Os países começaram a ter uma estrutura semelhante a de hoje com o fim do feudalismo e a união entre rei e burguesia, sendo que a formação das Monarquias Nacionais ou Estados Modernos é consequência de tal estruturação. Vários países passaram por esse processo, como Portugal, Espanha, França e Inglaterra. Vamos entender um pouco sobre cada um deles.
- Portugal
- Espanha
- França
- Inglaterra
- Leia mais:
Portugal
O início da formação da monarquia portuguesa se dá com a expulsão dos Mouros na Guerra de Reconquista, ou seja, a guerra que tinha como objetivo expulsar os invasores árabes. Entretanto, foi durante a Revolução de Avis que se iniciou de fato a Monarquia. Essa revolução provocou a transferência do governo da dinastia Borgonha para a de Avis e esta foi responsável por uma grande expansão marítima, que culminou nas Grandes Navegações.
Espanha
O início da formação da Monarquia Espanhola também se deu com a Guerra de Reconquista. No período havia quatro reinos, sendo Castela e Aragão dois deles. O primeiro governado pelo rei Fernando e o segundo pela rainha Isabel. Os dois se casaram e então formou-se um Estado Nacional e também como em Portugal, teve início uma expansão marítima.
França
O processo de formação da monarquia francesa se iniciou com a unificação dos francos durante o governo de Clóvis e se consolidou efetivamente durante a Guerra dos Cem Anos, quando foi necessário constituir uma união para derrotar os ingleses e ainda mais quando o país venceu a guerra.
Inglaterra
O início da formação desta monarquia se deu quando os Normandos dominaram os anglo-saxões e teve continuidade até a criação do Parlamento. Contudo, se consolidou após a Guerra dos Cem Anos, que forçou, assim como na França, uma união do Estado, causando alterações econômicas e sociais.
Entretanto, a disputa por terras gerou um conflito entre duas famílias importantes, os Lancaster, representados por uma rosa vermelha, e os York, por uma branca. Portanto esse conflito, que durou de 1455 a 1485, foi nomeado de Guerra das Duas Rosas e seu fim caracteriza-se pela ascensão de uma nova dinastia ao poder, a qual estabelece o absolutismo inglês, a dinastia Tudor.
Saiba como ocorreu a formação das monarquias nacionais na Europa.
Reis e burgueses: união para a formação das monarquias nacionais europeias
Contexto histórico
Na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, ocorreram muitas mudanças políticas, econômicas, culturais e sociais na Europa. No campo político, a mudança de maior importância foi centralização do poder com a formação das monarquias nacionais, durante os séculos XV e XVI. Este processo foi mais significativo na França, Espanha, Inglaterra e Rússia.
Foi nesse contexto também, que teve início a formação dos países europeus e o surgimento do sentido e significado de nação.
Principais causas e antecedentes:
- Participação de nobres nas Cruzadas, cujo objetivo era retomar o controle da Terra Santa (Jerusalém). Com os senhores feudais fora de suas terras, houve um "abandono" do poder. Este foi ocupado pelos reis, que passaram a ganhar força em várias regiões.
- Ocorreu também, neste contexto das Cruzadas, uma união entre burgueses e reis, cujo objetivo era dominar áreas controladas por senhores feudais.
- No século XV, o renascimento cultural e urbano provocaram significativo enfraquecimento do sistema feudal. Este processo abriu caminho para a necessidade de uma nova forma de estrutura política, mais adequada aos anseios da burguesia emergente. A figura e atuação de um rei, símbolo do poder centralizado, se tornaram o caminho mais viável.
A aliança
entre monarcas e burguesia
Aos poucos, com o apoio da burguesia comercial, os reis foram ganhando força, conquistando territórios e ampliando seus poderes. Desta forma, foram sendo formadas as monarquias nacionais europeias.
Carlos VIII: rei da França entre 1483 e 1498, período de formação da monarquia nacional. |
Principais características:
- Apoio político e econômico da burguesia;
- Organização de exércitos nacionais;
- Liberdade econômica para a burguesia comercial;
- Aumento da independência dos reis em relação à Igreja Católica;
- Aumento da arrecadação, através da cobrança de impostos de burgueses,
artesãos, trabalhadores rurais e classe média dos burgos;
- Unificação do sistema de medidas e pesos;
- Busca pelo estabelecimento de um idioma oficial e nacional em cada reino;
- Formação da corte, com a hierarquização de cargos e ampliação de funcionários para administrar o reino;
- Criação de um sistema jurídico unificado no reino, atrelado aos interesses da nobreza e da burguesia.
atualizado em 20/11/2020
Por Jefferson
Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).
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História Moderna e formação das Monarquias Nacionais
Autor: Cursinho do Grêmio de Filosofia
Editora: USP
Fontes de referência do artigo:
- VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História Geral e do Brasil, São Paulo: Editora Scipione, 2005.
- KOSHIBA, Luiz; PEREIRA, Denise Manzi Frayse. História Geral e do Brasil. São Paulo: Editora Atual, 1998.