Qual a melhor forma de declaração completa ou simplificada?

Qual a melhor forma de declaração completa ou simplificada?

Já escolheu entre a declaração completa ou simplificada para o seu Imposto de Renda? Essa é uma decisão importante, pois pode reduzir o imposto devido, garantir sua restituição e evitar a temida malha fina. 

Na prática, quanto mais despesas dedutíveis você tiver, mais terá vantagens ao escolher a opção mais completa. No entanto, é preciso levar em conta a soma total dos gastos e a relação com seus rendimentos para decidir entre declaração completa ou simplificada.

Na dúvida, siga a leitura e pense bem antes de enviar seu IR.

O que é a declaração completa do IR

A declaração completa do IR é a forma mais detalhada de informar seus rendimentos e despesas à Receita Federal. Quando você baixa o programa do IR no site da RFB, esse é o modelo de declaração padrão que já vem selecionado no software. 

A principal vantagem de declarar na versão completa é poder incluir todas as despesas dedutíveis, sem limite para o abatimento sobre os rendimentos tributáveis. 

O que é a declaração simplificada do IR

A declaração simplificada do IR não exige o detalhamento das despesas, pois aplica um desconto padrão de 20% limitado a R$ 16.754,34 sobre a base de cálculo do imposto. Esse desconto pode ser usado por qualquer contribuinte, independentemente da renda

A vantagem, no caso, é simplificar o preenchimento da declaração e não precisar informar todas as despesas — mas só vale a pena se o valor dedutível for menor que os 20% padrão, é claro.

Declaração completa ou simplificada: como escolher

Muitos contribuintes ainda têm dúvidas na hora de escolher entre a declaração completa ou simplificada. 

Veja como selecionar o modelo mais adequado para o seu caso. 

Quando optar pela declaração completa 

Quanto mais despesas você tiver para deduzir da base de cálculo do IR, mais vantajoso será optar pela declaração completa. Confira alguns dos gastos dedutíveis do IR 2021:

  • Despesas médicas: gastos de saúde relacionados a tratamento próprio, dos dependentes ou alimentandos (consultas, exames, plano de saúde, etc.), sem limite e com dedução integral do IR (exceto gastos com farmácia e medicamentos)
  • Despesas com educação: despesas com educação (escola particular, faculdade, cursos profissionalizantes) limitadas ao valor de R$ 3.561,50 por dependente (IR 2020), sem limite para inclusão dos dependentes, desde que comprovados
  • Despesas com dependentes: abatimento de até R$ 2.275,09 por dependente comprovado
  • Plano de previdência: contribuições para plano de previdência privada tipo PGBL podem ser abatidas até o limite de 12% da renda
  • Livro-caixa: dedução integral para o livro-caixa do profissional autônomo.

Ou seja: um contribuinte que possui vários dependentes, paga escola particular, plano de saúde e ainda possui um plano de previdência privada se beneficia do modelo completo, pois consegue abater um alto valor em despesas. 

Para verificar se é o seu caso, basta somar todas as despesas dedutíveis: se o valor estiver acima de 20% dos seus rendimentos (valor do desconto padrão do simplificado) ou acima dos R$ 16.754,34 fixados pela Receita Federal, vale a pena fazer a declaração completa e buscar um desconto maior no imposto ou garantia de restituição. 

Quando optar pela declaração simplificada

Se você não tem muitas despesas dedutíveis (valor total menor que 20% dos rendimentos ou R$ R$ 16.754,34), é provável que a declaração simplificada seja a melhor opção. Mas é preciso fazer o cálculo dos gastos  que acabamos de ver antes de tomar essa decisão, e não escolher o modelo mais simples só porque dá menos trabalho para preencher. 

Inclusive, você pode fazer o teste e preencher suas despesas no programa do IR como se fosse optar pelo modelo completo. Ao final do preenchimento, o próprio software mostra as duas opções de tributação (por deduções legais ou desconto simplificado) e você pode escolher a mais vantajosa.

Contador auxilia na declaração completa ou simplificada

Se você ainda está em dúvida entre a declaração completa ou simplificada, é melhor recorrer aos serviços de um contador para ter certeza sobre a opção mais vantajosa. Somente esse profissional saberá calcular suas despesas dedutíveis com precisão — sem risco de informar gastos não autorizados — e indicar o melhor modelo de declaração.

Assim, você pagará o menor valor possível no Imposto de Renda e terá sua restituição garantida. E o principal: evitará cair na temida malha fina, que impede o acesso à restituição e pode até bloquear seu CPF por inconsistências nos dados informados.

E então, já sabe se vai optar declaração completa ou simplificada? Lembre-se: é melhor buscar ajuda de um profissional contábil do que acabar com pendências na Receita ou ter que pagar um imposto maior.

Qual tipo de declaração devo fazer simplificada ou completa?

Normalmente, o modelo completo é mais indicado para quem tem dependentes, muitas despesas dedutíveis com saúde e educação e mais de uma fonte de renda. Já a declaração simplificada costuma ser mais vantajosa para quem não tem dependentes, tem poucas despesas dedutíveis e somente uma fonte de renda.

Qual a diferença entre a declaração completa e simplificada?

A diferença básica é em relação ao abatimento sobre os rendimentos tributáveis (salários, pensões, aluguel, entre outros). Na simplificada, o desconto é de 20%, limitado a no máximo R$ 13.916,36. Já na completa não há limite - o contribuinte deve informar gastos passíveis de dedução para apurar o abatimento.

Quando usar declaração Simplificada?

A declaração simplificada é indicada quando o contribuinte não tem muitas despesas para deduzir. Nesse caso, usa-se o abatimento padrão, de 20% sobre a soma de todos os rendimentos tributados ao longo do ano a ser declarado.

Qual a melhor opção pela tributação?

Se você teve uma quantidade significativa de despesas dedutíveis no ano anterior, a melhor opção será optar pelas deduções legais, caso contrário, o desconto simplificado se apresentará como a melhor alternativa.