EM QUE porção da Europa ocorrem abalos sísmicos Porquê?

Imagine que, em um dia como qualquer outro, você está indo para escola estudar Geografia, quando, de repente, o chão começa a tremer! Com certeza, isso iria gerar sérios transtornos, pois, dependendo da força desses tremores, pessoas poderiam se machucar e construções poderiam desabar. Esses tremores de terra são chamados de terremotos.

Mas você sabe como e por que surgem os terremotos?

Os terremotos só existem porque a crosta, a parte mais externa da Terra (a crosta terrestre), é “rachada” em inúmeros blocos, que são denominados de Placas Tectônicas. Essas placas flutuam sobre um líquido muito quente e pastoso, chamado de magma (é aquele que os vulcões expelem!).

Em razão dessas flutuações, essas placas estão em constantes movimentos e, eventualmente, encontram-se, provocando os terremotos. O local onde eles surgem (no subsolo) é chamado de hipocentro, e o lugar na superfície terrestre onde eles primeiro se manifestam é chamado de epicentro.

Quando os terremotos ocorrem em regiões localizadas no oceano, podem provocar os Tsunamis, que são ondas gigantes que invadem o litoral de alguns países e provocam caos e destruição.

Esquema explicativo da formação dos terremotos e tsunamis.

Portanto, algumas regiões da Terra são mais propícias do que outras para sofrerem com os tremores, pois são zonas em que duas placas diferentes estão em constante interação, a exemplo do Japão. Observe o mapa:

Mapa das Placas Tectônicas pelo mundo.

Como podemos perceber no mapa acima, o Brasil não possui a tendência de apresentar grandes tremores, porque o nosso país está longe da zona de encontro e interação entre duas ou mais placas tectônicas.

A intensidade dos terremotos é calculada com base na Escala Richter, que é medida de 1 (muito fraco) a 10 (muito forte). O aparelho utilizado para realizar essa medição chama-se sismógrafo.

Tremor de 6.2 de magnitude atingiu região central do país na madrugada desta quarta-feira, deixando mortos e feridos

A Itália sofreu na madrugada desta quarta-feira o terremoto mais intenso desde 2009. O tremor de magnitude 6.2 deixou pelo estimados 159 mortos, além de milhares de desabrigados.

Mas abalos de grande intensidade fazem parte da rotina de quem vive ao longo da cordilheira dos Apeninos ─ o último do tipo aconteceu há quatro anos, em 2012, em Medolla, no norte do país, e deixou ao menos 17 mortos.

Segundo dados disponibilizados pela agência governamental americana que monitora desastres naturais, desde 2000 a Itália registrou 12 terremotos de grande intensidade.

A atividade sísmica na região mediterrânea é resultado do grande atrito entre as placas tectônicas da África e da Eurásia. Mas há mais detalhes a serem levados em conta no terremoto da madrugada desta terça-feira.

O mar Tirreno, no oeste da Itália, entre o continente e as ilhas da Sardenha/Córsega, está se abrindo aos poucos, cerca de 2 cm por ano.

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Terremoto foi mais intenso na região central da Itália

Cientistas dizem que isso vem contribuindo para o "racha" ao longo dos Apeninos. Segundo alguns especialistas, essa pressão é agravada pelo movimento da crosta terrestre no leste, no Mar Adriático, que estaria se movendo para debaixo da Itália.

O resultado é um grande sistema de falhas que percorre toda a extensão da cadeia montanhosa, com uma série de falhas menores aos lados.

Cidades como Perugia e Áquila estão localizadas em cima dessas falhas.

Agora, imagens de satélites que serão tiradas da região dos Apeninos nos próximos dias ajudarão a mapear a área do terremoto. Essas fotos serão comparadas a imagens espaciais anteriores ao tremor de terça, para que se possa avaliar qual foi o movimento das rochas.

Isso ajudará os cientistas a entender precisamente onde e como foi o atrito das placas tectônicas, informação que pode ajudar os especialistas a entender se todo o estresse do choque foi liberado ou se foi acumulado em placas próximas.

Apesar de ser mais suscetível a terremotos, a Itália não sofria um tremor de grande intensidade havia quatro anos.

Em maio de 2012, dois abalos ─ de 5.8 e 6.1 de magnitude ─ atingiram o norte do país.

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Terremoto principal e réplicas registradas após o abalo

Mas o pior tremor a atingir a Itália recentemente aconteceu em Áquila, em 2009.

Naquele ano, um terremoto de 6.3 de magnitude arrasou a cidade, deixando mais de 300 mortos e outros 1,5 mil feridos. Outras 65 mil pessoas ficaram desabrigadas.

O de maior intensidade de que se tem registro no país ocorreu no início do século passado, em 1905, segundo o monitoramento americano. Foi quando 557 pessoas morreram após um tremor de 7.9 de magnitude atingir as comunas de Monteleone, Tropea e Nonte Poro.

Mas houve tremores ainda muito mais fatais. Um deles foi registrado em Nápoles, em 1980, com um saldo de 4.689 mortes.

Por que o continente europeu é bastante afetado por abalos sísmico?

Pois o Continente Europeu está situado bem no limite do encontro de quatro placas tectônicas.

Onde ocorrem os abalos sísmicos?

A maioria dos abalos sísmicos ocorre nas zonas de contato entre as placas, pois são áreas de movimentação rochosa e com grandes falhas geológicas. Entretanto, também pode haver falhas no interior das placas, o que permite a ocorrência de abalos em áreas no interior, e não só nas bordas tectônicas.

Por que ocorrem os abalos sísmicos?

Os terremotos ou abalos sísmicos são provocados por movimentos na crosta terrestre, composta por enormes placas de rocha, chamadas de placas tectônicas. Além disso os tremores também podem ser resultantes de atividade vulcânica ou de deslocamentos de gases (principalmente metano) no interior da Terra.

Por que a região do sul da Europa possui instabilidade sísmica?

A atividade sísmica na região mediterrânea é resultado do grande atrito entre as placas tectônicas da África e da Eurásia.