Por que os palestinos e judeus se odeiam?

ORIGEM DOS CONFLITOS


Origem dos povos:

Palestina: corresponde � Jud�ia e � Cana� do mundo antigo. Os romanos se referiam � S�ria Palestina, que era a terra dos filisteus (philistinos).

Israel: em  hebraico a palavra Israel significa �Vencedor de Deus�, de isra (venceu) e el (Deus). Em 1948, foi institu�do o Medinat Israel (Estado de Israel). Lembre-se que as palavras  Judeus e Hebreus s�o sin�nimos.

O conflito entre �rabes e judeus tem origem muito remota. Analisando a B�blia encontramos a hist�ria de Abra�o, que obedecendo o comando de Deus, deixou a Mesopot�mia e estabeleceu-se em Cana� - passando assim a ser a Terra Prometida dos judeus. Abra�o teve v�rios filhos entre eles, Isaac e Ismael, dos quais descendem respectivamente os judeus e os �rabes. Jac�, neto de Abra�o e filho de Isaac, e os filhos deste, mudaram-se para o Egito onde foram escravos durante 400 anos, at� retornarem a Cana�. Visando recuperar a Terra Prometida, Mois�s, l�der dos judeus libertou-os do escravismo do Egito fazendo uma peregrina��o de 40 anos pelo deserto, durante a qual formaram o seu car�ter de povo livre. Concretizando seu ideal, o povo judeu estabeleceu-se �s margens do Rio Jord�o, na antiga Palestina, onde mais tarde resolveram expandir suas fronteiras, durante o reinado de Salom�o, que consolidou a Monarquia Judaica.

O imp�rio passou a se estender do Egito a Mesopot�mia (ver figura ao lado). Em seguida, dividiu-se em dois pequenos reinos, que logo foram dominados pelos Babil�nios que expulsaram os judeus deste territ�rio. Os Babil�nios foram dominados pelos Persas, estes pelos gregos e, estes �ltimos, pelos Romanos.

Antes do in�cio da disputa por Cana�, judeus e �rabes viviam em harmonia, por muitas vezes sofreram os mesmos destinos, contra inimigos comuns.

No s�culo XIX, a maioria dos judeus concentrava-se no Leste Europeu. Nesta �poca, conseguiram muitas vit�rias, desenvolveram id�ias sionistas (de Sion, colina da antiga Jerusal�m e que deu in�cio ao movimento para a constru��o de uma na��o judaica), dedicavam-se ao com�rcio e ao empr�stimo de dinheiro a juros.

O jornalista judeu Theodor Herzl, em 1896, criou o movimento sionista, cujo objetivo era estabelecer um lar judeu na Palestina. O povo, ent�o, deu in�cio � coloniza��o do pa�s e, em 1897, fundou a Organiza��o Sionista Mundial.

Depois da 1� Guerra Mundial, os pa�ses europeus, de olho no petr�leo e na posi��o estrat�gica da regi�o, passaram a dominar a �rea. Em 1918, a Inglaterra ficou respons�vel pela Palestina. Um ano antes, o ministro das Rela��es Exteriores da Gr�-Bretanha, Lord Balfour, apoiou a funda��o de uma p�tria nacional judaica na Palestina. Isto aconteceu ao mesmo tempo em que os ingleses haviam prometido aos �rabes a independ�ncia em troca de apoio para ajudar a expulsar os turcos da regi�o.

Com a Revolu��o Industrial e o desenvolvimento das burguesias europ�ias, os judeus acabaram sendo responsabilizados pelo alto �ndice de desemprego e pela concorr�ncia com as classes dominantes. Com isso,  nos pa�ses em que viviam, os judeus foram confinados a guetos, sofreram v�rias persegui��es e massacres. O resultado destes fatos acarretou ainda mais a migra��o para a Europa Ocidental e Palestina.

Esta volta para a Palestina ocorreu atrav�s da cria��o de Kibutz (fazendas coletivas) e cidades; al�m de lan�ar a luta pela independ�ncia pol�tica; neste per�odo, come�aram os choques entre judeus e �rabes, que assistiam aos judeus conquistarem significativa parte das terras boas para o cultivo, fatos que desencadearam os conflitos entre �rabes e judeus.

Os judeus criaram um ex�rcito clandestino (Haganah) para proteger suas terras e, � medida que crescia a emigra��o judaica para a Palestina, aumentavam os conflitos. Durante a 2� Guerra Mundial - em fun��o da persegui��o alem� -, a emigra��o judaica para a regi�o aumentou vertiginosamente e a tens�o chegou a n�veis insuport�veis: os brit�nicos, na �poca, tomaram partido dos Aliados e os �rabes, do Eixo.

Em 1936, quando os judeus j� constitu�am 34% da popula��o na Palestina, estourou a primeira revolta �rabe. Bases e instala��es inglesas foram atacadas e judeus foram assassinados. A Inglaterra esmagou a rebeli�o e armou 14 mil colonos judeus para que pudessem defender suas col�nias.

Pouco tempo depois, a Gr�-Bretanha tentou controlar a emigra��o judaica para a �rea e, desta vez, os judeus atacaram os ingleses. Em 1946, o quartel-general dos brit�nicos foi dinamitado e 91 pessoas morreram.

Apesar destes ataques, os judeus conseguiram apoio internacional devido ao Holocausto, que exterminou mais de 6 milh�es de judeus. Desde ent�o, os Estados Unidos passaram a pressionar a Inglaterra para liberar a imigra��o judaica para a Palestina.

Em 1948, os ingleses deixaram a administra��o da regi�o para a Organiza��o das Na��es Unidas que, sob o comando do presidente norte-americano Harry Truman, determinou a divis�o da Palestina em duas metades. Os palestinos, que somavam 1.300.00 habitantes, ficaram com 11.500 km2 e os judeus, que eram 700.000, ficaram com um territ�rio maior (14.500 km2), apesar de serem em n�mero menor.

Os judeus transformaram suas terras �ridas em produtivas, j� que era uma sociedade moderna e ligada ao Ocidente, aumentando ainda mais as diferen�as econ�micas entre judeus e �rabes, que sempre tiveram uma filosofia fundamentalista e totalmente contr�ria ao Ocidente.

Neste mesmo ano, o l�der sionista David Bem Gurion proclamou a cria��o do Estado de Israel. Os palestinos reagiram atacando Jerusal�m que, segundo a ONU, deveria ser uma �rea livre.

Desde ent�o, o Oriente M�dio se tornou palco de conflitos entre israelenses e palestinos. O motivo da guerra est� muito al�m das diferen�as religiosas, passa pelo controle de fronteiras, de terras e pelo dom�nio de regi�es petrol�feras.


Guerra - Mortes e Intoler�ncia na Terra Sagrada

Guerra da Independ�ncia de Israel:

Em 14 de maio de 1948 � proclamado o Estado de Israel, que tem David Ben-Gurion como primeiro-ministro. Cinco pa�ses �rabes enviam tropas para impedir sua cria��o. A guerra termina em janeiro de 1949, com a vit�ria de Israel e o desaparecimento do Estado �rabe-palestino previsto pela ONU. Os israelenses passam a controlar 75% do territ�rio da Palestina.

Guerra de Suez:

Em 1956, Israel aproveita a crise do Canal de Suez e se alia � Fran�a e ao Reino Unido para atacar o Egito na pen�nsula do Sinai e na Faixa de Gaza. Por interven��o da ONU e sob press�o dos EUA e da extinta Uni�o Sovi�tica (URSS), as tropas israelenses retiram-se da regi�o.

Guerra dos Seis Dias:

Conflito armado que ocorreu em 1967 entre Israel e a frente �rabe, formada por Egito, Jord�nia e S�ria e apoiada por Iraque, Kuweit, Ar�bia Saudita, Arg�lia e Sud�o.
Em meados de 1967, o crescimento das tens�es �rabe-israelenses leva ambos os lados a mobilizar suas tropas. Os israelenses, fortemente armados pelos EUA, tomam a iniciativa do ataque. No dia 5 de junho investem contra nove campos de pouso e aniquilam a For�a A�rea eg�pcia ainda no solo, fora de a��o. O pretexto � a intensifica��o do terrorismo palestino no pa�s e o bloqueio do golfo de �caba, no mar Vermelho, pelo Egito � passagem vital para os navios de Israel. Ao mesmo tempo, for�as blindadas israelenses atacam a Faixa de Gaza e o norte do Sinai. A Jord�nia abre fogo em Jerusal�m e a S�ria interv�m no conflito. Mas, no terceiro dia de luta, o Sinai inteiro j� est� sob o controle de Israel. Os israelenses imp�em uma derrota devastadora aos advers�rios,  controlando tamb�m a Cisjord�nia, o setor oriental de Jerusal�m e as Colinas de Gol�, na S�ria. A resolu��o da ONU de devolver os territ�rios ocupados � rejeitada por Israel. Como resultado da guerra, aumenta o n�mero de refugiados palestinos na Jord�nia e no Egito. S�ria e Egito estreitam as rela��es com a  extinta URSS e conseguem a instala��o de novos m�sseis perto do Canal de Suez.

Guerra do Yom Kipur:

Conflito armado que incorreu em 1973, entre Israel e os pa�ses �rabes vizinhos. Tem in�cio com o ataque da S�ria e do Egito �s posi��es israelenses no Sinai e nas Colinas de Gol�, em 6 de outubro, dia em que os judeus comemoram o Yom Kipur (Dia do Perd�o), feriado religioso. Os �rabes tentam recuperar as �reas perdidas para Israel na Guerra dos Seis Dias, al�m de responder aos bombardeios israelenses na S�ria e no L�bano em busca das bases militares da Organiza��o para a Liberta��o da Palestina (OLP). A guerra dura 19 dias, n�o provoca altera��es territoriais e chega ao fim sob a interven��o das pot�ncias mundiais.

Os s�rios, ajudados por tropas jordanianas e iraquianas, avan�am ao norte em dire��o a Gol�, enquanto as for�as eg�pcias invadem pelo sudoeste, a partir do Canal de Suez. Obrigam os israelenses a abandonar suas linhas de defesa em Bar-Lev e os campos petrol�feros de Balayim, ocupando toda a �rea do canal, de Port Said a Suez. Mas o contra-ataque de Israel for�a o recuo de eg�pcios e s�rios. Damasco � bombardeada e os blindados israelenses obrigam as for�as s�rias a retroceder at� as linhas demarcadas pela Guerra dos Seis Dias. No Sinai, cerca de 200 tanques e 10 mil soldados de Israel cruzam o canal, destruindo instala��es de artilharia e bases de lan�amento eg�pcias na margem oeste. Press�es diplom�ticas dos EUA e da extinta URSS impedem o massacre das for�as eg�pcias cercadas no canal. O cessar-fogo � assinado em 24 de outubro. As posi��es vigentes ao final da Guerra dos Seis Dias s�o praticamente restabelecidas com os acordos assinados entre Israel e S�ria, em 1974, e entre israelenses e eg�pcios, em 1975.


Cronologia - Um conflito que j� dura 54 anos

17 de outubro de 2001
Extremistas do grupo palestino Frente Popular para a Liberta��o da Palestina matam, num hotel de Jerusal�m, o ministro israelense de extrema direita Rehavam Zeevi.

28 de setembro de 2001
Seis palestinos morrem e dezenas ficam feridos em choques com soldados israelenses durante protestos para marcar o primeiro anivers�rio da Intifada.

9 de agosto de 2001
Um terrorista suicida palestino detona explosivos atados a seu corpo e mata pelo menos 15 pessoas, em um restaurante de Jerusal�m. Entre as v�timas estavam seis crian�as e o brasileiro Jorge Ballaz, 60. Sua mulher e sua filha ficaram feridas. O grupo extremista Hamas reivindica a autoria do atentado. O l�der palestino Yasser Arafat condena a a��o e sugere a Israel um comunicado conjunto de cessar-fogo. O governo israelense, por�m, aprova uma rea��o militar.

1� de junho de 2001
Um terrorista suicida mata cerca de 15 pessoas e fere cerca de 70 na orla de uma badalada praia de Tel Aviv. Foi o maior atentado terrorista desde o in�cio da nova Intifada.

6 de fevereiro de 2001
O l�der do partido Likud, Ariel Sharon, 72, � eleito primeiro-ministro de Israel ao vencer o premi� trabalhista, Ehud Barak, em 6 de fevereiro. Sharon obteve sua vit�ria prometendo seguran�a e a retomada do processo de paz com os palestinos s� depois do fim da Intifada .

12 de outubro de 2000
Tr�s soldados israelenses s�o mortos por uma multid�o de palestinos em Ramallah, na Cisjord�nia. Israel retalia bombardeando postos policiais palestinos em Ramallah e na cidade de Gaza. A Autoridade Palestina divulga que considera os ataques uma "declara��o de guerra".

28 de setembro de 2000
O l�der direitista israelense Ariel Sharon visita a regi�o do Monte do Templo (Esplanada das Mesquitas para os �rabes). Uma multid�o de palestinos encara o ato como provoca��o e realiza protestos que acabam em confronto com o ex�rcito israelense. Nas duas semanas seguintes, os confrontos se espalham pela Faixa de Gaza e pela Cisjord�nia, deixando mais de 100 mortos (a maioria absoluta � formada por de palestinos).

25 de julho de 2000
Um encontro com Ehud Barak e Yasser Arafat promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, em Camp David, chega ao final sem um acordo de paz definitivo. Nos meses seguintes, novas tentativas de reunir os l�deres de Israel e da Autoridade Palestina tamb�m n�o ter�o resultados concretos.

10 de junho de 2000
Morre o presidente Hafez al-Assad, da S�ria. Em seu lugar, assume o governo seu filho, Bashar al-Assad. O processo de paz no Oriente M�dio entra em nova fase de incertezas.

26 de mar�o de 2000
O presidente dos EUA, Bill Clinton, encontra o l�der s�rio Hafez al-Assad em Genebra, mas n�o consegue convenc�-lo a retomar as negocia��es com Israel.

21 de mar�o de 2000
Israel finalmente entrega � administra��o da Autoridade Palestina 6,1% do territ�rio da Cisjord�nia. � a �ltima parte definida originalmente no acordo de Wye River, em 1998. Palestinos e israelenses se re�nem para novas negocia��es em Washington.

13 de fevereiro de 2000
Negocia��es sobre o status definitivo da Autoridade Palestina entram em impasse depois de vencer o prazo para que fosse firmado um acordo preliminar.

3 de fevereiro de 2000
Encontro entre Ehud Barak e Yasser Arafat, para tentar colocar em pr�tica a retirada das tropas israelenses da Cisjord�nia, como foi estabelecido no acordo de Wye.

15 de dezembro de 1999
Barak se encontra em Washington com o ministro do exterior da S�ria, Farouk al-Shara, para a mais importante reuni�o j� realizada entre representantes dos 2 pa�ses. As negocia��es entre Israel e S�ria s�o retomadas no ano seguinte, mas suspensas em 17 de janeiro, sem maiores esclarecimentos. O fracasso das reuni�es provoca uma nova onda de viol�ncia no L�bano.

6 de dezembro de 1999
As negocia��es para definir o status definitivo da Autoridade Palestina emperram com a sa�da dos representantes palestinos da mesa de discuss�es, em protesto � constru��o de novos assentamentos de judeus na Cisjord�nia. O primeiro-ministro israelense, Ehud Barak, no dia seguinte anuncia a paralisa��o das obras de constru��o de 1800 casas para judeus nos arredores de Jerusal�m.

8 de novembro de 1999
Retomada das negocia��es entre Israelenses e Palestinos, para definir o status definitivo da Autoridade Palestina.

5 de setembro de 1999
Os israelenses e palestinos assinam um tratado de revis�o, baseado no acordo de Wye, com o objetivo de dar novo alento ao processo de paz no Oriente M�dio.

19 de maio de 1999
O l�der do Partido Trabalhista de Israel, Ehud Barak, � eleito primeiro-ministro, sucedendo Binyamin Netanyahu. Barak promete governar em nome de todos os israelenses.

7 de fevereiro de 1999
Morre o rei Hussein da Jord�nia, que liderou as iniciativas para promover a normaliza��o das rela��es entre os pa�ses �rabes e Israel. O primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu lamenta a perda, e diz que a dor do povo israelense "� quase a mesma que a do povo da Jord�nia".

4 de janeiro de 1999
O Parlamento israelense aprova a antecipa��o das elei��es para 17 de maio, depois que desaba a coaliz�o que sustentava no poder o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. O fim da coaliz�o foi reflexo direto do esfor�o do primeiro-ministro para implementar os termos do acordo de Wye. O governo israelense suspende o cronograma para implementa��o do acordo.

23 de outubro de 1998
Netahyahu assina o acordo de Wye, que determina a sa�da das tropas israelenses de parte da Cisjord�nia, que passaria ao controle da Autoridade Palestina. O primeiro-ministro cede assim � press�o dos EUA, que pedem o fim de 18 meses de estagna��o no processo de paz. No acordo, fica estabelecido que, cada vez que os Palestinos cumpram os compromissos assumidos com Israel, as tropas israelenses v�o se retirar de uma porcentagem do territ�rio.

25 de setembro de 1997
Agentes de seguran�a israelenses, se fazendo passar por turistas canadenses, fracassam na tentativa de assassinar um l�der militar do grupo Hamas na Jord�nia, provocando uma crise nas rela��es entre Israel, a Jord�nia e o Canad�. A Jord�nia for�a Israel a compensar a a��o libertando o l�der espiritual do Hamas, Sheikh Ahmad Yassin.

4 de setembro de 1997
Um atentado suicida em um shopping center de Jerusal�m mata 5 israelenses.

21 de mar�o de 1997
Uma bomba em um caf� de Tel Aviv mata um palestino e tr�s israelenses, e fere 42 pessoas.

18 de mar�o de 1997
Israel desafia a opini�o p�blica mundial ao dar in�cio ao assentamento de Har Homa, completando o c�rculo de assentamentos judeus em Jerusal�m oriental.

17 de janeiro de 1997
Israel entrega 80% dos assentamentos de Hebron � Autoridade Palestina, mas assegura o restante onde v�rias centenas de colonos judeus convivem entre 20 mil palestinos.

Setembro de 1996
Conflitos violentos matam 61 �rabes e 15 soldados israelenses durante a abertura de um t�nel arqueol�gico pelos israelenses em Jerusal�m.

29 de maio de 1996
Elei��es do primeiro-ministro e parlamento israelense. Shimon Peres perde a elei��o para Binyamin Netanyahu, que se posicionou durante a campanha contra o programa de paz de Rabin-Perez sob o slogan: "paz com seguran�a".

11 de abril de 1996
Israel come�a um bombardeio de 17 dias no L�bano, a Opera��o Vinhas da Ira. Guerrilheiros do Hezbollah atacam �reas ao norte de Israel. Em 18 de abril, Israel ataca uma base das Na��es Unidas em Qana, matando 1800 civis abrigados ali. Um relat�rio da ONU diz que o ataque foi intencional, mas Israel nega. A viol�ncia termina com um acordo verbal para acabar com a morte de civis, mas esse acordo � quebrado de tempos em tempos.

Fevereiro/mar�o de 1996
Ataque suicida do Hamas, matando 57 israelenses. Peres suspende as negocia��es com a S�ria.

Novembro de 1995 - mar�o de 1996
Peres decide retomar negocia��es de paz com a S�ria. Um progresso consider�vel � conseguido em Wye, em Maryland, nos EUA.

4 de novembro de 1995
O primeiro-ministro Yitzhak Rabin � assassinado por Yigal Amir, um estudante judeu ortodoxo que se opunha � retirada de Israel da Cisjord�nia. Shimon Peres se torna primeiro-ministro.

28 de setembro de 1995
Arafat e Rabin assinam o acordo de Taba (conhecido como Oslo II) em Washington, para expandir o autogoverno palestino na Cisjord�nia e Gaza e permitir elei��es palestinas.

26 de outubro de 1994
O acordo de paz entre Israel e Jord�nia � assinado.

1� de julho de 1994
Arafat faz um retorno triunfal a Gaza para assumir sua nova posi��o como chefe da Autoridade Palestina, depois de quase doze anos comandando a OLP em T�nis.

Maio de 1994
Israel e a OLP chegam a um acordo no Cairo sobre a implementa��o inicial do acordo de Oslo, incluindo uma retirada israelense de 60% da Faixa de Gaza (excluindo assentamentos israelenses) e a cidade de Jeric�, na Cisjord�nia O acordo do Cairo previa outras retiradas de �reas a serem acordadas nos territ�rios ocupados. Um per�odo de cinco anos tem in�cio, onde dever�o ser discutidas quest�es relativas a Jerusal�m, assentamentos, refugiados palestinos e soberania.

25 de fevereiro de 1994
Um colono judeu promove um massacre de 29 palestinos que oravam na mesquita principal Hebron.

13 de setembro de 1993
Yasser Arafat e o primeiro-ministro de Israel Yitzhak Rabin assinam a Declara��o de Princ�pios, em Washington, baseada nas conversas de Oslo. Israel reconhece a OLP e d� autonomia limitada � organiza��o; em retorno, quer a paz e o fim da reivindica��o do territ�rio israelense.

25 de julho de 1993
Ap�s a morte de sete soldados israelenses no sul do L�bano, Israel lan�a a Opera��o "Responsabilidade", durante a qual o ex�rcito israelense faz seu maior ataque ao sul do L�bano desde 1982. Cerca de 300 mil civis libaneses fogem para o norte do pa�s, durante o ataque que durou uma semana.

Janeiro de 1993
Come�am conversa��es secretas entre Israel e a OLP, em Oslo.

Outubro de 1991
Abertura da Confer�ncia de Paz de Madri, com delega��es de Israel, S�ria, Jord�nia, L�bano e os palestinos. Tem in�cio tamb�m conversa��es paralelas entre Jord�nia e Israel e S�ria e Israel.

14 de dezembro de 1988
Yasser Arafat condena todas as formas de terrorismo e reconhece o Estado de Israel. O presidente norte-americano Ronald Reagan autoriza os Estados Unidos para iniciar um "di�logo substantivo" com a OLP, apesar de Israel permanecer hostil.

9 de dezembro de 1987
A "intifada" palestina contra Israel tem in�cio na Cisjord�nia e em Gaza. Jovens manifestantes palestinos atiram pedras em soldados israelenses nos territ�rios ocupados; os militares respondem com pris�es e deporta��es. Mais de 20 mil pessoas s�o mortas ou feridas.

1983-1985
Israel faz retirada em fases do L�bano, exceto nas "zonas de seguran�a", no sul do pa�s.

16 de setembro de 1982
Mil�cias crist�s aliadas de Israel entram nos campos de refugiados de Sabra e Shatila em Beirute e massacram dois mil palestinos desarmados; antes disso, membros da OLP foram for�ados por Israel a se retirar do L�bano.

6 de junho de 1982
Israel invade novamente o L�bano para for�ar a retirada da Organiza��o pela Liberta��o da Palestina, liderada por Yasser Arafat.

Setembro de 1978
Egito, Israel e os Estados Unidos assinam acordos em Camp David. Israel concorda em devolver o Sinai ao Egito em troca da paz e da normaliza��o das rela��es.

Mar�o-junho de 1978
Israel invade o sul do L�bano e ocupa uma faixa ao sul do rio Litani para proteger sua fronteira norte.

4 de julho de 1976
Comandos israelenses resgatam 98 ref�ns israelenses e judeus em Entebbe, Uganda, na �frica, aprisionados por palestinos que seq�estraram um avi�o Airbus da Air France.

6 de outubro de 1973
Egito e S�ria atacam for�as israelenses no Sinai e nas Colinas de Gol� no feriado judaico do Yom Kippur. Ap�s algumas vit�rias iniciais, eles s�o for�ados a se retirar pelos contra-ataques israelenses.

5 de setembro de 1972
Atiradores palestinos matam 11 atletas israelenses nas Olimp�adas de Munique.

5 de junho de 1967
Israel ataca simultaneamente Egito, S�ria e Jord�nia, ap�s destruir a for�a a�rea s�ria em um ataque surpresa. A Pen�nsula de Sinai e a Faixa de Gaza s�o capturadas do Egito, as Colinas de Gol� s�o tomadas da S�ria e a Cisjord�nia e o leste de Jerusal�m, da Jord�nia. Israel comemora sua vit�ria dram�tica - em que mais do que o dobro do seu territ�rio foi capturado - como a Guerra dos Seis Dias; para os �rabes, tratou-se da al-Naqsa, um contratempo.

1956
O Egito captura o Canal de Suez. Gr�-Bretanha e Fran�a conspiram para retomar o canal com a ajuda israelense. Israel invade o Sinai em outubro; Gr�-Bretanha e Fran�a "interv�m" e ocupam a zona do canal, mas se retiram diante da press�o norte-americana.

1948
Colonos judeus proclamam o Estado de Israel (maio). Tropas brit�nicas se retiram. Come�a a luta com vizinhos �rabes, que termina em outubro de 1949. Cerca de 700 mil palestinos saem ou s�o retirados da �rea que tinha sido at� ent�o a Palestina, sob mandato brit�nico. Israel anexa grandes �reas de terra. Jord�nia e Egito asseguram a Cisjord�nia e a Faixa de Gaza, respectivamente. O controle de Jerusal�m � dividido entre Israel, na por��o ocidental, e a Jord�nia, na por��o oriental.


Divis�o Territorial - Partilha e Poder

Entenda e visualize os dom�nios, acordos e divis�es que ocorreram na Palestina, atrav�s do tempo.
 

Um acordo secreto de guerra firmado entre a Gr�-Bretanha e a Fran�a resolve dividir, entre estes pa�ses, as terras do seu inimigo, o Imp�rio Otomano. Entre os termos do acordo destacava-se o estabelecimento de um Estado �rabe no sul da Palestina.

Uma breve nota do Ministro das Rela��es Exteriores da Gr�-Bretanha, A. J. Balfour, para o Lord Rothschild, um dos Judeus mais proeminentes na Gr�-Bretanha, dizia que "o Governo da Sua Majestade ap�ia o estabelecimento na Palestina de uma na��o para o povo Judeu".

Devido � crise de refugiados judeus e a imigra��o em massa para a Palestina, a qual poderia ficar fora de controle, a Gr�-Bretanha aceita a Resolu��o N� 181, da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), que divide o territ�rio sob o dom�nio da Gr�-Bretanha em dois Estados: um Judeu e outro �rabe, onde Jerusal�m seria uma entidade separada dos Estados criados e administrada pela ONU.

Com o fim do dom�nio Brit�nico na Palestina, l�deres Judeus declaram o Estado de Israel. Os Estados Unidos da Am�rica (EUA) e a extinta Uni�o das Rep�blicas Socialistas Sovi�ticas (URSS) reconhecem rapidamente o novo Estado. O povo Palestino �rabe junta-se a cinco Estados �rabes vizinhos, dando in�cio � chamada Guerra da Independ�ncia de Israel, resultando na vit�ria israelense. Perto de 700.000 �rabes Palestinos fogem ou s�o for�ados a abandonar suas terras.

As Resolu��es 242 e 338 da ONU revivem o sentimento internacional contra a decis�o de Israel em manter os territ�rios invadidos durante a Guerra dos Seis Dias: a Cisjord�nia e o Leste de Jerusal�m da Jord�nia; a Faixa de Gaza e a Pen�nsula do Sinai do Egito; e as Colinas de Gol� da S�ria.

Seguindo a iniciativa do eg�pcio Anwar Sadat, o ent�o Primeiro Ministro de Israel, Menachem Begin, iniciou conversas que conduziram ao retorno da Pen�nsula do Sinai ao Egito, resultando em um tratado de paz entre as duas maiores pot�ncias do Oriente M�dio.


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Qual o motivo da rivalidade entre judeus e palestinos?

Dominação política, êxodos e guerras marcam a região há mais de mil anos. O conflito entre Israel e Palestina existe há muitos anos. Em 2021, uma nova escalada de violência foi motivada por ameaças de despejos de famílias palestinas.

Por que os judeus foram expulsos da Palestina?

De acordo com a Bíblia, a diáspora é fruto da idolatria e rebeldia do povo de Israel e Judá para Deus, o que fez com que este os tirasse da terra que lhes prometera e os espalhasse pelo mundo até que o povo de Israel retornasse à obediência a Deus, onde seriam restaurados como uma nação soberana e senhora do mundo.

Quais as principais diferenças entre palestinos e judeus?

Palestina era local da 'Terra Santa' onde viviam árabes no Império Otomano. Judeus migraram em massa para a região e criaram Estado de Israel. Israel é um estado judeu criado em 1948 na antiga região da Palestina, no Oriente Médio.

Porque Israel e Palestina brigam por Jerusalém?

Israel reivindica toda Jerusalém como sua capital, enquanto os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como a capital de um futuro Estado palestino, conforme previa o plano da ONU.