Qual foi a importância do rio Nilo para os primeiros grupos que ocuparam regiões próximas a ele?

Qual foi a importância do rio Nilo para os primeiros grupos que ocuparam regiões próximas a ele?
Os egípcios estabeleceram uma rica civilização às margens do Rio Nilo

Por Rainer Sousa

Há mais de 4000 anos antes de Cristo, a dominação das técnicas agrícolas permitiu o surgimento de várias civilizações ao redor do mundo. No extremo nordeste da África, em uma região de características desérticas, a civilização egípcia floresceu graças aos abundantes recursos hídricos e terras férteis que se localizavam nas margens do rio Nilo.

O ciclo das águas nesta região promovia o regular transbordamento do rio que, durante a seca, deixava um rico material orgânico na superfície de suas terras. Percebendo tal alteração, os egípcios tiveram a capacidade de desenvolver uma civilização próspera que se ampliou graças às fartas colheitas realizadas. Dessa forma, temos definido o processo de desenvolvimento e expansão dos egípcios.

No campo político, os egípcios estiveram organizados através da formação dos nomos. Os nomos eram pequenas parcelas do território egípcio administradas por um nomarca. Tempos mais tarde, esses vários nomos estavam centralizados sob o poderio de um imperador. No ano de 3200 a.C., Menés, o governante do Alto Egito, promoveu a subordinação de 42 nomos, dando início ao Império Egípcio.

A sociedade egípcia era organizada por meio de critérios religiosos e econômicos. O faraó ocupava o topo desta hierarquia na condição de chefe de Estado e encarnação do deus Hórus. Logo abaixo, temos os sacerdotes como agentes organizadores dos cultos e festividades religiosas. Os nobres e escribas ocupavam uma posição intermediária realizando importantes tarefas que mantinham o funcionamento do Estado.

A base desta sociedade ainda contava com os soldados, que eram sustentados pelo governo e garantiam a hegemonia do poder faraônico através das armas. Logo abaixo, os camponeses e artesãos, que trabalhavam nas colheitas e na organização das obras públicas necessárias ao desenvolvimento agrícola e comercial. Por fim, havia uma pequena parcela de escravos que também estavam subordinados ao Faraó.

Além de conseguir prosperar economicamente pelo rígido controle da produção agrícola, podemos notar que os egípcios também produziram conhecimento e variados campos. A arquitetura, a medicina e a astronomia figuram como as mais interessantes facetas do legado científico egípcio. Vale à pena ressaltar também a escrita, que se organizava por complexos sistemas de símbolos e códigos.

História do Mundo

Por Rainer Gonçalves Sousa

Mestrado em História (UDESC, 2012)
Graduação em História (UDESC, 2009)

Ouça este artigo:

O crescente fértil foi uma importante região, especialmente para o início da sedentarização de diversos povos. Ela leva este nome porque, localizada entre os rios Tigre, Eufrates, Jordão e Nilo, tem um formato que se assemelha ao de uma lua crescente. Foi nessa região que se desenvolveram as primeiras populações sedentárias da humanidade, que passou pela revolução agrícola e, posteriormente, pela revolução urbana.

O local que chamamos de crescente fértil na antiguidade é onde hoje está hoje localizada a região da atual Palestina, Jordânia, Israel, Líbano, Kuwait e Chipre, além de algumas partes do Egito, da Síria, do Irã e da Turquia. É o berço da civilização.

As cidades mais antigas se desenvolveram próximas aos rios ali localizados. Mas, antes disso, grupos humanos passaram a dominar a terra e a desenvolver a agricultura, o que lhes permitiu viverem fixos em um só lugar. O crescente fértil foi uma região conhecida por ter uma terra fértil, irrigada pelos rios. Foram eles que possibilitaram a agricultura, a sedentarização e mesmo as trocas comerciais que se davam por meio da navegação dos rios.

Havia muitos núcleos urbanos já ao longo do Tigre e do Eufrates. Uma das primeiras civilizações que conhecemos é a Mesopotâmia. São de lá os primeiros registros de sedentarização do homem. Mas, para viverem fixos na região, foi preciso aprender a domar a natureza local. Como os rios enchiam, a população precisou desenvolver técnicas para aproveitar essa irrigação e torna-la constante, tornando contínuo também o abastecimento de alimentos. Como se sabe os grupos humanos passaram muito tempo vivendo de forma nômade. Isso não quer dizer que, a partir da Revolução Agrícola, todos os grupos humanos se sedentarizaram. Esse foi um processo lento e gradual. As primeiras experiências de vida fixa se deram na região do crescente fértil. A agricultura estabeleceu as primeiras formas de divisão social do trabalho, pois, enquanto os homens ficavam responsáveis pela colheita, as mulheres tinham a responsabilidade de semear, guardar, preservar e preparar os alimentos. Além disso essas sociedades também passaram a desenvolver sistemas hierárquicos.

Por isso, foi nessa região também que primeiro se desenvolveram os sistemas numéricos e a escrita. Isso porque a Mesopotâmia, por exemplo, viveu um período de desenvolvimento do conhecimento e das técnicas necessárias tanto para a vida sedentária como para a construção das grandes obras públicas. Para construir os canais, por exemplo, o desenvolvimento do pensamento matemático foi de extrema importância. Além disso, o comércio já avançado entre os rios exigia formas de comunicação que fossem mais objetivas.

Era necessário, portanto, estabelecer padrões numéricos para efetiva execução das obras públicas. Da mesma forma tornava-se necessário o desenvolvimento de um sistema de comunicação eficaz. A escrita cuneiforme – em forma de cunha na argila mole – foi o primeiro sistema de escrita registrado. Por isso os primeiros registros escritos da humanidade são dessa região e puderam chegar até os nossos dias.

O crescente fértil marca geograficamente o início da civilização humana, vivendo em sociedade e de forma fixa, sedentária. Uma região com solo fértil, com fauna e flora diversa e com irrigação constante, dominada pelos homens e pelas mulheres que passaram a desenvolver técnicas e ferramentas para tornar a vida fixa possível. O início da vida sedentária é marcado não só pela localização estratégica, mas também pelas formas como as populações encontraram para sobreviver.

Referência:

PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações. São Paulo: Contexto, 2011.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geografia/crescente-fertil/

Qual é a importância do rio Nilo para os primeiros grupos que ocuparam as regiões próximas a ele?

Estudos históricos apontam que as margens do Nilo foram ocupadas desde o período Paleolítico. As árvores próximas do rio dispunham de variedade frutífera, proporcionando fartura para os grupos humanos que, nessa era, ainda não praticavam a agricultura.

Qual a importância do rio Nilo para a região?

Para os egípcios, o rio Nilo é muito importante, pois contribui com a irrigação agrícola, navegação e aquisição de água para a utilização humana e dos animais. No deserto existem represas e canais de irrigação que asseguram o fornecimento de água. Egito e Sudão são os países que compõem o vale do Nilo.

Qual a importância do rio Nilo para as primeiras cidades?

As primeiras cidades foram formadas nas regiões da Mesopotâmia e do Egito, locais onde os homens passaram a se organizar em sociedade. Entre regiões desérticas, o povo egípcio floresceu ao longo do Rio Nilo, e tinha nele o deus que tornava férteis as terras. Talvez você já tenha ouvido que o Egito é uma dádiva do Nilo.

Qual é a importância do rio Nilo para os povos que vivem em suas imediações?

Resposta. Importância Religiosa,pois os antigos egípcios acreditavam que o Rio Nilo as águas onde viviam seus deuses. E também de forte importância econômica,pois serve para as plantações e para irrigação.