Qual é a diferença entre fertilização externa e fertilização interna peixes?

A fecundação é o processo pelo qual o gameta masculino une-se ao gameta feminino para formar o zigoto. Os animais apresentam dois tipos de fecundação: a interna e a externa.

Alguns anfíbios apresentam um comportamento de corte na realização de seu processo reprodutivo

A fecundação é o processo pelo qual o gameta masculino une-se ao gameta feminino para formar o zigoto ou célula-ovo. Entre os animais, existem duas formas de fecundação: a interna e a externa.

Fecundação interna

Na fecundação interna, o gameta masculino é depositado no interior ou próximo ao trato reprodutor da fêmea, ocorrendo o processo de fertilização dentro do trato reprodutor da fêmea. Entre os grupos de animais que realizam a fecundação interna, podemos destacar os mamíferos, algumas espécies de peixes e anfíbios, entre outros.

A fertilização interna apresenta algumas vantagens em relação à fertilização externa. Embora a produção de gametas em indivíduos que realizam a fecundação interna seja geralmente menor do que em indivíduos que fazem a fecundação externa, nesse tipo de fecundação, há uma maior sobrevida dos zigotos produzidos. Isto se deve ao fato de, após a fecundação, os zigotos produzidos ficarem protegidos no interior do trato reprodutivo da fêmea durante parte de seu desenvolvimento. Em algumas espécies, os embriões permanecem no útero durante todo seu desenvolvimento fetal.

Fecundação externa

Na fecundação externa, a fêmea deposita os ovos no ambiente e, então, o macho lança os gametas masculinos, fecundando-os externamente ao trato reprodutor da fêmea. Entre os grupos de animais que realizam a fecundação externa, podemos destacar algumas espécies de peixes e de anfíbios.

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Como na fecundação externa os ovos são lançados no ambiente, é essencial que este seja um local úmido para evitar a dessecação dos gametas, além de permitir que o gameta masculino possa nadar até o gameta feminino. Embora em muitas espécies seja dispensável o contato físico nesse tipo de reprodução, é essencial que haja uma sincronização nesse período reprodutivo, para garantir que haja a fecundação dos ovos.

Entre os fatores que permitem essa sincronização, podemos destacar o fato de algumas espécies soltarem sinais químicos ao liberar os seus gametas, levando outros indivíduos a fazerem o mesmo. Fatores ambientais também podem atuar nesse processo, fazendo com que os indivíduos da espécie liberem seus gametas no mesmo período. Entre esses fatores ambientais, podemos citar a temperatura da água, duração dos dias, entre outros.

É observado também em algumas espécies o comportamento de corte. Algumas espécies de anfíbios produzem sons (coaxar) característicos para atraírem as fêmeas de sua própria espécie e garantir a fecundação.

Por Helivania Sardinha dos Santos

Enio Yoshinori Hayasaka

Silvia Mitiko Nishida

  

Todos os peixes s�o animais dependentes do meio aqu�tico, locomovem-se batendo a cauda e respiram por meio de br�nquia (�rg�o atrav�s do qual respira). Os peixes s�o classificados em tr�s grandes grupos:

- peixes sem mand�bula (lampr�ias)

- peixes cartilaginosos (tubar�es e raias)

- peixes �sseos (lambari, til�pia, dourado, salm�o, enguia, pescada, peixe-palha�o, kingyo, etc.).

V�rias esp�cies s�o de interesse da aquacultura (que visa a produ��o de carne) e da aquariofilia (cria��o ornamental).

Do ponto de vista da reprodu��o, por causa da varia��o na forma de nascimento dos filhotes os peixes s�o classificados em:

- ov�paros:os filhotes se desenvolvem fora do corpo da m�e, dentro do ovo que contem os nutrientes necess�rios. Mais de 90% dos peixes pertencem a essa categoria.

- viv�paros: os filhotes se desenvolvem dentro do corpo da m�e recebendo diretamente dela os nutrientes necess�rios.

- ovoviv�paros: ocorre uma combina��o das duas formas, isto �, os filhotes se desenvolvem dentro do ovo e dentro do corpo da m�e. Na hora do nascimento, os filhotes saem do ovo. 

Peixes que crescem PRECISANDO do cuidado dos pais ap�s o nascimento

Nascemos e crescemos com o pai e a m�e cuidando da gente, certo? Bom, dependendo da esp�cie, essa afirma��o n�o pode ser generalizada. Pois ent�o, vejamos:

Para falar sobre o comportamento de reprodu��o dos peixes escolhemos a til�pia, um tele�steo de origem africana e que foi introduzida no Brasil. Na verdade, o termo "til�pia" se refere a um conjunto de v�rias esp�cies as quais podemos separar em tr�s grandes g�neros, baseado na forma de incuba��o dos ovos.

1) til�pias do G�nero Tilapia: desovam num ninho, a fertiliza��o � externa e ambos os pais cuidam da prole (Til�pia-de-barriga-vermelha-Tilapia zilli). Enquanto ocorre a incuba��o, os pais est�o atentos, especialmente contra os predadores de ovos.

2) til�pias do G�nero Sarotherodon: desovam num ninho mas a incuba��o dos ovos ocorre dentro da boca de ambos os pais ou s� do pai (como o Sarotherodon melanotheron). Mesmo após o nascimento, os filhotes se escondem dentro da boca! E claro que os pais n�o se alimentam at� que a filharada esteja independente!

3) til�pias do G�nero Oreochromis: incubam os ovos dentro da boca mas � a m�e quem cuida da prole, como na Til�pia-do-Nilo - Oreochormis niloticus) que � ilustrado abaixo.

Pela apar�ncia, � dif�cil saber quem � macho e quem � a f�mea pois s�o muito parecidos. Mas quando chega a �poca de reprodu��o o macho delimita um territ�rio, fica mais agressivo defendendo esse espa�o contra os concorrentes. Ali ele cava um ninho com a boca que se parece a uma cratera. Para atrair a f�mea, se exibe, deixando o ninho sempre arrumado e fica mais colorido, com a barriga avermelhada. Se uma f�mea gostar, ela entrar� no ninho e desovar� (A)-veja uma foto da desova. O macho, em seguida far� o mesmo, liberando o s�men (B). Em seguida, a f�mea, recolher� os ovos para dentro da sua boca e ir� embora (C). Veja os ovos dentro da boca de uma f�mea.

Na til�pia-do-Nilo � a m�e quem cuida sozinha da prole. O macho ir� arrumar o ninho e tentar� atrair outras f�meas para o acasalamento.  

Depois de alguns dias sendo incubados dentro da boca da m�e, os ovos eclodem e nascem as larvas de peixes chamadas alevinos. Em Biologia, larva � o termo para indicar qualquer indiv�duos em fase de desenvolvimento.

Esquema adaptado de GON�ALVES-DE-FREITAS, E. & S.M. NISHIDA. 1998

Fonte da foto: //www.grupoaguasclaras.com.br/fotos-tilapias/ovo_na_boca_de_tilapia.jpg 

Peixes que crescem SEM  o cuidado dos pais ap�s o nascimento

V�rias esp�cies de peixes n�o cuidam da sua prole depois que nascem, diferente das til�pias estudadas acima. N�o � porque nessas esp�cies os pais sejam desnaturados. � porque usam uma outra estrat�gia de reprodu��o. Ao inv�s de poucos (dezenas a centenas) esses peixes produzem muitos e muitos (milh�es) de filhotes!! Vejamos dois exemplos.

O dourado (Salminus brasilensis) � um peixe tele�steo que habita os rios da Am�rica do Sul, inclusive os brasileiros. � um peixe bem grande que pode chegar a mais de 20 quilos e � muito procurado pelos pescadores. S�o carn�voros e se alimentam de outros peixes menores. Nadam em cardumes nas correntezas e afluentes fazendo longas migra��es ao longo do rio. Nessa viagem, ocorre a piracema �poca de reprodu��o dos peixes. Uma f�mea de 10 quilos pode desovar quase 1,5 milh�es de �vulos !! (Bem diferente de uma f�mea de til�pia-do-Nilo de 5 quilos que desova uns 800 �vulos de cada vez). Os dourados n�o fazem ninho de desova como a til�pia. Como a correnteza poderia espalhar os gametas, machos e f�meas lan�am aos milh�es para que o maior n�mero de embri�es sejam formados. Com a correnteza, os ovos s�o carregados at� chegarem num lago de �guas calmas, onde os alevinos se desenvolvem sozinhos. Apesar dos milh�es de filhotes, apenas de 30 a 50 descendentes sobreviver�o at� se tornarem adulto!

Um outro peixe famoso  que migra � o salm�o-do-Atl�ntico (Salmo salar). Diferente do dourado que n�o sai dos rios de �gua doce, esse salm�o faz uma rota de migra��o muito mais longa: ele nasce na cabeceira do rio, cresce descendo rio abaixo at� chegar no mar. L�, fica uma grande temporada crescendo mais e, finalmente, volta exatamente para o mesmo rio, nadando rio acima  para chegar  no ponto onde nasceu para se reproduzir!

O peixe que muda de sexo. H�?

� isso mesmo! Entre os peixes h� v�rias esp�cies que mudam de sexo. Entre eles est� o peixe-palha�o (Amphiprion ocellaris) que se tornou uma celebridade por causa do desenho animado "A procura de Nemo". O peixe-palha�o vive associado � an�mona-do-mar, um animal que � invertebrado mas lembra uma flor. As an�monas capturam as suas presas usando um potente veneno para atordo�-las mas os peixes-palha�os s�o imunes a ele. Quando chega a �poca de acasalamento, o casal de peixe-palha�o reproduz-se na lua cheia. A desova ocorre sobre uma rocha, bem pertinho de uma an�mona e, quem cuida dos ovos e dos peixinhos que nascerem, � o pai. Acontece que toda prole � masculina! H�? N�o nascem f�meas?  Calma: os machos transformam-se em f�meas mais tarde. O peixe palha�o nasce macho e, se n�o houver f�meas por perto, um deles transforma-se em numa f�mea para que a reprodu��o possa continuar!

Os indiv�duos que possuem os dois sexos s�o chamados de hermafroditas. Isso pode acontecer ao mesmo tempo (como nas minhocas) ou um depois do outro, como no peixe-palha�o. Vamos esclarecer melhor esse assunto.

Afinal, quem s�o os machos e f�meas de uma esp�cie?

Os cientistas chamam de f�meas os indiv�duos que possuem ov�rios (produtores de �vulos) e de machos os que possuem test�culos (produtores de espermatoz�ides). Quando o espermatoz�ide encontra o �vulo, ambos se juntam ocorrendo a fertiliza��o, momento muito especial da atividade reprodutiva. Numa esp�cie em que machos e f�meas s�o indiv�duos distintos, ambos precisam se encontrar para que a fertiliza��o ocorra.   

Como ocorre a transforma��o de ovo em outro peixe?

Com a fertiliza��o, temos uma nova c�lula chamada ovo ou zigoto possuindo a metade das informa��es vindas do pai e outra metade, da m�e. O zigoto come�a, ent�o a se dividir e dividir at� formar o embri�o que continuar� o seu desenvolvimento at� o nascimento. O desenvolvimento embrion�rio requer muita energia o que � providenciado pelo vitelo, alimento previamente armazenado dentro do �vulo. Nos peixes, o embri�o transforma-se em larva e, finalmente, nasce. A fase de desenvolvimento do ovo at� a forma de larva (peixe jovem que nada e procura de comida) chama-se incuba��o. Esse per�odo � muito delicado e arriscado para a sobreviv�ncia das larvas. As fotos mostram a seq�encia de desenvolvimento embrion�rio de uma tainha (Mugil cephalus).

A) Um ovo, 4 horas ap�s a fertiliza��o; B) 24 horas depois; C) Antes do nascimento; D) larva rec�m-nascida com o saco vitel�nico

Fonte: //www.lib.noaa.gov/korea/main_species/striped.htm

A fertiliza��o do �vulo pode ser externa ou interna

Se o encontro do �vulo com o espermatoz�ide acontecer fora do corpo da futura m�e a fertiliza��o � chamada externa e se ocorrer dentro do corpo, interna. Nos peixes (assim como nos anf�bios) a fertiliza��o � principalmente externa. Isso quer dizer que os machos e f�meas precisam desovar juntos, quase ao mesmo tempo para que a fertiliza��o ocorra com sucesso.

Depois de tanta leitura, est� na hora da divers�o: Clique aqui e dobre origamis de peixe.

 
 
 

Kinguios nadando

LINKS INTERESSANTES PARA VISITAR E SABER MAIS SOBRE PEIXES

Fotos que ilustram o desenvolvimento do peixe dourado.

Etapas de desenvolvimento do salm�o-do-atl�ntico

 - Ovo; larva com o saco vitel�nico; alevino e o adulto

Fish Base � uma base de dados sobre peixes

Piscicultura S�o Jer�nimo para saber mais sobre o dourado

S� Biologia. Peixes.

Refer�ncias bibliogr�ficas

GON�ALVES-DE-FREITAS, E. & S.M. NISHIDA. 1998. Sneaking behavior of the Nile tilapia. Boletim T�cnico do CEPTA 11: 71-79.

Qual é a diferença entre fertilização externa e fertilização interna de peixe?

Se o encontro do óvulo com o espermatozóide acontecer fora do corpo da futura mãe a fertilização é chamada externa e se ocorrer dentro do corpo, interna. Nos peixes (assim como nos anfíbios) a fertilização é principalmente externa.

O que é fertilização externa dos peixes?

A fertilização externa ou fecundação externa é o processo de fecundação através do qual lança os gametas em um ambiente externo. A fertilização externa é típica de peixes e anfíbios. Entre os peixes, os machos lançam os gâmetas na água e a fêmea passa e os coletam em uma bolsa.

Qual o significado de fertilização interna?

Fecundação interna Nesse tipo de fecundação, a união entre os gametas feminino e masculino acontece no interior do organismo da fêmea daquela espécie. Essa é uma fecundação com uma série de vantagens.

Qual o significado de fertilização externa?

Fecundação externa: A fecundação externa ocorre fora do corpo, no ambiente. Esse é o caso, por exemplo, dos sapos. Nesses animais, o macho e a fêmea unem-se, o macho abraça a fêmea e ambos liberam os gametas juntos. Os espermatozoides, então, fecundam os ovos, que se desenvolvem no ambiente.

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