Todo profissional de saúde tem a consciência de que seus erros podem ser custosos a vida humana, especialmente quando praticados por falta de atenção ou cuidado. Foi com o intuito de minimizar os erros e certificar que cada paciente receba o atendimento que os 9 certos foram criados para a administração de medicamentos.
Os 9 certos consistem em nove etapas que devem ser seguidas antes da aplicação de injeções em pacientes como:
– Paciente Certo
– Medicação Certa
– Dosagem Certa
– Administração certa
– Hora Certa
– Duração Certa
– Validade Certa
– Abordagem Certa
– Registro Certo
A importância dos 9 certos
Os profissionais da área entendem que essas etapas funcionam como uma espécie de fatiamento do atendimento, onde cada ponto importante é analisado antes mesmo das injeções serem aplicadas, evitando dessa maneira que algum erro coloque em risco a saúde do indivíduo.
Identificação correta
O primeiro passo é verificar a identificação do paciente, analisada normalmente pelo nome completo e data de nascimento. Com isso, você terá a certeza de que o leito que será atendido é realmente aquele para o qual o médico prescreveu a medicação.
O segundo passo é se certificar que o medicamento certo será aplicado, já que muitas embalagens são similares. Logo depois é recomendado verificar a dosagem prescrita, que dependerá sempre da orientação profissional, que leva em conta as características do paciente e suas necessidades.
A via correta de aplicação
A velocidade na absorção do medicamento e seu efeito no corpo humano está diretamente ligada a via de aplicação do medicamento. Por isso, é preciso se certificar se aquele paciente deverá receber o fármaco por via intravenosa, intramuscular ou subcutânea.
Tempo e horário
Outros dois pontos importantes para a regra dos 9 certos é o horário no qual o medicamento deve ser aplicado e sua duração, controlados normalmente por gotejamento de soro, infusão contínua ou bombas de seringa.
Vale lembrar que o respeito ao horário é especialmente importante na administração de antibióticos, que costumam ser mais fortes e tem tempo de atuação precisa no organismo.
Validade, abordagem e registro
A validade diz respeito às características descritas na embalagem do produto pelos fabricantes e que garantem que ele atuará de forma assertiva no paciente, além de auxiliar no descarte de produtos que já não devem mais ser utilizados pela equipe de enfermagem.
Já a abordagem é uma das propriedades mais importantes no atendimento ao paciente. As informações passadas pela equipe de enfermagem permitem que ele fique ciente do que será aplicado, tire dúvidas e até mesmo questione os profissionais por conta de alergias, podendo até mesmo recusar o medicamento.
Realizado os oitos certos anteriores é preciso registrar no prontuário se o paciente recebeu a medicação e todas as informações que permitem que o próximo profissional consiga administrar a medicação certa, no tempo determinado.
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Os medicamentos são produtos capazes de realizar diversas funções dentro do organismo com o intuito de prevenir, diagnosticar e curar doenças, ou aliviar seus sintomas. Todavia, quando ocorre a sua má utilização, as consequências podem ser fatais. Dessa forma, é imprescindível que ocorra a conscientização da população para o uso racional dos medicamentos.
Segundo o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) da Unicamp, 33,62% dos casos de intoxicação atendidos por eles estavam relacionados com o uso incorreto de medicamentos. Nesse sentido, é importante ressaltar que a boa utilização desses produtos consiste no consumo do remédio certo, em doses e períodos de tempo adequados. Além de informações de descarte e armazenamento correto de cada medicamento. Para isso, é importante a atuação adequada dos profissionais da saúde, os quais devem orientar de forma personalizada e clara a prescrição, esclarecendo qualquer dúvida do paciente.
A fim de demonstrarmos as graves consequências do mau uso de medicamentos, apresentamos os principais casos de remédios administrados de forma incorreta, confira a seguir!
Antibióticos
Os antibióticos são medicamentos capazes de inibir ou matar diferentes tipos de bactérias. Entretanto, a automedicação e a prescrição incorreta feita por médicos desses medicamentos selecionaram a resistência antibiótica.
Quando um paciente não segue a dose informada pelo seu médico, tomando mais ou interrompendo o tratamento com o antibiótico, acaba selecionando as bactérias mais fortes ao remédio, as quais sobreviverão e se multiplicarão.
Desta forma, esse tipo de antibiótico não será mais eficaz para essa nova mutação de bactérias, o que possibilita o surgimento de doenças bacterianas mais resistentes e, muitas vezes, ainda sem cura. São as chamadas superbactérias.
Antidepressivos e Ansiolíticos
Os antidepressivos e ansiolíticos são usados, respectivamente, para o tratamento dos sintomas da depressão e ansiedade diagnosticada. Entretanto, o uso exagerado ou sem prescrição desses medicamentos estão criando pessoas dependentes desses remédios.
Muitas dessas substâncias estão sendo usadas de forma indiscriminada para situações de estresse do dia a dia ou em situações especiais de ansiedade, sem nenhum diagnóstico patológico.
Desta forma, tanto os não doentes quanto os doentes usuários de altas doses desses medicamentos, não conseguem o resultado desejado e passam a consumir concentrações cada vez mais altas, podendo sofrer efeitos colaterais mais graves e levar até a intoxicação.
Ritalina
O cloridrato de metilfenidato é usado para o tratamento de casos de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Entretanto, é muito procurado por estudantes e trabalhadores que desejam maior nível de concentração.
O seu uso sem prescrição ou em concentrações exageradas, aumentam as chances do aparecimentos dos diversos efeitos colaterais desse medicamento.
Entre eles, a insônia, agressividade, transtornos comportamentais, aceleramento cardíacos e uma alta potencialidade de dependência, o que poderá produzir outros transtornos psiquiátricos.
Cloroquina e Hidroxicloroquina
A cloroquina é usada no tratamento da malária e doenças como o lúpus e a artrite reumatoide. Porém, em uma situação atual de pandemia da Covid-19, em que ainda não se tem uma vacina e nem um tratamento, pesquisas sobre a eficácia desses medicamentos para a doença estão em testes.
Todavia, a divulgação pela mídia de possíveis casos de melhora da doença pelo uso dessas substâncias, aumentou a demanda de procura desses medicamentos. Por conseguinte, está influenciando muitas pessoas com a Covid-19 ou não, a tomarem esses medicamentos sem prescrições médicas.
Em decorrência, muitos usuários desses medicamentos por doenças já comprovadas de sua eficácia, não encontram os remédios nas farmácias para o seu tratamento.
Ainda mais, sem nenhuma comprovação científica dessas substâncias para o Covid-19, os usuários passam a estar expostos aos diversos efeitos colaterais do medicamento. Entre eles, problemas de visão, gastrointestinais e neurológicas.
Portanto, os medicamentos são substâncias perigosas que só devem ser administradas por profissionais da saúde e devem ser utilizadas de acordo com as suas prescrições. Para saber mais sobre o uso correto dos remédios veja mais um texto nosso sobre o assunto.
Agora que você já sabe sobre o uso racional de medicamentos e os principais casos e consequências do seu uso incorreto, continue navegando pelo nosso blog e para mais informações sobre a área farmacêutica acesse nossos serviços.