Que atrativos as cidades médias e simultâneo a qual processo que está transformando a configuração industrial do Brasil?

O estudo das formas urbanas tem se apresentado como um importante ponto de partida para se compreender diferentes processos e fenômenos que estão atrelados às transformações em curso no espaço urbano. Diferentes áreas do conhecimento científico tratam do estudo das formas com abordagens que tanto possuem especificidades quanto complementaridades. Na Geografia, há estudos que abordam esse tema a partir de análises pautadas na representação dos elementos constituintes da morfologia, como o plano e a sua evolução; as relações do plano com o sítio urbano; a fisionomia urbana; a densidade da ocupação, a identificação de áreas morfologicamente homogêneas; a heterogeneidade das formas. Há, também, estudos que tomam a análise das formas urbanas como uma investigação que remete ao estudo da paisagem, com foco nos conteúdos culturais, sociais e políticos que irão se manifestar em formas espaciais, tanto quanto nas representações a partir delas construídas, baseadas em perspectivas históricas, econômicas, sociais ou culturais. Isso se deve à influência das diferentes correntes teórico-metodológicas que, direta ou indiretamente, contribuíram (ou contribuem) nas abordagens referentes à morfologia urbana. Considerando-se que o estudo das formas urbanas é relevante para se compreender a dinâmica das transformações espaciais, neste trabalho realizamos uma discussão sobre diferentes abordagens teóricas que contemplam aspectos ligados à produção do espaço urbano e estruturação da cidade. Embora o termo morfologia urbana compareça associado à análise da forma e daquilo que pode ser apreendido a partir do empírico, é preciso considerar que seu significado não se limita apenas a esta dimensão, uma vez que é a forma a concretização de um processo. Partindo-se desta perspectiva, realizamos um estudo das formas urbanas complementado com elementos característicos de uma análise da estruturação de um conjunto de cidades de porte médio, sendo elas: Assis, Birigui, Caraguatatuba, Itapetininga e Itu, localizadas no Estado de São Paulo. Desenvolvemos um conjunto de procedimentos metodológicos que contemplou o levantamento de dados primários e secundários, que permitiram não só uma análise das formas, mas também dos processos e conteúdos que constituem a morfologia. Os resultados obtidos mostram que as lógicas e interesses inerentes ao processo de produção do espaço têm levado à constituição de formas urbanas associadas a uma estrutura cada vez mais complexa no que se referem aos conteúdos, usos e configuração territorial, mesmo considerando-se cidades de porte médio de diferentes contextos regionais. Isto porque se constatou, principalmente nas últimas décadas, fortes tendências à dispersão por meio de áreas urbanas cada vez mais distantes e descontínuas territorialmente em relação ao centro tradicional, além de transformações atreladas aos usos e conteúdos, como é o caso da diferenciação social e espacial, no âmbito dos novos conteúdos das periferias. Embora se observem certas especificidades em relação à dispersão ou constituição de descontinuidades territoriais, à variação da densidade demográfica, às diferenciações socioespaciais etc., as lógicas que permeiam tais dinâmicas são semelhantes, inerentes aos interesses envolvidos no processo de produção do espaço urbano. Diante disso, evidencia-se a necessidade de se apreender também as articulações de diferentes escalas geográficas, pois em muitas situações há uma imbricação entre fenômenos e processos urbano-regionais e intraurbanos. A análise mostrou a importância de se abordar os diferentes contextos históricos e espaciais no âmbito da morfologia urbana, reforçando-a como um importante caminho para se compreender as transformações que ocorreram e que ainda se encontram em curso no espaço urbano, uma vez que evidencia, em associação ao estudo da estrutura urbana, os processos que atuam na dinâmica espacial e temporal.

Cidades médias lideram crescimento populacional

Na última década, número de habitantes nestes municípios aumentou, em média, 1,43% por ano, contra 0,90% dos demais.

(SANTANA, L. O Estado de S. Paulo, 28/11/2010)

Sobre as cidades médias, assinale a alternativa correta:

a) São cidades que possuem menos de um milhão de habitantes e localizam-se próximas a capitais estaduais ou centros regionais.

b) Envolvem um complexo sistema urbano, abrigando quase sempre as sedes das principais empresas transnacionais ou globais.

c) Atraem empresas e indústrias e polarizam um conjunto de cidades em nível regional.

d) Atualmente, essas cidades superam as regiões metropolitanas em população, renda e economia.

e) Registram um crescimento econômico superior ao das grandes cidades, podendo tornar-se maiores do que essas em um futuro próximo.

O crescimento econômico e populacional das cidades médias no Brasil pode estar associado, direta e indiretamente,

a) à baixa atratividade das pequenas cidades e vilas.

b) ao rendimento econômico positivo das populações interioranas.

c) à desconcentração industrial proporcionada pelas deseconomias de aglomeração.

d) à política governamental de estimular o crescimento do interior do Brasil.

e) ao avanço nos sistemas de transporte e sua recente diversificação e modernização.

(UNIR/2011 – com adaptações)

Os mapas apresentam o número de cidades médias (entre 100.000 e 500.000 habitantes) no território brasileiro em 1970 e em 2010.

Que atrativos as cidades médias e simultâneo a qual processo que está transformando a configuração industrial do Brasil?

Crescimento das cidades médias brasileiras entre 1970 e 2010

Com base nos mapas e nos seus conhecimentos, assinale a afirmativa correta.

a) O número de cidades médias da região Norte do país manteve-se inalterado desde 1970, resultado das políticas de conservação ambiental e da rigorosa fiscalização das instituições responsáveis.

b) A partir de 1970 aumentou o número de cidades médias, o que indica que a riqueza, antes concentrada nos grandes centros urbanos, vem sendo distribuída também nas médias aglomerações.

c) A região Nordeste, considerada a mais pobre do país, apresenta hoje poucas cidades médias, resultado do elevado contingente migratório em direção ao Centro-Sul.

d) O aumento do número de cidades médias após a década de 70 do século XX deve-se principalmente à política de incentivos fiscais para a instalação das multinacionais nas metrópoles nacionais, aumentando a demanda por mão de obra especializada.

As cidades médias vêm apresentando acelerados índices de crescimento e urbanização, assim como ocorreu com as metrópoles em tempos anteriores. Dessa forma, além de reproduzir o desenvolvimento econômico dos grandes centros, elas também acabam abrigando alguns dos grandes problemas que as metrópoles enfrentam há várias décadas. Entre esses problemas, podemos considerar os seguintes fatores, EXCETO:

a) Crescimento dos índices de violência.

b) Trânsito caótico.

c) Ilhas de Calor.

d) Inversão Térmica.

e) Fuga de indústrias e crescimento do desemprego.

a) Falso – As cidades médias possuem, em geral, uma população entre 100 mil e 500 mil habitantes. Porém, o fator demográfico não é o fundamental para definir esse conceito.

b) Falso – As cidades que costumam abrigar as sedes de grandes empresas multinacionais são as cidades globais, e não as médias.

c) Verdadeiro – As cidades médias vêm atraindo população e investimentos, polarizando as cidades regionalmente próximas.

d) Falso – As regiões metropolitanas, em média, ainda são maiores em termos demográficos e econômicos em relação às cidades médias.

e) Falso – Mesmo com um crescimento econômico elevado, as cidades médias não apresentam perspectivas de superarem os grandes centros nacionais e internacionais no Brasil.

As cidades médias no Brasil vêm crescendo muito em função da desconcentração industrial dos grandes centros metropolitanos, fato que está relacionado com as deseconomias de aglomeração, onde não há mais uma perspectiva de localização das fábricas nas grandes cidades.

Letra C

a) Falso – O número de cidades médias não se manteve inalterado, uma vez que, com a leitura do mapa, podemos perceber que o salto foi de duas cidades em 1970 para 18 em 2010.

b) Verdadeiro – Há, atualmente, com a desconcentração industrial, um crescimento econômico das cidades médias, revelando um reordenamento na divisão territorial do trabalho no Brasil.

c) Falso – A região Nordeste, segundo o mapa apresentado na questão, é a segunda região que mais apresenta cidades médias no país.

d) Falso – Os incentivos fiscais existiram, mas para a instalação de empresas nas cidades menores e médias, e não tão somente nas metrópoles.

As cidades médias, por não conseguirem absorver o seu rápido crescimento recente, acabam enfrentando os mesmos problemas das metrópoles de urbanização acelerada, tais como: o crescimento dos números de violência, os problemas no trânsito e a ocorrência de problemas microclimáticos antes inexistentes (ilhas de calor e inversão térmica). Das alternativas apresentadas na questão, podemos considerar que não há (ao menos por enquanto) uma fuga de indústrias das cidades médias, que seguem gerando mais empregos, com mão de obra qualificada.

Alternativa correta: letra E.

Que atrativos as cidades médias?

A importância das cidades médias reside no fato de que elas possuem uma dinâmica econômica e demográfica própria, permitindo atender às expectativas de empreendedores e cidadãos, manifestadas na qualidade de equipamentos urbanos e na prestação de serviços públicos, evitando as deseconomias das grandes cidades e ...

Por que as cidades médias e uma nova tendência no processo de urbanização no Brasil?

Isso significa que uma certa parte da população, antes residente em metrópoles, está se deslocando em direção às cidades de médio porte, pois elas estão recebendo cada vez maior investimentos e gerando cada vez mais empregos diretos e indiretos.

Quais são os fatores que mais contribuem para o crescimento populacional das cidades médias?

As cidades médias no Brasil vêm crescendo muito em função da desconcentração industrial dos grandes centros metropolitanos, fato que está relacionado com as deseconomias de aglomeração, onde não há mais uma perspectiva de localização das fábricas nas grandes cidades.

O que existe nas cidades médias brasileiras que estão atraindo novas indústrias?

Por esse motivo, as cidades médias acabaram se transformando em grandes atrativos às indústrias no país, pois oferecem uma massa de trabalhadores em quantidade suficiente, além de, geralmente, apresentarem infraestruturas em níveis e padrões de elevada organização.