Você já ouviu falar da nidação? Ela é um passo fundamental no processo de gestação, pois permite o início do desenvolvimento do embrião. Show
A parede interna do útero é chamada de endométrio. Geralmente, esse processo ocorre entre 1 e 2 semanas após a relação sexual que fertilizou o óvulo. Apesar de ser um processo simples e comum a todas as mulheres que engravidam, alguns fatores podem prejudicar a nidação. A começar pelo amadurecimento incorreto do embrião, que acontece por meio da multiplicação contínua de células. Essa multiplicação é iniciada assim que o óvulo é fecundado. Alterações na estrutura do endométrio também podem atrapalhar este processo. Quando a mulher possui endométrio não trilaminar, por exemplo, a espessura da parede interna do útero não é suficiente para a fixação do embrião. Normalmente, o endométrio precisa ter entre 7 e 14 milímetros de espessura. Outra condição bastante comum é a endometriose. Ela ocorre quando o endométrio cresce para áreas fora do útero. Suas causas são pouco definidas, mas há fator hereditário associado. Ou seja, a mulher que tem parentes com endometriose, também tem mais chance de desenvolver o problema. Problemas no útero podem, da mesma forma, dificultar a nidação. Como o útero bicorno, que acontece quando o órgão tem formato em Y. Já o útero septado tem divisão parcial ou total, separada por uma parede de tecido. Como a gravidez acontece?Após a concepção, o óvulo é encaminhado par ao útero onde ocorre a sua implantação no endométrio, fase chamada de nidaçãoA mulher que deseja engravidar deve ter atenção à saúde do seu sistema reprodutor. O ideal é visitar o seu ginecologista logo no início do processo de tentativas, e verificar a sua fertilidade. Assim, caso hajam problemas que possam dificultar a concepção, eles serão logo tratados. Isso evita meses de frustrações, e ainda potencializa as chances de gestação. Uma gravidez começa quando o óvulo e espermatozoide se unem, por meio da fecundação. O óvulo é o gameta feminino, que já nasce com as mulheres. Eles ficam armazenados em seus ovários, em forma de folículos ovarianos. Quando entra na puberdade, a mulher passa a amadurecer 1 óvulo por mês, liberando-o por meio da ovulação. Todo este processo é hormonal, e acontece a cada ciclo fértil. Assim que libera o óvulo, ele fica disponível na tuba uterina. Então, a mulher entra no seu período fértil. Ou seja, no período em que o gameta está disponível para a fecundação. Normalmente, o óvulo sobrevive por 72 horas. Por isso, o intervalo para sua fecundação também compreende os três dias antes, e três dias depois da ovulação. Isso também porque, a data prevista para a ovulação é apenas prevista. Logo, o óvulo pode ser liberado um pouco antes, ou um pouco depois. O casal que deseja engravidar precisa intensificar a sua prática sexual durante todos estes 7 dias, para que as chances de fecundação sejam maiores. Inclusive porque, os espermatozoides sobrevivem no corpo feminino por até 72 horas. Por isso, independentemente da data em que o óvulo for liberado, haverá uma certa quantidade de espermatozoides à espera. Os espermatozoides, diferentemente dos óvulos, não nascem com os homens. Eles começam a ser produzidos a partir da puberdade, nos testículos. Os espermatozoides são liberados a cada ejaculação. Geralmente, são 20 milhões de gametas por ml de sêmen. Prazo para a nidaçãoQuando o casal realiza prática sexual sem método anticoncepcional, os espermatozoides são lançados no corpo feminino após a ejaculação do homem. Então, essas células nadam até o óvulo, que aguarda na tuba uterina. Logo que o espermatozoide alcança a camada externa do óvulo — chamada de membrana vitelínica —, as suas membranas se unem, e produzem diversas mudanças. Cerca de 24 horas depois, surge o zigoto que realizará a nidação. Esse “amontoado” de células costuma demorar até 5 dias para chegar ao útero. Durante esse período, ele também amadurece. Somente 20% das mulheres que engravidam apresentam sinais da nidação. As que não têm sintomas percebem que estão grávidas apenas por sinais posteriores, como o atraso da menstruação e o enjoo, que começa, mais ou menos, a partir dos 3 meses. Em todo caso, o sintoma mais comum da nidação é o leve sangramento. Esse sangramento ocorre porque, ao se fixar no endométrio, o zigoto pode fazer com que alguns resíduos desta parede se soltem. Um sangramento de nidação é bastante diferente do da menstruação. Especialmente por causa do seu fluxo, pequeno e rápido. O muco liberado geralmente tem cor marrom ou rosada. Normalmente, o sangramento da nidação dura até 3 dias. Seu aspecto também é aguado. Além disso, sangramentos leves também podem ocorrer durante a gravidez. Isso é comum após a prática da relação sexual. Contudo, qualquer outro sintoma associado, ou mesmo grande intensidade do fluxo, podem ser sinais de problema. Por isso, é fundamental que a mulher fique atenta e procure um médico rapidamente. Sangramentos anormais podem, por exemplo, serem sintomas de gravidez ectópica. A gravidez ectópica acontece quando o embrião se desenvolve nas tubas uterinas. O problema é muito perigoso para a saúde da mulher, e também costuma causar dores. O fluxo excessivo de sangue ainda pode indicar aborto espontâneo. Aproximadamente 15% das mulheres sofrem abortos logo nos primeiros meses da gravidez. Outros sinais da gravidezQuando a nidação acontece o embrião passa a se desenvolver e a gravidez se torna real.Logo que o zigoto consegue se fixar no endométrio — ou seja, logo que a nidação acontece —, a gravidez é iniciada. Por isso, a mulher passa por uma série de alterações hormonais, que vai promover o desenvolvimento do bebê e a preparação do seu corpo para a amamentação. A mulher grávida costuma apresentar, por exemplo, sensibilidade dos seios. Assim como oscilações de humor e inchaço da silhueta (especialmente da região do abdômen). É igualmente comum que a grávida apresente repulsa alimentar, enjoos provocados por odores fortes e congestão nasal. Assim como a prisão de ventre e o aumento da temperatura basal (temperatura do corpo medida logo que a pessoa acorda). Além destes, a mulher tem mais vontade de urinar, cólicas brandas e dor leve no baixo ventre. Quando fazer o teste de gravidez?Como citado, assim que a nidação é concluída, a gravidez é iniciada. É a partir deste momento que torna-se possível detectar a gestação por meio do teste de farmácia. A nidação geralmente acontece entre 1 e 2 semanas após a fecundação. Cerca de 3 dias após sua conclusão, e o início dos sintomas, o corpo feminino começa a produzir o hormônio HCG. O HCG é a substância detectada pelo teste. Ou seja, três dias após o início dos sintomas da nidação, costuma ser possível detectar a gravidez. Para confirmação, o ideal é buscar um médico e realizar o exame de sangue. Como aumentar as chances de gravidez?Quem deseja aumentar as suas chances de engravidar pode tomar uma série de cuidados. Dentre todos, porém, o principal é acompanhar o ciclo fértil feminino. Como explicado ao longo do texto, o ciclo fértil é o período em que o óvulo fica disponível para a fecundação. A mulher consegue prever esse momento, mesmo que não seja de forma exata. Você já deve ter ouvido falar da tabelinha, utilizada como método anticoncepcional por muitas mulheres. A opção é bastante contra indicada para contracepção, já que a previsão da ovulação é imprecisa. No uso da tabelinha para não engravidar, a mulher prevê a liberação do óvulo e evita ter relações sexuais dentro deste período fértil. Já como método para auxiliar a gravidez, essa previsão pode ser eficaz. Afinal, assim que previsto o período fértil, o casal pode intensificar a prática sexual em busca da concepção. Calculando o período fértilPara calcular o período fértil, é preciso considerar o primeiro dia da menstruação feminina. Um ciclo geralmente tem 28 dias, e é preciso contar 14 para a data da ovulação. O 14º dia dessa previsão é a data da ovulação. Então, o casal deverá intensificar sua prática sexual na data, três dias antes, e três dias depois. O cálculo para ciclos maiores ou menores é diferente. Saiba como fazer neste texto. Na maior parte dos casos, um casal demora até 12 meses para obter a concepção, exatamente por causa dessa limitação do período fértil. Quando ultrapassa um ano de tentativas, porém, a demora pode ser sinal de problemas de fertilidade. Tanto do homem, quanto da mulher. Em geral, em 30% dos casos a infertilidade está ligada a fatores masculinos. Em 30%, os fatores são femininos, e em outros 30%, estão ligados ao homem e à mulher. Nos 10% restantes da estatística, as causas da infertilidade não podem ser determinadas. São várias as causas possíveis de infertilidade. Na mulher, a mais comum é a endometriose. No homem, a varicocele. Para obter o diagnóstico correto, o médico irá solicitar uma série de exames. Com a determinação da razão do problema, o especialista indica o melhor tratamento. Por vezes, porém, o tratamento para causa da infertilidade não é suficiente. Mesmo com a terapia, as dificuldades para engravidar continuam a existir. Não significa, contudo, que o casal não poderá engravidar. Na verdade, o médico pode indicar o uso de alguma técnica de reprodução assistida. Métodos de reprodução assistidaEntre as técnicas mais comuns de reprodução assistida estão a inseminação artificial e a fertilização in vitro. A fertilização é indicada para casos em que, por exemplo, o espermatozoide não consegue alcançar o óvulo. A inseminação também é bastante indicada para situações de pouca motilidade dos espermatozoides, além de para vários outros casos. Para realizar a inseminação artificial, a mulher passa por um processo de indução da ovulação. Como o nome sugere, a liberação do seu óvulo é estimulada para determinada data. Assim, o gameta estará com certeza disponível para a continuidade do tratamento. Assim que a ovulação ocorre, os espermatozoides do homem são colhidos. Essa coleta é feita por meio da masturbação. Em seguida, os gametas são inseridos ao fundo do útero da mulher. De lá, eles precisam se deslocar até o óvulo e fecundá-lo. Depois vem a nidação que, se completa, dá início à gravidez. O processo da fertilização in vitro é semelhante. A mulher passa pela indução da ovulação e o homem tem seus espermatozoides coletados. Porém, nesse tratamento o óvulo também é coletado, e todos os gametas são levados ao laboratório. Eles são unidos no laboratório, e o embrião é amadurecido por cerca de 5 dias. Após este período, o embrião, que nesse momento é um conjunto de células, é transferido para o útero da mulher. Lá, ele deve se agarrar ao endométrio para que a gestação se inicie. Agora você já sabe tudo o que precisa sobre a nidação. Lembre de buscar o auxílio do seu médico antes mesmo de iniciar as tentativas de gestação. Assim, as chances de concepção serão maiores. É possível ter nidação no mesmo dia da relação?Olá, primeiramente, todo sangramento vaginal deve ser investigado, o sangramento de nidação pode ocorrer sim, porém não acontece no dia seguinte após a relação, (caso essa tenha sido a única relação nesse ciclo) pois ainda leva um tempo para ocorrer fecundação e desenvolvimento embrionário.
Quanto tempo depois do sexo ocorre nidação?Quanto tempo leva da fecundação até a nidação? O tempo que leva da fecundação até o início da nidação é de cerca de 6 dias. O início da contagem ocorre no momento que o óvulo é fecundado e termina quando ele começa a se fixar (nidação) no endométrio, camada interna do útero.
Quanto tempo depois da relação aparece o corrimento rosado?Em algumas mulheres, o período em que o embrião está se implantando no endométrio, chamado pelos médicos de “nidação”, pode vir acompanhado de um corrimento rosado. Esse pequeno sangramento pode ocorrer até 3 dias após a relação sexual.
É normal ter um corrimento rosado depois da relação?“O corrimento rosado após relação sexual pode ocorrer devido a pequenos traumas e lesões no canal vaginal, e, isso pode causar algum pequeno sangramento, de baixo volume e curta duração”, explica o Dr. Marcus. Nesse caso, sem nem mesmo haver a necessidade de um tratamento.
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