebido diretamente de Deus, o rei só era destituído por Deus. 

Principais pensadores absolutistas

Como os teóricos do absolutismo justificam o poder absoluto do rei?

Nesta época do regime absolutista, teve o surgimento de grandes intelectuais que escreveram sobre a justificativa do poder absoluto. Eles são estudados até os dias atuais, como por exemplo:

  • Nicolau Maquiavel, com a obra “O Príncipe”;
  • Thomas Hobbes, com a obra “O Leviatã”; 
  • Jacques Bossuet “ A política retirada da escritura sagrada”; 

Nicolau Maquiavel, em “O Príncipe”, defendeu o uso da violência para a manutenção do poder sobre a população, assim ela continuaria sobre controle. Ele defendia a ideia de que “os fins justificam os meios” e que o rei deveria ser mais temido do que amado.

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Thomas Hobbes, em “O Leviatã” defendeu que o poder era essencial para que a ordem mundial fosse estabelecida. Hobbes acreditava que a Europa antes do poder real era um estado de caos, com extrema violência, pois o homem, para ele, era mau por natureza, por isso é necessário ter um rei para ordenar e manter um estado sem caos.

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Jacques Bossuet, em “A política retirada da escritura sagrada” defendeu que todo o poder designado ao rei provinha de Deus. Essa ideia fazia com que as pessoas sentissem medo de ir contra o rei, pois se o poder real fosse constestado era o mesmo que contestar ao próprio Deus.

Absolutismo na Europa

Como os teóricos do absolutismo justificam o poder absoluto do rei?

A Europa teve diversos regimes absolutistas, sendo a França governada pelo Rei Luís XIV, que foi um dos reis mais conhecidos  na fase absolutista francesa. Ele até recebeu o nome de “Rei Sol”, após dizer a frase “o Estado sou eu“. O Rei Henrique VIII, teve também grande reputação na Inglaterra, como a Rainha Elizabeth. 

Já em Portugal, o regime era diferente, pois o poder estabelecido aos reis não era absoluto. Havia uma divisão entre as cortes e outras associações soberanas. Porém, ao decorrer do tempo o rei começou a aumentar o seu poder, o que gerou o reinado do Rei João V. 

Na região da Espanha, o rei Fernando de Aragão casou-se com a Rainha Isabel de Castela, assim aconteceu a união do reino espanhol, que deu início ao regime absolutista espanhol.

Surgimento do Iluminismo 

O Iluminismo fez muitas críticas aos regime absolutistas, a partir do século XVIII, juntamente com os ideais defendidos pela Revolução Francesa, o que fez o absolutismo chegar ao seu fim, sendo substituído, na maior parte dos casos, por uma tentativa de República. Após esse processo, o absolutismo ficou conhecido como “Antigo Regime”. 

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Porém, antes que o antigo regime chegasse ao fim, ele tentou passar por um reforma por meio do despotismo, no entanto muitas críticas continuavam sendo apontadas.

O despotismo também é bastante diferente do absolutismo, pois nele o rei possuía ações sem nenhuma preocupação, não possuía uma sustentação teórica e não tinha muitos defensores.

Fim do Absolutismo

O absolutismo parou de ser um regime praticado, a partir do século XIX, pois era bastante criticado pelos pensamentos iluministas. 

A Revolução Francesa tentou iniciar a república, mas fracassou. Os revolucionários não conseguiram e a própria população clamou por um rei novamente. Assim surge napoleão Bonaparte, que se tornou imperador, por exemplo. Contudo, ele também fracassou no fim e aos poucos, com as transformações que surgiram, o regime absolutista parou de ser considerado como forma de governo em toda a Europa, dando fim a esse tipo de poder. 

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Tais mudanças tentavam descentralizar o poder, questionavam a teoria da vontade divina do poder real, seguindo o ideal Iluminista, que acreditava na racionalização do pensamento humano.

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Como era justificado o poder absoluto dos reis no absolutismo?

Foi a centralização política das monarquias. Assim, o rei detinha o poder absoluto e todos deviam obediência e respeito ao monarca. Abaixo dele estavam seus representantes e os súditos. A relação era marcada pela fidelidade e todos viam o rei como uma espécie de Deus.

O que justificava o poder absoluto do rei?

Resposta. o sistema absolutismo é uma visão que todos deveria ser fiel ao rei, serem submissos, com isso o rei tinha total autoridade para fazer oque quiser com a nação, uma vez que a população não podia ir contra, caso fosse seria jugada como traição e sofreria a pena posta, através disso o rei foi beneficiado.

Como os teóricos do absolutismo apresentavam o rei?

Ele partiu do pressuposto que o poder real era também o poder divino, pois os monarcas eram representantes de Deus na Terra. Por isso, os reis tinham que possuir controle total da sociedade. Dessa forma, eles não poderiam ser questionados quanto às suas práticas políticas.

Quais as teorias que procuravam justificar o poder absoluto dos reis?

1- Nicolau Maquiavel Maquiavel (1469-1527) foi um diplomata e historiador italiano, que defendia que o monarca deveria utilizar de qualquer meio – lícito ou não – para manter o controle do seu reino. A frase que resume suas ideias é: “Os fins justificam os meios”.