Por que o príncipe Philip, Duque de Edimburgo e marido da rainha Elizabeth 2ª, não é chamado de rei da Inglaterra?
@luccasnm, via Instagram
Porque não era herdeiro do trono britânico.
De acordo com as leis do Reino Unido, só monarcas homens concedem seu título para as esposas. Nesse caso, a mulher do rei vira rainha também. Ou seja, Kate Middleton será chamada de “rainha da Inglaterra” caso William assuma o trono.
Mas essa regra é diferente quando se trata das herdeiras reais: se uma princesa assume o trono, apenas ela recebe a designação para evitar que a linhagem real passe para a família do marido.
Antes do casamento com a princesa Elizabeth, Philip teve que abandonar seus títulos de príncipe da Dinamarca e da Grécia para virar Duque de Edimburgo.
E, quando o rei George 6º morreu, há 65 anos, só Elizabeth, a segunda, que era primeira na linha de sucessão, virou rainha – Deus a salve.
Fontes: Livros Game of Crowns, de Christopher Andersen, e Constitutional History of the UK, de Ann Lyon
Este texto foi publicado originalmente no site da Superinteressante.
O Príncipe Philip faleceu hoje, aos 99 anos, e foi casado com a rainha Elizabeth 2ª por 73 anos, sem jamais poder usar o título de Rei do Reino Unido (e de mais 53 países que integram a Commonwealth).
Splash explica!
A resposta é: as regras constitucionais da monarquia britânica indicam que, caso uma mulher ocupe o trono do Reino Unido, somente seus descendentes podem ostentar o mais alto título monárquico, seja de rei ou de rainha.
A rainha-mãe Elizabeth, mãe da Elizabeth 2ª, teve o direito de receber o título de rainha consorte porque o rei de fato era seu marido, Jorge 6º do Reino Unido. Foi ela que veio de outra família.
Aliás, ela passou a ser chamada de rainha-mãe quando Jorge 6º morreu e o trono britânico passou para sua filha mais velha, a rainha Elizabeth 2ª, em 1952.
Resumindo: o príncipe Philip, embora fosse primo de terceiro grau da rainha Elizabeth 2ª, não poderia ostentar o título de rei do Reino Unido. Isso colocaria em risco a autonomia da monarquia, que deve sempre estar nas mãos da mesma família.
Errata: o texto foi atualizado
Diferentemente do que uma versão anterior deste texto afirmava, o príncipe Philip não é irmão de segundo grau da rainha Elizabeth 2ª, mas sim primo de terceiro grau. A informação já foi corrigida.
A versão anterior do texto indicava que a rainha Elizabeth I foi mãe da atual rainha. Porém, a mãe da rainha Elizabeth 2ª foi Elizabeth Angela Marguerite Bowes-Lyon, também conhecida como a Rainha-Mãe.
Daniela Bazi Publicado em 22/06/2020, às 07h00 - Atualizado em 10/04/2021, às 10h24
Hoje, 9 de abril, a família real anunciou a morte do Príncipe Philip, Duque de Edimburgo e companheiro da monarca Elizabeth II. Aos 99 anos de idade, o nobre e a rainha já estavam casados há 73 anos.
"É com profunda tristeza que Sua Majestade, a Rainha anunciou a morte de seu amado marido, Sua Alteza Real, o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo. Sua Alteza Real faleceu pacificamente esta manhã no Castelo de Windsor", anunciou a conta oficial da Família Real através das redes sociais.
Philip, marido da rainha Elizabeth II, nasceu como príncipe da Dinamarca e da Grécia, mas foi obrigado a abandonar seus títulos para poder se casar com a monarca, e tornou-se apenas Philip Mountbatten.
Entretanto, para não deixar o amado sem cargos, Elizabeth o concedeu diversos títulos, incluído o de Sua Alteza Real, o Príncipe Philip e Duque de Edimburgo. Mas, por que o marido da rainha não era rei?
Segundo as leis britânicas, apenas monarcas homens concedem o título para as esposas, tornando-as rainhas. Então, de acordo com essa lógica, Camilla Parker-Bowles, esposa do Príncipe Charles, o primeiro na linha de sucessão, se tornará rainha consorte assim que Elizabeth morrer e o marido assumir o trono (ainda que existam polêmicas ao redor do assunto).
Entretanto, quando se trata de monarcas mulheres, a lei muda. A princesa que assume o trono, e se torna rainha, não passa o título de rei consorte para o marido. Foi uma forma encontrada de evitar que a linhagem real não passe para a família do homem.
Dessa forma, quando o rei George VI faleceu, em 6 de fevereiro de 1952, Philip não teve o direito de se tornar rei e, apenas Elizabeth recebeu o posto de rainha. Durante a cerimônia de coroação, o Duque de Edimburgo teve que se ajoelhar aos pés de sua esposa e jurar honrá-la e obedecê-la, conforme diz a tradição, em uma curiosa contradição: na época, apenas as mulheres juravam honrar e obedecer durante a cerimônia de casamento.
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