O que podemos fazer para ajudar a construir uma sociedade mais justa?

Reza a lenda que o Brasil só começa a funcionar após o carnaval, o que acontece de fato com boa parte da economia. Então, nada melhor que aproveitar esta semana para não só fazer uma projeção do que será o ano de 2018, mas também atentar para os destaques e, principalmente, as tendências de evolução do mercado, da gestão e de temas que permanecerão em pauta neste ano.

Neste primeiro artigo, assim como no decorrer do ano, continuaremos focando em um tema que veio para ficar, teve seu grande boom em 2017, e olhando para as tendências de mercado e consumo está longe de sair de pauta, pelo contrário, estará cada vez mais presente no meio corporativo que é: diversidade.

Em conversas realizadas com diversos CEOs, sempre pontuei a importância da diversidade, levando-se em consideração três aspectos que julgo extremamente fundamentais para a sobrevivência das empresas neste mundo de tantas mudanças rápidas e estruturais envolvendo todos os aspectos da vida social. São eles:

1) A diversidade é boa porque ajuda a construir uma sociedade, um país e um mundo mais justo e igualitário para todos.

2) A diversidade é boa porque traz mais lucros para as empresas. A partir do momento em que eu trago mais diversidade para o meu ambiente de trabalho eu abro a possibilidade de um maior contato com negros, mulheres, LGBTs, jovens, idosos, ou seja, tenho a oportunidade de ter um contato direto com a maioria da população consumidora do meu produto ou serviço. É o melhor feedback, pois terei uma amostra objetiva e que se bem trabalhada me dará uma prévia sobre o consumo do meu produto ou serviço.

3) O terceiro e mais delicado ponto é sobre a imagem que quero construir da minha empresa. Seria uma imagem que valoriza a diversidade em todos os aspectos ou eu quero uma diversidade só para o consumo do meu produto ou do meu serviço? Outro aspecto que pode causar danos irreparáveis é se a minha companhia for taxada como uma empresa que não valoriza a diversidade, ou até mesmo que discrimina. Hoje em dia é cada vez mais comum os consumidores terem acesso à direção e à composição hierárquica das empresas. E qual será a reação desse consumidor quando perceber que a empresa na qual ele gasta seu dinheiro é formada majoritariamente no quadro de direção e funcional por homens brancos no comando, como em geral é no Brasil, e não representam a maioria da população que é de mulheres e de negros?

Esses são aspectos que tenho debatido e levado em pauta, nas várias empresas nas quais presto consultoria, seja nacionais ou multinacionais. Porém, uma recente pesquisa a que tive acesso demonstra um quarto componente que se deve levar em conta nas estratégias de implementação da diversidade. Em um local de supremacia de um só gênero, no caso masculino e uma só etnia, a branca, cria-se um ambiente mais propício para todos os tipos de assédios.

Segundo dados de uma pesquisa sobre o uso de canal de denúncia nas empresas, realizada pela ICTS Outsourcing, um dos braços da consultoria global Protiviti, em 10 anos de atuação foram registrados 170 mil relatos de assédio, distribuídos em 229 empresas. Segundo a pesquisa, os casos mais recorrentes nos últimos cinco anos foram de práticas abusivas, como assédio moral e sexual, agressão física, discriminação e preconceito, representando 26% do total de denúncias.

O curioso foi que a maior parte dos registros de denúncias foi realizada por homens, que foram responsáveis por 60,1% dos relatos, contra 39,9% feitos por mulheres. Talvez frutos de uma maior sensibilização e preocupação do público masculino em relação a temas como assédio moral e discriminação e seus impactos negativos no ambiente de trabalho e na reputação das organizações.

E como relatei há pouco, os clientes estão mais antenados e de olho nas corporações. A pesquisa também apontou que fornecedores e clientes estão realizando maior uso dos canais de denúncia corporativos nos últimos anos. Manifestações provenientes desses grupos aumentaram significativamente nos últimos anos e já representaram 11,3% dos registros. O líder ou responsável pelas operações nas corporações continua a ser o agente mais denunciado nas empresas, com 55,9% dos registros só em 2017.

Temos ciência que está longe de se eliminar os problemas de assédio moral, assédio sexual e as discriminações de raça, gênero ou de quaisquer outras formas correlatas de abusos, mas não há dúvidas de que um ambiente mais diverso ajuda, sim, a combater essas práticas.


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Índice:

  1. O que é necessário para uma sociedade mais justa?
  2. O que seria necessário para construir uma sociedade inclusiva e igualitária e justa para todos?
  3. Como educar para se ter uma sociedade inclusiva?
  4. O que é uma sociedade justa para Platão?
  5. O que é preciso para ter uma sociedade melhor?
  6. Qual a importância da sociologia para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária?
  7. Como deve ser uma sociedade inclusiva?
  8. Será que uma sociedade justa é uma sociedade igualitária?
  9. Como Educar para uma sociedade “inclusiva”?
  10. Por que a inclusão não é inclusiva?
  11. Por que a educação inclusiva não existe?

O que é necessário para uma sociedade mais justa?

Atitudes como não furar filas e jogar o lixo no lixo são fundamentais para o convívio saudável nos centros urbanos. O respeito ao próximo e o cultivo dos bons hábitos de convivência urbana são as bases para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.

O que seria necessário para construir uma sociedade inclusiva e igualitária e justa para todos?

Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade. ... Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor. 3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.

Como educar para se ter uma sociedade inclusiva?

Educar para a inclusão é afirmar que Todos têm o direito de estudar numa escola regular com outros educandos, construindo juntos o conhecimento. Incluir não se restringe apenas na inserção do educando com necessidades especiais no ensino regular, sem acompanhamento específico.

O que é uma sociedade justa para Platão?

A Justiça de Platão nos moldes da sociedade moderna - DomTotal. A Teoria da Justiça, exposta na República de Platão, é aquela em que a justiça ou virtude, no homem, é o governo dos apetites e da cólera pela razão. ... Esse modelo de Cidade Justa de Platão pode ser considerado um modelo ideal.

O que é preciso para ter uma sociedade melhor?

10 dicas para tornar o mundo um lugar melhor

  1. Plante, pelo menos, uma árvore. ...
  2. Cuide do seu próprio lixo. ...
  3. Evite o desperdício. ...
  4. Pense e repense antes de comprar. ...
  5. Cuide das pessoas e dos animais. ...
  6. Vote consciente, acompanhe e cobre ações dos candidatos. ...
  7. Economize água e energia. ...
  8. Cuide do local onde você mora.

Qual a importância da sociologia para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária?

Isto ajuda a desenvolver modelos que possam entender mudanças sociais e como os indivíduos responderão a essas mudanças. ... Sendo uma disciplina humanística, a Sociologia é uma forma significativa de consciência social.

Como deve ser uma sociedade inclusiva?

Sociedade inclusiva é aquela que promove ações para que as crianças tenham acesso à educação, idosos à saúde, pessoas com deficiência ao mercado de trabalho. Entretanto, essa inclusão precisa ser feita respeitando as particularidades de cada cidadão, de cada família, de cada comunidade.

Será que uma sociedade justa é uma sociedade igualitária?

  • Ser Uma Sociedade Justa Uma Sociedade Igualit Ria Uma sociedade justa é uma sociedade igualitária? Teresa Moncada Cordeiro Colégio de São Tomás Filosofia – 11º A De certa maneira, todos nós temos uma noção daquilo que é justo ou injusto e o desejo do ser humano é viver numa sociedade justa.

Como Educar para uma sociedade “inclusiva”?

  • Educar para uma sociedade “inclusiva” pressupõe compreender toda uma complexa realidade presente nas salas de aula. Realidade na qual os educadores se encontram e sentem-se, muitas vezes, despreparados quando a questão é trabalhar com alunos que têm algum tipo de deficiência.

Por que a inclusão não é inclusiva?

  • Tendo em vista o que fora refletido anteriormente, a inclusão propriamente dita não se resume na tentativa de inserir o aluno numa classe regular de ensino. Isso não é educação inclusiva. Nesse caso, o aluno está integrado, porém não incluído.

Por que a educação inclusiva não existe?

  • Embora muitas vozes se levantem contra a educação inclusiva, afirmando que ela não existe e que ainda não se efetivou consideravelmente, as inúmeras experiências de inclusão de alunos com algum tipo de deficiência em classes regulares de ensino demonstram que todos ganham com a presença desses alunos na escola.

Como construir uma sociedade mais justa?

Por meio do estímulo à proteção e à diversidade cultural, uma sociedade torna-se mais justa. Ou seja, com menor desigualdade social, preconceitos, intolerância e desrespeito aos diferentes modos de vida. “Os governantes devem promover políticas públicas de incentivo à cultura.

O que pode ser feito para melhorar a sociedade?

Como tornar o mundo um lugar melhor?.
Plante, pelo menos, uma árvore. ... .
Cuide do seu próprio lixo. ... .
Evite o desperdício. ... .
Pense e repense antes de comprar. ... .
Cuide das pessoas e dos animais. ... .
Vote consciente, acompanhe e cobre ações dos candidatos. ... .
Economize água e energia. ... .
Cuide do local onde você mora..

Como o respeito pode contribuir para uma sociedade mais justa e equilibrada?

5 formas de praticar o respeito frente às diferenças Pratique a escuta ativa, demonstre interesse e ouça a opinião e os pontos de vista do outro, sem julgamentos. Seja paciente. Fique atento à forma de se expressar. Avalie as palavras, a forma e como seu discurso será recebido pelo outro.

Como construir uma sociedade mais justa e igualitária Brainly?

Resposta. Resposta: Para termos uma sociedade igualitarias as pessoas devem ter acesso as mesmas oportunidades, educação de qualidade, lazer , saúde etc. Putro exemplo, a busca pela diminuição dos custos de vida, o que diminui drasticamente a desigualdade social e melhora os custos de vida.