O Instituto de Pesquisas Sociais, popularmente chamado de Escola de Frankfurt, foi fundado em 1924 por um grupo de filósofos, sociólogos e cientistas sociais ligados às teorias marxistas. A escola foi fundada pelo trio de pensadores
Max Horkheimer, Theodor Adorno e Friederich Pollock. Participaram como integrantes da escola de Frankfurt nomes como Herbert Marcuse, Jurgen Habermas, Ernst Bloch e Erich Fromm. A Escola de Frankfurt, com sede na Universidade de Frankfurt, pretendia promover intensos debates, que buscavam entender a fundo o surgimento
do capitalismo e as consequentes alterações sociais, políticas e econômicas que aconteceram com a implantação desse sistema, as transformações nas relações de trabalho e o surgimento da cultura e da indústria de massa. Para incrementar e aprofundar os debates, os pensadores da Escola de Frankfurt buscavam a interação entre
diversas áreas do conhecimento, como a sociologia, a filosofia, a política, a economia, a literatura, a psicologia e a psicanálise. O modelo adotado pelos pensadores da Escola estava baseado, portanto, na junção do materialismo marxista com a psicanálise freudiana e a filosofia das geração anteriores de representantes
da escola alemã, como Nietzsche, Schopenhauer, Hegel e Kant. O programa desenvolvido na Escola de Frankfurt recebe o nome de Teoria crítica. A
Teoria crítica busca afastar-se do modelo de pensamento tradicional, unindo teoria e prática a partir da incorporação de pensamentos clássicos com as tensões socioculturais surgidas no período pós-Revolução Russa e, posteriormente, com a ascensão do fascismo, do nazismo e das consequentes perseguições aos pensadores do Instituto de Pesquisas Sociais. Os
membros da Escola de Frankfurt são representantes da quinta geração da filosofia alemã. A Escola de Frankfurt é considerada, por uma série de filósofos, sociólogos e cientistas sociais, como o último grande expoente dos pensamentos sociológicos e filosóficos da Alemanha. Índice
Introdução
Cidade de Frankfurt, berço do Instituto de Pesquisa Social
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Contexto histórico
A Escola de Frankfurt foi criada no contexto pós-Revolução Russa. Os fundadores e muitos de seus membros tentavam, a partir das ideias de Karl Marx, compreender o movimento russo e as suas consequências, inclusive em níveis mais globais, observando a forma como o crescimento do capitalismo e as ideias de Marx influenciaram o restante da Europa.
Durante as atividades, os pesquisadores do Instituto de Pesquisa Social viram surgir e crescer os movimentos fascista e nazista. Em 1933, a Escola é perseguida e fechada pelos nazistas. Horkheimer foge para a Suíça e, posteriormente, para Nova York, onde o Instituto de Pesquisa Social retoma suas atividades, instalado na Universidade de Columbia.
Em 1949, após o fim da Segunda Guerra Mundial e a derrota dos nazistas, o Instituto volta a funcionar na Universidade de Frankfurt. As rápidas e intensas mudanças que marcaram o período, que foi desde o final da Revolução Russa ao final da Segunda Guerra Mundial, influenciaram a maneira como os pensadores viram, na prática, as transformações mundiais. A união entre o pensamento tradicional e as tensões sociais foi desenvolvida pelos pensadores tal como proposto na fundação da Escola de Frankfurt.
Obras marxistas que inspiraram os criadores da Escola
Principais características
Desde a fundação, foram pensadas formas de conduzir as maneira como a Escola de Frankfurt desenvolveria suas atividades. Algumas características foram apresentadas e seguidas durante todo o período em que seus membros estiveram ativos. Dentre as principais características, destacam-se:
- Desenvolvimento de pressupostos e teorias a partir de uma postura crítica.
- Influência marxista, inclusive desenvolvem, ainda mais, as teorias de Marx sobre as relações de dominação, inserindo as atividades da indústria cultural de massa.
- Observação da arte e da cultura nas relações sociais.
- Rejeição das ideias tradicionais sem a união com as tensões sociais.
- Busca pela emancipação do indivíduo a partir do esclarecimento.
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Principais pensadores
A Escola de Frankfurt reuniu pensadores de diversas áreas, como antropólogos, economistas, sociólogos, filósofos, cientistas sociais, psicólogos e psicanalistas. Dentre os diversos membros, os mais conhecidos foram:
- Max Horkheimer: filósofo e sociólogo, fundador e membro da primeira geração;
- Theodor Adorno: filósofo e sociólogo, fundador e membro da primeira geração;
- Friederich Pollock: economista e cientista social, fundador da escola e membro da primeira geração;
- Herbert Marcuse: sociólogo e membro da Escola;
- Jürgen Habermas: filósofo e sociólogo, membro da segunda geração de pensadores;
- Walter Benjamin: filósofo e crítico literário, membro da Escola.
Exercício de fixação
IBFC/2016
“Os meios de comunicação de massa são o oposto da obra de pensamento que é a obra cultural – que leva a pensar, a ver, a refletir. As imagens publicitárias, televisivas e outras, em seu acúmulo acrítico, nos impedem de imaginar...” Esta afirmação está em sintonia com os pensamentos ligados à:
A Escola Natural
B Escola Funcionalista
C Escola Canadense
D Escola de Chicago
E Escola de Frankfurt