Determinismo é um conceito filosófico que define que todos os fatos que acontecem no presente são determinados por causas anteriores, ou seja, tudo aquilo que acontece ao homem ou no mundo é determinado por acontecimentos passados e que podem ser de caráter
natural ou sobrenatural. De acordo com o determinismo, tudo no universo está limitado e condicionado a leis imutáveis, por isso toda e qualquer ação humana é predeterminada pela natureza. As ações humanas são também previsíveis, já que são determinadas por acontecimentos anteriores. No determinismo, a liberdade de escolha e o livre arbítrio são meras ilusões sustentadas e defendidas por algumas correntes filosóficas. No
decorrer da Idade Moderna o determinismo foi o conceito usado para explicar o Universo. A partir dos fatos do presente, seria possível que os pensadores da época fizessem previsões sobre fatos e acontecimentos futuros. A previsão era considerada real e correta, pois, para os deterministas, toda a realidade seria fixa e interligada. Nenhum homem
poderia alterar o que já estaria previsto para acontecer. 📚 Você vai prestar o Enem 2020? Estude de graça com o Plano de Estudo Enem De Boa 📚 Com o desenvolvimento das ideias deterministas, alguns tipos da corrente filosófica foram criados levando em consideração
as formas como a causalidade e as determinações são entendidas. Os principais tipos de determinismo são: Também chamado de determinismo mecanicista. Nesse modelo supõe-se que causas e efeitos estão totalmente interligados. A determinação encontra-se no passado e gera uma cadeia causal capaz de explicar completamente os acontecimentos do universo, desde o princípio. As causalidades são determinadas por algum motivo externo e futuro. Os efeitos podem interagir com outros efeitos, assim o efeito de uma causa anterior pode ser a causa de um novo efeito e com isso gerar diversos níveis de realidade
distintos. Índice
Introdução
Tipos de Determinismo
Pré determinismo
Pós Determinismo
Co-Determinismo
O determinismo aparece aqui no presente, no momento de encontro entre os efeitos e surgimento de novas causas. O processo entre causa e efeito no determinismo é portanto, cíclico.
Cada tipo de determinismo está ligado ao presente, passado ou futuro. Ao analisar a linha do tempo e considerar os aspectos filosóficos é possível afirmar que os três tipos de determinismo podem coexistir em determinados períodos de tempo.
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Determinismo e Liberdade
A corrente Determinista é alvo de inúmeras críticas desde a propagação de suas ideias, isso porque muitos filósofos defendem os conceitos de livre escolha, livre arbítrio e não existência de casualidades.
Para uma série de pensadores, todos os homens são capazes de fazer escolhas, são quase que completamente livres para escolher as maneiras de agir e pensar. A liberdade nesse caso não é completa e total, pois é pautada por leis e organizações sociais, que no entanto, não impedem que o homem possa ser livre para realizar suas escolhas, alterar sua história e portanto, alterar o presente e o futuro.
Para os críticos do determinismo, homem e natureza não são regidos pelas mesmas leis imutáveis. Não é possível fazer previsões sobre as vidas e atitudes humanas, até porque, a liberdade de escolha e ação alteraria qualquer previsão, ou seja, o livre arbítrio é o que torna o ser humano diferente de outros elementos naturais.
Os defensores do determinismo, por sua vez, argumentam que a ideia de livre arbítrio é rasa e desconsidera o co-determinismo que diz ser possível a interação entre diferentes efeitos criando novas causas.
Em meio a tantas discussões sobre livre arbítrio e liberdade de escolha e ação, as ideias puras sobre o determinismo perderam a força ao longo dos séculos XIX e XX, sendo até hoje alvo de muitas críticas e desconstruções.
Determinismo Social
Embora a visão clássica do determinismo tenha perdido força, um outro tipo ganhou destaque, o Determinismo Social. A corrente Social do determinismo defende que o ambiente social de onde vem o indivíduo é capaz de condicionar o comportamento humano.
Atualmente o determinismo social é usado como forma de explicar a estratificação social e fomentar o preconceito e exclusão de alguns grupos sociais.
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Exercício de fixação
ENEM/2012
Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma profecia na qual o filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá- la, ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um casal de camponeses que morava longe de Tebas para que o criasse. Édipo soube da profecia quando se tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que, insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber que entre eles estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar a Tebas, dominada por uma Esfinge. Ele decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia. [Disponível em: //www.culturabrasil.org. Acesso em: 28 ago. 2010 (adaptado)].
No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos são características do mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e providência divina. A expressão filosófica que toma como pressuposta a tese do determinismo é:
A “Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo.” Jean Paul Sartre
B “Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.” Santo Agostinho.
C “Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte.” Arthur Schopenhauer
D “Não me pergunte quem sou eu e não me diga para permanecer o mesmo.” Michel Foucault
E “O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua imagem e semelhança”. Friedrich Nietzsche.