Expressa o controle político da República pelos grandes proprietários de terras

Leia o trecho a seguir: “Os autores que veem coronelismo no meio urbano e em fases recentes da história do país estão falando simplesmente de clientelismo. As relações clientelísticas, nesse caso, dispensam a presença do coronel, pois ela se dá entre o governo, ou políticos, e setores pobres da população. Deputados trocam votos por empregos e serviços públicos que conseguem graças à sua capacidade de influir sobre o Poder Executivo. Nesse sentido, é possível mesmo dizer que o clientelismo se ampliou com o fim do coronelismo e que ele aumenta com o decréscimo do mandonismo. À medida que os chefes políticos locais perdem a capacidade de controlar os votos da população, eles deixam de ser parceiros interessantes para o governo, que passa a tratar com os eleitores, transferindo para estes a relação clientelística.” (CARVALHO, José Murilo de. Mandonismo, Coronelismo, Clientelismo: Uma Discussão Conceitual. Dados, Rio de Janeiro, v. 40, n. 2, 1997.)

No texto acima, o historiador José Murilo de Carvalho está reivindicando um maior cuidado com o uso do termo “coronelismo” para analisar a história política brasileira, insistindo em não confundir clientelismo com coronelismo. Acompanhando o raciocínio de José Murilo de Carvalho, o coronelismo pode ser identificado como uma política praticada:

a) tipicamente no Sudeste do Brasil, em estados como São Paulo e Rio de Janeiro, a partir da década de 1970.

b) majoritariamente nos grandes centros urbanos, a partir dos anos 2000.

c) tipicamente no período colonial pelos presidentes das províncias.

d) tipicamente nas regiões do interior do Brasil, com predominância agrária, na época da República Velha, na virada do século XIX para o XX.

e) tipicamente no período imperial por políticos que queriam romper com o poder central do império, sem se estender à República.

Expressa o controle político da República pelos grandes proprietários de terras



1. (UDESC SC/2010) Tradicionalmente o termo República Velha foi cunhado para identificar o período que vai de 1889 a 1930. Sobre as características deste período e outras questões subjacentes, assinale V (verdadeiro) para as proposições verdadeiras e F (falso) para as falsas.

(__) Os dois primeiros governos da recém inaugurada República brasileira eram militares.

(__) Com o novo regime, surgiram divergências tanto no meio militar quanto no civil. No meio civil, as disputas ocorriam, sobretudo, no campo ideológico entre três correntes: liberalismo, jacobinismo e positivismo.

(__) Pode-se afirmar que os governos do período conhecido como República Velha implementaram medidas sociais de grande alcance, beneficiando a sociedade brasileira como um todo e visando acabar com as desigualdades sociais do país.

(__) O Brasil da chamada República Velha era um país, sobretudo, rural; a agricultura permanecia como principal atividade econômica.

(__) Durante o período denominado República Velha, paulistas e mineiros se alternaram na Presidência da República; este revezamento ficou conhecido como “política do café com leite”.

Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo.

a) F – V – V – F – V

b) V – V – F – V – V

c) V – F – F – V – V

d) V – V – F – V – F

e) V – V – V – V – V

2. (UNESP SP/2010) Na Primeira República (1889-1930) houve a reprodução de muitos aspectos da estrutura econômica e social constituída nos séculos anteriores. Noutros termos, no final do século XIX e início do XX conviveram, simultaneamente, transformações e permanências históricas.

(Francisco de Oliveira. Herança econômica do Segundo Império, 1985.)

O texto sustenta que a Primeira República brasileira foi caracterizada por permanências e mudanças históricas. De maneira geral, o período republicano, iniciado em 1889 e que se estendeu até 1930, foi caracterizado

a) pela predominância dos interesses dos industriais, com a exportação de bens duráveis e de capital.

b) por conflitos no campo, com o avanço do movimento de reforma agrária liderado pelos antigos monarquistas.

c) pelo poder político da oligarquia rural e pela economia de exportação de produtos primários.

d) pela instituição de uma democracia socialista graças à pressão exercida pelos operários anarquistas.

e) pelo planejamento econômico feito pelo Estado, que protegia os preços dos produtos manufaturados.

3. (ESPM/2014) Além de ser inútil, votar era muito perigoso. Desde o império, as eleições na capital eram marcadas pela presença dos capoeiras, contratados pelos candidatos para garantir os resultados.

(José Murilo de Carvalho, in Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: Uma interpretação)

No Brasil a Primeira República foi, por excelência, uma república de “coronéis”, traço dominante da cultura política daquela época. Quanto ao coronelismo e às eleições praticadas na Primeira República é correto afirmar que:

a) a instituição do voto secreto pela Constituição de 1891 contribuiu para a moralização das eleições;

b) o coronelismo, fenômeno típico da urbanização, contribuiu para o afastamento dos grandes oligarcas do processo eleitoral.

c) a mudança do império para a república produziu uma ruptura completa quanto aos procedimentos eleitorais, com a supressão das fraudes.

d) as eleições continuaram sendo turbulentas, a fraude era comum e se o candidato eleito fosse da oposição era “degolado”, ou seja, não era diplomado.

e) ocorriam fraudes, a ação de jagunços era frequente, porém com a criação da Comissão Verificadora de Poderes, em 1900, o processo eleitoral tornou-se limpo e transparente.

4. (ESCS DF/2011) Os primeiros anos da República Brasileira foram caracterizados pelo domínio político e econômico da elite rural, sobretudo a paulista e a mineira, gerando um modelo oligárquico agroexportador dependente da venda do café. A República Velha ou Primeira República (1889/1930) teve a marca do “coronelismo”, que se evidencia no plano político pelas seguintes práticas:

a) voto universal e democracia plena.

b) voto censitário e compra de votos.

c) voto universal e compra de votos.

d) voto censitário e democracia plena.

e) voto de cabresto e manipulação eleitoral.

5. (IBMEC RJ/2011) Durante a chamada República Velha (1894-1930) ocorreu uma hegemonia política dos Estados economicamente mais fortes e mais populosos, São Paulo e Minas Gerais. Para que esta prática fosse viabilizada foi determinante:

a) o apoio do

s setores militares, que baseiam nesses estados, desde os tempos da monarquia, as suas tropas de elite;

b) a adoção do voto secreto, que contribuiu de forma decisiva para o fim do coronelismo:

c) a entrada em vigor da Constituição de 1891, estabelecendo o Estado Unitário, privilegiando as unidades federativas mais ricas;

d) o compromisso dos tenentes de moralizar a vida pública brasileira combatendo práticas que beneficiavam áreas como o Nordeste, onde era maior a corrupção;

e) a execução a partir do governo Campos Salles da chamada “Política dos Governadores”, dificultando a ação das forças de oposição.

6. (UESPI/2011) As oligarquias fizeram-se presentes, mesmo com a chegada dos governos republicanos. O seu poder político era:

a) maior nos centros rurais, limitado ao Norte e ao Sudeste, onde havia poderosos latifúndios.

b) restrito aos Estados mais agrícolas, como o Maranhão e o Piauí, e estava em decadência em São Paulo.

c) marcante nas decisões nacionais, influenciando a organização administrativa do país.

d) centralizador e violento, embora não tivesse presença nos centros urbanos do Sul.

e) monopolizado por latifundiários poderosos, isolados de outros grupos sociais.

7. (UNICAMP SP/2011) A denominação de república oligárquica é frequentemente atribuída aos primeiros 40 anos da República no Brasil. Coronelismo, oligarquia e política dos governadores fazem parte do vocabulário político necessário ao entendimento desse período.

(Adaptado de Maria Efigênia Lage de Resende, “O processo político na Primeira República e o liberalismo oligárquico”, em Jorge Ferreira e Lucilia de Almeida Neves Delgado (orgs.), O tempo do liberalismo excludente – da Proclamação da República à Revolução de 1930. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 91.)

Relacionando os termos do enunciado, a chamada “república oligárquica” pode ser explicada da seguinte maneira:

a) Os governadores representavam as oligarquias estaduais e controlavam as eleições, realizadas com voto aberto. Isso sustentava a República da Espada, na qual vários coronéis governaram o país, retribuindo o apoio político dos governadores.

b) Diante das revoltas populares do período, que ameaçavam as oligarquias estaduais, os governadores se aliaram aos coronéis, para que chefiassem as expedições militares contra as revoltas, garantindo a ordem, em troca de maior poder político.

c) As oligarquias estaduais se aliavam aos coronéis, que detinham o poder político nos municípios, e estes fraudavam as eleições. Assim, os governadores elegiam candidatos que apoiariam o presidente da República, e este retribuía com recursos aos estados.

d) Os governadores excluídos da política do “café com leite” se aliaram às oligarquias nordestinas, a fim de superar São Paulo e Minas Gerais. Essas alianças favoreceram uma série de revoltas chefiadas por coronéis, que comandavam bandos de jagunços.

8. (PUC RS/2011) O tema do Coronelismo é retratado em obras de escritores como Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Jorge Amado, que procuraram demonstrar a dominação política do país pela oligarquia cafeeira. Esta era composta por grandes proprietários de terras que exerciam o monopólio do poder local. Os eleitores, ao votar de forma aberta, por meio do chamado “voto de cabresto”, eram obrigados a eleger os candidatos indicados pelo “coronel” e seus jagunços.

Esta realidade é característica

a) da República Velha.

b) da Segunda República.

c) do Segundo Reinado.

d) da Era dos Extremos.

e) da Era Vargas.

9. (UFV MG/2011) A expansão da lavoura cafeeira durante o século XIX no Brasil promoveu a formação de elites rurais ainda em um período de transição para o regime republicano. As formas eleitorais na época foram o sustentáculo dessa situação, chamada por alguns autores de uma “República de Coronéis”. Com base na Constituição de 1891, tinham direito a voto os eleitores:

I. do sexo masculino e alfabetizados.

II. com renda mínima e do sexo masculino.

III. com renda mínima e de ambos os sexos.

IV. do sexo masculino e maiores de 21 anos.

V. maiores de 18 anos e alfabetizados.

Está CORRETO o que se afirma apenas em:

a) I e IV.

b) III e IV.

c) I e III.

d) II e V.

10. (UNIFICADO RJ/2010) “Socialmente, o coronel exerce uma série de funções que o fazem temido e obedecido. (...) Aos agregados, ele dispensa favores, dá-lhes terras, tira-os da cadeia e ajuda-os, quando doentes; em compensação, exige fidelidade, serviços, permanência infinita em suas terras, participação nos grupos armados, etc... Aos familiares e amigos, ele distribui empregos públicos, empresta dinheiro, obtém crédito, protege-os das autoridades policiais e jurídicas, ajuda-os a fugir dos compromissos fiscais do Estado, etc...”

CARONE, Edgard. A República Velha. SP: Difel, p 106.

Analisando o texto acima e considerando o fenômeno político-social característico da República Velha no Brasil, conclui-se que o coronel

a) constituiu, através do exercício de um poder político local ilimitado, o suporte das oligarquias que controlavam a política estadual.

b) representou a consolidação de uma economia agroexportadora nordestina, na qual os subsídios do governo federal beneficiavam os trabalhadores rurais do sertão semiárido.

c) foi o sustentáculo de todas as intervenções realizadas pelo Exército na história republicana brasileira desde a ascensão e a deposição de Vargas até o golpe militar de 1964.

d) era o grande fazendeiro cujo poder local cresceu tanto que o governo republicano decidiu criar a Guarda Nacional para combater esse poder paralelo.

e) foi o responsável pela reorganização política dos anos 30 do século XX, com o objetivo de aumentar o controle sobre a terra agricultável.

11. (UNIMONTES MG/2011) Foi na presidência de Campos Sales (1898-1902) que se consolidou o arranjo oligárquico que viabilizou a chamada “política do café com leite”. Essa política significou que 

a) os Estados de São Paulo e Minas Gerais monopolizaram o exercício da presidência da República.

b) apenas candidatos de Minas Gerais e de São Paulo poderiam disputar as eleições presidenciais.

c) a união de paulistas e mineiros foi um traço fundamental de toda a chamada Primeira República.

d) os Estados de São Paulo e Minas Gerais passaram a ter o predomínio político na República.

12. (FATEC SP/2012) Entre as principais características do modelo político adotado no Brasil durante a República Velha (1889-1930), destacaram-se

a) a política do Regresso Conservador, o militarismo e o voto censitário.

b) a “política dos governadores”, o coronelismo e o “voto de cabresto”.

c) o “parlamentarismo às avessas”, o clientelismo e o voto a descoberto.

d) a “política do café com leite”, o coronelismo e o voto secreto censitário.

e) a política de valorização do café, o populismo e o voto universal.

13. (ESPM/2012) O presidente de Minas Gerais, João Pinheiro, ao orientar um senador de seu estado, cuja bancada no Congresso era conhecida como “carneirada” por causa da obediência cega às determinações da cúpula do Partido Republicano Mineiro disse:

– Não há nenhuma dificuldade, diga sempre que é solidário com o governo. Tudo se reduz a obedecer. Obedeça e terá politicamente acertado. Do contrário, o senhor sabe, estou aqui com o facão na mão, para chamar à ordem aqueles que se insurgirem. A minha missão é essa: manobrar o facão, ou em cima quando se trata da política federal, ou em baixo, quando da estadual. O nosso meio de orientação é esse. Portanto olho no facão, não esqueça, e boa viagem.

(P. Rache. Homens de Minas, in: Ernesto Carone. A República Velha)

O sistema adotado no Brasil, durante a Primeira República, a que João Pinheiro se refere ao orientar o senador de seu estado ficou conhecido como:

a) Política dos Governadores ou Política dos Estados.

b) Parlamentarismo às Avessas.

c) Estado Novo.

d) Populismo.

e) República da Espada.

14. (Fameca SP/2013) Em 1889, o Brasil tornou-se uma República. Na visão de alguns ideólogos e defensores do regime republicano, esta seria uma possibilidade de eliminar muitas desigualdades, com a ampliação do poder popular no lugar do poder centralizado do imperador, por exemplo. Significaria a possibilidade de os brasileiros exercerem sua cidadania, participando diretamente da vida política.

(Roberto Catelli Jr. História em rede: conhecimentos do Brasil e do mundo, 2011.)

As práticas políticas vigentes na Primeira República permitem afirmar corretamente que

a) o voto aberto e as fraudes eleitorais impediram a liberdade de escolha e o pleno exercício democrático.

b) os anseios desses ideólogos concretizaram-se, pois houve efetiva participação do povo nas decisões políticas.

c) o federalismo determinado pela Constituição era apenas teórico, pois ainda predominava o centralismo do Império.

d) a extensão do direito de voto aos analfabetos e às mulheres significou, de fato, a ampliação da cidadania.

e) as desigualdades foram, gradativamente, eliminadas com a aprovação da reforma agrária e do voto universal.

15. (ESCS DF/2013) No Brasil, inicia-se, por volta de 1870, o plano inclinado do Império, que chega ao fim com o golpe republicano de 15 de novembro de 1889. Logo nos primeiros anos do regime, o senador Saldanha Marinho, expressando opinião por muitos compartilhada, lamentou não ser aquela a República com que sonharam. A República oligárquica perdura até 1930, quando outro golpe de Estado dá início à Era Vargas.

Relativamente à substituição do Império pela República e aos aspectos marcantes do novo regime, assinale a opção correta.

a) Eleições fraudulentas, voto a descoberto e reduzido número de eleitores caracterizaram o regime republicano, que a Revolução de 1930 buscou encerrar.

b) As crises que abalaram a Primeira República nos anos 1920 foram essencialmente civis e, a rigor, deixaram o segmento militar à margem.

c) A vitória militar brasileira na Guerra do Paraguai fortaleceu as instituições monárquicas, proporcionando duas décadas a mais de estabilidade ao Império.

d) A vigorosa participação popular a favor da República explica a rapidez com que os acontecimentos de 15 de novembro de 1889 selaram o fim do Império.

e) Os governos dos marechais Deodoro e Floriano representavam o ideário republicano histórico e os interesses da nova burguesia do café.

16. (UNIFOR CE/2012) A proclamação da República dos Estados Unidos do Brasil, a 15 de Novembro de 1889, foi um movimento militar que contou com o apoio das classes dominantes agrárias, particularmente os produtores de café. A partir deste movimento constitui-se o que é conhecido como a Velha República (1889 – 1930). Não faz parte das características do período:

a) A descentralização do poder político em favor dos estados.

b) A supremacia dos estados de São Paulo e Minas gerais na alternância do poder.

c) O dinamismo e o domínio econômico da agricultura de exportação.

d) O crescimento industrial induzido pelo crescimento do setor exportador.

e) A proteção especial concedida aos produtores de cana-de-açúcar, a partir do Convênio de Caruaru.

17. (Unifra RS/2012) A Primeira República Brasileira (1.889 – 1.930) foi instituída a partir de um golpe de Estado de feições militares. Essa característica marcou o período em que esta experiência de governo esteve em vigor. Nesse sentido, pode-se considerar incorreta a afirmação

a) Houve mudanças urbanas nas capitais, com reformas que afetaram a arquitetura e o saneamento das cidades.

b) Um processo de modernização do Estado e da própria sociedade foi movido pela crença da influência positiva das descobertas científicas.

c) Greves operárias e revoltas urbanas e rurais mostraram as contradições do momento histórico vivido.

d) Fraudes eleitorais constantes e autoritarismo mostraram que a busca pela manutenção do poder esteve marcada pela corrupção.

e) Apesar dos percalços políticos, pode-se considerar um ganho para essa sociedade a conquista do voto feminino nos anos finais dessa época.

18. (ACAFE SC/2013) Patriarcalismo, patrimonialismo e autoritarismo são três expressões que atravessam a formação histórica do Brasil. Acerca desses fenômenos no passado e presente do Brasil é correto afirmar, exceto:

a) O patriarcalismo, marca das relações sociais brasileiras, se expressa numa visão conservadora e tradicional dos papéis sociais desempenhados por homens e mulheres desde o período colonial.

Tem ampla influência na adoção de práticas machistas nas relações de gênero no país.

b) A ideia de patrimonialismo refere-se à atitude de parcela das elites brasileiras que julgam ser o Estado parte de seus interesses pessoais, não separando a esfera pública da privada. Evidentemente isso tem reflexo e impacto negativo na condução das funções do Estado, com possíveis atos de corrupção e nepotismo.

c) O autoritarismo marcou as estruturas políticas brasileiras desde a criação do Estado até o século XX. O atual Estado democrático brasileiro nasceu no fim da Ditadura Militar que governou o Brasil de 1964 até 1985.

d) O período clássico do patrimonialismo na História Brasileira foi o da 1ª República. Tanto a Constituição Brasileira da época, como as leis comuns, permitiam amplamente o favorecimento de indivíduos pelo Estado. Após as eleições, que ocorriam pelo sistema de voto censitário, o político podia usar práticas patrimonialistas de forma legal.

19. (UNESP SP/2013) A disputa pelo Acre, entre Brasil e Bolívia, na passagem do século XIX para o XX, envolveu

a) guerra entre os dois países, que durou mais de dez anos e provocou a destruição de boa parte das áreas de plantio e extrativismo na região.

b) atuação militar e política da Grã-Bretanha, que mediou as negociações entre os países sul-americanos e estabeleceu a hegemonia britânica na região amazônica.

c) interesses dos dois países relacionados à exploração do látex, que atraíra grande contingente de brasileiros para a região, na segunda metade do século XIX.

d) intervenção dos Estados Unidos, que aproveitaram o conflito entre os países sul-americanos para assumir o controle sobre a exploração do gás natural boliviano.

e) conflitos armados, que se alastraram por toda a região amazônica no princípio do século XX e dos quais participaram, também, a Colômbia e a Venezuela.

20. (UNIMONTES MG/2013) O Coronelismo é um fenômeno político brasileiro típico da República Velha porque

a) a base da política nacional até 1930 era representada pelo domínio dos latifundiários sobre os grandes contingentes eleitorais do meio rural.

b) os oficiais do Exército, a partir de 1922, começaram a fazer oposição ao governo central através dos coronéis que comandavam tropas estaduais.

c) a Constituição de 1891 colocava nas mãos dos produtores municipais, minifundiários, a competência para fiscalizar os atos do regime republicano.

d) os oficiais do Exército gozavam de grande poder e popularidade no início da vida republicana brasileira devido à disciplina e patriotismo.

21. (ESPM/2014) A República dos Estados Unidos do Brasil e a República da Bolívia, animadas do desejo de consolidar para sempre a sua antiga amizade, removendo motivos de ulterior desavença, e querendo ao mesmo tempo facilitar o desenvolvimento das suas relações de comércio e boa vizinhança convieram em celebrar um tratado de permuta de territórios e outras compensações.

(Eugênio Vargas Garcia. Diplomacia Brasileira e Política Externa: documentos históricos 1493-2008)

O texto pertence ao Tratado de Petrópolis concluído em 17 de novembro de 1903. Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, o território adquirido pelo Brasil por permuta e uma compensação prometida ao governo da Bolívia de acordo com o tratado.

a) Rondônia – Porto de Paranaguá.

b) Rondônia – Rodovia Transamazônica.

c) Acre – Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.

d) Acre – Rodovia Transamazônica.

e) Roraima – Estrada de Ferro Norte-Sul.

22. (Mackenzie SP/2014) Os reflexos da Primeira Guerra Mundial para economia brasileira, durante o governo de Wenceslau Brás (1914–1918), ocasionaram

a) o aumento do déficit orçamentário, pois para corrigir os problemas financeiros do governo anterior, Wenceslau Brás teve de recorrer a um novo Funding Loan.

b) a ampliação da produção industrial brasileira e a criação de novas fábricas para suprir o mercado nacional, devido à queda das importações de produtos industrializados estrangeiros.

c) a sensível diminuição na produção industrial brasileira, devido à enorme evasão de mão de obra das indústrias, pois grande contingente de operários foi enviado, como soldados, para lutar no conflito.

d) o aumento de empréstimos e investimentos em diversos setores da nossa economia, por parte de banqueiros e industriais estrangeiros que, temerosos dos rumos do conflito mundial, passaram a investir no país.

e) a drástica redução dos investimentos no setor industrial e a queda de sua produção, uma vez que o governo brasileiro incentivou os produtores agrícolas a aumentarem suas safras a fim de abastecer o mercado externo.

23. (UECE/2014) No Brasil, o Coronelismo, fenômeno político da Primeira República, tinha como uma de suas principais prerrogativas a

a) limitação do exercício da cidadania, com o voto de cabresto, que assegurava o controle do voto.

b) autonomia política resultante da organização da economia rural da época.

c) prática da cidadania política vinculada à estrutura social dominante no período.

d) adoção de valores éticos para o atendimento das demandas políticas da sociedade.

24. (Unicastelo/2014) Para a consolidação do poder das oligarquias agrárias, capitaneadas pelos cafeicultores paulistas, sobre a República brasileira, era necessária uma sistemática de controle. Em um Estado como o da Primeira República, formalmente liberal, democrático e representativo, mas essencialmente oligárquico, exclusivo, a serviço de uma pequena elite, o núcleo de poder necessitava de uma sistemática de dominação consentânea com esse caráter. Se havia sufrágio universal, este deveria ser burlado; se havia um Congresso, esse devia estar ao serviço do poder executivo; se havia uma política econômica, essa deveria ser posta ao serviço exclusivo dos setores mais poderosos da classe dominante. (Antonio Mendes Jr. et al. Brasil História, 1983. Adaptado.)

Essa “sistemática de controle” pode ser expressa

a) na Política do Café com Leite e na implantação da Justiça Eleitoral.

b) na “degola” dos candidatos oposicionistas e na Política dos Governadores.

c) no voto aberto manipulado pelos coronéis e no centralismo político.

d) no protecionismo alfandegário e na autonomia das assembleias estaduais.

e) na alternância de paulistas e gaúchos na presidência e nas fraudes eleitorais.

25. (UNISC RS/2014) São características da República Velha brasileira (1889-1930):

I - O modelo econômico agroexportador.

II - O coronelismo e as fraudes eleitorais na política.

III - A adoção de volumosa legislação trabalhista que deu origem à CLT.

IV - Uma forte centralização política e administrativa do poder no Rio de Janeiro, o que provocou uma série de conflitos de caráter federalista no país.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II estão corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.

c) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas.

e) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas.

26. (PUC RJ/2014) “É de lá [dos estados] que se governa a República, por cima das multidões que tumultuam, agitadas, nas ruas da capital da União. A política dos estados [...] é a política nacional.”

(Manoel Ferraz Campos Sales. Da propaganda à presidência, 1908).

A partir do diagnóstico acima, o presidente Campos Sales (1898-1902) criou a “Política dos Governadores”, esquema político que deu ao país uma estabilidade de configuração oligárquica.

Assinale a opção que resume o funcionamento daquela política.

a) Pela Constituição republicana de 1891, as pessoas de baixa renda não tinham direito de voto, sendo, portanto, o congresso nacional composto somente por membros das elites e dos sindicatos oficiais.

b) A inacessibilidade das camadas populares aos poucos serviços públicos tornava-as dependentes dos chefes locais para o atendimento de suas necessidades básicas, destituindo-as, na prática, da cidadania e, portanto, do exercício do voto.

c) A Constituição de 1891 estabeleceu uma tal superposição do executivo federal sobre todas as outras instâncias de poder que os municípios e os estados ficaram alijados da política nacional.

d) Os executivos estaduais, apoiados pelo executivo federal, garantiam a eleição dos candidatos oficiais graças às suas ligações com o poder local dos “coronéis”, o que estabeleceu uma cadeia nacional de troca de favores.

e) A inexistência de uma legislação trabalhista na Primeira República (1898-1930) afastou os trabalhadores urbanos da vida política, entregando, dessa forma, o comando do Estado brasileiro aos grandes empresários.

27. (PUC RJ/2014) A Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, exigiu que o país adotasse um novo texto constitucional. Sobre a nova Constituição, aprovada em 1891, podemos afirmar que

a) instituiu uma República Federativa no Brasil, transformando as antigas províncias em Estados, mas sem conferir-lhes grande autonomia, pois eles permaneceram dependentes do Governo Federal para prover suas despesas administrativas.

b) estabeleceu o direito de voto para todos os cidadãos maiores de 21 anos; entretanto, o contingente de eleitores era restrito, pois estavam excluídos os analfabetos, as mulheres e os mendigos, que constituíam a maioria da população brasileira.

c) implementou o regime republicano, com a eleição direta para presidente da República, para o Senado e para a Câmara Federal, sendo que os Estados também podiam eleger seus governadores e suas Assembleias Legislativas, mas não podiam dispor de uma constituição própria.

d) estabeleceu a separação entre o Estado e a Igreja Católica, mas o catolicismo continuou sendo considerado a religião oficial do país, tendo em vista o receio dos novos dirigentes republicanos de que as religiões protestantes, introduzidas pelos imigrantes europeus, dividissem a população brasileira.

e) aceitou a livre associação e a reunião dos cidadãos brasileiros – exceto em casos de mobilização sediciosa –, tendo sido, por isso, considerada uma constituição liberal; mas também mostrou seu lado conservador ao não instituir o habeas corpus, por julgá-lo excessivamente perigoso à ordem social.

28. (ENEM/2009) A figura do coronel era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. Normalmente, tratava-se de grandes fazendeiros que utilizavam seu poder para formar uma rede de clientes políticos e garantir resultados de eleições. Era usado o voto de cabresto, por meio do qual o coronel obrigava os eleitores de seu “curral eleitoral” a votarem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas, para que votassem de acordo com os interesses do coronel. Mas recorria-se também a outras estratégias, como compra de votos, eleitores-fantasma, troca de favores, fraudes na apuração dos escrutínios e violência.

Disponível em: http:/www.histotiadobrasil.net/republica. Acesso em: 12 dez. 2008 (adaptado).

Com relação ao processo democrático do período registrado no texto, é possível afirmar que

a) o coronel se servia de todo tipo de recursos para atingir seus objetivos públicos.

b) o eleitor não podia eleger o presidente da República.

c) o coronel aprimorou o democrático ao instituir o voto secreto.

d) o eleitor era soberano em sua relação com o coronel.

e) os coronéis tinham influência maior nos centros urbanos.

29. (ENEM/2010) Para os amigos pão, para os inimigos pau; aos amigos se faz justiça, aos inimigos aplica-se a lei.

LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa Omega.

Esse discurso, típico do contexto histórico da República Velha e usado por chefes políticos, expressa uma realidade caracterizada

a) pela força política dos burocratas do nascente Estado republicano, que utilizavam de suas prerrogativas para controlar e dominar o poder nos municípios.

b) pelo controle político dos proprietários no interior do país, que buscavam, por meio dos seus currais eleitorais, enfraquecer a nascente burguesia brasileira.

c) pelo mandonismo das oligarquias no interior do Brasil, que utilizavam diferentes mecanismos assistencialistas e de favorecimento para garantir o controle dos votos.

d) pelo domínio político de grupos ligados às velhas instituições monárquicas e que não encontraram espaço de ascensão política na nascente república. 

e) pela aliança política firmada entre as oligarquias do Norte e Nordeste do Brasil, que garantiria uma alternância no poder federal de presidentes originários dessas regiões.

30. (ENEM/2011) Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo jornais, nem revistas, nas quais se limita a ver as figuras, o trabalhador rural, a não ser em casos esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. No plano político, ele luta com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos de cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa organização econômica rural.

LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 (adaptado).

O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social

a) igualitária, com um nível satisfatório de distribuição da renda.

b) estagnada, com uma relativa harmonia entre as classes.

c) tradicional, com a manutenção da escravidão nos engenhos como forma produtiva típica.

d) ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão mantido pelo exército e polícia.

e) agrária, marcada pela concentração da terra e do poder político local e regional.


Qual é o conceito de oligarquia?

A oligarquia é caracterizada por um pequeno grupo de interesse ou lobby que controla as políticas sociais e econômicas em benefício de interesses próprios. O termo é também aplicado a grupos sociais que monopolizam o mercado econômico, político e cultural de um país, mesmo sendo a democracia o sistema político vigente.

O que foi a política do coronelismo?

Coronelismo é um brasileirismo usado para definir a complexa estrutura de poder que tem início no plano municipal, exercido com hipertrofia privada – a figura do coronel – sobre o poder público — o Estado —, e tendo como caracteres secundários o mandonismo, o filhotismo (ou apadrinhamento), a fraude eleitoral e a ...

Quais são as características do coronelismo?

O Coronelismo é um fenômeno da política brasileira ocorrido durante a Primeira República. Caracteriza-se por uma pessoa, o coronel, que detinha o poder econômico e exercia o poder local por meio da violência e trocas de favores.

Como ficou conhecida a política durante a República oligárquica?

A República Oligárquica ficou marcada pela chamada Política dos Governadores, que consistia na troca de favores do Governo Federal com as oligarquias locais.