Que problemas a poluição causa para a população das grandes cidades?

Que problemas a poluição causa para a população das grandes cidades?
Foto: humanasaude

Cada vez mais estamos expostos a diversos tipos de ruídos no dia a dia, seja em casa, na rua, no trabalho, no lazer. O ruído é prejudicial a nossa saúde emocional, física e mental, prejudicando a nossa qualidade de vida, mas nem sempre nos damos conta dos malefícios causados pela poluição sonora ao nosso organismo, ao meio ambiente, aos animais e as plantas.

Com o crescimento desordenado das cidades e o surgimento das grandes indústrias, as pessoas passaram a conviver com vários tipos de poluição, a lagos, rios e dos próprios grandes centros urbanos. Outro tipo que não pode ser visto e as pessoas de certa forma se acostumaram é a poluição sonora, uma ameaça constante ao homem e um dos problemas ambientais graves nos grandes centros urbanos.

A nocividade do ruído está diretamente relacionada ao seu espectro de frequências, à intensidade da pressão sonora, à direção da exposição diária, bem como à suscetibilidade individual. Embora exista legislação específica que regula os limites de emissão de ruídos e estabelece medidas de proteção para a coletividade dos efeitos danosos da poluição sonora, o que se constata é que os níveis de ruído, existentes nas mais diversas atividades cotidianas, estão acima de todos os valores determinados pelas legislações.

No Brasil, as principais leis que regulamentam os níveis de ruído são as resoluções CONAMA 001/90, que adota os padrões estabelecidos na NBR 10.151 para avaliação dos ruídos em áreas habitadas, e a CONAMA 002/90 que criou o Programa Nacional de Educação e Controle da Poluição Sonora – Silêncio. Outra norma utilizada no controle deste tipo de poluição é NBR 10.152, que estipula limites em decibéis para a emissão de ruídos em determinados locais de acordo com o ambiente e o tempo de exposição a que as pessoas ficam submetidas.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o nível máximo de ruído que o ouvido humano pode aguentar sem que haja prejuízos é de 65 dB (decibéis). A partir daí podem ser causados problemas que vão desde o estresse e a insônia por causa do barulho, até a perda irreversível da capacidade auditiva.

Procure conhecer a legislação que trata de ruídos em sua cidade e seus órgãos fiscalizadores. Se você estiver com algum problema de ruídos causados por empresas, bares, igrejas, escolas, etc., procure a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Instituto Ambiental Estadual ou Procuradoria do Meio Ambiente e peça uma vistoria com equipamento de medição sonora, conhecido como Decibelímetro. Para ruídos causados por moradores vizinhos, procure a Delegacia de Ordem Social ou a PM.

Impactos da Poluição Sonora

Na nossa saúde: O ruído em excesso pode afetar o nosso sistema nervoso (e dos animais) e causar estresse. Os efeitos do excesso de ruído não são repentinos, ou seja, por exemplo, ouvir um ruído forte um dia não tem consequências, mas ouvi-lo durante um tempo prolongado pode causar-nos surdez. Os especialistas destacam alguns efeitos negativos como: redução da capacidade auditiva; perturbação do sono; interferência com a comunicação; interferência na aprendizagem; efeitos fisiológicos tais como a hipertensão, taquicardia, arritmia, desassossego, entre outros.

Que problemas a poluição causa para a população das grandes cidades?
Foto: kaskus

No ambiente: O excesso de ruído também afeta o sistema nervoso dos animais, fazendo com que estes possam vir a fugir de locais (por exemplo, zonas florestais) em que haja constante passagem de automóveis. Quando isto acontece, vários ecossistemas que tenham esse excesso de barulho podem vir a ter um grande desequilíbrio, afetando, por exemplo, algumas cadeias alimentares, e colocando várias espécies animais em risco.

Para evitar os efeitos nocivos da poluição sonora é importante evitar locais com muito barulho; não ficar sem protetor auricular em locais de trabalho com muito ruído; fechar as janelas do veículo em locais de trânsito barulhento. Problema de saúde ambiental tem significante contribuição para a perda da qualidade de vida e, consequentemente, para a não sustentabilidade das cidades.

05 Jun 2019 Por Jessica Seddon, Seth Contreras e Beth Elliott

Este post foi publicado originalmente no WRI Insights.


Nesta quarta-feira, 5 de junho, celebramos o Dia Mundial do Meio Ambiente. A temática deste ano, definida pela ONU, é a poluição do ar, que vem se tornando uma preocupação crescente em todo o mundo, devido principalmente aos impactos que o ozônio, o material particulado (MP) e outros poluentes atmosféricos têm na saúde humana. Isso é natural, os números são mesmo impressionantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a poluição do ar dentro e fora de casa seja responsável por cerca de 7 milhões de mortes prematuras em todo o mundo. A maioria dessas mortes – 4,2 milhões – está associada à poluição ambiental (externa). É um importante fator de risco que afeta populações urbanas e rurais em todo o mundo.

A conscientização cada vez maior das pessoas sobre as consequências da poluição do ar para a saúde é um ponto positivo, mas precisamos adotar uma perspectiva mais ampla e atentar para os demais impactos da poluição no planeta. Os custos sociais da poluição do ar – e os benefícios de reduzi-la – vão muito além da saúde, incluindo clima, água, energia renovável e agricultura.

Que problemas a poluição causa para a população das grandes cidades?

A poluição do ar afeta a saúde

A maioria das pessoas sabe a quantidade recomendada de água que deve beber por dia – oito copos, ou cerca de dois litros. Mas você sabe quanto ar você respira? Um adulto médio inala e exala em torno de 7 a 8 litros de ar por minuto enquanto está em repouso. São pelo menos 11 mil litros de ar por dia.

Respirar ar poluído não afeta só os pulmões e pode ir além de causar mortes prematuras. A poluição atmosférica afeta quase todos os órgãos do corpo. Um estudo recente do Fórum de Sociedades Respiratórias Internacionais mostra que a poluição do ar contribui para uma série de doenças e complicações, desde diabetes e demência até problemas de fertilidade e leucemia infantil.

O ar poluído também pode ser invisível. A inalação de fuligem ou fumaça com material particulado – geralmente referenciada em tamanho por micrômetros, MP10, MP2,5 e MP1 – escurece os pulmões e causa desconforto respiratório e cardíaco, além de doenças como asma e câncer. Alguns MP10 são visíveis, mas é preciso um microscópio para ver o MP2,5 e um microscópio eletrônico para identificar os “ultrafinos”. Quanto menor a partícula, mais fundo nos pulmões ela pode penetrar, levando junto os compostos químicos dos quais é composta. Esse tipo de poluição surge do processo incompleto de combustão (de madeira e plantas, bem como combustível fóssil), poeira e combinações de outros poluentes de fontes diversas, incluindo a agricultura.

O ozônio, gás formado pelas combinações de outros poluentes originados no trânsito, aterros sanitários e agricultura, entre outras fontes, é invisível. Contribuiu para 500 mil mortes em todo o mundo em 2017 e foi a causa de até 23 milhões de atendimentos de emergência em 2015. A exposição ao dióxido de nitrogênio (NO2), um dos precursores do ozônio originado principalmente pela combustão de combustíveis fósseis, pode causar doenças respiratórias e cardiovasculares e ter impactos reprodutivos e de desenvolvimento.

A poluição do ar afeta o clima

Frequentemente chamados de poluentes climáticos de vida curta (PCVCs), o carbono negro (um componente do PM), o ozônio troposférico e o metano contribuem tanto para o aquecimento global quanto para a poluição do ar. Segundo a Coalizão Clima e Ar Limpo, esses três poluentes altamente potentes são responsáveis por entre 30% e 40% do aquecimento do planeta até o momento. Assim como o dióxido de carbono (CO2), eles devem ser controlados para limitar o aumento da temperatura média global a 1,5°C e evitar impactos climáticos catastróficos, como a elevação do nível do mar e a insegurança hídrica.

Que problemas a poluição causa para a população das grandes cidades?

O carbono negro e o ozônio permanecem na atmosfera por apenas alguns dias. O metano fica por algumas décadas. E são mais de 100 anos para eliminar o CO2. Isso significa que ações para reduzir os PCVCs podem ter efeitos quase imediatos em suas concentrações na atmosfera, com benefícios para o clima e para a saúde. É importante ressaltar que algumas partículas também podem ter efeito de resfriamento ao bloquear a radiação solar, por exemplo, mas sempre haverá benefícios para a saúde com a redução da matéria específica. Os tomadores de decisão devem considerar essa interação ao projetar estratégias para reduzir os PCVCs.

A poluição do ar afeta a água e o clima local

Dos padrões de chuva à intensidade das monções, a poluição do ar pode afetar significativamente o ciclo da água. O material particulado pode reduzir a quantidade de radiação solar que atinge a superfície do planeta, afetando a taxa na qual a água evapora e se move para a atmosfera. Também influencia a formação de nuvens e a capacidade de transporte de água.

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Por exemplo: na Índia e na China, mudanças na intensidade e distribuição das chuvas têm sido relacionadas à poluição do ar por partículas. Algumas áreas registram mais chuva do que o habitual, muitas vezes em grandes concentrações, enquanto outras registram menos. O material particulado também afeta a wribrasil.org.br trajetória e a intensidade das monções na Ásia e intensificou as secas na China, na América do Norte e no sul da Ásia. A poluição atmosférica na Europa e na América do Norte afeta as chuvas e a seca no Sahel. Para um observador casual, esses impactos parecem se misturar com uma variabilidade ambiental geral, mas as consequências na agricultura, nos reservatórios de água e na biodiversidade são significativas.

A poluição do ar afeta a energia renovável

Os rendimentos da geração de energia solar também diminuem em áreas com alta concentração de material particulado. Limpar a poeira dos painéis solares pode resolver parte do problema, mas o resto é mais complicado: a luz do sol não consegue penetrar completamente no smog, reduzindo a produção de energia dos painéis. Estudos na Índia e na China revelam perdas de até 25% do rendimento potencial nas áreas mais afetadas. Isso pode reduzir as linhas de produção dos fabricantes de energia solar e tem grandes implicações para cidades e países que desejam promover uma transição rápida e econômica para as energias renováveis. No caso da China, por exemplo, a poluição chega a custar em média 11 GW de energia anualmente.

A poluição do ar afeta a produção de alimentos e a vegetação

O ozônio pode danificar as células das plantas e afetar negativamente a fotossíntese, enquanto o material particulado pode reduzir a quantidade de luz solar que atinge as plantas e as culturas alimentares. No ano 2000, as perdas globais de rendimento devido ao ozônio ficaram entre 79 e 121 milhões de toneladas, ou o equivalente a algo entre US$ 16 e 26 bilhões, nos valores atuais. O número inclui perdas de rendimento de até 15% para soja e trigo e 5% para o milho. À medida que a concentração de ozônio aumenta, as perdas também. Esse tipo de poluição causou grandes danos às culturas alimentares na Índia: de 2000 a 2010, a quantidade de culturas de trigo, arroz e soja perdidas por ano poderia ter alimentado cerca de 94 milhões de pessoas. Isso é quase toda a população da Alemanha. Descobertas semelhantes no México mostraram perdas estimadas de rendimento de 3% para o milho, 26% para a aveia, 14% para o feijão e 15% para o sorgo. O ozônio e a chuva ácida, originada pela poluição por sulfato e NO2 (principalmente pela queima de combustíveis fósseis), também afetam outros tipos de vegetação, florestas e até o processo de polinização.

Ar limpo é fundamental

Embora os impactos às vezes assustem, nós sabemos o que precisa ser feito e como reduzir a poluição e melhorar a qualidade do ar. Os benefícios muitas vezes superam os custos, e o ar pode melhorar muito mais rápido do que a maioria das pessoas imagina se focarmos nossos esforços nisso. Esses custos, ainda pouco conhecidos mas bem documentados, complementam as razões que já temos para agir de forma rápida e decisiva para limpar o ar.

Já estamos vendo soluções com as quais podemos aprender. Por exemplo, especialistas dizem que, reduzindo os PCVCs agora, poderíamos desacelerar o aumento do aquecimento global em quase 0,6°C até 2050. Avaliações globais estabeleceram frentes de ação para atingir essa meta: ampliar o acesso à energia limpa, melhorar os combustíveis utilizados no transporte, reduzir as emissões veiculares e controlar os vazamentos de metano na produção de combustíveis fósseis e agricultura são alguns exemplos.

Em escala local, também existem casos de sucesso com os quais podemos aprender. A poluição do ar em Pequim, por exemplo, diminuiu consideravelmente nos últimos vinte anos graças a medidas de eficiência energética e melhor controle das emissões de veículos e carvão. Já na Cidade do México, a combinação de investimentos em monitoramento, inovação política e colaboração entre cientistas e reguladores ajudou a diagnosticar a poluição da área metropolitana e reduzi-la desde a década de 1990. A Lei do Ar Limpo dos Estados Unidos foi responsável pela redução de 22% do ozônio e de 40% do PM 2,5 entre 1990 e 2017, comprovando que os esforços para combater a poluição resultam, de fato, em um ar significativamente mais limpo.

A questão, então, é: o que está nos impedindo? Podemos limpar o ar – e todos devemos ter uma participação nesse esforço. A qualidade do ar afeta nossa saúde, clima, segurança alimentar, entre tantos outros aspectos essenciais. Precisamos fazer o possível para garantir um ar mais limpo para as atuais e as futuras gerações.

Quais as grandes consequências da poluição das cidades?

Algumas das consequências desses problemas são aumento da ocorrência de doenças respiratórias ou causadas pela poluição das águas e do lixo, deterioração da qualidade de vida nas cidades, intensificação de enchentes, contaminação de mananciais e ampliação do efeito estufa.

Quais as principais causas da poluição nas grandes cidades?

Os agentes poluidores do ar são: as indústrias, a queima de combustíveis fósseis e as usinas termoelétricas. São originadas pelo agrupamento de algumas substâncias na atmosfera, como o óxido de nitrogênio e de enxofre com vapor d`água dá origem aos ácidos nítricos e sulfúricos.

Como a poluição afeta a vida das pessoas?

A poluição atmosférica afeta quase todos os órgãos do corpo. Um estudo recente do Fórum de Sociedades Respiratórias Internacionais mostra que a poluição do ar contribui para uma série de doenças e complicações, desde diabetes e demência até problemas de fertilidade e leucemia infantil.