Por que a educação ambiental é importante para o desenvolvimento sustentável?

O Dia da Educação é celebrado anualmente no dia 28 de abril, como forma de incentivar e conscientizar a população sobre a importância da educação na formação e desenvolvimento de cidadãos atuantes e comprometidos com a construção de um mundo melhor para todos.

Nesse aspecto, a Educação Ambiental é crucial, pois permite conciliar a preservação da natureza com as necessidades da sociedade.

Ao trabalhar conceitos fundamentais sobre desenvolvimento sustentável no aprendizado, ela ajuda as pessoas a entenderem melhor o mundo em que vivem e o impacto de suas ações no meio ambiente. Consequentemente, forma cidadãos mais críticos, conscientes e, principalmente, agentes na promoção da sustentabilidade.

Por exemplo, de nada adianta uma cidade ter coleta seletiva de lixo se a população não se engajar, separando o lixo adequadamente, fazendo o descarte correto. Daí a importância de um trabalho educacional que conscientize todos sobre seu papel socioambiental.

Política nacional

O Brasil adota, desde 1999, algumas diretrizes em relação ao ensino de práticas sustentáveis que estão detalhadas na Política Nacional de Educação Ambiental.

Alguns dos seus principais objetivos são: desenvolver uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações; garantir a democratização das informações ambientais; estimular e fortalecer uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social; além de incentivar a participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente.

Sendo assim, a política determina que a educação ambiental deve ser desenvolvida nos currículos das instituições públicas e privadas em todas as etapas de ensino como, por exemplo, na educação básica (ensino infantil, fundamental e médio), superior e especial.

Atividades de conscientização

Diversas atividades podem ser desenvolvidas para promover a educação ambiental nas diferentes etapas de aprendizado. No ambiente escolar, por exemplo, é possível aproveitar espaços verdes para realização de atividades de conscientização.

Palestras e debates também se apresentam como uma ótima oportunidade para explorar temas sustentáveis, promovendo o conhecimento dos participantes.

Por que a educação ambiental é importante para o desenvolvimento sustentável?

Outra alternativa são as excursões escolares para realização de atividades educativas em áreas de proteção ambiental, onde são realizados trabalhos de preservação e manutenção do ecossistema.

Exemplo disso é o trabalho desenvolvido pela Polícia Militar Ambiental de Presidente Prudente, que não só realiza debates em escolas, como também viabiliza diferentes atividades nas quais as crianças realizam o plantio de árvores e a soltura de animais silvestres, como pássaros, que foram apreendidos em operações policiais. Dessa forma, as crianças já são colocadas na posição de agentes ambientais.

Também há muitas oportunidades para se promover a educação ambiental no ensino superior.
Por exemplo, o desenvolvimento de projetos de pesquisa propondo soluções para problemas ambientais têm o potencial de não só promover consciência ambiental, como também alavancar o desenvolvimento sustentável nas diferentes cidades do Brasil.

Além disso, as instituições de ensino superior podem realizar campanhas que promovam pautas como a carona entre alunos como modelo de transporte, a utilização responsável de recursos como água e energia elétrica, entre outros temas ligados à sustentabilidade.

Por fim, é importante destacar que qualquer ação de educação ambiental deve sempre ir muito além da conscientização, buscando principalmente permitir que os participantes tenham mudanças de comportamento a curto, médio e longo prazo. Só assim conseguiremos superar a crise ambiental em que vivemos.

***

Tem interesse em saber mais sobre educação ambiental e outros temas de sustentabilidade? Conheça também o podcast do Pensamento Verde e ouça bate-papos com profissionais especialistas no tema.

Fontes: Pensamento Verde | Unime | G1

Para que haja perpetuação das atividades econômicas, manutenção da qualidade de vida e proteção dos ecossistemas é fundamental modificar atitudes, valores e o comportamento dos seres humanos.

Por Luiz Fernando Schettino

O termo educação ambiental surgiu em 1972, com a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo (Suécia), quando a humanidade tomou conhecimento dos problemas ambientais e os líderes e estudiosos presentes definiram que a saída para mudar a relação do ser humano com a natureza seria a educação.

Assim, a partir daquela Conferência da ONU, é que, de fato se começou a discutir os problemas ambientais tendo por fundamento de mudança de atitude a formação dos indivíduos e seus valores e, para isso, se entendeu que deveria ter uma ferramenta transformadora, à qual se denominou Educação Ambiental.

Passou-se a entender que para que houvesse a perpetuação das atividades econômicas, manutenção da qualidade de vida e proteção dos ecossistemas seria fundamental modificar atitudes, valores e o comportamento dos seres humanos. Passando-se a entender que só ocorreria avanços e celeridade nessa ação educando, conscientizando e sensibilizando todas as pessoas. Visto que muita gente pensava e muitos ainda pensam que educação ambiental é para crianças e deve ser feita apenas na escola ou através dela.

As escolas e professores tem papel muitíssimo importante na educação ambiental, mas não podem arcar com as responsabilidades de construir os valores da sustentabilidade sozinhos. É necessário assim, que o trabalho comece em casa, seja levado aos ambientes de trabalho, de lazer e de fé, devendo incluir todas as profissões e níveis sociais. Ou seja, de cada um de nós, até os mandatários máximos das áreas pública e privada.

Esta nova concepção precisa ser trabalhada constantemente no sentido de se consolidar, na sociedade e no cidadão, nova forma de ver o ambiente que nos cerca e que nos relacionamos. Visto que o desenvolvimento de um país não pode mais ser medido pelo crescimento do PIB, das Bolsas de Valores e de outros indicadores econômicos. Deve, sim, levar em conta outros índices como expectativa de vida, taxa de analfabetismo, a distribuição de renda, sua biodiversidade e a forma como se dá o uso dos ecossistemas e dos recursos naturais.

O desenvolvimento socioeconômico e a busca pelo progresso precisam ocorrer em equilíbrio com a proteção ambiental e a manutenção da qualidade de vida da população.

Tornando-se necessário, portanto, definir uma gestão racional dos recursos naturais, repensar valores éticos de nossa sociedade e adotar uma estratégia de harmonização entre crescimento, preservação do meio ambiente e qualidade de vida.
Tudo isso deve ocorrer utilizando o conhecimento científico e as melhores tecnologias, mas principalmente por meio de ações educativas, pois, mesmo que já tenhamos um grande aparato legal ambiental, ele sozinho não é suficiente para tornar as ações humanas sustentáveis. A questão básica, portanto, é ensinar para as pessoas a conhecerem a capacidade da economia de se sustentar num dado nível de produção, mantendo determinado padrão de vida e utilizando de forma racional os recursos naturais.

A partir desses dados, pode-se estabelecer a gestão adequada dos empreendimentos, dos processos e do uso dos recursos naturais. O processo de gerenciamento destinado a otimizar o uso dos recursos ambientais e, ao mesmo tempo, melhorar o padrão de vida não pode se restringir aos aspectos econômicos, mas deve alcançar também ao fator socioambiental.

A construção desse novo paradigma torna obrigatório o estabelecimento de outra visão do que seja desenvolvimento. Deve-se consolidar uma nova forma de administrar o meio ambiente, buscando priorizar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e locais possíveis de ser trabalhada; visando sempre, melhorar a qualidade de vida e ajudando a criar mecanismos sociais que ajudem no estabelecimento de limites e/ou do cumprimento efetivo daquilo previsto em leis no tocante a proteção ambiental. Para haver assim, conservação efetiva da biodiversidade, manutenção da qualidade do ar e das águas interiores, dos mares e oceanos e a conservação dos solos. Só assim, então, com educação ambiental, ao lado de outros mecanismos como fiscalização, monitoramento e investimentos em Pesquisa e desenvolvimento, é que se conseguirá caminhar para um modelo sustentável de desenvolvimento, visto que com o crescimento da conscientização é que se pode atingir as causas estruturais da degradação ambiental e tornar o modelo econômico atual mais sustentável, o mais breve possível.

Luiz Fernando Schettino Engenheiro Florestal/ Advogado, Professor Universitário, Mestre e Doutor em Ciência Florestal, Ex-Secretário Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo – SEAMA e Ex-Diretor Geral da Agência de Serviços Públicos de Energia do Estado do Espírito Santo – ASPE.

Qual a importância da educação ambiental para o desenvolvimento sustentável?

Ela pode contribuir para solucionarmos diversas questões, como fortalecer a compreensão do papel da água no desenvolvimento sustentável, apresentar boas práticas de reciclagem, incentivar a produção de energia limpa, etc.

O que é educação ambiental e por que ela é importante?

A Educação Ambiental é a transmissão de conhecimento sobre questões ambientais para que a sociedade volte a ter hábitos que permitam que o planeta se desenvolva sem consequências drásticas para garantir a manutenção da vida.

Qual a importância da educação ambiental na educação?

Enfim, a educação ambiental desperta no discente a consciência de preservação e de cidadania. O ser humano deve passar a entender, desde cedo, precisa cuidar, preservar e que o futuro depende do equilíbrio entre homem e natureza e do uso racional dos recursos naturais.

Como se define uma educação ambiental para o desenvolvimento sustentável?

É um Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais.