Sistema de condução elétrica do coração pdf

O coração possui uma estrutura elétrica que é formada por dois tipos celulares: 1) as células que geram o potencial de ação (PA) cardíaco e, em conjunto, são chamadas de marcapasso cardíaco; 2) as células especializadas em conduzir impulso elétrico, que possibilitam a propagação do estímulo de uma célula para outra, facilmente.

E como funciona o marcapasso cardíaco?

No átrio direito (AD), o nó sinusal ou nó sinoatrial, também conhecido como marcapasso atrial, inicia o potencial de ação cardíaco. O nó sinusal é uma estrutura subepicárdica, fusiforme, auto excitável, localizada entre a veia cava superior e a aurícula direita. Em um indivíduo normal, em repouso, sua frequência varia entre 50 a 100 disparos por minuto, Por isso, o ritmo normal do coração é denominado ritmo sinusal e a frequência cardíaca normal é entre 50-100 batimentos por minuto (bpm).

Para o impulso elétrico ser transferido dos átrios para os ventrículos, existe uma outra estrutura “no meio do caminho”, chamada nó atrioventricular (nó AV), que se localiza imediatamente acima da inserção do anel valvar atrioventricular direito.

O nó AV tem funções importantes, como retardar o impulso elétrico (separando a sístole atrial e a ventricular) e limitar a quantidade de estímulos que chegam aos ventrículos. Desse modo, ele evita que arritmias atriais, como a fibrilação atrial ou a taquicardia supraventricular, sejam transmitidas totalmente aos ventrículos, diminuindo as chances de degenerar para uma arritmia ventricular ou do paciente apresentar sintomas de baixo débito cardíaco por dificuldade de enchimento das cavidades cardíacas.

                              Figura 1- Estrutura elétrica do coração e suas vias de transmissão de impulso.

Dito isso, vamos analisar o modo como o impulso é distribuído após ser gerado:

O sincício atrial (que é o conjunto de células especializadas em conduzir impulso elétrico) e o sistema His-Purkinje permitem a condução do estímulo elétrico gerado pelo PA cardíaco, garantindo ritmo, periodicidade e cronologia ao ciclo cardíaco.

Nos átrios encontram-se as fibras intermodais, ou vias preferencias. Logo depois, encontra-se o nó AV e o feixe de His, que é sua continuação, percorrendo o septo interventricular, que se divide em ramo direito e esquerdo - este subdivide-se em dois fascículos, o anterior e o posterior - terminando nas fibras de Purkinje.

As fibras de Purkinje compõe o final do sistema de condução cardíaco. São responsáveis pela despolarização dos ventrículos, transmitindo a ativação elétrica que se originou no nó sinusal. São compostas por células especializadas em condução e formam uma rede subendocárdica nos ventrículos, garantindo a despolarização simultânea do ventrículo direito e do ventrículo esquerdo.

Os eventos elétricos que percorrem o tecido cardíaco podem ser avaliados através do eletrocardiograma (ECG), que captura os batimentos cardíacos e outras alterações do sistema de condução através de eletrodos colocados na superfície do tórax e nos membros superiores e inferiores.

O eletrocardiograma e as alterações do sistema de condução cardíaco:

O ECG é uma das principais ferramentas para diagnosticar as alterações do sistema de condução. No indivíduo normal, o traçado demonstra o ritmo sinusalJá em quem está com batimentos descompassados, podemos identificar através do ECG: as doenças do nó sinusal, os bloqueios atrioventriculares e os bloqueios de ramo e as taquicardias supraventriculares e ventriculares.

Nascimento, V. M. V. et al. Manual de Cardiologia para Graduação. 1 ed. Salvador: Editora Sanar, 2018.

SILVA, A. L. Você sabe quando indicar marca-passo provisório no IAM? Cardiosite, 2018. Disponível em: https://www.cardiosite.com.br/voce-sabe-quando-indicar-marca-passo-provisorio-no-iam/. Acesso em: 05 ago. 2020

O coração tem dois tipos de células, as células miocárdicas, também denominadas células funcionais, que quando estimuladas eletricamente são capazes de se contrair, e as células marcapasso, responsáveis pela geração e condução dos estímulos elétricos. Os tecidos especializados que geram e conduzem impulsos elétricos através do coração, são o nó sinoatrial (nó SA), nó atrioventricular (nó AV), feixe de His e fibras de Purkinje (VAN DE GRAAF, 2003).

O controle da atividade cardíaca é feito sistema nervoso simpático e parassimpático, que inervam de forma abundante o coração (GUYTON; HALL, 2006).

O nó SA está localizado na parede posterior do átrio direito, onde a veia cava chega ao coração. O nó AV está na porção inferior do septo interatrial. O feixe de His está no topo do septo interventricular, esse feixe se divide no interior da parede dos ventrículos denominando-se fibras de Purkinje, causando a contração simultânea dos ventrículos. Sístole é a contração da câmara cardíaca para ejeção do sangue presente em seu interior. Diástole é o relaxamento da câmara cardíaca para um novo preenchimento de sangue em seu interior (GUYTON; HALL, 2006).

A média de batimentos cardíacos em um adulto saudável fica em torno de 70 batimentos por minuto, variando conforme as necessidades do corpo, como exercícios físicos, situações de estresse e repouso (VAN DE GRAAFF, 2003).

A regulação da ritmicidade do coração ocorre no nó SA ou marca passo do coração. Esta ritmicidade ocorre porque as membranas das fibras do nó SA são muito permeáveis ao sódio, que passa para o interior das fibras, fazendo com que o potencial da membrana em repouso passe para o valor positivo até atingir seu limiar transformando em potencial de ação. O impulso é propagado pelos átrios através do sistema de Purkinje provocando sua contração. Centésimos de segundos depois, o impulso atinge o nó AV, que retarda o impulso para que os átrios forcem a passagem de sangue para os ventrículos. Após esse retardo, o impulso é propagado pelo sistema de Purkinje aos ventrículos contraindo-os (GUYTON; HALL, 2006).

Os impulsos elétricos que passam pelo complexo estimulante do coração podem ser registrados pelo eletrocardiograma. Onda P é a despolarização das fibras atriais do nó SA, o complexo QRS é a despolarização dos ventrículos e a onda T é a repolarização dos ventrículos, iniciando assim um novo ciclo cardíaco (VAN DE GRAAFF, 2003).

Como se dá o sistema de condução elétrica do coração?

O coração tem dois tipos de células, as células miocárdicas, também denominadas células funcionais, que quando estimuladas eletricamente são capazes de se contrair, e as células marcapasso, responsáveis pela geração e condução dos estímulos elétricos.

Qual o sistema de condução cardíaco?

O sistema de condução cardíaco são as estruturas onde se produz e se transmite o estímulo eléctrico, permitindo a contracção do coração. Os seus elementos principais são o nó sinsual, o nó atrioventricular (nó AV), o feixe de His e as fibras de Purkinje.