O fato de que a construção das pirâmides egípcias é de difícil explicação torna-se um prato cheio para teorias conspiratórias. Na época de construção da Grande Pirâmide de Gizé (2.560 a.C.), os egípcios não utilizavam locomoção com rodas para ajudar no encaixe de blocos com até 10 toneladas uns sobre os outros.
E ainda assim a coisa foi feita, parou em pé e foi o mais alto prédio do mundo por 3.800 anos, até a construção da Catedral de Lincoln, na Inglaterra. Como, afinal, isso foi possível?
A tecnologia que deu origem às pirâmides é muito antiga, e o primeiro idealizador conhecido desses monumentos é o arquiteto Imhotep, que fez a mais antiga de todas, a de Djoser (2648 a.C.). Antes dela, os faraós eram enterrados nas mastabas, tumbas subterrâneas cobertas por pilhas retangulares de blocos e com paredes inclinadas, que continuaram a ser usadas ao longo de milênios por egípcios que não pertenciam à realeza.
Imhotep simplesmente pensou em construir uma mastaba pequena sobre uma grande, depois uma menor ainda sobre essa, criando seis camadas, num edifício com impressionantes 62 metros de altura e 125 de largura. Ela sobrevive até hoje.
Guia de Tesouros Arquitetónicos I | Autora: Diana Ferreira Trata-se de um edifício baixo de tijolo ou pedra, de planta retangular, faces inclinada para o interior, cada uma orientada para os quatro pontos cardeais.Pirâmides do Egito – a Mastaba
De topo liso, o seu comprimento varia entre 4 a 5 metros e a altura entre 3 a 9 metros.
O cadáver estava colocado na câmara funerária subterrânea com poucos objetos de valor, ligada por um corredor – serdab – que não comunicava com o exterior e que continha a estátua funerária.
A capela decorada com relevos e pinturas parietais, ao nível térreo, era o único local de acesso desde o exterior, onde guardavam as oferendas e se prestava culto ao morto.
Mastaba
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Pirâmides do Egito – Pirâmide de Degraus
A partir da III dinastia, com o intuito de mostrar a elevada categoria social do falecido, construíram-se túmulos grandiosos através da sobreposição sucessiva de mastabas com dimensões gradualmente menores.
A pirâmide de degraus.
Imhotep, foi o primeiro arquiteto de que conhecemos o nome na longa história da arquitetura.
Foi o responsável por esta pirâmide que albergava o túmulo do rei Djoser, em Sakara, erigida aproximadamente no ano 2630 a.C.
Com seis andares pretendia representar a escadaria gigante que o rei subiria para se reunir ao deus-sol.
Piramide de Degraus
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Pirâmides do Egito – Pirâmide romboidal
A variante romboidal é uma pirâmide dedicada ao faraó Snofru, em Dahshur, que a meia altura mudava a inclinação das suas arestas, o que dá a sensação da metade superior esmagar a inferior.
Piramide romboidal
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Pirâmides do Egito – Pirâmides (de faces lisas)
A evolução da vertente em degraus originou a forma final das pirâmides (de faces lisas), no reinado de Sneferu.
Neste tipo de construção funerária destaca-se a Grande Pirâmide de Gizé, considerada uma maravilha arquitetónica do Mundo Antigo.
Era composta por imensos blocos de pedra que pesavam toneladas, talhados e colocados com tanta precisão que, muitas vezes é difícil introduzir entre eles uma fina folha de papel.
No seu interior encontram-se, geralmente, as mesmas divisões das mastabas, acrescentando canais de ventilação e outros compartimentos, cuja função se desconhece.
Foram complicando os vários corredores (alguns deles sem saída), para dificultar, ou mesmo impossibilitar, o acesso ao túmulo do faraó.
Por este motivo as passagens estavam bloqueadas e a entrada dissimulada.
Pirâmide (de faces lisas)
//pt.wikipedia.org/wiki/Pir%C3%A2mide_de_Qu%C3%A9ops#/media/File:Gizeh
Hipogeu
Apesar das suas formas simples e geométricas que transmitem grandeza e se caracterizam
A presença de tesouros era demasiado tentadora apesar das severas leis sobre violação dos túmulos.
Para por fim a esses furtos, no Império Novo, os reis de Tebas (sucessores a Tutmés I, exceptuando Akhenaton) mandaram construir os hipogeus.
São túmulos subterrâneos cavados nas falésias rochosas do Vale dos Reis, no Alto Egito.
Estas construções, seguras e discretas, eram decoradas nos seus interiores com altos e baixos-relevos de cores com significados simbólicos, que contavam os feitos de quem as ocupava.
No exterior, estavam estátuas igualmente coloridas, mas que a exposição à luz do sol arruinou ao longo dos milénios.
O mesmo se passou no seu interior, quando saquearam as tumbas e as deixaram abertas deteriorando as pinturas com a corrosão do ar e da intempérie.