- 09/10/2015
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A análise econômica considera dois tipos de relações entre a quantidade produzida do produto e a quantidade utilizada dos fatores de produção: Na função de produção alguns fatores são fixos e outros variáveis. Este tipo de relação identifica o que a teoria denomina de curto prazo.
A explicação embasa-se na ideia de que parte dos fatores de produção não pode ser alterada num curto espaço de tempo. Na análise microeconômica, os conceitos de curto a e longo prazo são simplificações analíticas que nos permitem ajudar a enfatizar as principais características dos problemas a serem analisados. Para fins da nossa análise na economia do trabalho, e de forma especial na análise da demanda por trabalho, determinaremos que, no curto prazo, o fator capital (K) é fixo, enquanto o fator trabalho (L) pode ser alterado em qualquer momento do processo produtivo, bastando para a empresa apenas resolver contratar mais mão-de-obra de um dia para outro. A
A análise da Produtividade marginal está intimamente ligada ao rendimento obtido pelos fatores de produção dentro do processo produtivo. Esta questão e suas conseqüências podem ser demonstradas pelo que chamamos de Lei dos Rendimentos Marginais. Esta é assim enunciada: Aumentando-se a quantidade do fator de produção variável, permanecendo fixa a quantidade dos demais fatores (análise de curto prazo), a produção inicialmente crescerá a taxas crescentes; a seguir, depois de certa quantidade utilizada do fator variável, passaria a crescer a taxas decrescentes; continuando o incremento da utilização do fator variável, a produção total tenderá a decrescer, uma vez que passa a existir a limitação do fator de produção fixo. Conforme exemplo de Vasconsellos (2002, pág. 124), podemos melhor compreender o significado dos Rendimentos Marginais:
“Consideremos a atividade agrícola, tendo como fator fixo a área cultivada e como fator variável a mão-de-obra. Com o aumento da produção, no início ela cresce substancialmente, porque tem poucos trabalhadores para muita terra. Aumentando o número de trabalhadores, e se a área permanece a mesma, chega-se a um ponto em que a produção continua crescendo, mas a taxas decrescentes, em virtude do excesso de trabalhadores. Teoricamente, pode-se chegar a um ponto em que a absorção de mais um trabalhador provocará queda na produção.”
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Written by Gestão Loupe
A Loupe Consultoria em RH é uma consultoria em Recursos Humanos especializada na busca de candidatos em middle management, em todo o território Nacional.
Pindyck & Rubinfeld, Cap�tulo 6, Produ��o :: REVIS�O
1.� O que � uma fun��o de produ��o?� Em que uma fun��o de produ��o a longo prazo difere de uma fun��o de produ��o a curto prazo?
A fun��o de produ��o representa a forma pela qual os insumos s�o transformados em produtos por uma empresa. Em geral, considera-se o caso de uma empresa que produz apenas um tipo de produto e agregam-se todos os insumos ou fatores de produ��o em algumas categorias, tais como: trabalho, capital, e mat�rias-primas. No curto prazo, um ou mais fatores de produ��o s�o fixos. Com o passar do tempo, a empresa torna-se capaz de alterar os n�veis de todos os insumos.� No longo prazo, todos os insumos s�o vari�veis.
2.� Por que o produto marginal do trabalho tende a apresentar uma eleva��o seguida de uma diminui��o a curto prazo?
� medida que unidades adicionais de trabalho s�o adicionadas a uma quantidade fixa de capital, o produto marginal do trabalho aumenta, atinge um m�ximo e, em seguida, diminui.� O aumento inicial do produto marginal do trabalho se deve ao fato de que os primeiros trabalhadores contratados pela empresa podem se especializar nas tarefas em que s�o mais produtivos. Inevitavelmente, dada uma quantidade fixa de capital, a contrata��o de trabalhadores al�m de certo n�vel torna o ambiente de trabalho excessivamente congestionado e causa a redu��o da produtividade dos trabalhadores adicionais.
3.� Para um �nico insumo, rendimentos decrescentes de escala e rendimentos constantes de escala n�o s�o inconsistentes.� Discuta.
Em qualquer processo produtivo, � poss�vel observar, para algum n�vel de insumo, a ocorr�ncia de rendimentos decrescentes para um �nico fator de produ��o. Este fen�meno � t�o difuso que os economistas lhe deram o nome de "lei da produtividade marginal decrescente". Por defini��o, o produto marginal de um insumo � a produ��o adicional obtida atrav�s do emprego de uma unidade adicional do insumo, supondo constantes as quantidades dos demais insumos.� A produ��o adicional, ou rendimento, de um �nico insumo diminui justamente pelo fato de todos os demais insumos serem fixos.� Por exemplo, mantendo-se constante o n�vel de capital, cada unidade adicional de trabalho disp�e de menos capital com o qual trabalhar.
Os rendimentos de escala, por sua vez, s�o aumentos proporcionais em todos os insumos. Ainda que cada fator isoladamente apresente rendimentos decrescentes, a produ��o pode aumentar em propor��o igual, maior ou menor que o aumento nos insumos. A diferen�a entre os dois conceitos refere-se ao fato de que, no caso dos rendimentos de escala, aumentam-se as quantidades de todos os insumos na mesma propor��o, n�o sendo mantido fixo nenhum insumo.
4.� Voc� � um empregador interessado em preencher uma posi��o vaga em uma linha de montagem. Voc� estaria mais preocupado com o produto m�dio ou com o produto marginal do trabalho em rela��o � �ltima pessoa contratada?� Caso observe que seu produto m�dio est� come�ando a diminuir, voc� deveria contratar mais funcion�rios? O que tal situa��o significaria em termos de produto marginal do �ltimo funcion�rio contratado?
Ao preencher uma posi��o vaga, voc� deveria estar preocupado com o produto marginal do �ltimo funcion�rio contratado, que mede o efeito dessa contrata��o sobre a produ��o total e, portanto, permite calcular e comparar a receita gerada pela contrata��o e com o seu custo.
O ponto a partir do qual o produto m�dio come�a a diminuir � o ponto onde o produto m�dio � igual ao produto marginal. Apesar do aumento do n�mero de trabalhadores causar a redu��o do produto m�dio, o produto total continua a aumentar, de modo que a contrata��o de um empregado adicional pode ser vantajosa.
Quando o produto m�dio est� diminuindo, o produto marginal do �ltimo funcion�rio contratado � menor que o produto m�dio dos trabalhadores contratados anteriormente.
5.� Defrontando-se com condi��es que mudam constantemente, por que uma empresa teria algum interesse em manter algum insumo fixo? o que determina se um insumo � fixo ou vari�vel?
O fato de um insumo ser fixo ou vari�vel depende do horizonte temporal de interesse: todos os insumos s�o fixos no curt�ssimo prazo e vari�veis no longo prazo. Conforme afirma o texto: �Todos os insumos fixos no curto prazo correspondem aos resultados de decis�es anteriores de longo prazo, baseadas em estimativas das empresas daquilo que poderiam produzir e vender com lucro".� Alguns insumos s�o fixos no curto prazo, independente da vontade da empresa, simplesmente porque mudar o n�vel das vari�veis requer tempo. Por exemplo, a empresa pode estar legalmente presa a um edif�cio por um contrato de aluguel, alguns empregados podem ter contratos que precisam ser cumpridos, ou a constru��o de uma nova instala��o pode levar alguns meses.� Lembre que o curto prazo n�o � definido em termos de um n�mero espec�fico de meses ou anos, mas em termos do per�odo de tempo durante o qual a quantidade de alguns insumos n�o pode ser modificada por raz�es como as apontadas acima.
6.� De que forma a curvatura de uma isoquanta se relaciona com a taxa marginal de substitui��o t�cnica?
A isoquanta apresenta todas as combina��es dos dois insumos que podem produzir o mesmo n�vel de produ��o.� A curvatura da isoquanta � medida por sua inclina��o em cada ponto, que representa a taxa � qual os dois insumos podem ser substitu�dos mantendo-se a produ��o constante. Esta taxa � chamada de taxa marginal de substitui��o t�cnica. Ao longo de uma isoquanta convexa t�pica, a taxa marginal de substitui��o t�cnica diminui � medida que nos movemos para baixo.
7.� Uma empresa poderia ter uma fun��o de produ��o que exibisse rendimentos crescentes de escala, rendimentos constantes de escala, e rendimentos decrescentes de escala, � medida que sua produ��o fosse aumentando?� Discuta.
A maioria das empresas tem fun��es de produ��o que apresentam, inicialmente, rendimentos crescentes, em seguida, rendimentos constantes, e por fim rendimentos decrescentes de escala.� Para n�veis de produ��o baixos, um aumento proporcional em todos os insumos pode causar um aumento mais do que proporcional na produ��o, dadas as maiores possibilidades de especializa��o de cada insumo.� Por exemplo, ao passarmos de uma situa��o com uma pessoa a um computador para outra, com duas pessoas e dois computadores, cada pessoa pode se especializar, realizando as tarefas nas quais � mais produtiva, de modo que a produ��o deve aumentar mais do que o dobro. � medida que a empresa cresce, as oportunidades de especializa��o diminuem, de modo que a duplica��o dos insumos leva � duplica��o da produ��o. No caso de rendimentos constantes de escala, a empresa simplesmente replica aquilo que j� fazia.� A partir de certo n�vel de produ��o, a empresa ser� t�o grande que a duplica��o dos insumos causar� um aumento menos do que proporcional na produ��o. Isso pode ocorrer, por exemplo, devido a deseconomias na administra��o.
8.� D� um exemplo de processo produtivo no qual o curto prazo envolva um per�odo de um dia a uma semana e o longo prazo envolva qualquer per�odo com dura��o superior a uma semana.
Qualquer pequeno neg�cio onde a varia��o de um insumo exija mais do que uma semana poderia servir de exemplo. O processo de contrata��o de novos empregados requer a divulga��o de um an�ncio, a realiza��o de entrevistas com os candidatos e a negocia��o dos termos do contrato, o que pode levar de um dia (no caso da contrata��o ser feita atrav�s de uma ag�ncia de empregos) a uma semana ou mais (que � o caso mais comum). A mudan�a para um local de trabalho mais amplo, associada � expans�o da empresa, tamb�m exigiria mais do que uma semana.