Dentre as primeiras necessidades na construção de uma sociedade, certamente podemos destacar o diálogo. É por meio dele que é possível formar sujeitos críticos, autônomos e criativos, e que criamos relacionamentos saudáveis. A importância do diálogo é percebida no dia a dia. Além disso, o diálogo no desenvolvimento infantil é importantíssimo.
Confira agora um texto completo sobre a importância do diálogo para o desenvolvimento infantil. Bora lá?
Importância do diálogo no desenvolvimento infantil
A necessidade da comunicação interpessoal passa pelo processo da escuta e do entendimento do outro em suas interpretações e sua visão de mundo. Portanto, cada sujeito tem em si um universo próprio e rico de conhecimentos e perspectivas. O respeito é a pedra fundamental que alicerça todos esses relacionamentos.
Para dialogar é necessário saber ouvir antes de aprender a falar. Escutar exige proximidade, disponibilidade e humildade de aprender com o outro e com nossas diferenças.
Na educação, não é diferente. Desse modo, o diálogo é a base primordial de qualquer processo de ensino-aprendizagem. Mas, se a escola é um espaço de diálogo, quem são os facilitadores da comunicação?
Entretanto, é somente através dos processos educativos que a criança se desenvolve, estabelecidas múltiplas linguagens dialógicas na relação entre professor e aluno. Sendo assim, o professor deve abandonar a ideia de ser aquele que apenas transfere conhecimento e, sim, colocar a criança como coautor da sua aprendizagem. É nessa integração que possibilitamos à criança maior pertencimento e engajamento na escola.
Diálogo é importante em todos os momentos.
Devemos considerar o diálogo como um ato criativo, capaz de acolher e de desenvolver a imaginação e a capacidade argumentativa. Afinal, a primeira infância é um período repleto de grandes descobertas. Sendo assim, por meio dessas vivências proporcionadas no dia a dia, as crianças, constantemente, expõem suas perspectivas e se comunicam. Além de interpretar e desvendar o mundo que estão experimentando.
Por fim, cabe a nós, educadores, estarmos atentos e vigilantes para que a escola seja um espaço de diálogo constante e o professor, seja um facilitador da comunicação e expressão de cada um dos seus alunos.
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Larissa Assis
Psicóloga Escolar
Escola Bilboquê Vila da Serra
Com o isolamento social, foram necessárias medidas restritivas para ajudar no combate ao novo coronavírus (Covid-19). Vários setores da sociedade foram afetados, dentre eles, a comunidade escolar, que teve que se adaptar rapidamente às necessidades exigidas. Nem todas as escolas conseguiram se adequar de forma satisfatória. Apesar de toda tecnologia disponível, nem tudo era acessível, nem para as escolas, nem para alunos e professores.
Para as escolas que conseguiram manter suas aulas através do ensino remoto, todos os dias era um novo desafio, pois crianças e professores passaram a se adaptar ao que estavam chamando de um “novo normal”. Se foi satisfatório ou não, pesquisas em um futuro próximo poderão responder, mas tivemos e teremos um aprendizado para esse período, marcado por lutos, perda salariais e novos hábitos.
Aos poucos, estamos retomando e as escolas também e esse retorno às aulas presenciais vai exigir além de uma nova adaptação, um período de acolhimento. Se ainda teremos que usar a máscara durante mais tempo e essa esconde em parte as nossas feições, os educadores precisarão ser mais acolhedores e expressivos de outra forma. Ainda também não poderemos abraçar a criança, o estudante, então, a escuta e o diálogo necessitará ser mais presente e constante. E qual a importância desse acolhimento?
Não é uma volta às aulas vindas de um período “normal”, mas sim de muita resiliência e que marcou de diferentes formas a vida do estudante. Não podemos começar ou recomeçar fingindo que está tudo bem, que já passou. É preciso de fato saber como aquela criança está voltando, que bagagem agora ela carrega dentro de si.
A escola precisa estar preparada para essa volta, não apenas em seus aspectos didáticos e metodológicos, mas sim, aberta ao diálogo e também preparando seus professores, funcionários e gestores. Entendemos a escola como um espaço de formação educacional do indivíduo, mas que precisa também, propiciar esse acolhimento e ser mais empática como outro. Ainda estamos em um período de incertezas e ele nunca esteve tão presente…
“É preciso aprender a enfrentar a incerteza, já que vivemos em uma época de mudanças em que valores são ambivalentes, em que tudo é ligado.” (MORIN, 2007, p. 84). Caminhemos então em direção a essa incerteza, mas o engajamento de todos será muito importante e necessário, pois todo o processo de mudança requer dedicação e tempo. A escola não é responsável em resolver todos os conflitos e problemas que irão chegar até ela, mas acolher, dialogar e ouvir é um exercício de humanidade.
REFERÊNCIA
MORIN, Edgar. Educar na era planetária: o pensamento complexo como método de aprendizagem no erro e na incerteza humana. São Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO, 2007.
Profª. Lucíola Lima Caminha Pequeno
Docente do Curso de Pedagogia da UniAteneu
Especialista em Docência em Educação a Distância e pedagoga
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