Quem é a babilonia hoje

Caro amigo,

Mal nos despedimos do Comendador, de Império, e outra novela global já tem causado reboliço: Babilônia. Desta vez, parte da história se passa em uma comunidade de mesmo nome, situada na zona sul do Rio de Janeiro. Mas você já deve ter ouvido falar na região histórica, muito citada na Bíblia, cujo significado é de confusão, não é mesmo? E você sabe o que foi e onde fica a verdadeira Babilônia?

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A palavra babilônia vem de babel, que na transcrição do grego e hebraico para o português significa confusão, desordem. Na língua babilônica, entretanto, acredita-se que o significado era "porta de Deus".

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Esta histórica cidade foi a antiga capital da Suméria, na Mesopotâmia, que hoje corresponde ao território do Iraque. Muitos historiadores acreditam que o Império Babilônico teve grande importância para a origem da civilização devido ao Código de Hamurabi. Constituído pelo rei de mesmo nome que atuava na época, dizem que este é o conjunto de leis mais antigo do mundo.

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Outra crença em torno desta antiga sociedade é que ela teria sido fundada em torno de 1.950 antes de Cristo. Este povo ficou conhecido pelas avançadas técnicas de astronomia, arquitetura, agricultura, organização social, conquistas militares e economia.

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O território também foi abrigo dos mitos da Torre de Babel e dos Jardins Suspensos da Babilônia, considerados uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Se existiram mesmo ou não, já é pauta para outra discussão.

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Infelizmente, pouco resta do local além de ruínas mal preservadas e judiadas pelo tempo. Há, inclusive, um projeto chamado Future of Babylon, que visa a restauração do sítio arqueológico, bastante deteriorado após a interferência do ex-ditador Saddam Hussein. Durante os anos 1.980, o líder político tentou reconstruir a Babilônia, sobrepondo tijolos com seu nome nos muros do local.

Atualmente, contudo, o país ainda vive em constantes conflitos. Por isso, é essencial estar muito bem preparado antes de se aventurar pela região.

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Ótima viagem!

Babilônia, terra da torre de Babel e uma das metrópoles mais importantes da Antiguidade, não só existe como vem recobrando a vida com jovens que procuram a cidade para se reconectar com a história. A 85 quilômetros de Bagdá, capital do Iraque, o centro urbano criado há quatro milênios faz parte hoje de Hillah, importante polo agrícola e têxtil com mais de 400 mil habitantes – ônibus de toda parte do país chegam e partem diariamente do local. “Na minha universidade, mais de 50 estudantes fizeram uma vaquinha para fretar um ônibus de turismo e realizar o sonho de conhecer esse lugar mítico”, diz Aws Talal, que cursa geologia na Universidade de Mossul, ao norte.

Foi a primeira incursão de muitos jovens à antiga capital do Império Babilônico. “Nosso objetivo é nos reconectarmos com a essência do antigo Iraque, o berço da civilização”, diz Talal. Babilônia, assim como Ur e outras cidades de Bíblia, era um dos centros urbanos mais importantes da antiga Mesopotâmia, atual Iraque. Entre as principais invenções mesopotâmicos, têm destaque a escrita, as leis (o código de Hamurabi, considerado o primeiro texto jurídico, foi escrito na Babilônia há quase 4 mil anos) e os primeiros centros urbanos. "Lugares como esse deveriam ser visitados por turistas do mundo todo, pena que as condições de segurança ainda não são ideais", diz Talal. "Mas acreditamos estar no rumo certo".

Alguns anos atrás, pouca gente se aventurava a viajar pelas estradas do Iraque. Entre 2016 e 2017, o país caiu nas mãos do Estado Islâmico -- a região norte foi dominada pelo grupo. A milícia perdeu poder e foi vencida após uma guerra que deixou mais de 40 mil mortos e destruiu metade da cidade de Mossul, epicentro das ações do grupo. Embora ainda haja emboscadas realizadas por células terroristas que ainda restaram, houve um aprimoramento da segurança.

Com isso, os trabalhos de arqueologia também ganharam vida. Equipes realizam escavações nas antigas ruas da cidade e nas imediações do portão de Ishtar. Partes da muralha milenar que protegia o local também estão de pé. Arqueólogos financiados pelo governo iraquiano e por ONGs como a World Monuments Fund, dos Estados Unidos, têm descoberto tabuletas com inscrições cuneiformes, a primeira escrita inventada, além de objetos de cerâmica. Os especialistas também estão refazendo o traçado das ruas.

Os desafios, no entanto, não são poucos. A cidade foi impactada pela invasão americana ao Iraque, em 2003, e sofreu com décadas de abandono. Babilônia só entrou para a lista de monumentos que são patrimônio da UNESCO em 2019, depois de definir, em um amplo trabalho, os limites do antigo centro urbano e mapear as áreas onde seriam realizadas as escavações. Também foi preciso desenvolver técnicas para estabilizar e preservar o Leão da Babilônia, uma das estátuas mais antigas do mundo, com cerca de 2.600 anos.

Nos últimos anos, equipes de especialistas começaram a ser treinadas para conservar o patrimônio histórico e realizar novas escavações arqueológicas. As atividades continuam principalmente no portão de Ishtar, deusa do amor e da guerra.

O pórtico que leva o nome da figura mítica, construído pelo rei Nebuchadnezzar II, era parte de uma estrutura maior, uma via monumental protegida por altos muros feitos com tijolos azuis decorados com representações de animais e divindade. Parte do muro se encontra no Museu Pergamon, em Berlim (há cem anos, arqueólogos alemães escavaram o local e levaram o que encontraram para a Alemanha). Agora, a intenção é recuperar o que ficou no Iraque. Não há vestígios, no entanto, da Torre de Babel ou dos Jardins da Babilônia, apontados como maravilhas do mundo antigo.

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Quem é a Babilônia nos dias de hj?

Babilônia foi o nome da capital da Suméria, na antiga Mesopotâmia, que atualmente é o Iraque.

Onde está a Babilônia nos dias de hoje?

Babilônia atualmente está localizada na região chamada de Iraque, perto da moderna cidade de Hilla e na margem oriental do rio Eufrates. Babilônia foi uma das várias cidades-estados da Mesopotâmia.

O que Deus fala sobre Babilônia?

A destruição da Babilônia profetizada, em Isaías 13, simboliza o que acontecerá aos que lutarem contra o povo de Deus e cujo coração esteja voltado para as coisas do mundo em vez das coisas de Deus. Isaías 14 fala mais especificamente sobre o rei da Babilônia, a quem Isaías comparou a Lúcifer, ou Satanás.

Por que a Babilônia foi destruída?

Segundo relata o Cilindro de Ciro, na origem da queda da Babilónia esteve uma ordem dada pelo deus Marduk ao imperador persa no sentido de conquis- tar a cidade. O deus tutelar da Babilónia pretendia punir o rei Nabónido pelo seu desrespeito pelo culto.