Quando se procura desenvolver uma das nossas capacidades motoras todas as outras são influenciadas

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Capacidades Motoras O movimento humano, desde as acções mais simples às mais complexas, tem sido objecto de estudo em várias áreas científicas. Tenta-se determinar as bases e os componentes do movimento, o que nos permitirá, ao identificá-los, desenvolvê-los da melhor forma possível. A expressão “capacidades motoras” foi utilizada pela primeira vez por Gundlach, na República Democrática Alemã, em 1972. Desde então, tem vindo a ser introduzida progressivamente na terminologia da Ciência e do Desporto da maior parte dos países da Europa para definir os pressupostos necessários para a execução e aprendizagem de acções motoras desportivas, das mais simples às mais complexas. Substitui outras expressões até então utilizadas, nomeadamente a expressão qualidades físicas, por ser do ponto de vista terminológico mais correcta e precisa. Analisando: Qualidade/habilidade: • refere-se a algo que é aprendido/desenvolvido; • não são características inatas, isto é, não nascem com o indivíduo; tem que ser aprendido/desenvolvido; • é uma forma de movimento específico que está dependente da experiência e que foi automatizado através da repetição; Exemplos: habilidade para jogar futebol, basquetebol, voleibol, entre outros. Capacidade: • indica uma medida de potencial e que, por isso, pode ser modelado e treinado; • refere-se às qualidades inatas, isto é, que nascem com o indivíduo (é determinado geneticamente, como um talento, um potencial; • as capacidades são essenciais para o rendimento motor; Exemplos: força, resistência, flexibilidade, entre outros O termo “física” é substituído pelo termo “motora”, de forma a ampliar o grupo das capacidades a todas as que dizem respeito ao movimento. Sendo assim, podemos concluir que, para que qualquer actividade motora desportiva possa ser executada com êxito, teremos forçosamente de pressupor que existe um determinado número de capacidades. Definição de Capacidades Motoras: • “capacidades motoras são as condições endógenas que permitem a realização das diversas acções motoras” (Manno, 1994); • “pressuposto, característica ou traço gerais, determinantes do potencial individual de aprendizagem e do rendimento em habilidades motoras específicas” (Magill, 2001); • “são os traços duradoiros, herdados e relativamente estáveis, que suportam o rendimento individual em diversas habilidades motoras” (Schmidt e Wrisberg, 2000); • “são a condição prévia ou os requisitos motores, a partir dos quais o sujeito desenvolve as suas habilidades técnicas” (Zaciorki (in Manno, 1994)); • “são as capacidades duradoiras, deduzidas a partir da constância de certas respostas, relativamente a um certo tipo de acções” (Fleishman (in Manno, 1994)). Podemos então afirmar que, de um modo geral, as capacidades motoras são características individuais e inatas, que podem ser sujeitas a um desenvolvimento, e que, em conjunto, determinam a aptidão física de um indivíduo. Referem-se a um conjunto de predisposições, pressupostos ou potencialidades individuais, nas quais assentam a realização, aprendizagem e/ou desenvolvimento de habilidades motoras. Em 1968, Gundlach propôs a divisão das capacidades motoras em dois grupos distintos: • Capacidades condicionais (carácter quantitativo); • Capacidades coordenativas (carácter qualitativo). Embora o conceito de capacidade, tanto condicional como coordenativa, seja teórico, tem expressão na realização de tarefas, ou seja, só pode ser avaliado quando determinada habilidade motora ou movimento está a ser executado. Não se trata de algo que seja avaliado em unidades, isto é, não podemos dizer que determinado sujeito tem x unidades de força ou de velocidade. Se o objectivo é avaliar o sujeito, é necessário confrontá-lo com a realização de determinada tarefa. Só assim se pode avaliar de forma predominante determinada capacidade motora. É importante salientar que deve estar presente o facto de que o desempenho do indivíduo é específico para cada tarefa, sendo esta, muito provavelmente, uma das razões que justificam a existência de um grande número de testes para avaliar a aptidão física. A classificação das capacidades motoras em condicionais e coordenativas não tem como finalidade dividir as capacidades, nem determinar qual ou quais são mais decisivas na realização de determinada tarefa, até porque isto só se torna possível naquelas tarefas em que é evidente o contributo de determinada capacidade motora para a sua realização. Por exemplo, no levantamento de pesos é evidente um contributo da força; para aprender a andar de bicicleta é indispensável o equilíbrio; no entanto, para saltar à corda, várias capacidades podem ser determinantes. Em determinados casos, a mesma tarefa pode requerer predominantemente diferentes capacidades, dependendo do contexto e da forma como é realizada. É o caso da corrida: um sprint exige solicitações diferentes das que são exigidas numa corrida de longa distância. Desenvolvimento das capacidades motoras: “Quando se procura desenvolver uma das nossas capacidades motoras, todas as outras são influenciadas. A grandeza dessa influência depende de dois factores: • a característica da sobrecarga utilizada; • o nível de treino físico. Nas pessoas com baixos níveis de preparação física, os exercícios para o desenvolvimento de uma capacidade específica terão efeitos nas demais. É preciso considerar o facto de que o maior grau de desenvolvimento de uma capacidade motora específica (força, resistência, velocidade, etc.) pode somente ser alcançado se as outras forem também desenvolvidas a um certo nível. Por isso, o desenvolvimento de todas as capacidades motoras deve ser harmonioso. O desenvolvimento das capacidades motoras não é linear, existindo períodos mais ou menos propícios denominadas fases sensíveis. A capacidade de treino é particularmente elevada nesses períodos.” Fonte: Educação Física 10.º/11.º/12.ºanos - 1ª Parte. Porto Editora. Capacidades condicionais: São as capacidades ligadas à eficiência do metabolismo energético. Estão associadas aos processos que conduzem à obtenção e transformação de energia, isto é, aos processos metabólicos nos músculos e sistemas orgânicos. As capacidades condicionais são: • Força; • Velocidade; • Resistência; • Flexibilidade; Observações: Segundo alguns autores, devido ao facto de a flexibilidade e a velocidade estarem também dependentes dos processos do sistema nervoso central, estas duas capacidades deveriam ser consideradas como intermédias entre as capacidades condicionais e coordenativas. Não incluímos a agilidade na lista pois esta capacidade não é considerada como tal por alguns autores, por razões que apresentaremos mais à frente. Força: Segundo o ponto de vista da Física, força é a capacidade de um corpo alterar o seu estado de movimento ou de repouso, criando uma aceleração ou deformação do mesmo. No âmbito desportivo a força pode definir-se, de forma simplificada, como a energia que permite mover objectos e superar resistências externas, ou mesmo as do nosso próprio corpo. Permite, assim, vencer ou contrariar as resistências ao movimento, com base em forças internas (ocasionadas por contracção muscular, acções dos tendões e ligamentos) e forças externas (gravidade, atrito e oposição). Para além de ser necessária para o movimento, a força aplica-se também: • na “resistência muscular”, que é o uso prolongado desta capacidade; • na “resistência à fadiga”, que depende fundamentalmente da quantidade de sangue bombeado pelo coração em cada contracção sistólica; • na “velocidade”, que não seria possível sem níveis de força adequados. Conceito de força: Segundo Vermeil e Helland (1997), a força “é a habilidade no combate ao adversário, na desaceleração e no alterar rapidamente de direcção, como um bloco entre o adversário e o contraste”. Tipos de força: A força subdivide-se em 3 tipos

Quando se procura desenvolver uma das nossas capacidades motoras todas as outras são influenciadas a grandeza dessa influência depende de dois fatores quais são *?

DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES MOTORAS: A grandeza dessa influência depende de dois fatores: • a característica da sobrecarga utilizada; • o nível de treino físico.

O que são as capacidades motoras e como elas são determinadas?

Capacidades motoras coordenativas São essencialmente determinadas pelos processos de controle motor e regulação do sistema nervoso central, constituindo-se portanto na base para a aprendizagem, execução e domínio dos gestos técnicos.

Quais são os desenvolvimentos das capacidades motoras?

Por isso, a sequência habitual de desenvolvimento motor nos bebês começa pelo sustento da cabeça, seguido pelo sentar, engatinhar e andar. Claro que, à medida que as crianças vão ficando mais velhas, vão adquirindo mais habilidades motoras e isto dura toda a infância e adolescência.

O que são capacidades e habilidades motoras?

Capacidades físicas ou capacidades motoras podem ser compreendidas como componentes do rendimento físico, são elas que nós utilizamos para realizar os mais diversos movimentos durante a nossa vida. São em um total de cinco: Resistência, Força, Flexibilidade,Agilidade e Velocidade.

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