O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Seja como destino único da sua viagem ou como ponto de partida para outra praia na Bahia, Salvador tem atrações para ocupar com brilho todo o seu tempo na cidade. Veja nossas dicas de o que fazer em Salvador, com roteiros práticos para 1 a 4 dias de viagem, dicas de mais de 30 atrações na cidade e ainda os bate-voltas que realmente valem a pena.

A Bóia recomenda

  • Pegue praia no Porto da Barra, no Farol da Barra ou na Prainha do MAM.
  • Faça uma visita à memória de Zélia Gattai e Jorge Amado n’A Casa do Rio Vermelho.
  • Assista ao excelente Balé Folclórico da Bahia.
  • Numa segunda-feira, tome banho de pipoca de uma das mães de santo que ficam em frente à Igreja de São Lázaro e São Roque.
  • Numa terça-feira, assista à missa sincrética da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. (Se quiser passar o dia inteiro no Pelô, tem um roteiro aqui.)
  • Tire o pé do chão, o ano inteiro, na Casa do Carnaval.
  • Deslumbre-se com os ouros da Catedral Basílica e da Igreja de São Francisco.
  • Tire um dia para ir à Preta, na Ilha dos Frades. (Melhor dia: quinta-feira.)
  • Experimente lambreta — de preferência, na Mouraria.
  • Encaixe sua visita à Igreja do Bonfim numa sexta-feira, o dia de Oxalá. Combine com um almoço na Pedra Furada, sorvete na Ribeira e pôr do sol na Ponta do Humaitá.
  • Veja se no seu sábado não vai rolar Jam no MAM.
  • Assista ao pôr do sol todo dia num lugar diferente.
  • E no verão, não deixe de conferir a programação dos ensaios.

1 dia em Salvador (parada de cruzeiro)

Se o seu navio vai fazer uma parada em Salvador, você tem sorte: o terminal de cruzeiros fica a 8 minutos de caminhada do Elevador Lacerda, de onde você sobe para o Pelourinho. Desembarcando cedinho, e estando sempre de olho no relógio, você consegue aproveitar bem suas horas na cidade.

Manhã: Pelourinho

  • Início ideal do passeio: 9h
  • Vá a pé do Terminal de Cruzeiros até o Elevador Lacerda e suba ao Pelourinho.
  • (Se estiver em hotel, vá de táxi ou Uber até o Terreiro de Jesus, no Pelourinho.)
  • Visite a Catedral Basílica.
  • Visite o Museu Afro-Brasileiro.
  • Visite a Igreja de São Francisco.
  • Caminhe até o Largo do Pelourinho.
  • Almoce no buffet baiano do Restaurante do Senac (abre 11h30).
  • Se já tiver passado de meio-dia, ou se não quiser comer muito, troque o almoço por um lanche na sorveteria A Cubana no Elevador Lacerda.

Tarde: Bonfim, Dique e Farol da Barra

  • Logo depois das 13h, desça pelo Elevador Lacerda
  • Atravesse ao Mercado Modelo para pegar o ônibus turístico Salvador Bus que sai às 13h25.
  • Com o Salvador Bus você visita Igreja do Bonfim (parada de 15 minutos), o Memorial Irmã Dulce (parada de 15 minutos) passa pelo estádio da Fonte Nova e pelos orixás do Dique do Tororó.
  • Salte do Salvador Bus no Farol da Barra. Visite o Museu Náutico da Bahia.
  • Assista ao pôr do sol dali mesmo ou do bar Barravento, mais acima na orla.
  • Se o seu navio pernoitar no porto, volte ao Pelourinho para assistir ao Balé Folclórico da Bahia (20h, sem espetáculos 3ª e domingo).

2 dias em Salvador

Com dois dias inteiros para passear, dá para cumprir o roteiro básico num ritmo menos alucinante. E, de quebra, visitar alguns dos museus mais novos da cidade, no Rio Vermelho e no Porto da Barra.

Dia 1: Pelourinho e Bonfim

  • Vá de táxi ou Uber ao Terreiro de Jesus, na entrada do Pelourinho.
  • Visite a Catedral Basílica.
  • Visite o Museu Afro-Brasileiro.
  • Visite a Igreja de São Francisco.
  • Caminhe ao Largo do Pelourinho e suba até o Carmo.
  • Na volta, almoce no buffet baiano do Restaurante do Senac.
  • Desça pelo Elevador Lacerda.
  • Dê uma entradinha protocolar no Mercado Modelo.
  • Pegue um táxi ou Uber à Sorveteria da Ribeira.
  • Siga de táxi ou Uber à Igreja do Bonfim.
  • Perto das 17h, pegue mais um táxi ou Uber para ver o pôr do sol na Ponta do Humaitá.
  • Volte de táxi ou Uber ao Pelourinho para assistir ao Balé Folclórico da Bahia (20h, sem espetáculos 3ª e domingo).

Dia 2: Dique, Rio Vermelho e Barra

  • Pegue um táxi ou Uber para o Dique do Tororó, para ver os orixás.
  • Siga de táxi ou Uber para a Casa do Rio Vermelho, a casa-museu de Jorge Amado e Zélia Gattai.
  • Almoce no Dona Mariquita, no Rio Vermelho. (Outras boas moquecas por esses lados: Casa de Tereza, no Rio Vermelho, Ki-Mukeka, em Amaralina, e Yemanjá, na Armação.)
  • (Se não quiser comida baiana no almoço, pegue um táxi ou Uber ao Pereira, no Porto da Barra.)
  • Depois do almoço, pegue um Uber ou táxi para a praia do Porto da Barra
  • Visite o Espaço Carybé das Artes.
  • Visite o Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana.
  • Lá pelas 16h40, caminhe por 15 minutos pela mureta da beira-mar até o Farol da Barra.
  • Assista ao pôr do sol do gramado do farol ou mais acima na orla, no Barravento.

3 dias em Salvador

É o mesmo roteiro de 2 dias, acrescido de um dia livre para curtir as praias.

Dias 1 e 2: siga o roteiro de 2 dias em Salvador.

Dia 3: sol e mar. Escolha entre:

  • um passeio de barco às ilhas
  • ou passar o dia em Praia do Forte

4 dias ou em Salvador

Este roteiro consegue cobrir quase todas as atrações da nossa lista, sem corre-corre.

Se você ficar mais dias, use esse roteiro como base para passeios de meio dia e dia inteiro, com manhãs ou tardes de praia.

4 dias em Salvador | Dia 1: um dia no Pelô

  • Vá de táxi ou Uber à Praça da Sé
  • Visite o Museu da Misericórdia
  • Visite a Catedral Basílica.
  • Visite o Museu Afro-Brasileiro.
  • Visite a Igreja de São Francisco.
  • Almoce no buffet baiano do Restaurante do Senac.
  • Sobremesa: sorvete na Sorveteria A Cubana, no Elevador Lacerda.
  • Visite a Galeria da Fundação Pierre Verger.
  • Visite a Casa do Carnaval.
  • Lá pelas 16h30, atravesse o Pelô e suba ao Carmo. Assista ao pôr do sol em Santo Antônio Além do Carmo.
  • Se for terça-feira, troque o pôr do sol pela missa sincrética da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.
  • Se não for terça nem domingo (dias em que nao há espetáculo), encerre do Pelô com o Balé Folclórico da Bahia (às 20h).

4 dias em Salvador | Dia 2: Dique, Rio Vermelho e Barra

  • Pegue um táxi ou Uber para o Dique do Tororó, para ver os orixás.
  • Siga de táxi ou Uber para a Casa do Rio Vermelho, a casa-museu de Jorge Amado e Zélia Gattai.
  • Almoce no Dona Mariquita, no Rio Vermelho. (Outras boas moquecas por esses lados: Casa de Tereza, no Rio Vermelho, Ki-Mukeka, em Amaralina, e Yemanjá, na Armação.)
  • (Se não quiser comida baiana no almoço, pegue um táxi ou Uber ao Pereira, no Porto da Barra.)
  • Depois do almoço, pegue um Uber ou táxi para a praia do Porto da Barra
  • Visite o Espaço Carybé das Artes.
  • Visite o Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana.
  • Lá pelas 16h40, caminhe por 15 minutos pela mureta da beira-mar até o Farol da Barra.
  • Assista ao pôr do sol do gramado do farol ou mais acima na orla, no Barravento.

4 dias em Salvador | Dia 3: Feira de São Joaquim, Ribeira e Bonfim

  • Faça este roteiro de táxi ou Uber. Se achar roots demais, use o roteiro de 2 dias nos dias anteriores e faça um passeio de barco neste dia.
  • Não precisa começar cedo: lá pelas 11h está bom.
  • Comece visitando o Mercado Modelo.
  • Explore a Feira de São Joaquim.
  • Almoce num dos restaurantes Pedra Furada.
  • Tome sorvete na Sorveteria da Ribeira.
  • Visite Igreja do Bonfim.
  • Encerre o passeio com o pôr do sol na Ponta do Humaitá.

4 dias em Salvador | Dia 4: ilhas ou tartarugas

Escolha entre:

  • passeio de barco às ilhas
  • ou passar o dia em Praia do Forte

Salvador – Atrações A-L

Balé Folclórico da Bahia

Esqueça o que você pensa de ‘show folclórico’. O que o Balé Folclórico da Bahia apresenta é um espetáculo de altíssima qualidade. Vale a pena se acomodar nas desconfortáveis arquibancadas do teatro Miguel Santana para curtir 50 minutos de deleite visual.

Meu momento favorito é o número em que os principais orixás são apresentados. Dá para se sentir num terreiro, mas com iluminação e direção de arte muito melhores. Já os gringos talvez gostem mais dos números de capoeira e dança com fogo, que dispensam conhecimentos prévios de rituais afro-brasileiros. Não perca! Garanto que será um dos pontos altos da sua visita a Salvador. Mas atenção: não há espetáculos na 3ª e no domingo.

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Basílica de São Sebastião/Mosteiro de São Bento

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Situada fora das muralhas da Salvador antiga, a Basílica de São Sebastião é a igreja do complexo do Mosteiro de São Bento. Seu maior atrativo são as missas com canto gregoriano, realizadas no domingo às 10h.

Carnaval

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Mesmo com a explosão do carnaval de rua em muitas grandes cidades do Brasil, o carnaval de Salvador continua singular. O que acontece nas ruas de Salvador é um Woodstock ambulante de axé music, com todo o star system da música baiana arrastando a multidão (e sendo assistido por outros tantos nas calçadas, prédios e camarotes). Alguns nomes são famosos no Brasil inteiro, outros são cultuadas localmente — mas tenha certeza de que em cima do trio sempre haverá uma estrela do carnaval.

O Carnaval em Salvador começa, oficialmente, mais cedo do que em todo o país: a partir da noite de quarta-feira (em 2020, dia 19 de fevereiro) já tem folia. Dá para participar de três maneiras:

Saindo nos blocos, dentro da ‘corda’

Você compra um abadá (uma espécie de uniforme) e tem direito a seguir o trio elétrico como parte do bloco, dentro da ‘corda’, o cordão de isolamento operado por garotos chamados cordeiros. Cada abadá vale para um dia específico. Um bloco leva entre 4 e 5 horas para percorrer todo o circuito. Você pode entrar e sair do bloco quantas vezes quiser durante o horário do seu desfile naquele dia (os cordeiros deixam passar quem tem o abadá do dia). Dá para comprar seus abadás em sites especializados como a Central do Carnaval.

Brincando como ‘pipoca’

Pipoca é o espectador avulso, o sem-abadá. Antigamente ‘a pipoca’ era a geral do carnaval, o espaço da calçada onde se acotovelava quem não tinha dinheiro para comprar seu abadá. De alguns anos para cá, porém, a pipoca perdeu o estigma negativo. Hoje identifica também o folião independente, que sai fantasiado como bem entende e curte os trios como nos velhos carnavais. A organização do carnaval aumentou o espaço entre blocos para acomodar pipoca na rua, e já há trios que saem sem cordas, só para a pipoca.

Assistindo de camarote

Muitos camarotes são instalados ao longo dos circuitos, sobretudo no circuito Dodô (Barra-Ondina). Deles você pode assistir ao carnaval como o festival de música que é: todas as estrelas do dia vão passar pela sua janela e dar um show por alguns minutos. Se não estiver interessado numa ou noutra atração, não tem problema: os camarotes são enormes e oferecem um mundo de coisas para fazer (alguns têm palco de show e pista de dança com DJ). O espaço junto à janela, diga-se, é exíguo para todos os espectadores. Posicione-se com antecedência para conseguir lugar na fila do gargarejo para ver o seu bloco preferido. Os ingressos podem ser comprados em sites especializados como a Central do Carnaval.

Circuitos do Carnaval

Existem vários circuitos onde o Carnaval de Salvador acontece. Esses são os mais importantes:

Circuito Osmar (Centro)

O Circuito Osmar é o mais tradicional e carismático: mantém o circuito original do carnaval de antigamente. Vai do Campo Grande à Praça Castro Alves, com ida pela avenida Sete e volta pela rua Carlos Gomes. Tem uma passarela oficial, onde ficam os camarotes das autoridades. É como o Grand Prix de Mônaco: os blocos desfilam o tempo todo entre prédios, com todo mundo acompanhando das janelas e sacadas. Não recomendado para claustrofóbicos. O circuito Osmar tem desfiles de quinta (em 2020, 20 de fevereiro) a terça-feira (em 2020, 25 de fevereiro).

Circuito Dodô (Barra-Ondina)

O Circuito Dodô é o mais novo dos circuitos de trios: foi criado porque não cabiam mais blocos no Centro. É mais arejado, por estar à beira-mar, recebendo a brisa da praia durante a maior parte do trajeto. A primeira grande estrela que apostou em desfilar por aqui foi Daniela Mercury, em 1996, com seu recém-criado bloco Crocodilo. Hoje é o circuito dominante, com mega-camarotes que se sucedem do Farol da Barra à praia de Ondina. Por ser um circuito mais poroso (dá para escapar para a praia e para as ruas da Barra), é melhor do que o Centro para ser pipoca. O Circuito Dodô tem desfiles de quinta (em 2020, 20 de fevereiro) à manhã da quarta-feira de cinzas (em 2020, 26 de fevereiro), quando acontece o Arrastão da Timbalada (desfile sem cordas comandado por Carlinhos Brown).

Circuito Batatinha

O Circuito Batatinha é o Carnaval do Pelourinho. Aqui não desfilam trios elétricos, só blocos de percussão e metais. A ênfase é em marchinhas, frevos, afoxés e blocos afro, em desfiles sem cordas, onde todo mundo pode participar. (Nos palcos de shows, porém, rola música de outros gêneros, incluindo reggae e hip hop.) De modo geral, é um carnaval mais tranqüilo — perfeito para pipocar. O Circuito Batatinha funciona de quinta (em 2020, 20 de fevereiro) a terça-feira (em 2020, 25 de fevereiro).

Circuito Sérgio Bezerra

O Circuito Sérgio Bezerra foi criado por um bloco — o Lavagem do Habeas Copus, um boteco da rua Almirante Marques de Leão, na Barra. Não há trios elétricos, só percussão e sopros. O Circuito Sérgio Bezerra só funciona na noite de quarta-feira (em 2020, 19 de fevereiro), abrindo oficialmente o Carnaval de Salvador.

Segurança no Carnaval

Atenção! Mais importante do que o abadá é uma doleira, onde você vai carregar seu documento, um cartão, algum dinheiro e o celular. Essa doleira deve estar presa por baixo da roupa sempre que você passar por aglomerações (ou seja, quase o tempo todo). Não leve nada nos bolsos, ou você voltará para o hotel com o bolso vazio.

Carnaval fora do Carnaval

  • O ano inteiro, visite o excelente museu Casa do Carnaval
  • Em janeiro e fevereiro, antes do carnaval, não perca os ensaios de blocos

Casa do Carnaval

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Aberta no carnaval de 2018, a Casa do Carnaval da Bahia é o museu mais recente da cidade. Assim como o Espaço Pierre Verger e o Espaço Carybé, seu acervo é primordialmente virtual. Existem objetos em exposição, mas o conteúdo principal são vídeos — muito bem feitos — que esmiúçam a história do carnaval de Salvador.

E possível entender a evolução da folia: desde sua origem européia, passando pela africanização, daí o início dos corsos da elite, na seqüência os blocos de índios, os trios elétricos, os blocos afro… até desembocar no carnaval atual de Salvador. Você se movimenta entre as telas e assiste ao que quiser, controlando o conteúdo num iPod que recebe na entrada. OK, daria pra você ver todos esses vídeos na TV ou no celular, no conforto do seu sofá, mas a Casa do Carnaval é cenografada pra você entrar no clima da festa.

E ao fim do circuito você participa de uma sessão no cinema interativo, em que pode aprender coreografias de alguns dos maiores hits do carnaval, como Faraó Divindade do Egito, clássico do Olodum, repetindo os movimentos dos dançarinos na tela. Se solte, que você vai se divertir.

O único ponto baixo da Casa do Carnaval é que as músicas de Caetano Veloso não foram licenciadas pra tocar. E como Caetano é um dos personagens fundamentais da evolução do carnaval de Salvador, muitos trechos dos vídeos ficam mudos enquanto tocaria uma música do Caetano ao fundo. Isso acontece porque a Prefeitura está sendo processada por artistas por causa de 50 milhões de reais em diretos autorais de músicas tocadas no Carnaval. E a empresária Paula Lagivne decidiu não permitir que as músicas de Caetano tocassem no museu enquanto a pendenga judicial não for resolvida.

Na minha opinião, é uma bola fora total de Paula Lavigne. A sensação do visitante acaba sendo de frustração e decepção com Caetano, porque todos os outros artistas importantes, de Morais Moreira a Daniela Mercury, participam, tocam, cantam, narram a história do carnaval de Salvador. Não deixar tocar as músicas de Caetano diminui um personagem que é disparado, e sem favor nenhum, o artista mais incensado pelo conteúdo do museu.

Esse detalhe à parte, se você gosta do carnaval da Bahia, tem que visitar a Casa do Carnaval. E tem que ir com tempo, porque não dá pra passar menos do que duas horas, não.

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Casa do Rio Vermelho

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

“Se for de paz, pode entrar”. Desde 2014, o aviso no portão do número 33 da rua Alagoinhas é mais verdadeiro do nunca. A casa onde Jorge Amado e Zélia Gattai moraram por 30 anos — e que rendeu o título das memórias de Zélia — está aberta ao público, transformada em ‘museu biográfico’. Muitos ambientes mantêm as funções que tinham originalmente, e dão a deixa para a inserção de obras de Jorge (“Gabriela” na cozinha, “Tereza Batista” no quarto do casal).

Objetos pessoais e as coleções do casal estão cuidosamente expostos. Azulejos de Carybé estão por toda parte (até na cabeceira da cama de casal), assim como os cacos embaralhados de Udo Knoff — dois artistas que eram amigos e freqüentadores da casa. Além do acervo físico, vídeos em telões ajudam a contar a trajetória de Jorge e Zélia. Não deixe de passear pelos jardins: procure a escultura de Exu (sempre guarnecida com oferendas) e entre no quiosque onde é contada a relação de Jorge Amado com o candomblé.

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Catedral Basílica de Salvador

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

A mais ‘nova’ atração de Salvador foi inagurada em 1672. Entre 2014 e 2018, porém, esteve fechada para uma meticulosa restauração. Reaberta, esta jóia de estilo maneirista volta (literalmente) a brilhar, graças às 50.000 folhas de ouro usadas na recuperação de seus 13 altares.

O teto, totalmente entalhado em madeira, passou por sua segunda revitalização em 20 anos. E 30 bustos-relicários de virgens e mártires, que estavam sob a guarda do Museu de Arte Sacra, voltaram a seus postos. Clara e arejada, a Basílica Catedral tem uma leveza rara de encontrar em igrejas católicas. Aproveite que abre cedo, e comece sua visita ao Pelourinho por aqui.

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Dique do Tororó

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

“Eu fui no Tororó beber água, não achei”: os soteropolitanos dizem que a cantiga de roda se refere à lagoa central da cidade, a que se referem simplesmente como “Dique”. Já os santistas sustentam que os versos falam da Bica do Itororó, em Santos. Seja ou não o Tororó da nossa infância, o fato é que o Tororó de Salvador tem duas atrações suplementares: o estádio da Fonte Nova, reconstruído para a Copa de 2014, e os orixás flutuantes do artista Tati Moreno, que estão ali desde 1998.

Os oito orixás no meio do lago (com ou sem o estádio como pano de fundo) compõem um dos postais mais bonitos de Salvador. É difícil chegar de carro, porque não há onde estacionar; prefira ir de táxi ou Uber. O Salvador Bus inclui uma passagem pelo Dique no seu itinerário.

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Espaço Carybé

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

O argentino Héctor Julio Páribe Bernabó, o Carybé (apelido auto-escolhido no fim da infância), tinha quase 40 anos quando se mudou em definitivo para Salvador. Desenhista, pintor, escultor, ceramista, diretor de arte, Carybé se converteu ao candomblé e fez da Bahia seu tema principal. Acabou alçado ao panteão de grandes artistas baianos.

No Espaço Carybé das Artes, sua obra é mostrada por meio de um acervo virtual e interativo: cada traquitana permite um tipo diferente de interação com desenhos e pinturas do mestre. Fica no Forte de São Diogo, a uma escadariazinha de distâcia da praia do Porto da Barra. O ingresso dá direito a visitar o Espaço Pierre Verger, no Forte de Santa Maria, que fica na outra ponta da praia.

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Espaço Pierre Verger

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Ao chegar a Salvador em 1946, aos 44 anos, o fotógrafo-antropólogo francês Pierre Verger já tinha corrido meio mundo, do Sudão à Indochina ao México à Patagônia, documentando rostos e costumes das mais diversas etnias. Apaixonou-se pela cidade e resolveu ficar. Passou a estudar a diáspora yorubá: a migração forçada de africanos para as Américas como escravos, trazendo sua cultura e sua religião. Converteu-se ao candomblé, onde ganhou o nome ‘Fatumbi’, logo incorporado como sobrenome do meio.

A influência de Pierre Fatumbi Verger na fotografia baiana pode ser apreciada neste museu de acervo virtual e interativo. O visitante comanda telas e projeções que exibem obras de Verger e outros 50 fotógrafos baianos, divididas por temas como retratos, cultos afro-brasileiros, paisagens urbanas e cenas do interior.

O espaço ocupa o interior do Forte de Santa Maria, que guarda o canto esquerdo da praia do Porto da Barra. O ingresso dá direito a visitar o Espaço Carybé, no forte do canto direito (o de São Diogo).

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Ensaios de blocos | Música no Pelô

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Em janeiro começa a temporada de ‘ensaios’, como são chamados os shows de axé music no verão. Estando em Salvador, confira a programação e, se houver venda de ingresso online, garanta o seu.

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Meus ensaios preferidos são os da banda Cortejo Afro, que cobre o melhor repertório do axé com uma bela direção de arte — normalmente as apresentações acontecem no Largo Pedro Arcanjo, no Pelourinho. São igualmente imperdíveis os ensaios da Timbalada — que, no verão de 2019, voltou para o Guetho Square no Candeal (tomara que continuem em 2020).

O Olodum costuma ensaiar às terças durante todo o verão, no Largo Tereza Batista do Pelourinho. Já o Bailinho de Quinta faz sucesso com seu repertório de marchinhas antigas e outros clássicos carnavalescos. Gerônimo, o genial autor de ‘É d’Oxum’, costumava se apresentar às terças na Ladeira do Carmo; assim que soubermos o local de seus shows no verão, incluiremos aqui.

Fora da época pré-carnaval, a melhor chance de assistir a um show tipo ensaio é nos locais do Pelourinho. O site Pelourinho Dia e Noite costuma trazer a programação (incluindo também o Teatro Castro Alves, no Campo Grande).

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Elevador Lacerda

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Inaugurado em 1873, o Elevador Lacerda foi o primeiro elevador urbano do mundo. O Elevador de Santa Justa, em Lisboa, só seria inaugurado 27 anos depois, em 1902. Mas o elevador baiano só ganharia o seu formato atual (de certa forma, inspirado pelo português, com uma torre avançada unida à colina por uma plataforma) em 1930.

Indispensável ao trânsito de pedestres entre a Cidade Alta (onde está o Pelourinho) e a Cidade Baixa (onde estão o Mercado Modelo, o Centro Náutico de onde saem as lanchas para Morro de São Paulo, e o Terminal de Cruzeiros), o Elevador Lacerda desempenha também o papel de cartão-postal essencial de Salvador.

Do alto, compõe a vista clássica com a escultura modernista de Mário Cravo Neto, o Mercado Modelo e, já na baía, o Forte São Marcelo. De baixo, impõe-se como a estrela do conjunto arquitetônico da Cidade Baixa.

O elevador, na verdade, são dois, que ficam no vaivém entre as 5h e as 22h ou 23h. O trajeto é feito em 20 segundos. Mas em horários de movimento, você pode passar mais de 10 minutos na fila.

Se você for ao Elevador Lacerda, seja para usar, seja para fotografar, aproveite a Sorveteria Cubana, que funciona no alto. Um ano mais antiga que a Sorveteria da Ribeira, é a sua maior rival. Assim como no campo dos acarajés, é preciso provar o sorvete das duas para ter um veredicto.

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Farol da Barra

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Construído a partir de 1696 para guardar a entrada da Baía de Todos-os-Santos, o Forte de Santo Antônio receberia seu primeiro farol em 1698. O farol que se vê hoje foi instalado em 1839 (e reformado em mais três ocasiões), desde então compondo o cartão-postal mais fotogênico de Salvador.

Durante o dia, o forte-farol deixa mais bonita a praia do Farol da Barra — e pode ser visitado por dentro. O farol serve de mirante, e o forte hospeda o Museu Náutico da Bahia, com um acervo de relíquias militares, instrumentos náuticos e réplicas de embarcações em miniatura.

Ao entardecer, atrai turistas e namorados para ver (e aplaudir) o pôr do sol. Para apreciar o conjunto (forte + praia + pôr do sol), o melhor mirante é o bar Barravento, mais acima na beira-mar.

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Feira de São Joaquim

Perto do terminal de ferry-boat de São Joaquim, a Feira de São Joaquim é a mais antiga de Salvador. Não é turística: continua a ser usada por soteropolitanos em busca de frutas, legumes, temperos, especialidades locais, artigos tradicionais e de candomblé (incluido animais vivos para sacrifício). Uma voltinha aqui permite entrar em contato com a Bahia profunda (e proporciona belas compras de presentes e souvenirs não-turísticos).

Hoje em dia a feira tem duas áreas distintas. A área tradicional, feia e decadente, é a mais autêntica e pitoresca (recomendo andar de calçado fechado por ali). A área nova (inaugurada em 2012) funciona sob um grande galpão, moderno e arejado. Se eu fosse você, visitaria as duas, começando pela parte antiga.

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Galeria da Fundação Pierre Verger

Muito antes de existir o Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana no Porto da Barra, a Galeria da Fundação Pierre Verger já exibia uma coleção significativa da obra do fotógrafo-antropólogo francês que documentou a diáspora yorubá e registrou como ninguém a cultura afro-baiana. A galeria é pequenina, mas está muito bem localizada, no caminho entre o Elevador Lacerda e o Pelourinho. Aproveite para comprar postais, camisetas e livros com fotos de Verger — são excelentes como presentes ou souvenirs.

Igreja do Bonfim

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Muitas vezes referida simplesmente como a ‘Colina Sagrada’, a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim é o epicentro da fé dos baianos. No sincretismo, o Senhor do Bonfim é Oxalá, o orixá responsável pela criação do mundo. Sexta-feira é o seu dia — e, por isso, dia de vestir branco e ir pedir a bênção no Bonfim. Subir a escadaria e chegar ao gradil enfeitado por milhares de fitinhas do Bonfim é emocionante até para os totalmente descrentes.

O Bonfim fica fora do eixo mais turístico de Salvador, mas oferece um circuito próprio. Você pode aproveitar para almoçar na Pedra Furada, tomar sorvete na Sorveteria da Ribeira e assistir ao pôr do sol na Ponta do Humaitá — todas essas atrações ficam no mesmo lado. O Memorial Irmã Dulce fica no caminho entre a Cidade Baixa e o Bonfim.

Se for de carro, espere lidar com flanelinhas. É mais tranqüilo ir de táxi ou Uber. E caso você se contente com uma parada de 15 minutos e não queira esticar na Sorveteria da Ribeira, pode ir com o ônibus de city-tour Salvador Bus.

Seja qual for o seu transporte, ao desembarcar prepare-se para enfrentar os vendedores de fitinhas do Bonfim, que não vão sossegar enquanto você não comprar um punhado.

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Lavagem do Bonfim: quando é?

A mais importante das festas de largo é a Lavagem do Bonfim. Mas sua origem é pouco festiva: no século 18, a igreja era lavada por escravos na véspera da festa católica. À medida que o Senhor do Bonfim foi sendo sincretizado como Oxalá, a lavagem passou a ser feita com entusiasmo, e se tornou uma festa em si. Tanto assim, que os padres acabaram fechando as portas da igreja no dia da lavagem, que passou a ser feita do lado de fora.

Hoje a festa da Lavagem do Bonfim tem início de manhã cedo na igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, pertinho do Elevador Lacerda, na Cidade Baixa. De lá, uma procissão animada por ritmos afro-baianos segue pelos 7 km até a Colina Sagrada, onde é feita a lavagem. Grupos de amigos se organizam para fretar barcos para voltar pelo mar.

A Lavagem do Bonfim vem com uma pegadinha: a festa acontece na segunda quinta-feira depois do Dia de Reis (6 de janeiro). Preste atenção — não é a segunda quinta-feira de janeiro; é a segunda quinta-feira depois de 6 de janeiro.

As próximas Lavagens do Bonfim vão se realizar dias 16 de janeiro de 2020 e 14 de janeiro de 2021

Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (missa sincrética)

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

A igreja de fachada azul-celeste, bem no centro do Largo do Pelourinho, é uma das mais fotografadas de Salvador — e foi cenário de uma das cenas mais conhecidas do filme “Dona Flor e Seus Dois Maridos”. Erguida com sacrifício por uma irmandade de negros alforriados, Nossa Senhora do Rosário dos Pretos acabou naturalmente ligada ao sincretismo. Toda 3ª feira acontece uma das mais emocionantes manifestações sincréticas de Salvador: uma missa com sonoridade afro-baiana.

A missa é só às 6 da tarde, mas recomendo chegar com pelo menos meia hora de antecedência para pegar um lugar sentado. O ideal é sentar numa das primeiras fileiras do lado esquerdo. Assim você estará perto do que faz a missa ser especial: os instrumentos de percussão que vão acompanhar toda a celebração nas batidas de afoxé e samba.

As músicas podem variar, mas pelo menos uma foi tocada em todas as vezes em que fui: “Sorriso negro”, de Dona Ivonne Lara, na hora do ‘saudai-vos uns aos outros’ (“Um abraço negro/Um sorriso negro/Traz felicidade…)

O momento que mais remete ao candomblé é o ofertório, quando mulheres (primeiro) e homens vão da porta da igreja ao altar trazendo pães que serão abençoados, numa coreografia que seria tida como profana fora dali. Ao final da missa, os pães bentos serão dividos (e disputados) pelo público.

A igreja também é o epicentro da festa de Santa Bárbara, que corresponde a Iansã no panteão de orixás do candomblé, e inaugura a temporada das festas de largo da Bahia, no dia 4 de dezembro. Leia mais sobre festas de largo.

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Igreja e Convento de São Francisco

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

A Igreja de São Francisco esconde o jogo: suas portas estão quase sempre fechadas (a entrada é por uma porta à direita da entrada principal). Passantes distraídos (ou desinformados) não saberão que ali está guardado um dos tesouros do barroco brasileiro. O interior da igreja é inteiramente recoberto por entalhes folheados a ouro: estima-se que uma tonelada de ouro tenha sido usada.

A igreja parece ainda mais suntuosa porque a visita começa no Convento, que é devidamente monástico (mas tem azulejos portugueses deslumbrantes). Se você vai ao Pelourinho para a Terça da Bênção, comece sua visita por esta igreja: na 3ª ela fecha às 15h (nos outros dias úteis, às 17h30).

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Igreja de São Lázaro e São Roque (banho de pipoca)

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Uma das igrejas mais antigas de Salvador (a primeira capela foi erguida na década de 1730), São Lázaro e São Roque fica na ponta de uma colina na Federação, de onde se tem linda vista para o mar de Ondina. Seu maior atrativo, porém, não é história nem a paisagem, mas o fato de ser uma das igrejas mais emblemáticas do sincretismo afro-baiano.

Omolu, que pode ser descrito (simplificadamente) como o ‘orixá da cura’, foi sincretizado como São Lázaro (o homem que Jesus ressuscitou). Toda segunda-feira, mães de santo se postam em frente à igreja para dar banho de pipoca (um ritual de descarrego no candomblé) a quem pedir. (Elas esperam um pequeno agrado em troca; dê quanto puder — R$ 10, por exemplo.) A missa mais importante da 2ª feira é a das 18h.

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Salvador – Atrações M-Z

Memorial Irmã Dulce

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Irmã Dulce já era considerada santa pelos baianos muito antes do anúncio de sua canonização pelo Vaticano (que ainda não tem data para ser efetivada). Agora que vai ser oficialmente santa, o Memorial Irmã Dulce deve ser ainda mais visitado. Trata-se de um pequeno museu que funciona na sede de suas Obras Sociais (também conhecido como ‘Complexo Roma’), uma ONG que acolhe e trata doentes pobres e faz trabalho assistencial em comunidades carentes.

O museu expõe objetos pessoais de Irmã Dulce, incluindo seu hábito, e preserva o quarto exatamente como era quando estava viva — incluindo a cadeira onde dormiu por 30 anos, para cumprir uma promessa. Na saída do Memorial, uma lojinha vende souvenirs com a imagem da nova santa.

O ônibus de city-tour Salvador Bus faz uma parada de 15 minutos no Memorial.

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Mercado Modelo

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

A região que nós, forasteiros, conhecemos por ‘Cidade Baixa’ é chamada pelos soteropolitanos de ‘Comércio’. E o Mercado Modelo, em seu formato original, era um dos responsáveis por isso: funcionava como um autêntico mercado onde a cidade comprava frutas, legumes, carnes, animais vivos e artigos de candomblé (mais ou menos como a Feira de São Joaquim hoje).

O prédio original, de 1912, foi totalmente destruído por um incêndio em 1969. Ficava no lugar onde existe hoje a escultura de Mário Cravo Neto que compõe com o Elevador Lacerda ao fundo a vista clássica da Cidade Baixa de Salvador.

O mercado tinha uma rampa por onde escoavam as mercadorias trazidas por saveiros desde o Recôncavo. Com a transferência para o prédio atual — também histórico, construído para abrigar a alfândega de Salvador — o Mercado Modelo pouco a pouco deixou de ser um ponto de abastecimento da cidade para se tornar o que é hoje, um shopping de artesanato popular para consumo dos turistas.

O lugar é curioso, mas merecia uma reforma que valorizasse a arquitetura e desse mais dignidade ao que é vendido (a luz branca fluorescente mata o que poderia haver de belo). Chegar é muito fácil: se você está no Pelourinho, basta descer pelo Elevador Lacerda e atravessar a rua.

Atrás do Mercado, o Centro Náutico é um terminal marítimo onde operam as lanchas que fazem a travessia a Mar Grande (Itaparica) e a Morro de São Paulo, assim como as escunas dos passeios pela Baía de Todos-os-Santos.

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Museu Abelardo Rodrigues

Este pequeno museu no Pelourinho tem uma história tão interessante quanto seu acervo. Todas as peças de arte sacra foram colecionadas em Pernambuco pelo advogado e paisagista Abelardo Rodrigues. Abelardo morreu de infarto aos 63 anos, durante a ditadura militar, quando liderava uma campanha pela preservação da igreja de Nossa Senhora dos Martírios, no centro do Recife, que acabaria sendo derrubada para o alargamento de uma avenida.

A rixa de Abelardo com as autoridades fez com que o governo de Pernambuco, depois de sua morte, não se interessasse em adquirir sua coleção. Foi quando o governo baiano entrou na parada e fez uma proposta à viúva de Abelardo para levar a coleção para a Bahia. Isso causou uma reação imediata do governo de Pernambuco, que desapropriou a coleção e transferiu as obras para uma sala sem a menor condição de exibição.

Depois de uma pendenga que ficou conhecida como ‘a guerra santa’, a Bahia acabou ganhando na Justiça o direito de trazer a coleção de Abelardo Rodrigues para Salvador. Inicialmente ficou exposta no Museu de Arte Sacra. No entanto, devido à curadoria muito peculiar de Abelardo, decidiu-se que a coleção faria mais sentido em seu próprio museu. São obras produzidas entre os séculos 17 e 20, a grande maioria nordestina, mas com peças vindas da Europa também.

Museu Afro-Brasileiro

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Idealizado pelo antropólogo-fotógrafo Pierre ‘Fatumbi’ Verger, o Museu Afro-Brasileiro é o mais importante do gênero no Brasil. O acervo inicial foi garimpado pessoalmente por Verger, durante os anos 70. São instrumentos, tecidos, objetos de cerâmica, esculturas e máscaras, a maioria oriunda das nações yorubá e fon, as mais importantes na formação da cultura baiana. Às coleções africanas se somam as coleções afro-brasileiras: artefatos ligados ao candomblé, à capoeira e ao carnaval, além de obras de artistas negros brasileiros.

O grande chamariz do museu, porém, são os 27 painéis de Carybé dedicados aos orixás, entalhados em madeira, com incrustações em metal, búzios e vidro. É uma obra a um só tempo artística e didática: cada painel mostra a figura de um orixá, com seus atributos (os objetos ligados à divindade) e seu animal litúrgico.

Pegadinha: como todo museu administrado pela UFBA, o Museu Afro-Brasileiro não abre sábado nem domingo.

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Museu da Misericórdia

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

O local onde foi instalado o primeiro Hospital de Caridade da Bahia — embrião da Santa Casa — tem a idade de Salvador. A visita guiada, muito bem roteirizada, resulta num passeio pela medicina e pelos costumes do Brasil colônia e do Brasil império. Entre os destaques do acervo estão uma rara imagem de São Jorge a pé, sem cavalo; uma réplica da Roda dos Expostos, onde bebês eram abandonados de madrugada para adoção; uma antiga farmácia completa; e o primeiro carro a gasolina da Bahia.

O ponto mais alto da visita é poder entrar na imponente sala de reuniões do conselho, com vista deslumbrante para a Baía de Todos-os-Santos. De lambuja, o museu ainda abriga exposições temporárias de arte.

Museu de Arte Moderna/MAM (Solar do Unhão)

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Tarsila, Portinari, Di Cavalcanti, Volpi, Iberê Camargo, Burle Marx, Djanira, Mário Cravo Neto, Tunga, Tomie Ohtake, Leda Catunda: alguns dos maiores nomes da arte contemporânea brasileira têm obras no acervo permanente do MAM. Mesmo se o museu não tivesse obra nenhuma, já valeria a visita: o MAM ocupa uma das edificações mais antigas de Salvador: o Solar do Unhão, construído no século 16 à beira da Baía de Todos-os-Santos.

O jardim de esculturas, outra atração do museu, está interditado para reformas, e deve reabrir em meados de 2020, junto com o novo restaurante.

No sábado, das 18h às 21h, acontece o Jam no MAM, que traz jazz e um povo descolado para o pátio do museu. Atualmente o evento está em patrocínio, e por isso vem acontecendo apenas uma semana por mês. Confira (e confirme) a programação no site.

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Curiosidade: existe uma praia excelente cujo único acesso é pelos jardins do museu. Leia aqui sobre a Prainha do MAM.

Recomendação: apesar do museu estar a uma distância caminhável de outras atrações como o Mercado Modelo ou a Bahia Marina, não é recomendável andar a pé por este trecho da av. do Contorno. Vá e volte de táxi ou Uber.

Museu de Arte Sacra

Instalado no antigo Convento de Santa Teresa d’Ávila, o Museu de Arte Sacra da UFBA guarda mais de 5 mil peças, entre imagens, azulejos, jóias e peças de mobiliário de igrejas e conventos garimpadas em toda a Bahia. Fica perto de outras duas atrações — a Basílica de São Sebastião/Mosteiro de São Bento e o restaurante Porto do Moreira. Como todo museu administrado pela UFBA, não abre sábado nem domingo.

Palacete das Artes

Este elegante casarão centenário, tombado e restaurado, recebe boas exposições temporárias. Da época em que foi o Museu Rodin Bahia (entre 2009 e 2012) restaram quatro esculturas em bronze de Auguste Rodin, que podem ser vistas no jardim.

Museu do Sorvete (Solar Amado)

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

É a novidade da Ribeira: o Solar Amado, um casarão centenário e tombado pelo patrimônio histórico que estava decrépito, foi restaurado para se tornar o Museu do Sorvete. O museu é bem pobrezinho: tem nível de exposição escolar. Mas o casarão é lindo, e uma visita ao andar superior justifica o ingresso (caso você seja fã de arquitetura). Ao lado do museu funciona uma loja dos Sorvetes Real. A insuperável Sorveteria da Ribeira, porém, está a uma caminhadinha de 8 minutos para a esquerda, pela orla.

Passeios de barco

Do Porto da Barra, em Salvador, à Ponta do Garcez, em Jaguaripe, a Baía de Todos-os-Santos abriga praias de águas cristalinas, ao longo do continente e em 56 ilhas no seu interior.

Quem é de Salvador aproveita. A elite mais tradicional de Salvador tem casa de praia ‘na ilha’ (tradução: em Itaparica) e desfila de lancha baía afora. O povão aproveita as travessias baratas às maiores ilhas. E juntando uma turma, fretar uma escuna não fica proibitivo.

Mas o forasteiro? Veja suas opções.

Passeio de escuna às ilhas

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Para quem visita Salvador, a opção mais prática e em conta para passar um dia na baía é se encaixar num tour de escuna. O roteiro é quase padrão: as escunas vão primeiro à Ilha dos Frades para banho de mar e depois seguem para a praia de Ponta de Areia, em Itaparica para almoçar num restaurante tipo buffet (o almoço não está incluído no preço). As saídas são diárias, do Centro Náutico atrás do Mercado Modelo.

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Passeio exclusivo à Ilha dos Frades

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

É a minha recomendação para passeio em grupo pela Baía de Todos-os-Santos (muito mais proveitoso que o passeio combinado com Itaparica). Você vai ter tempo suficiente de curtir a belíssima praia da Ponta de Nossa Senhora de Guadalupe e, entre 4ª e domingo (ou diariamente na temporada), almoçar no restaurante da Preta, um dos mais descolados de Salvador (mas tem que reservar). A saída é do Centro Náutico atrás do Mercado Modelo, às 9h. A volta é às 15h30. O catamarã leva 1h20 em cada sentido.

Você pode comprar até a véspera (de preferência, com alguns dias de antecedência) diretamente no guichê no Centro Náutico atrás do Mercado Modelo, por R$ 65. Mas agências também vendem o passeio, com algum sobrepreço (lembre-se de que você não vai precisar se deslocar até o terminal só para comprar o bilhete). As agências também têm opções com traslado — não acho que compense; ir e voltar de Uber pode sair mais barato e você não precisa se sujeitar ao pinga-pinga das vans de traslado.

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Travessias regulares às ilhas

Três ilhas têm acesso barato por travessias regulares.

Itaparica

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

É a travessia mais simples de fazer. Grandes barcos de madeira (conhecidos como “lanchas”, não me pergunte por quê) vão do Centro Náutico atrás do Mercado Modelo até o vilarejo de Mar Grande de hora em hora (ou menos, nos fins de semana). O serviço é interrompmido em caso de mau tempo ou de maré muito baixa, que impede o desembarque em Itaparica. A passagem custa R$ 5,30 nos dias de semana e R$ 7,10 em fins de semana e feriados.

Chegando a Mar Grande você pode ir à praia que fica próxima ao cais (à esquerda de quem desembarca) e é muito gostosa. Também pode fazer um trekking à beira-mar até a Praia da Penha (45-60 minutos de caminhada, com obstáculos). Também pode ir de van, táxi ou Uber para as várias da ilha. Indico a Praia da Penha, que é excelente (povoada por casas de praia chiques).

Ilha de Maré

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Se você estiver de carro ou se dispuser a pegar o ônibus 1651-00 na estação Lapa do metrô ou na av. Jequitaia na Calçada (veja o percurso aqui) chega a São Tomé do Paripe, de onde saem barcos para a Ilha de Maré.

São Tomé de Paripe, no subúbio ferroviário, está a 20 km do centro de Salvador, pelo caminho ao longo da baía. É vizinho da Base Naval de Aratu, onde se hospedaram vários presidentes em férias. A praia em frente à base se chama Inema e não permite visitas, mas é avistada no trajeto à ilha.

Os barcos cobram entre R$ 5 e R$ 6 por pessoa para a travessia, com um mínimo de passageiros. Os barcos menores podem ser fretados por R$ 25 a R$ 30 para a travessia. A melhor praia da Ilha de Maré é a Praia das Neves.

O ônibus leva mais de 1 hora a partir da Calçada, e vai costeando o subúrbio ferroviário. (Também dá para ir de trem suburbano da estação Calçada à estação Paripe, uma viagem de 40 minutos, mas lá será necessário pegar um ônibus ou um táxi para a praia.) De carro, dependendo de onde você esteja em Salvador, o caminho mais rápido pode ser pela BR 324 (consulte o Waze).

Ilha dos Frades

O ponto de acesso à Ilha dos Frades é a vila de Madre de Deus, a 60 km de Salvador. Dali saem barcos para a praia de Paranama, por R$ 5 por passageiro. A travessia leva 20 minutos. É possível negociar a extensão até outros pontos da ilha ou fretar um barquinho inteiro. A melhor praia é a de Nossa Senhora, que fica perto do Restaurante da Preta.

Se estiver de carro, você vai sair de Salvador pela BR 324. Caso se disponha a ir de ônibus, a linha 805A sai do Terminal Retiro, que é ligado à linha 1 do metrô (estação Retiro). A viagem leva 1h30. Veja horários aqui.

Aluguel de lancha ou escuna

Várias operadoras fretam lanchas e escunas para passeios pela Baía de Todos-os-Santos, com roteiro a combinar. As diárias começam em R$ 1.500 e chegam a R$ 5.000, dependendo do tamanho da embarcação. (Há escunas que podem levar 80 a 100 pessoas.) Peça os contatos na recepção do seu hotel ou procure uma agência de viagem.

Pôr do sol

Toda orla de Salvador à beira da Baía de Todos-os-Santos está voltada para o oeste. É a única capital da costa leste do Nordeste em que você pode ver o sol se pôr no mar. Aproveite: espetáculo começa às 17h30. Veja alguns pontos favoritos para assistir ao pôr do sol — ordenados em ordem geográfica, a partir do ponto mais ao norte da cidade.

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Pedra da Sereia

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Esta minúscula península na divisa de Ondina com o Rio Vermelho é voltada para o oeste, e por isso dali já dá para ver o sol se pôr no mar. Há dois restaurantes no pedaço, veja aqui.

Barravento

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Este barzão debruçado na praia do Farol da Barra proporciona uma linda vista do pôr do sol com o Farol da Barra em quadro. Leia mais aqui.

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Farol da Barra

É praticamente o pôr-do-sol oficial de Salvador. Às 5 da tarde o pessoal já toma os melhores postos no gramado para assistir com conforto. Chegando mais cedo, aproveite para visitar o Museu Náutico e subir no Farol (leia aqui).

Porto da Barra

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

É o meu pôr do sol favorito — porque é visto sem precisar sair da minha praia favorita. Assista da areia ou dentro d’água. Leia mais sobre a praia do Porto da Barra aqui.

Acqua

Este café/bar/restaurante junto ao Iate Clube, na Ladeira da Barra, oferece pôr do sol com mordomia. Mas é preciso fazer reserva para garantir sua mesa numa de suas duas varandas. Leia mais sobre o Acqua aqui.

Santo Antônio Além do Carmo

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Do alto do largo de Santo Antônio Além do Carmo, onde está o Forte da Capoeira, se tem uma linda vista do pôr do sol por trás da zona portuária de Salvador. Para ver o pôr do sol com mais conforto, tente um lugar no café Cafélier ou no bar/restaurante Pysco.

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Ponta do Humaitá e Pedra Furada

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Dois mirantes de pôr do sol complementam uma visita à Igreja do Bonfim.

A Ponta do Humaitá é o ponto mais avançado de terra dentro da Baía de Todos-os-Santos. Ali fica o Farol de Humaitá, que ajuda no enquadramento da sua foto do sol se escondendo no mar.

O outro pôr do sol da área se oferece a quem fizer um almoço tardio num dos restaurantes pitorescos da Pedra Furada. Leia sobre eles aqui.

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Salvador Bus

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Salvador tem seu ônibus de dois andares de city-tour, o Salvador Bus. Não chega a ser um hop-on hop-off clássico, porque tem poucas paradas para descer e pouca freqüência. É um serviço que recebe muitas críticas — mas que pode valer a pena se você usar a estratégia que eu indico mais abaixo.

Salvador Bus: pontos positivos

O itinerário é interessante. Tirando o Pelourinho (que deve ser visitado antes do passeio ou em outro dia), o Salvador Bus cobre os pontos mais importantes da cidade. A partir da parada no Mercado Modelo, vai à Colina do Bonfim (com parada de 15 minutos para ir até a igreja) e de lá ao Memorial Irmã Dulce (nova parada de 15 minutos). Voltando, passa pelo estádio da Fonte Nova e pelo Dique do Tororó, onde estão os orixás de Tati Moreno. O ônibus segue então até o Shopping da Bahia (antigo Iguatemi) e retorna pelos bairros da orla: Jardim de Alah, Rio Vermelho, Ondina. Faz então uma parada no Farol da Barra e segue para o ponto final no Mercado Modelo.

Para quem só tem 1 dia para passear em Salvador, é uma boa opção.

O ingresso pode ser comprado no ônibus. Não é preciso se programar com antecedência.

Salvador Bus: pontos negativos

Perde-se muito tempo passando nos hotéis. As duas horas iniciais do passeio são gastas apanhando os passageiros nos hotéis. Quem embarca nessa etapa fica extremamente aborrecido e tende a só ver defeitos no passeio.

Não funciona como um verdadeiro hop-on hop-off. É um defeito comum a muitos desses ônibus no Brasil. Não há uma freqüência de ônibus que permita parar ao longo do dia em várias atrações, para visitar com calma e então seguir no próximo ônibus. Mesmo a parada que permitiria isso — a primeira parada no Mercado Modelo, que tem até duas horas de intervalo para quem quiser subir pelo Elevador Lacerda e visitar o Pelourinho — acaba sendo curta.

Não é barato. Antes dos táxis por aplicativo, ir ao Bonfim era caro e envolvia algum risco de ser enganado pelo taxista. Atualmente, com exceção dos momentos em que a tarifa fica ‘dinâmica’, andar de Uber é razoavelmente barato. Duas pessoas passeando juntas deverão gastar menos de Uber do que no Salvador Bus para fazer o mesmo itinerário.

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Salvador Bus: estratégia recomendada

Abra mão da primeira parte do percurso, que é totalmente perdida na função de recolher passageiros nos hotéis. Vá de táxi ou Uber direto para o Pelourinho, chegando lá pelas 9 da manhã. Deixe para iniciar o percurso do Salvador Bus no ônibus que sai às 13h25 do Mercado Modelo em direção ao Bonfim. Fique no ônibus até as 16h30, desembarcando no Farol da Barra. Volte de táxi ou Uber para o seu hotel.

Para mais detalhes desta estratégia, veja o Roteiro de 1 dia/parada de cruzeiro (clique aqui).

Sorveteria da Ribeira

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

No Ba-Vi entre as duas sorveterias mais antigas da cidade (Cubana e Ribeira), é provável que a Sorveteria da Ribeira tenha mais fãs que o E.C. Bahia. Fundada em 1931 (um ano depois d’A Cubana), a Sorveteria da Ribeira esmerilha no quesito quantidade de sabores (são 60, contra 45 da rival) — incluindo raridades como sapoti e biribiri. O sorvete de coco verde vale a viagem à Bahia. É uma parada imprescindível no circuito das atrações da região, que incluem a Igreja do Bonfim, os restaurantes da Pedra Furada e o pôr do sol da Ponta do Humaitá.

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  • Sorveteria da Ribeira | Rua da Penha, 87, Ribeira | Tel (71) 316-5451 | Site

Bate-volta a Praia do Forte

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

A 80 km da área central de Salvador, Praia do Forte é um bate-volta que pode ser feito com bastante proveito. Por causa do trânsito na av. Paralela e em Lauro de Freitas (cidade movimentada da Grande Salvador, logo depois do aeroporto), conte em levar duas horas no trajeto.

Se você vai de carro, saiba que Praia do Forte tem regras rígidas de circulação de veículos. Você vai precisar deixar seu carro num dos dois bolsões de estacionamento. Há um bem na entrada da cidade (que deixa você ao lado do centrinho) e outro um pouco mais adiante (que deixa você mais perto das praias não-centrais). Para deslocamentos dentro da vila você pode usar os tuk-tuks (triciclos motorizados) ou bicitáxis (charretinhas movidas a pedal).

A vila é uma graça: o plano diretor preservou sua arquitetura de vilarejo praiano e proibiu o uso de letreiros luminosos ou espalhafatosos. A avenidinha principal leva à praia do centro e ao Projeto Tamar: é impossível se perder.

As praias

A praia central, ou Praia do Porto, é boa em qualquer maré: não tem pedras, e a paisagem é mais pitoresca, por causa da igrejinha no canto direito e dos barquinhos que normalmente estão estacionados. Dá para alugar cadeira e guarda-sol (ou só cadeira, se você conseguir um lugar à sombra da castanheira) e usar o serviço de bordo dos quiosques da pracinha (para comer, é preciso ir até eles, alimentos preparados não são servidos na areia).

A praia à esquerda do farol tem pedras; entre com cuidado, sobretudo na maré alta. O mais seguro é caminhar 10 minutos para a esquerda até o núcleo de barracas da praia da Pedra do Chapéu; ali há menos pedras. (Também é possível chegar a essa praia passando por dentro do condomínio Aldeia dos Pescadores, à esquerda do Projeto Tamar. É menos sacrificado do que ir pela areia.)

Na maré baixa, ande mais dez minutos à esquerda (20 minutos desde o farol) até as piscinas naturais do Papa-Gente, que ficam rente à orla. Bicitáxis levam da entrada da vila ou do Tamar até as piscinas por R$ 30 (ida). Veja se a maré vai estar baixa no dia/horário da sua visita usando este tutorial.

Projeto Tamar

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

A estação do Projeto Tamar é a grande estrela da praia, com tanques que mostram tartarugas marinhas filhotes e adultas. Tente encaixar sua visita num momento de visita guiada, de preferência com sessão de alimentação dos bichos incluída. Da entrada da vila ao Tamar dá 10 minutos de caminhada; bicitáxis fazem o percurso por R$ 20.

Castelo Garcia d’Ávila

Longe do mar, Praia do Forte tem uma atração histórica: as ruínas da Casa da Torre, mais conhecidas como Castelo Garcia d’Ávila. Construída a partir de 1551 no alto de uma colina, a torre servia para detectar ataques pelo mar. Por serem cercadas por verde, as ruínas são bastante fotogênicas. A capela do complexo foi restaurada.

Como chegar a Praia do Forte

De carro

São 80 km desde a área central de Salvador (55 km desde o aeroporto). A Estrada do Coco, que começa no aeroporto, cobra pedágio e está totalmente duplicada até Praia do Forte.

Um roteiro interessante é parar numa praia do caminho — minha preferida é Itacimirim, mas pode ser também Guarajuba, ou mesmo Imbassaí, que fica 10 km mais adiante de Praia do Forte — e chegar a Praia do Forte no início da tarde, para almoçar e ir ao Projeto Tamar.

De tour organizado

Muitas operadoras vendem o passeio a Praia do Forte, combinado – ou não – com Guarajuba. Com traslado de/para hotéis em Salvador incluído.

De van

Se você quer passar o dia em Praia do Forte no modo super-econômico, pode pegar as vans da Linha Branca que saem da calçada do Shopping da Bahia (antigo Iguatemi). Custa R$ 8 e leva entre 1h30 e 2h até Praia do Forte, conforme o trânsito e o sobe-desce de passageiros.

Dá para ir de metrô até o ponto de embarque. Salte na estação Rodoviária, atravesse pela passarela e, ao chegar em frente ao Shopping da Bahia, continue à esquerda pela calçada da avenida e você chegará ao ponto.

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Passeio de um dia a Morro de São Paulo

O que não se pode deixar de fazer em Salvador?

Se você não tem nenhum pecado grave para pagar urgentemente nesta encarnação, não merece o suplício de uma ida e volta a Morro de São Paulo no mesmo dia. Deixe para ir a Morro de São Paulo quando você puder passar pelo menos duas noites por lá.

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O que não pode deixar de ir em Salvador?

Nesta parte da cidade, são estes os lugares que você não pode deixar de conhecer:.
Mercado Modelo..
Elevador Lacerda..
Museu da Misericórdia..
Cruz Caída..
Praça da Sé.
Largo Terreiro de Jesus..
Igreja e Convento de São Francisco..
Olodum..

O que vale a pena fazer em Salvador?

Em Salvador você irá precisar de 5 dias no mínimo para conhecer os Principais Pontos Turísticos e fazer os passeios no estilo "bate e volta". Na capital lugares como Pelourinho, Elevador Lacerda, Mercado Modelo, Igreja do Bonfim e o pôr do sol no Farol da Barra não podem ficar de fora do seu roteiro.

O que fazer de diferente em Salvador?

5 lugares de SALVADOR que fogem do roteiro tradicional para se conhecer no Carnaval.
Largo de Roma e o Memorial Irmã Dulce. ... .
Ponta de Humaitá e o pôr do sol mais lindo de Salvador. ... .
Forte Mont Serrat. ... .
Praia do MAM Museu de Arte Moderna (MAM) ... .
Ceasinha do Rio Vermelho..

O que tenho que saber antes de ir para Salvador?

O que você precisa saber antes de visitar Salvador:.
Apesar de ser uma capital e ter uma área muuuiiito grande, as principais atrações turísticas de Salvador se situam entre o Centro Histórico e Ondina. ... .
O aeroporto fica muuuiiiito longe da região turística. ... .
A Praia do Farol da Barra é lindíssima na maré baixa!.