O transporte de cargas com a globalização vem sendo objeto de inovações e especializações contínuas. As cargas podem ser transportadas de acordo com suas características adequando-se aos modais rodoviário, ferroviário, dutoviário, aéreo e marítimo, tanto no comércio doméstico como no comércio internacional. O foco deste trabalho é mostrar que o constante crescimento do transporte marítimo e suas inovações aparecem como meios de conquistar novos mercados respondendo com rapidez às mudanças por eles impostas. Como objeto de estudo, foi adotado o mercado Liner, a carga geral conteinerizada e os navios porta-contêineres para mostrar as mais significativas evoluções no mercado de transporte marítimo mundial de contêineres e as recentes transformações e reflexos na logística internacional e conseqüentes tendências no Porto de Santos, visto que mudanças vêm ocorrendo no mesmo. Show Publicado em: 8 de novembro de 2011 Além de garantir a mobilidade e ajudar no combate a poluição, o ônibus proporciona muito mais que isso para a sociedade. Ele é uma importante fonte geradora de emprego formal e renda. Em média, um ônibus cria 5,61 postos de trabalho. A indústria dos transportes fortalece as relações econômicas, proporciona acesso à serviços como saúde, educação e lazer além de contribuir para a previdência e geração de impostos. Foto: Adamo Bazani. Quando se fala em transportes coletivos, logo é possível pensar em mobilidade, melhoria nas condições de vida nas cidades e até mesmo combate à poluição. Afinal, uma política que privilegia os transportes públicos garante qualidade aos cidadãos. O transporte público é o único meio reconhecido para retirar o excesso de veículos nas ruas, a principal causa dos congestionamentos e poluição que provocam grandes
prejuízos financeiros e humanos. Pedimos a gentileza de que todos os dados aqui publicados, se eventualmente forem utilizados em algum outro trabalho ou publicação, sejam acompanhados com os devidos créditos ao professor Antônio Carlos de Moraes. A importância macroeconômica da “indústria” do transporte público de passageiros Antonio Carlos de Moraes Não bastasse isso, “indústria” do transporte público está inserida em uma matriz de inter-relações ampla e complexa com diversas outras “indústrias”, que fornecem sua energia, seus veículos, seus componentes de reposição, entre tantos outros itens. Requer também outra série de serviços, que vão desde o gerenciamento e a fiscalização do poder público até as recapagens dos pneus dos ônibus, a publicidade nos vagões do metrô, as apólices de seguros e, até mesmo o comércio ambulante que se avizinha dos terminais e estações. Queremos dizer com isto que decorre das atividades do serviço de transporte público um importante fator de geração de empregos indiretos e de aceleração da renda, aspectos que não estão sendo computados nas estimativas que serão apresentadas neste trabalho. É muito difícil, com certeza, desenhar o mapa completo dessa grande rede em que se insere a “indústria” do transporte, mas, de forma alguma não pode ser desprezado como potencialidade da “indústria” do transporte público. Com relação à capacidade da “indústria” do transporte em gerar renda e na composição dessa renda, o valor adicionado, ou seja, valor agregado aos insumos recebidos de outros setores cabe observar que essa capacidade decorre, a princípio, de uma de suas características, que é ser intensiva em mão de obra. É evidente que por força do progresso técnico, essa intensividade deve ser progressivamente reduzida, cabendo lembrar, entre os principais eventos, a bilhetagem eletrônica, que irá implicar numa elevação da participação do capital no valor do produto da indústria do transporte. Vale registrar, que a introdução de novas tecnologias promove uma redistribuição da capacidade setorial de geração de valor adicionado, e também de postos de trabalho, podendo beneficiar outros setores e produzir uma redistribuição do valor adicionado entre os segmentos da população que dele se apropriam. A introdução da bilhetagem eletrônica, por exemplo, promove uma redução da participação da massa de salários no valor adicionado da “indústria” do transporte, ao mesmo tempo em que cria uma remuneração típica da gestão do capital financeiro. Ainda assim, a importância da “indústria” do transporte, como poderemos verificar neste trabalho, não pode ser negligenciada. De um lado porque sua expansão se impõe pela natureza do processo de urbanização no país, com todos seus efeitos deletérios sobre a qualidade de vida do homem urbano. De outro, pela sua capacidade intrínseca de fomentar a dinâmica da economia. REPRESENTATIVIDADE DA AMOSTRA Nesta base amostral, passamos a identificar os serviços considerados para a elaboração das estimativas de geração de emprego, renda e valor adicionado: Vale ressaltar que o conjunto de municípios contemplados na amostra as três regiões metropolitanas do estado de São Paulo (lembrando que a RMBS foi considerada parcialmente), mais as 34 cidades, reúnem cerca de 65 milhões de habitantes, ou seja, cerca de ⅓ da população brasileira. Cabe lembrar também que, conforme detalhado acima, nem todos os serviços de transporte de passageiros existentes puderam ser considerados, como, por exemplo, os serviços de fretamento e serviços especiais, isto na grande maioria dos municípios. Isto nos permite considerar que os resultados das estimativas são conservadores. ASPECTOS METODOLÓGICOS Geração de Emprego Os fatores de utilização (FUs) foram definidos a partir de um exame das Planilhas de Custo elaboradas pela EMTU/SP e pela SPTrans, que são referencias de reconhecida importância no campo dos estudos tarifários. Cabe observar que os valores adotados têm acentuadas semelhanças com o observado em outras elaborações, o que é compreensível, por um lado, pela difusão de metodologia promovida nos anos de 1980 pelo importante trabalho realizado pela EBTU e GEIPOT consolidando uma famosa “cartilha” e de outro, pelas próprias características da operação do serviço que não pode fugir de um determinado padrão. Concorre também para essa similaridade, o que está estabelecido pela legislação trabalhista, independentemente da diversidade de sindicatos em que estão organizadas as categorias profissionais que atuam no setor de transporte público. Segue na Tabela 1 a apresentação dos FUs considerados. Tabela 1 – Fatores de utilização no modal ônibus Para o serviço de fretamento e para os serviços especiais, foi utilizado um FU de 1,8 funcionário/veículo, representando todas as categorias envolvidas na prestação deste serviço. Foram considerados também, na RMSP, com base em informações obtidas diretamente junto às empresas, os postos de trabalho gerados nas seguintes instituições, ligadas diretamente à prestação do serviço de transporte
público, como operadoras ou gerenciadoras: Geração de renda e valor adicionado Para o conjunto das 34 cidades, os resultados referem-se ao desempenho dos serviços no ano de 2009 e a fonte utilizada, a exemplo das informações relativas à frota, foi o banco de dados Associação Nacional dos Transportes Públicos – ANTP, através de seu sítio eletrônico. Para as regiões metropolitanas, com relação ao modal ônibus dos serviços intermunicipais de ônibus bem como dos serviços municipais dentro dessas regiões, as informações para a estimativa da receita foram obtidas junto à EMTU/SP. Para o município de São Paulo, que faz parte da RMSP, a fonte utilizada foi a SPTrans. A data base das informações foi o primeiro semestre de 2011, sendo que todos os valores de receita obtidos foram atualizados para 2011, equalizando-se assim as informações. Observa-se que como o exercício de 2011 ainda não está completo, os valores obtidos para os serviços nas regiões metropolitanos contem parcela estimada. Com relação os serviços de fretamento, a receita foi estimada a partir da apuração de valores que permitam a reposição de todos os custos operacionais do serviço, inclusive remuneração e depreciação do capital, sob a hipótese de um equilíbrio entre receita e custo. No caso dos serviços especiais, por se constituírem em serviços gratuitos e também pela sua pequena representatividade, não procedemos à estimativa de receita, embora estejam sendo considerados nas estimativas de emprego. No caso das operadoras ou gerenciadoras, METRÔ, CPTM, EMTU/SP e SPTrans , as informações para a estimativa da renda, a exemplo do procedimento aplicado para as estimativas de emprego foram obtidas diretamente junto às empresas. Cabe registrar ainda que, para o conjunto da amostra, as estimativas de renda levaram em conta a parcela da demanda formada pelos passageiros pagantes, observando-se as particularidades de cada modalidade ou serviço. A partir da obtenção de uma estimativa de renda correspondente à amostra utilizada, é possível identificar a parcela dessa renda que pode ser considerada como “valor adicionado” pela “indústria” de transporte à renda, e, portanto, à produção da economia. Vale esclarecer que, especialmente no caso do valor adicionado, o mais significativo é sua participação relativa no total da renda da “indústria”. Uma atividade que gera renda com participação significativa de valor adicionado, promove: a fixação de renda no espaço gerador; a distribuição da renda de forma mais adequada; e, a possibilidade de um efeito multiplicador da renda mais dinâmico. Para identificação do “valor adicionado” pela “indústria” de transporte à renda, no modal sobre pneus, foram consideradas as seguintes referências: Com relação às instituições ligadas diretamente à prestação do serviço de transporte público, como operadoras ou gerenciadoras, METRÔ, CPTM, EMTU/SP e SPTrans , as informações, a exemplo do procedimento aplicado para as estimativas de emprego e renda, foram obtidas diretamente junto às empresas, relativas ao fechamento contábil do ano de 2010. Cabe lembrar que as informações sobre receita foram atualizadas para a base de preços de 2011, servindo também como referência para a identificação do valor adicionado. Dentro do montante estimado de renda para o modal ônibus, são consideradas duas parcelas a título de valor adicionado: a massa salarial e a remuneração do capital. No caso das operadoras e gerenciadoras, apenas a massa salarial é levada em conta como valor adicionado, visto que, as companhias aqui consideradas como operadoras ou gerenciadoras, são de companhia mista, que funcionam sem o requisito de remuneração do capital. RESULTADOS E ANÁLISE Emprego Tabela 2 – Resultados das estimativas de emprego (ano base: 2011) RMC 21.512 RMBS 5.876 34 CIDADES 177.424 T O T A L 388.467 A importância do resultado encontrado pode ser avaliada à luz de referências sobre geração de empregos em outros setores da economia. Para tanto, apresentamos na Tabela 3 o emprego industrial para as unidades da federação no ano de 2009, com base na Pesquisa Industrial Anual, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. A apreciação das informações da tabela permite identificar que a quantidade de empregos diretos gerados pela “indústria” de transporte, conforme a amostra considerada supera 22 das 27 unidades da Federação, sendo inferior apenas aos estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. A potencialidade de geração de empregos por parte da “indústria” de transporte também pode ser evidenciada a partir das informações que constam da Tabela 1, ou seja, a partir da somatória dos fatores de utilização das principais categorias de trabalhadores que formam as equipes de trabalho no modal ônibus motorista, cobrador, fiscal, mecânico e pessoal administrativo. Efetuando-se essa soma, chega-se à necessidade de 5,61 trabalhadores para colocar em movimento um veículo, que representa um investimento da ordem de US$ 200.000. Valor equivalente de investimento é dado como necessário para a geração de 1 (um) emprego direto na indústria. Tabela 3 – Emprego Industrial em 2009 Renda e valor adicionado Tabela 4 – Resultados das estimativas de renda (ano base:
2011) RMC 1.636.694.367 RMBS 412.286.140 34 CIDADES 11.774.038.906 T O T A L 28.843.804.321 A importância da cifra apurada como estimativa de renda pode ser qualificada a partir das informações constantes da Tabela 5, que apresenta o valor das receitas orçamentárias realizadas em 2009 para as unidades da federação, com preços atualizados para junho de 2009. Como pode ser constatado, o volume da renda gerada pela “indústria” do transporte, nos limites da amostra considerada, só não supera o volume da receita orçamentária dos estados de Minas Gerais e de São Paulo. Ainda no sentido de qualificar a importância do volume de renda gerada pela “indústria” do transporte, apresentamos na Tabela 6 os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios que são as capitais das unidades da federação, obtidos no exercício de 2008, também atualizados para junho de 2011. Podemos verificar que a renda gerada pela “indústria” do transporte, nos limites da amostra considerada, isto é, R$ 28,8 bilhões, superando o PIB de 18 dos 26 municípios-capitais de Estado. Tabela 5 – Receitas Orçamentárias Realizadas em 2009 (preços de junho de 2011) A capacidade de geração de valor adicionado está resumida na Tabela 7, abaixo apresentada. Como pode ser observado, o valor adicionado chega a 64,6% da receita da “indústria” do transporte público, a partir da amostra considerada. Para avaliação da importância dessa participação, podemos mencionar, entre outras referências, o setor siderúrgico brasileiro, cuja geração de valor adicionado chegou a 46,4% da receita em 2005. Uma pesquisa elaborada pela Fundação Instituto de Administração – FIA/USP, contemplando uma amostra de 416 empresas (59 comerciais, 242 industriais e 115 prestadoras de serviço), apurou que, no ano de 2003, o valor adicionado neste grupo de empresas, alcançou 44,2% da receita. Depreende-se, portanto, a importância da “indústria” do transporte público de passageiros, também na geração de valor adicionado, o que é fundamental no processo de distribuição de riqueza. As informações da Tabela 7 evidenciam que cada R$ 1,00 que ingressa na “indústria”, retorna como R$ 2,80 para a sociedade, ou seja, agrega-se R$ 1,80. Não estamos considerando ainda que o montante de insumos identificado, ou seja, R$ 10,2 bilhões, engloba a parcela relativa aos impostos, que, a princípio, também repercute na sociedade, financiando a regulação econômica e a prestação de serviços sociais, além da parcela relativa aos fundos de depreciação acumulados, que realimentam outros setores que fornecem itens importantes do capital fixo da “indústria” do transporte público de passageiros. Tabela 7 – Resultados das estimativas de valor adicionado (preços de junho de
2011) REMUNERAÇÃO DO CAPITAL (B) 1.829.808.087 6,3 MASSA SALARIAL (C) 16.818.400.526 58,3 VALOR ADICIONADO (D) = (B) + (C) 18.648.208.613 64,6 RENDA TOTAL (E) = (A) + (D) 28.843.804.321 100,0 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho explorou aspectos econômicos dentro daquele conjunto de externalidades positivas, empreendendo um exercício para quantificar a importância da “indústria” dos serviços de transporte público na geração de emprego, de renda e de valor adicionado. Sobre os resultados obtidos também não cabe discussão. Temos que reconhecer que o nível preocupante dos problemas urbanos nos grandes aglomerados, em que o transporte ocupa papel de destaque, tem suscitado ações e reações que apontam para novos investimentos para a ampliação da oferta dos serviços de transporte em diversas modalidades. Ainda assim, também não podemos deixar de reconhecer a morosidade com que essa oferta avança como fruto de um complexo processo decisório, até em certo ponto natural quando somas importantes de recursos financeiros estão envolvidas, mas em boa parte inaceitável. Esse inconformismo se deve, além da essencialidade dos serviços de transporte público, também com o que perdemos frente às limitações de sua oferta e o que deixamos de ganhar com o retardamento de sua expansão. Esperamos com este trabalho, de alguma forma contribuir para estimular que as decisões e os processos que envolvem a expansão e a melhoria dos serviços de transporte público, “andem mais
depressa”. Compartilhe a reportagem nas redes sociais: Qual a importância dos meios de transporte para a indústria?Com inúmeros benefícios, o transporte de objetos no setor industrial é muito importante e ajuda diversos setores a realizarem os seus serviços com qualidade, segurança, eficiência e rapidez, com bom custo-benefício, de forma a atender as necessidades dos consumidores e conquistando lucros e reconhecimento de mercado.
Qual é a importância da rede de transportes?A rede de transportes é essencial para garantir que os produtos cheguem às prateleiras do supermercado, garantem trabalho a inúmeras pessoas e sem eles não teríamos a mesma facilidade em adquirir produtos.
Qual a importância das redes de transporte para as empresas?Os meios de transporte são utilizados para os deslocamentos no espaço de pessoas, animais ou mercadorias. Eles se movimentam por meio das redes de transporte, os modais. Elas são de extrema importância para o desenvolvimento econômico de um país. Distinguem-se entre aéreos, terrestres e aquáticos.
Qual é a importância da rede de transporte para a produção industrial nas diferentes etapas da cadeia produtiva?Os transportes foram e são importantes para a organização do espaço porque permitem a circulação dos fluxos, os transportes são responsáveis pelo transporte não apenas de mercadorias, mas de pessoas informações, itens de utilidade básica entre outras coisas.
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