Diferença entre orientação vocacional e profissional pdf

Publicado em: 2019-10-28

Conceito de Orientação Vocacional e Orientação Profissional

A Orientação Vocacional é como um processo pontual que tem como objetivo auxiliar jovens e facilitar a escolha profissional envolvendo entrevista, bateria de testes, reflexão, informações sobre o mercado de trabalho, as possibilidades e as expectativas relacionadas com as profissões e ocupações, bem como, autoconhecimento para que a escolha traga satisfação e realização. Além das infinitas orientações e informações, também considera aspectos como a personalidade, aptidões, interesses e potencial intelectual.

A Orientação Profissional auxilia as pessoas no momento da escolha ou redefinição da profissão. Ela não serve apenas aos alunos do Ensino Fundamental e Médio. Serve também para adultos que não estão satisfeitos com a profissão e pretendem investir numa nova carreira ou, mesmo satisfeitos, querem progredir na carreira. Portanto a orientação profissional serve não apenas para se ter um norte sobre o campo profissional a seguir, mas também como uma oportunidade de autoconhecimento, de alinhamento entre habilidades características pessoais e profissão, do sentido, significado do trabalho para o ser humano, da relação trabalho e projeto de vida.
A Orientação Profissional é um termo mais adequado por não pressupor unicamente a descoberta de aptidões do indivíduo, mas por considerar a relação dessas com a realidade profissional e cultural. Trata-se de um processo que busca auxiliar o indivíduo na descoberta de seus conhecimentos e de suas habilidades assim como conhecer as fontes de treinamento para  aprimorar as suas competências profissionais.
Não se trata, portanto de uma vocação, de um caminho único para cada sujeito. A Orientação compreende um sujeito com múltiplos talentos que podem ser desenvolvidos e exercidos em diferentes contextos.
A Orientação Profissional tem dois objetivos gerais: o primeiro se relaciona ao auto-conhecimento, incluindo a reflexão de potencialidades, inclinações e competências pessoais. O segundo se refere à avaliação da realidade e das exigências do mercado de trabalho.
Posicionamento
Ao meu entendimento sobre as diferenças entre orientação profissional e vocacional, creio que não existe um lado a se escolher, e sim muitas das vezes uma necessidade de junção das duas.
A vocação está ligada ao aspecto comportamental do estudante e o lado profissional tem um enfoque mais técnico. Os dois caminham juntos e precisam ser explorados para que o indivíduo tenha mais êxito na sua decisão.
A orientação vocacional pretende ajudar a pessoa a conhecer o seu perfil e, assim, perceber quais são suas áreas de interesse, o que vai bem além dos testes. Porém, apresentar apenas essa informação deixa o jovem perdido em um mar de opções. Aí que entra a orientação profissional, já que para optar por determinada carreira é preciso ter conhecimento da mesma.

Resenha Artigo – O desenvolvimento da orientação profissional no Brasil.
Autora: Mônica Sparta.
O artigo de Mônica Sparta relata a história da orientação profissional até o momento de sua chegada ao Brasil. A origem da prática de orientação profissional foi na Europa, no início do século XX. O objetivo inicial era detectar os trabalhadores aptos para realização de tarefas exigidas pelas indústrias.
Porém o marco inicial foi entre os anos de 1907 e 1909, com Frank Parsons, o responsável pelo o primeiro centro de orientação profissional norte-americano e a publicação de livro sobre o assunto, teve o grande mérito de acrescentar à Orientação Profissional idéias da Psicologia e da Pedagogia e a preocupação com a escolha profissional dos jovens de seu país. Em seu livro, Parsons definia três passos a serem seguidos durante o processo de Orientação Profissional: a análise das características do indivíduo, a análise das características das ocupações e o cruzamento destas informações. Desta forma, a Orientação Profissional baseava-se na promoção do autoconhecimento e no fornecimento de informação profissional.
Nas décadas de 1920 e 1930, a orientação profissional passou a ser um processo mais direto, com o objetivo de fazer diagnósticos e prognósticos do orientado e com base nas informações recebidas, indica-lo profissões ou ocupações que acha apropriadas, que chamou de Teoria do Traço e Fator. A Psicologia Diferencial e a Psicometria tiveram grande influencia nesse novo modelo, devido ao desenvolvimento dos testes de inteligência, aptidões, habilidades, interesses e personalidade durante as Primeira e Segunda Guerras Mundiais./
O surgimento de Carl Roger e suas teoria em 1940 foi um grande marco na transformação das práticas de orientação profissional, onde deixa de ser diretiva e passa a valoriza a participação do cliente no processo de intervenção.
Internacionalmente, as teorias de Super e Holland estão entre as mais pesquisadas e mais utilizadas em processo de intervenção na atualidade. A teoria de Teoria de Donald Super definiu a escolha profissional como um processo que ocorre ao longo da vida, da infância a velhice, através de diferentes estágios do desenvolvimento vocacional e da realização de diversas tarefas evolutivas. Já a Teoria Tipológica de John Holland visa que os interesses profissionais são o reflexo da personalidade do indivíduo e, sendo assim, podem servir de base para a definição de diferentes tipos de personalidade, cujas características definem diferentes grupos laborais e correspondem a diferentes ambientes de trabalho.
Sob responsabilidade do engenheiro suíço Roberto Mange, a orientação profissional tem o seu marco no Brasil, em 1924, no Serviço de Seleção e Orientação Profissional para os alunos do Liceu de Artes. A Orientação Profissional brasileira nasceu ligada à Psicologia Aplicada, que vinha desenvolvendo-se no país, junto à Medicina, à Educação e à Organização do Trabalho. Foi criado a lei Capanema, sobre a organização do ensino secundário, estabelecendo a atividade de Orientação Educacional e atribuiu a ela o auxílio na escolha profissional dos estudantes.
No ano seguinte, em 1947, foi fundado o Instituto de Seleção e Orientação Profissional (ISOP), junto à Fundação Getúlio Vargas na cidade do Rio de Janeiro, instituto que reuniu técnicos e estudiosos da Psicologia Aplicada. Os objetivos do ISOP eram: o desenvolvimento de métodos e técnicas da Psicologia Aplicada ao Trabalho e à Educação, o que foi feito principalmente através da adaptação e da validação de instrumentos psicológicos estrangeiros e da criação de instrumentos psicológicos brasileiros; o atendimento ao público através dos processos de Seleção e Orientação Profissional; e a formação de novos especialistas.
A orientação a princípio pautava-se no modelo diretivo, porém mais tarde ocorreram críticas a essa modelo. O desenvolvimento da Psicologia enquanto ciência independente e área de atuação profissional, que culminou com a promulgação da Lei 4.119 de 27 de agosto de 1962, que criou os cursos de formação em Psicologia e regulamentou a profissão de psicólogo, exerceu importante influência nos rumos da Orientação Profissional no Brasil. Começava então vincular esta atividade à Psicologia Clínica e ao transferir o processo de intervenção para consultórios particulares.
A Orientação Profissional brasileira realizada por psicólogos foi influenciada diretamente pela Psicanálise e, especialmente, pela Estratégia Clínica de Orientação Vocacional do psicólogo argentino Rodolfo Bohoslavsky introduzida no Brasil na década de 1970 por Maria Margarida de Carvalho.
A Estratégia Clínica de Bohoslavsky e o processo de intervenção grupal desenvolvido por Carvalho deram origem a um modelo brasileiro de Orientação Profissional, que vem sendo largamente utilizado até os dias de hoje por todo o país.  Em sua Estratégia clínica, Bohoslavsky, relata que a entrevista clínica aparece como o principal instrumento durante o processo de orientação e a primeira entrevista tem por objetivo alcançar o diagnóstico de orientabilidade, que permitirá a realização de um prognóstico de orientabilidade e a definição de estratégias de trabalho. Bohoslavsky aceita a utilização de testes para a realização do diagnóstico, contanto que sejam utilizados apenas em seu caráter instrumental.
A autora relata que vem sendo estudados dois testes, são eles: o Teste de Fotos de Profissões (BBT) e o Teste Projetivo Ômega (TPO). O BBT pretende clarificar inclinações profissionais com base em oito fatores de inclinação profissional definidos previamente. O TPO é um teste de apercepção temática, seu uso auxilia no entendimento dinâmico dos conflitos relacionados ao processo de escolha profissional do orientando. Ambos os testes são comercializados, o BBT pelo Centro Editorial de Testes e Pesquisas em Psicologia e o TPO pelo Centro de Psicologia Aplicada (CEPA).
No Brasil, a Orientação Profissional pode ser realizada por psicólogos e pedagogos, mas a formação de orientadores profissionais brasileiros ainda não possui regulamentação ou lei que determine conteúdos mínimos a serem ministrados. Na prática, psicólogos e orientadores educacionais podem exercer a atividade de Orientação Profissional sem qualquer formação específica na área, o que, infelizmente, retarda o seu desenvolvimento e a desqualifica.

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Comentários para: Diferença entre Orientação Vocacional x Orientação Profissional

Qual a diferença entre orientação vocacional e a orientação profissional?

Orientação Vocacional é voltado para VOCAÇÃO, o profissional deve auxiliar no encontro da vocação do indivíduo. Já orientação Profissional, o profissional deve auxiliar através de testes também, a pessoal encontrar qual profissão ela deseja seguir/ escolher.

O que é a orientação vocacional e profissional?

Orientação profissional ou orientação vocacional é uma ferramenta que identifica características e preferências de uma pessoa para indicar áreas de trabalho para as quais ela tem aptidão e em quais ela poderia se sentir mais realizada.

Qual é a diferença entre vocação e escolha profissional?

Dessa forma, enquanto a vocação profissional indica a profissão na qual você possui habilidades naturais e gosto em realizar, a escolha profissional exige que você avalie se o melhor é seguir sua vocação ou adequar-se ao mercado. Essa é, enfim, uma decisão importante a se tomar.

O que é a orientação profissional PDF?

A orientação profissional é uma medida Page 2 preventiva que objetiva auxiliar o jovem no processo de maturação em relação à escolha, orientando-o para qual caminho deve seguir, levando-se em consideração seus aspectos pessoais, familiares e sociais configurando a vontade de querer todas as possibilidades, porém, ...