Quais fatores levaram a população a migrar para as grandes cidades?

São varias as razões para a migração. Estas vão desde a segurança, a demografia e os direitos humanos à pobreza e às alterações climáticas. Descubra outras.

A 1 de janeiro de 2019, o número de pessoas residentes num país da UE com a nacionalidade de um país terceiro era de 21,8 milhões, o que representa 4,9% da população da UE dos 27. Na mesma data, 13,3 milhões de pessoas que residiam num dos 27 países da UE eram cidadãos de outro país da UE.

Por que razão as pessoas migram para a Europa e dentro da UE?

Fatores de impulso e atração

Os fatores de pressão são as razões pelas quais as pessoas deixam um país. Os fatores de atração são as razões pelas quais as pessoas se mudam para um determinado país. Há três fatores principais de impulso e atração.

Fatores sociopolíticos

A perseguição étnica, religiosa, racial, política ou cultural pode levar as pessoas a abandonar os seus países. Um fator importante é a guerra, ou (a ameaça de) conflito e perseguição do governo. Aqueles que fogem de conflitos armados, violações dos direitos humanos ou da perseguição são mais propensos a serem refugiados humanitários. Isto terá um determinado impacto relativamente ao lugar onde se devem instalar, uma vez que alguns países têm abordagens mais liberais em relação aos migrantes humanitários do que outros. Em primeiro lugar, é provável que estes indivíduos se desloquem para o país seguro que se encontra mais próximo dos seus e que aceita requerentes de asilo.

Recentemente, um grande número de pessoas tem fugido para a Europa devido a conflitos, terror e perseguição em casa. Dos 29 800 requerentes de asilo, que obtiveram o estatuto de proteção na UE em 2019, mais de um quarto vieram da Síria destruída pela guerra, com o Afeganistão e o Iraque em segundo e terceiro lugares, respetivamente.

Consulte a nossa infografia sobre os números dos pedidos de asilo na UE.

Fatores demográficos e económicos

A mudança demográfica determina como as pessoas se movem e migram. Uma população em crescimento ou em declínio, envelhecida ou jovem tem um impacto no crescimento económico e nas oportunidades de emprego nos países de origem ou nas políticas de migração nos países de destino.

A migração demográfica e económica está relacionada com as normas laborais, o desemprego e a saúde geral da economia de um país. Os fatores de atração incluem salários mais elevados, melhores oportunidades de emprego, um padrão de vida mais elevado e oportunidades na área da educação. Se as condições económicas não forem favoráveis e parecerem estar em risco de piorar, um maior número de indivíduos irá provavelmente emigrar para países com melhores perspetivas nessas áreas.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, os trabalhadores migrantes, definidos como pessoas que migram com vista a serem empregadas, eram cerca de 164 milhões em todo o mundo em 2017 e representavam quase dois terços dos migrantes internacionais. Quase 70% encontravam-se em países de rendimento elevado; 18,6% em países de rendimento médio-alto; 10,1% em países de rendimento médio-baixo; e 3,4% em países de baixo rendimento.

Fatores ambientais

O ambiente foi sempre uma das causas da migração, tendo em conta que as pessoas fogem de desastres naturais, como inundações, furacões e terramotos. No entanto, espera-se que as alterações climáticas agravem os fenómenos climáticos extremos, o que significa que mais pessoas poderão encontrar-se nesta situação de movimento.

De acordo com a Organização Internacional para as Migrações, o termo ‘migrante ambiental’ aplica-se a “pessoas ou grupos de pessoas que, devido a alterações ambientais repentinas ou progressivas que afetam negativamente as suas vidas ou as suas condições de vida, vêem-se obrigados a deixar as suas residências habituais, ou escolhem fazê-lo, temporariamente ou permanentemente, e que se deslocam dentro do próprio país ou para o estrangeiro.”

É difícil estimar quantos migrantes ambientais existem a nível mundial devido a fatores como o crescimento populacional, a pobreza, a governança, a segurança humana e o conflito, os quais têm um impacto neste tema. As estimativas de previsão variam de 25 milhões para mil milhões até o ano de 2050.

Um novo pacto europeu sobre a migração

Uma gestão eficaz da migração para lidar com os requerentes de asilo e proteger as fronteiras externas é uma prioridade da UE desde há muitos anos.

A 23 de setembro, a Comissão Europeia propôs um Novo Pacto em matéria de Migração e Asilo que estipula procedimentos melhorados e mais rápidos em todo o sistema de asilo e migração da UE. O novo pacto consiste numa revisão do regulamento de Dublim - que determina o país responsável pelo tratamento de cada pedido de asilo

Leia mais sobre a migração na Europa:

  • A resposta da UE ao desafio da migração
  • A crise de migração em 2015 e 2016 na Europa
  • O novo Pacto sobre a Migração e o Asilo e as reações suscitadas nos eurodeputados

Quais fatores levaram a população a migrarem para as cidades a partir de 1940?

A população que migra para as grandes cidades se dá por conta da sua procura de trabalho que se almeja nas fabricas que nesses lugres são mais presentes e demanda um trabalhador sem muita qualificação.

Porque a população deixou o campo para viver na cidade?

Esse processo de migração ocorre devido a busca de qualidade de vida melhor nas áreas urbanas, por maior oferta de empregos, acesso aos serviços de saúde, serviços de educação, acesso a saneamento básico, entre outros fatores que influenciam no abandono da população das áreas rurais e se destinam a chegar nas áreas ...

O que levou um enorme contingente de trabalhadores do campo para os centros urbanos?

R. Pela oferta de empregos nas fábricas, no comércio e nos serviços, que ampliavam conforme as indústrias se expandiam.