- Unidades
- Resistência
- Resistores
- Simbologia
- Tensão
- Corrente
- Lei de Ohm
- Exemplo de aplicação da Lei de Ohm:
- Conclusão – Lei de Ohm
Entender o conceito de tensão, corrente e resistência elétrica é fundamental para dar os primeiros passos no mundo da eletrônica. Após o entendimento dessas grandezas e a aplicação da 1° Lei de Ohm é adquirida uma base fundamental para dar sequência aos estudos. Nesse artigo vamos apresentar tais conceitos assim como a 1° Lei de Ohm.
Unidades
Antes de entrar nos conceitos alvos desse artigo é interessante apresentarmos as grandezas elétricas, unidade e notação. Vamos trabalhar com grandezas no sistema internacional (SI). O nome da grandeza geralmente é em homenagem a grandes cientistas.
Neste artigo vamos trabalhar com as seguintes grandezas:
- Tensão: unidade volt (V) em homenagem a Alessandro Volta;
- Corrente: Unidade ampere (A), em homenagem a André Marie Ampère;
- Resistência: Unidade Ohm (Ω), em homenagem a Georg Simon Ohm.
(Em seguida vamos apresentar sobre a Lei de Ohm)
Para facilitar a escrita de valores são utilizados prefixos que facilitam a indicação. Esses prefixos em potência de 10 são colocados antes da unidade que representa a grandeza. A tabela 1 exibe os prefixos mais utilizados. Deve-se respeitar o uso de letras maiúsculas e minúsculas, pois podem influenciar no valor da grandeza:
Tabela 1 – Prefixos do sistema internacional
Prefixo | Simbolo | potencia base 10 |
tera | T | 1012 |
giga | G | 109 |
mega | M | 106 |
kilo | k | 103 |
– | – | 100 |
mili | m | 10-3 |
micro | µ | 10-6 |
nano | n | 10-9 |
pico | p | 10-12 |
Resistência
Os materiais possuem facilidade ou dificuldade para a passagem de uma corrente elétrica. Isso ocorre devido à quantidade de elétrons na sua última camada. Os metais possuem poucos elétrons na sua última camada, por exemplo o cobre possui 1 elétron. Dessa forma este elétron está fracamente atraído ao núcleo podendo ser facilmente movimentado entre os átomos. Elementos que possuem a camada exterior completa são isolantes, e no caso dos semicondutores, que possuem 3 ou 4 elétrons na sua última camada, podem ser usados como isolantes ou condutores dependendo das ligações entre os átomos vizinhos.
A oposição à passagem de corrente é chamada de resistência elétrica. Todo material possui uma certa resistência elétrica, isso ocorre devido ao “choque” dos elétrons nos átomos durante a movimentação. O efeito causado por essa oposição é o calor. Determinados átomos oferecem maior resistência à passagem dos elétrons, produzindo mais calor.
Dessa forma parte da energia aplicada é transformada em calor, esse efeito é chamado de efeito Joule. É o mesmo utilizado para aquecer a água do nosso chuveiro ou aquecer um forno elétrico. Porém em muitos casos na eletrônica, esse efeito torna-se uma perda para o sistema em forma de calor.
A unidade de Resistência elétrica é o Ohm cujo o símbolo é representado pela letra grega “Omega” (Ω). Ela é representada geralmente pela letra R em equações e circuitos. (No final desse texto apresentaremos sobre a Lei de Ohm)
Resistores
O componente que usa esse princípio para construção dos circuitos elétricos é o Resistor. O resistor é construído de tal forma que tenha uma resistência conhecida para que possa ser aplicado no circuito. Além da resistência conhecida, o resistor também é construído para uma potência desejada. Isso vai depender do material e tamanho do resistor.
Existem diversos tipos de resistores para diversas aplicações. Para aplicações em eletrônica geralmente são construídos de fio, filme de carbono e filme metálico. E possuem aparecia conforme figura 1:
Para montagem de superfície, SMD, também são usados resistores como os mostrados na figura 2:
Existem também casos onde deseja-se transformar a energia elétrica em calor. Nesse caso, geralmente chamados de “resistências”, os resistores possuem tamanhos maiores, consequentemente potências maiores e são feitos de fio. Como pode ser observado na figura 3:
Na eletrônica são muito utilizados os resistores variáveis, conhecidos com potenciômetros ou trimpots. A figura 4 exibe alguns exemplos:
Simbologia
Tensão
Resumidamente a tensão elétrica é a diferença de potencial entre dois pontos. Sua unidade é o volt (V) e é representada nas equações e circuitos geralmente pelas letras U e V.
Ela é fornecida ao circuito através de um gerador. Geralmente nos circuitos eletrônicos os geradores são baterias, que transformam a energia química em elétrica. Há também geradores mecânicos, solares, térmicos, magnéticos, etc.
Corrente
É o fluxo de elétrons em um condutor quando submetido a uma diferença de potencial. Geralmente essa diferença de potencial é controlada por algum tipo de gerador, que transforma um tipo de energia em energia elétrica, por exemplo, uma bateria.
A corrente elétrica pode causar alguns efeitos, por exemplo, o efeito térmico e efeito luminoso, que usamos em nosso dia a dia.
A unidade de corrente elétrica é o ampère (A) e é geralmente representada em equações e circuitos pela letra I.
O sentido real da corrente elétrica ocorre com o movimento do elétrons saindo do terminal negativo para o positivo. Na prática usa-se o sentido convencional, ou seja, adota-se o sentido do fluxo de elétrons saindo do terminal positivo para o negativo.
Lei de Ohm
Georg Simon Ohm fez diversos testes para verificar a relação entre tensão, corrente e resistência. A primeira lei de Ohm é formulada como:
“A corrente que flui por um resistor é proporcional à tensão aplicada e inversamente proporcional ao valor de sua resistência”.
Representada matematicamente por:
I = V/R (Corrente é igual ao valor da diferença de tensão dividido pela resistência)
Exemplo de aplicação da Lei de Ohm:
Supondo um circuito simples composto de uma fonte e uma resistência apenas. A fonte possui uma tensão de 12 V e a resistência o valor de 4,7 KΩ. Qual o valor da corrente que flui no circuito?
I = V/R = 12/4700 = 2,55 mA
Conclusão – Lei de Ohm
Este artigo apresentou os conceitos básicos para eletricidade. Entender tais conceitos é fundamental para o desenvolvimento das habilidades na área de eletro-eletrônica. A partir desse ponto conseguimos evoluir para a análise de circuitos, entendo a influência de cada componente.
Imagem de destaque: Build Electronic Circuits