O primeiro tipo de classificação para pessoas com deficiência física foi desenvolvido ainda no início do esporte para deficientes, que ocorreu na Inglaterra, em 1944, por meio de médicos e especialistas da área de reabilitação. Show
Avaliação Médica Avaliação
Técnica Confira a avaliação funcional em cada modalidade: ATLETISMO Consiste na categorização recebida pelos atletas em função da capacidade de realizar movimentos, evidenciando as potencialidades dos resíduos musculares, de sequelas de algum tipo de deficiência, bem como os músculos que não foram lesados. A avaliação é feita através de teste de força muscular, teste de coordenação (realizado geralmente para atletas com paralisia cerebral e desordens neuromotoras) e teste funcional (demonstração técnica do esporte realizado pelo atleta). Os classificadores analisam o desempenho do atleta considerando os resultados obtidos nos testes. Para provas de campo (arremesso, lançamentos e saltos)
Para provas de pista (corridas de velocidade e fundo)
A classificação é a mesma para ambos os sexos. Entretanto, os pesos dos implementos utilizados no arremesso de peso e nos lançamentos de dardo e disco variam de acordo com a classe de cada atleta. BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS Cada atleta é classificado de acordo com comprometimento físico-motor e a escala obedece aos números 1, 2, 3, 4 e 4,5. Com objetivo de facilitar a classificação e a participação de atletas que apresentam qualidades de mais de uma classe distinta (os chamados casos limítrofes) foram criadas quatro classes intermediárias: 1,5, 2,5 e 3,5. O número máximo de pontuação em quadra não pode ultrapassar 14 e vale a regra de que, quanto maior a deficiência, menor a classe. BOCHA Jogadores com paralisia cerebral são classificados como CP1 ou CP2, bem como atletas com outras deficiências severas (como distrofia muscular), que também são elegíveis para competir na bocha. Os jogadores podem ser incluídos em quatro classes a depender da classificação funcional:
CICLISMO LC - Locomotor Cycling Para pessoas com dificuldade de locomoção:
TandemPara ciclistas com deficiência visual (B1, B2 e B3). A bicicleta tem dois assentos e os ocupantes pedalam em sintonia. Na frente, vai um ciclista não-deficiente visual e, no banco de trás, o atleta com deficiência visual. HandbikePara atletas paraplégicos que utilizam bicicleta especial impulsionada com as mãos. ESGRIMA Os atletas são avaliados a partir de testes de extensão da musculatura dosrsal, da avaliação do equilíbrio lateral com membros superiores abduzidos com e sem a arma, da extensão da musculatura dorsal com as mãos atrás do pescoço, entre outros.
No caso de lesões cerebrais ou mesmo em caso de dúvida, é necessário completar a avaliação observando o atleta no momento do confronto. FUTEBOL DE CINCO Os atletas são divididos em três classes que começam sempre com a letra B (blind, cego em inglês).
FUTEBOL DE SETE Os jogadores são distribuídos em classes de 5 a 8, de acordo com o grau de comprometimento físico. Quanto maior a classe, menor o comprometimento do atleta. Durante a partida, o time deve ter em campo no máximo dois atletas da classe 8 (menos comprometidos) e, no mínimo, um da classe 5 ou 6 (mais comprometidos). Os jogadores da classe 5 são os que têm o maior comprometimento motor e, em muitos casos, não conseguem correr. Assim, para estes atletas, a posição mais comum é a de goleiro. Vale lembrar que a paralisia cerebral compromete de variadas formas a capacidade motora dos atletas, mas, em cerca de 45% dos indivíduos, a capacidade intelectual não é comprometida. GOALBALL Participam atletas com algum tipo de dificuldade visual, conforme classes que vão de B1 ao B3, ou seja, do atleta completamente cego até os que possuem acuidade visual parcial. Quanto menor o código de classificação, maior o grau da deficiência. Todas as classificações são realizadas através da mensuração do melhor olho e da possibilidade máxima de correção do problema. Atletas que usam lentes de contato ou óculos normalmente os utilizam durante a classificação, ainda que não utilizem na competição, já que, assim como no futebol de cinco, os atletas das classes B2 e B3 (com visão parcial) utilizam venda durante as competições. HALTEROFILISMO É a única modalidade em que os atletas são categorizados por peso corporal, como no halterofilismo convencional. São elegíveis para competir atletas amputados das classes A1 a A4, les autres com limitações mínimas, atletas das classes de paralisia cerebral e atletas das classes de lesões na medula espinhal. Os competidores precisam ter a habilidade de estender completamente os braços com não mais de 20 graus de perda em ambos cotovelos para realizar um movimento válido de acordo com as regras. HIPISMO As habilidades funcionais de cada cavaleiro definem o enquadramento em uma das quatro classificações. Classe IPredominantemente, para cadeirantes com pouco equilíbrio do tronco e/ou debilitação de funções em todos os quatro membros, ou nenhum equilíbrio do tronco e bom funcionamento dos membros superiores. Classe IIPredominantemente, para cadeirantes ou aqueles com severa debilitação envolvendo o tronco, além de leve a bom equilíbrio do tronco ou severa debilitação unilateral. Classe IIIPredominantemente, para atleta capaz de caminhar sem suporte, com moderada debilitação unilateral. Podem requerer o uso de cadeira de rodas para longas distâncias ou devido à pouca força. Atletas que têm total perda de vista em ambos olhos. Classe IVDebilitação de um ou mais membros ou algum grau de deficiência visual. JUDÔ Os atletas são divididos em três classes que começam sempre com a letra B (blind, cego em inglês). Homens e mulheres têm o mesmo parâmetro de classificação.
NATAÇÃO O atleta é submetido à equipe de classificação, que procederá a análise de resíduos musculares por meio de testes de força muscular; mobilidade articular e testes motores (realizados dentro da água). Vale a regra de que, quanto maior a deficiência, menor o número da classe. As classes sempre começam com a letra S (swimming) e o atleta pode ter classificações diferentes para o nado peito (SB) e o medley (SM).
REMO No remo, a classe somente braços (A1+) utiliza acento fixo e com encosto. O barco é o single skiff com tripulação masculina ou feminina. Na classe troncos e braços (TA 2x), os acentos são fixos. O barco utilizado é o double skiff, com tripulação mista: um homem e uma mulher. A classe pernas, tronco e braços (LTA) usa acento deslizante no barco four skiff, com timoneiro e tripulação mista: dois homens e duas mulheres. Para braços (A1+)
Para tronco e braços (TA 2x)
Para pernas, tronco e braços (LTA 4+)
Para timoneiroEm eventos adaptáveis, não há nenhuma limitação relativa a idade, gênero ou elegibilidade. RÚGBI EM CADEIRA DE RODAS O rúugbi em cadeira de rodas é praticado por atletas tetraplégicos dos sexos masculino e feminino. Os jogadores são categorizados em sete classes a depender da habilidade funcional: 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0 e 3,5. As classes superiores são destinadas aos atletas que têm maiores níveis funcionais e as classes mais baixas são para jogadores de menor funcionalidade. A classificação é baseada nos seguintes componentes:
TÊNIS DE MESA Os atletas são divididos em onze classes distintas. Segue a lógica de que, quanto maior o número da classe, menor é o comprometimento físico-motor do atleta. A classificação é realizada a partir da mensuração do alcance de movimentos de cada atleta, força muscular, restrições locomotoras, equilíbrio na cadeira de rodas e a habilidade de segurar a raquete.
TÊNIS EM CADEIRA DE RODAS O único requisito para que uma pessoa possa competir em cadeira de rodas no tênis é ter sido medicamente diagnosticada uma deficiência relacionada com a locomoção. Ou seja, deve possuir total ou substancial perda funcional de uma ou mais partes extremas do corpo. Se, como resultado desta limitação funcional, a pessoa for incapaz de participar de competições de tênis para atletas sem deficiência física, deslocando-se na quadra com velocidade adequada, estará credenciada para participar dos torneios de tênis para cadeirantes. TIRO COM ARCO Tiro com Arco em Pé (ARST)Arqueiros na classe de pé não possuem deficiência nos braços. Possuem algum grau de perda de força muscular nas pernas, de coordenação ou mobilidade articular. Arqueiros nesta classe podem escolher por competir sentados numa cadeira normal com os pés no solo ou de pé. Tiro com Arco em Cadeira de Rodas 1 (ARW1)Arqueiros na classee ARW1 possuem deficiência nos braços e pernas (tetraplegia). Possuem alcance limitado dos movimentos, força e controle dos braços e pouco ou nenhum controle do tronco. As pernas não são consideradas funcionais, devido a amputações e/ou limitações semelhantes de movimento, força e controle. Tiro com Arco em Cadeira de Rodas 2 (ARW2)Arqueiros na classe ARW2 possuem paraplegia e mobilidade articular limitada nos membros inferiores. Estes atletas requerem uma cadeira de roda para uso diário. TIRO ESPORTIVO O tiro utiliza um sistema de classificação funcional que permite que atletas com diferentes tipos de deficiência possam competir juntos, tanto no individual como por equipes. Dependendo das limitações existentes (grau de funcionalidade do tronco, equilíbrio sentado, força muscular, mobilidade de membros superiores e inferiores), e das habilidades que são requeridas no tiro, os atletas são divididos em três classes: SH1, SH2 e SH3. Mas as competições paraolímpicas incluem apenas as classes SH1 e SH2. A diferença básica entre SH1 e SH2 é que atletas da SH2 podem usar suporte especial para a arma, que obedecem às especificações do IPC. Os atletas da SH3 possuem debilitação visual. A classificação do Tiro é dividida em três classes principais:
VELA O
sistema de pontuação baseado no nível de habilidade permite que atletas com diferentes tipos de deficiência possam competir juntos. Após a avaliação dos atletas pelo comitê classificador, são concedidos pontos, baseados nas habilidades funcionais, que vão de 1 a 7, indo do mais baixo ao mais alto nível de funcionalidade, respectivamente. Atletas com deficiência visual são situados em uma das três classes de competição, baseadas em sua acuidade visual e campo de visão. Para assegurar a
participação de atletas com todas as contagens de pontos e todas as classes de deficiências, a pontuação agregada não pode ser maior do que 14, o que permite aos velejadores com mais deficiência participar das competições. VOLEIBOL SENTADO Competem atletas com algum tipo de dificuldade de locomoção e/ou amputação devido a acidentes ou sequelas de doenças diversas. O sistema de classificação funcional do voleibol é dividido, portanto, entre amputados e os outros (les autres). Para amputados, são nove classes básicas baseadas nos seguintes códigos:
Código básico de classificação para amputados:
Em les autres são enquadradas pessoas com alguma deficiência locomotora. Atletas pertencentes a categorias de amputados, paralisados cerebrais ou afetados na medula espinhal (paratetra-pólio) podem participar de alguns eventos pela classificação les autres. O que é sistema de classificação Funcional?No sistema de classificação funcional, o atleta obtém pontuação de acordo com o seu potencial de movimentação de pernas, tronco e uma avaliação na água durante a remada. Quanto maior a pontuação, maior o potencial funcional do atleta. Quanto menor o número, maior a limitação do competidor.
Quais são as classificações funcionais?A classificação funcional varia entre 1 a 4,5 pontos; quanto menor o impacto nos movimentos, maior é o número. Ao longo da partida, a soma dos cinco jogadores em quadra não pode ultrapassar os 14 pontos. Na bocha existem quatro classificações para os atletas da modalidade: BC1, BC2, BC3 e BC4.
O que é a classificação funcional esportiva?A classificação funcional é um dos itens mais importantes na prática esportiva, é responsável pela igualdade e a inclusão de diferentes níveis de deficiências dentro de competições esportivas.
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