Quarta-feira de cinzas 2022 significado

A Quarta-feira de Cinzas é conhecida como uma data presente no calendário litúrgico dos cristãos e que é estabelecida como marco balizador da Quaresma. Essa data encerra o Carnaval e marca o início da Quaresma, sendo observada por católicos, luteranos, anglicanos e outras denominações do cristianismo. Nesse dia realiza-se o ritual de imposição de cinzas.

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O que é a Quarta-feira de Cinzas?

A Quarta-feira de Cinzas é uma data presente no calendário litúrgico do cristianismo, ela marca o encerramento do Carnaval e, consequentemente, o início da Quaresma. Esta última marca o início do período de preparação e antecipação da Páscoa. A Quarta-feira de Cinzas é observada em diversas denominações cristãs, como o catolicismo, o anglicanismo, o luteranismo.

A Quarta-feira de Cinzas marca o encerramento do Carnaval e o início da Quaresma.

É comum que missas celebrando a Quarta-feira de Cinzas ocorram, e um ritual muito tradicional, como veremos, acontece nesse dia. O encerramento do Carnaval com a Quarta-feira de Cinzas coloca fim no período de celebrações tidas como carnais, afinal, o Carnaval é comumente conhecido como a festa da carne.

Com o fim do Carnaval, inicia-se um período que tem uma característica diferente: a de conservação de uma vida religiosa, santa e devota. Esse é o momento da Quaresma, o tradicional período de 40 dias que antecede a Páscoa e que deve ser observado mediante a realização de penitências, tais quais o jejum e obras de caridade.

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Missa de Quarta-feira de Cinzas

Durante a Quarta-feira de Cinzas, acontece a missa que é muito conhecida pelo ritual de imposição de cinzas. Esse ritual tem todo um simbolismo que faz sentido dentro daquilo que acreditam os cristãos.

O ritual de imposição de cinzas é uma das tradições da Quarta-feira de Cinzas.[1]

A imposição de cinzas, dentro do que acreditam os cristãos, simboliza o caráter transitório dos seres humanos na Terra, pois o pó relembra o que se torna o corpo humano depois da morte. Sendo assim, acreditam os cristãos, a mortalidade do ser humano é encarada como um fator pelo qual ele deve buscar a graça de Deus. A participação dos fiéis nesse ritual denota exatamente essa devoção.

Sua origem é bastante nebulosa, mas acredita-se que tenha surgido baseado em tradições orientais que foram absorvidas pelo cristianismo durante a existência da Igreja primitiva. Especula-se que a prática se consolidou como um ritual da Quarta-feira de Cinzas em algum momento da Idade Média.

As cinzas usadas na imposição não são quaisquer cinzas, mas as que foram obtidas da queima dos ramos usados na missa de Domingo dos Ramos do ano anterior. Esse é o dia que marca o início da Semana Santa dentro da tradição cristã. Os ramos queimados, ainda, são abençoados com água benta, e as cinzas obtidas da queima recebem aromatizantes.

Somente o padre pode realizar a imposição de cinzas, e, durante o ritual, ele faz o desenho de uma cruz na testa do fiel. A Igreja pede aos fiéis que vão para a missa de Quarta-feira de Cinzas em jejum.

Crédito das imagens

[1] Zvonimir Atletic e Shutterstock

Ela marca o início da Quaresma, período de preparação para a Páscoa que em 2022 cai no dia 17 de abril

As festividades do Carnaval terminam nesta terça-feira (1) e o dia seguinte é conhecido como Quarta-Feira de Cinzas. Ela marca o início do período do Quaresma no calendário Cristão. São 40 dias, sem contar os domingos, de preparação para a Páscoa, que em 2022 cai no dia 17 de abril. Neste período, a Igreja chama os fiéis a se converterem e a se prepararem verdadeiramente para viver os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo durante a Semana Santa.

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Missas são realizadas nesse dia nas quais os participantes são abençoados com cinzas Padre que preside a cerimónia. Ele mancha a testa de cada celebrante com cinzas, deixando uma marca que o Cristão normalmente deixa em sua testa até ao pôr do sol, antes de lavá-la. Esse simbolismo relembra a antiga tradição do Médio Oriente de jogar cinzas sobre a cabeça como símbolo de arrependimento perante Deus. A cinza utilizada é da queima dos ramos usados no Domingo de Ramos do ano anterior e ela é misturada com Água Benta.

Na Quarta-feira de Cinzas (e também na Sexta-feira Santa) a tradição católica diz que se deve fazer jejum e não comer carne. Isso já existe há muitos anos e tem como intuito fazer com que os fiéis se identifiquem com o sacrifício de Jesus, se privando de uma coisa de que gostam, neste caso, a carne. O dia não é feriado, mas a maioria das atividades profissionais não funcionam antes do meio-dia.

A quarta também marca o lançamento da Campanha da Fraternidade de 2022, “Fraternidade e Educação” e o lema bíblico, extraído de Provérbios 31, 26: “Fala com sabedoria, ensina com amor”. A  Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vai realizar uma transmissão em vídeo às 10 horas em suas redes sociais – Facebook e Youtube.

Essa é a terceira vez que a temática da educação será abordada na Campanha da Fraternidade. O tema já foi objeto de reflexão e ação eclesial em 1982 e 1998. De acordo com a introdução do texto-base, foi “a realidade de nossos dias que fez com que o tema educação recebesse destaque, um tempo marcado pela pandemia da Covid-19 e por diversos conflitos, distanciamentos e polarizações”.

A presidência da CNBB justifica, na apresentação do texto-base da CF, que se trata de uma campanha que, mais do que abordar outro aspecto específico da problemática educacional, vai refletir sobre os fundamentos do ato de educar na perspectiva católico-cristã.

Nessa perspectiva, a educação é compreendida não apenas com um ato escolar, com transmissão de conteúdo ou preparação técnica para o mundo do trabalho, mas de um processo que envolve uma “comunidade” ampliada que inclui todos os atores (família, Igreja, Estado e sociedade).

A CF 2022 é impulsionada pelo Pacto Educativo Global, convocado pelo Papa Francisco. Na carta convocação ao Pacto, o Santo Padre apresenta elementos constitutivos de uma educação humanizada que contribua na formação de pessoas abertas, integradas e interligadas, que também sejam capazes de cuidar da casa comum já que a “educação será ineficaz e os seus esforços estéreis se não se preocupar também em difundir um novo modelo relativo ao ser humano, à vida, à sociedade e à relação com a natureza”, conforme explicitado na Encíclica Laudato Si’, 2016, nº 215.

Gesto concreto

A Campanha da Fraternidade tem como gesto concreto a Coleta Nacional da Solidariedade, realizada no Domingo de Ramos nas comunidades de todo o Brasil. Os recursos são destinados aos Fundos Diocesanos e Nacional da Solidariedade, os quais apoiam projetos sociais relacionados à temática da campanha. Em 2021, o Conselho Gestor do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), da CNBB, apoiou 80 projetos, nos quais as entidades que se candidataram se comprometeram, entre outros aspectos, a prestar contas periódicas de sua efetivação e resultados.

Qual a relação da Quaresma com a Campanha da Fraternidade?

Anualmente, a CNBB realiza a Campanha da Fraternidade (CF) no Tempo Litúrgico da Quaresma, o período de preparação para a Páscoa. Mas o que tem a ver a Quaresma com a Campanha da Fraternidade?  

A resposta pode ser dada a partir de alguns pontos: a origem da Campanha da Fraternidade, a proposta de conversão do Tempo Quaresmal e a possibilidade de vivenciar a Quaresma de um modo especial, com ações concretas.  

“A Campanha da Fraternidade nasce no contexto quaresmal, e o primeiro gesto concreto da Campanha é o coração convertido e o segundo gesto é tratarmos realmente o tema do ano com prioridade, com reflexão profunda para que a gente inicie uma nova etapa”, explica o secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Patriky Samuel Batista. 

Origem

A Campanha da Fraternidade nasce a partir de uma iniciativa de arrecadação de recursos para atendimentos assistenciais da Cáritas Brasileira. Na Quaresma de 1962, no Rio Grande do Norte, foi realizada a primeira Campanha da Fraternidade com o convite à solidariedade, gesto concreto da prática quaresmal da esmola.  

Conversão 

A Quaresma também é tempo de conversão. E a Campanha da Fraternidade possui essa proposta ao motivar “um coração convertido”. Há mais de cinco décadas, a iniciativa anuncia a importância de não separar a conversão do serviço aos irmãos e irmãs, à sociedade e ao planeta, a Casa Comum.  

“A cada ano, um tema é destacado como sinal de que realmente necessitamos de conversão. Em cada um dos temas específicos tratados pela Campanha da Fraternidade há o convite para alargar o olhar e perceber que o pecado ameaça a vida como um todo”, explicou a Presidência da CNBB no texto-base da Campanha da Fraternidade de 2019. 

Citando o Papa Francisco, a Presidência da CNBB recorda que a “Quaresma é tempo favorável para sairmos de nossa alienação existencial causada pelo pecado”, é “tempo de abertura ao mistério da dor e da morte, da cruz, do Crucificado, Vencedor da morte”.  

No Tempo Quaresmal, a liturgia e a catequese voltam-se para a lembrança e a preparação do Batismo, assim como os catecúmenos faziam no início da Igreja, exigindo profunda reorientação de vida e conversão de coração.  

“E é a meditação da Palavra de Deus, os exercícios espirituais que nós fazemos, e as práticas que nós já conhecemos que vão nos ajudar a fazer essa boa preparação. Um coração convertido, jamais será indiferente aos irmãos e irmãs. Um coração convertido é um coração fraterno. Então, não tenha medo da fraternidade, ela é irmã gêmea da conversão”, orienta padre Patriky. 

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Qual é o significado da Quarta

A imposição de cinzas simboliza a vontade de cada fiel de manter-se no caminho correto do cristianismo, da sua disposição em converter-se e de reconhecimento da sua mortalidade que necessita da graça divina para perdoar os seus pecados.

O que significa Quarta

A data é um símbolo do dever da conversão e da mudança de vida, para recordar a passageira fragilidade da vida humana, sujeita à morte.

Qual o significado do dia de cinzas?

A Quarta-feira de Cinzas representa arrependimento dos pecados. As cinzas simbolizam uma passagem bíblica que afirma que "Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó e ao pó voltará" (Gênesis 3:19).

Por que não pode comer carne na Quarta de cinzas?

Há ritos realizados há vários séculos e que se incorporaram à tradição, como a ausência de carne vermelha na mesa de fieis durante o período da Quaresma ou Semana Santa. A Igreja recomenda essa privação como forma de lembrar o sacrifício de Jesus ao ser crucificado.

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