Qual a diferença entre medicina nuclear e radiologia convencional?

Como diferenciar a Medicina Nuclear das outras áreas de diagnóstico por imagem?

Qual a diferença entre medicina nuclear e radiologia convencional?

Radiografia, tomografia e ultrassonografia são três exemplos de exames que podem ser feitos para analisar partes do corpo descobrindo lesões e doenças instauradas. Algumas são usadas de forma local, como a mamografia que pode descobrir câncer de mama, e a ressonância magnética, que realiza imagens com alta resolução de contraste das estruturas internas do corpo.

Embora a Medicina Nuclear também seja aplicada para realizar diagnósticos por imagem, ela usa métodos diferentes e é usada em situações bem específicas. Os seus métodos de realizar exames incluem o uso de radiofármaco, substâncias radiomarcadoras de nutrientes e proteínas.

Quando inseridos nos pacientes, esses radiofármacos circulam pelo organismo em busca de células, seja ela de câncer ou de algum órgão que os especialistas queiram analisar, e os marcam para facilitar a leitura do exame de imagem. Além de câncer, a Medicina Nuclear consegue monitorar o funcionamento, por exemplo, do coração e do cérebro descobrindo com antecedência doenças como Alzheimer e Parkinson.

A Medicina Nuclear também é eficaz para tratamentos. Os principais são as terapias de câncer metastático, ou seja, quando a doença originada em um determinado órgão se espalha para outras regiões. Em alguns casos a especialidade é a única alternativa para aumentar o tempo e a qualidade de vida do paciente diagnosticado com metástase.

A medicina nuclear é uma especialidade médica que, utilizando uma diversidade de radionucl�deos incorporados a compostos espec�ficos, avalia a fisiologia e o metabolismo do corpo, mediante o registro da radioatividade detectada em curvas de atividade em fun��o do tempo, tanto para fins de diagn�stico como para fins terap�uticos.

Ao contr�rio das técnicas de imagem convencionais como radiografia, tomografia computadorizada, ultrassom ou resson�ncia magnética, a medicina nuclear tem como base a an�lise da fun��o dos tecidos e de �rg�os

A medicina nuclear n�o avalia as doen�as pelo modo como elas se apresentam do ponto de vista anat�mico e estrutural, e sim pela forma como a doen�a atua do ponto de vista funcional, bioqu�mico, farmacol�gico e até molecular.

O radionucl�deo, ligado a um composto farmacol�gico para ser utilizado como tra�ador, é denominado radiof�rmaco, por apresentar afinidades qu�micas com determinados �rg�os do corpo humano e ser �til para transportar a subst�ncia radioativa para o �rg�o ou tecido a ser diagnosticado ou tratado.

Os tecidos do corpo que s�o afetados por determinadas doen�as, como o c�ncer, podem absorver mais (ou menos) de um radiof�rmaco do que o tecido normal. C�meras especiais coletam o padr�o de radioatividade do corpo, criando imagens que mostram o percurso do radiof�rmaco e o local onde se acumula. Estes exames podem evidenciar problemas em �rg�os internos melhor do que as imagens obtidas com raios X convencionais.

Os exames comumente utilizados em medicina nuclear s�o:

  • Cintilografia �ssea.
  • Gamagrafia com g�lio. 
  • Tomografia por emiss�o de p�sitrons (PET scan). 
  • Gamagrafia de tireoide.

Obten��o da Imagem

Os radionucl�deos mais comumente usados s�o:

  • G�lio 67 - Utilizado para detectar c�ncer em certos �rg�os. Também pode ser usado para uma varredura do corpo inteiro.
  • Tecnécio 99 - É usado em exames de corpo inteiro, especialmente na cintilografia �ssea, um exame para detectar a dissemina��o do c�ncer.  
  • T�lio 201 - Frequentemente utilizado no estudo de doen�as card�acas. Pode ser utilizado para detectar alguns tipos de c�ncer.
  • Iodo 123 ou Iodo 131 - S�o utilizados no diagn�stico e no tratamento do c�ncer de tireoide.

Tomografia por emiss�o de p�sitrons (PET Scan) - É um exame que mede varia��es nos processos bioqu�micos, quando alterados por uma doen�a, e que ocorrem antes que os sinais vis�veis da mesma estejam presentes em imagens de tomografia computadorizada e resson�ncia magnética. O PET scan é uma combina��o de medicina nuclear e an�lise bioqu�mica, que permite uma visualiza��o da fisiologia humana por detec��o eletr�nica de radiof�rmacos emissores de p�sitrons de meia-vida curta.

Os radiof�rmacos, ou moléculas marcadas por um is�topo radioativo, s�o administrados ao paciente, por via venosa, antes da realiza��o do exame. Como as células cancer�genas se reproduzem muito rapidamente, e consomem muita energia para se reproduzirem e se manterem em atividade, o exame aproveita essa propriedade. Moléculas de glicose, que s�o energia pura, s�o marcadas por um radiois�topo e injetadas nos pacientes. Como as células de tumores s�o �vidas da energia proveniente da glicose, esta vai concentrar-se nas células cancer�genas, onde o metabolismo celular é mais intenso. Alguns minutos depois da ingest�o da glicose é poss�vel fazer um mapeamento do organismo do paciente detectando ponto a ponto a concentra��o do radiof�rmaco no organismo.

O PET scan permite detectar se o c�ncer se disseminou para os linfonodos. Raramente é usado para pacientes com c�ncer do colo de �tero em est�gio inicial, mas pode ser usado para detectar a doen�a mais avan�ada.

Alguns aparelhos combinam PET com a tomografia computadorizada, fornecendo informa��es mais detalhadas sobre qualquer aumento na atividade celular, o que ajuda na localiza��o de tumores. No entanto, a exposi��o do paciente � radia��o é maior.

Utiliza��o de anticorpos monoclonais em medicina nuclear - O anticorpo monoclonal é um tipo especial de anticorpo produzido em laborat�rio. Ele é desenhado para aderir �s subst�ncias que s�o encontradas apenas na superf�cie de células cancerosas. Uma subst�ncia radioativa pode ligar-se ao anticorpo monoclonal, que é ent�o administrado por via venosa. Ele viaja através da corrente sangu�nea até atingir o tumor e se adere a ele. Isso faz com que o tumor se "ilumine", quando visto através de um aparelho especial. Exemplos de exames com anticorpos monoclonais s�o ProstaScint® para c�ncer de pr�stata, OncoScint® para c�ncer de ov�rio e CEA-Scan® para c�ncer de c�lon.

Como se preparar para o Exame

O preparo para um exame de medicina nuclear depende do tipo de exame e do tecido a ser estudado. Alguns exames exigem que o paciente fa�a jejum de 2h a 12 h antes do exame. Para outros, o paciente ter� que tomar um laxante ou enema.

O material radioativo pode ser administrado por via oral, por via intravenosa ou ser inalado na forma de g�s (embora isto seja raro). A administra��o poder� ser de alguns minutos a v�rias horas antes do exame. Por exemplo, numa gamagrafia �ssea, o marcador é administrado aproximadamente 2 horas antes do in�cio do estudo. Para gamagrafias com g�lio, a marcador é administrado alguns dias antes do exame.

Realiza��o do Exame

Na maioria dos casos, um exame de medicina nuclear é realizado como um procedimento ambulatorial. Por causa dos materiais e equipamentos especiais necess�rios, estes exames s�o geralmente realizados no departamento de radiologia e medicina nuclear de um hospital.

Durante a obten��o das imagens, o paciente precisar� tirar quaisquer joias ou objetos met�licos que possam interferir com o resultado do exame.

O exame n�o provoca dor. No entanto, voc� pode se sentir desconfort�vel depois de ficar deitado na mesa de exame por um longo tempo.

Dura��o do Exame

Um exame de medicina nuclear demora cerca de 30 a 60 minutos, mais o tempo de espera ap�s a administra��o do material radioativo. Para exames �sseos, o material leva 2 a 3 horas para ser absorvido e o exame cerca de 1h. Gamagrafias com g�lio levam v�rios dias entre a inje��o e o exame propriamente dito. Os resultados dos exames de medicina nuclear est�o geralmente dispon�veis em alguns dias.

Poss�veis Complica��es e Efeitos Colaterais

Em geral, os exames de medicina nuclear s�o seguros. As doses de radia��o s�o muito pequenas e os radionucl�deos oferecem baixo risco de toxicidade para provocar uma rea��o alérgica. Embora raro, alguns pacientes podem sentir dor e apresentar incha�o no local onde o material é injetado.

Informa��es Adicionais

  • A exposi��o � radia��o prov�m dos radiof�rmacos.
  • O material radioativo no corpo perder� a radioatividade naturalmente em curto espa�o de tempo. 
  • O material radioativo também é eliminado pela urina e fezes. 
  • É importante conversar com o médico sobre ter rela��es sexuais ou estar perto de crian�as ou de mulheres gr�vidas ap�s a realiza��o dos exames. 
  • O paciente ser� orientado a beber muita �gua para eliminar o material radioativo. 
  • Os exames de medicina nuclear n�o s�o recomendados a mulheres gr�vidas. 
  • Mulheres que estejam amamentando, devem informar seu médico. Pode ser recomendado o descarte do leite materno até que o radionucl�deo seja totalmente eliminado do corpo.

Qual a diferença entre a radiologia convencional e a medicina nuclear?

No caso da radiologia, os diagnósticos permitem uma análise das alterações morfológicas das estruturas internas do corpo da pessoa examinada, ou seja, das mudanças ocorridas em seu formato. Já na medicina nuclear, os resultados permitem a análise do funcionamento dessas estruturas.

Quais as diferenças entre a medicina nuclear a outras áreas da radiologia diagnóstica?

A grande diferença em relação à Radiologia é que as imagens da Medicina Nuclear não são puramente anatômicas, estáticas – são funcionais, fisiológicas. O método de aquisição das imagens também é diferente: o paciente é que recebe a substância radioativa e quem capta a radiação são os detectores das máquinas.

Quais as características dos exames da medicina nuclear quando comparados com a radiologia convencional e tomografia computadorizada?

A técnica fornece informações detalhadas sobre o funcionamento dos órgãos; Baixa exposição à radiação, comparada àquelas utilizadas nos estudos de tomografia; Avaliação do corpo inteiro com uma única dose do radiofármaco; Possibilidade de diagnosticar doenças até então invisíveis pelos exames de radiografia comuns.

O que se entende por medicina nuclear?

O que é a medicina nuclear? A medicina nuclear é uma especialidade médica que, utilizando métodos seguros, praticamente indolores e não invasivos, emprega materiais radioativos com finalidade diagnóstica e terapêutica.