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Artigo de revisão
Hipertensão arterial e exercício físicoHypertension and exerciseUnder a Creative Commons license
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Resumo
A atual sociedade urbanizada apresenta níveis manifestamente insuficientes de atividade para manter os níveis de saúde desejáveis, e prevenir, entre outras, as doenças cardiovasculares. O exercício aeróbico é um adjunto favorável à medicação no tratamento da hipertensão arterial, sendo desprovido virtualmente de efeitos secundários. Existem numerosos mecanismos propostos para o efeito salutar do exercício na redução da pressão arterial, sendo que os efeitos fisiológicos decorrentes podem ser classificados em agudos, pós-esforço, e crónicos. Diferenças no património genético, na etiologia da hipertensão, na farmacodinâmica e/ou farmacocinética podem justificar a diferente resposta tensional ao esforço entre os indivíduos hipertensos. Na presente revisão iremos abordar os vários aspetos fisiopatológicos relacionados com a resposta tensional ao esforço e seus moduladores no indivíduo hipertenso, sua utilidade diagnóstica e prognóstica, assim como referir-nos às últimas linhas de orientação no que respeita à prescrição/ monitorização de regimes de exercício físico e fármaco-associação no seguimento clínico do hipertenso ativo.
Abstract
Levels of physical activity in modern urbanized society are clearly insufficient to maintain good health, and to prevent cardiovascular and other disease. Aerobic exercise is almost completely free of secondary effects, and is a useful adjunctive therapy in treating hypertension. There are several possible mechanisms to account for the beneficial effects of exercise in reducing blood pressure, the resulting physiological effects usually being classified as acute, post-exercise or chronic. Variations in genetic background, hypertension etiology, pharmacodynamics and pharmacokinetics may explain the different blood pressure responses to exercise among hypertensive patients. The present review discusses the different pathophysiological aspects of the response to exercise in hypertensives, including its modulators and diagnostic and prognostic usefulness, as well as the latest guidelines on prescribing and monitoring exercise regimes and drug therapy in the clinical follow-up of active hypertensive patients.
Palavras-chave
Hipertensão arterial
Exercício
Hipotensão pós-esforço
Keywords
Hypertension
Exercise
Post-exercise hypotension
Cited by (0)
Copyright © 2011 Sociedade Portuguesa de Cardiologia. Published by Elsevier España S.L. All rights reserved.
Não há dados estatísticos. 1. Rebelo FPV, Benetti M, Lemos L de S, de
Carvalho T. EFEITO AGUDO DO EXERCÍCIO FÍSICO AERÓBIO SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL DE HIPERTENSOS CONTROLADOS SUBMETIDOS A DIFERENTES VOLUMES DE TREINAMENTO. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 15º de outubro de 2012 [citado 1º de outubro de 2022];6(2):28-3. Disponível em: //rbafs.org.br/RBAFS/article/view/934 Artigos Originais Autores
DOI:
//doi.org/10.12820/rbafs.v.6n2p28-38 Palavras-chave:
Exercício físico, Efeito
agudo do exercício físico, Hipertensão arterial. Resumo
0 presente estudo teve como objetivo analisar o efeito agudo de duas sessões de exercício físico aeróbio de diferentes volumes, na magnitude da eventual queda pressórica observada no período pós-exercício em indivíduos hipertensos controlados, de ambos os sexos, com idade entre 35 e 65 anos, praticantes de exercícios físicos regulares. Buscou-se verificar se há hipotensão aguda causada pelo exercício
físico em indivíduos hipertensos controlados e se a duração da sessão de exercício físico poderia influenciar na magnitude desta hipotensão. Os sujeitos (n=23) foram submetidos a uma sessão controle e duas sessões experimentais de exercício físico dinâmico em cicloergômetro com 25 e 45 minutos de duração, a 75% da freqüência cardíaca máxima. Os valores de pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD) e freqüência cardíaca (FC) foram medidos no período pré-exer- cício (após
15 minutos de repouso) e no período pós-exercício (Io, 5o, 10°, 20° e 30° minuto de recuperação) tanto nas duas sessões experimentais, como na sessão controle. Os resultados obtidos convergem para uma diminuição nos níveis de pressão arterial no período de recuperação nas sessões experimentais, quando comparados às sessões controle sem exercícios físicos. Além disso, observou-se também que a magnitude da queda pressórica provocada pelo exercício é influenciada pela sua
duração, isto é, o exercício físico com duração de 45 minutos proporcionou queda mais acentuada da PAS e PAD que na sessão de 25 minutos, quando comparados à sessão controle. Em relação à comparação entre as duas sessões experimentais, observou- se queda significativa (p<0,05) da PAS no Io minuto de recuperação, enquanto que a PAD não apresentou diferença significativa (p<0,05) em nenhum momento da recuperação. A magnitude e duração do efeito hipotensor do exercício físico
parecem ser maiores após uma sessão de maior volume quando comparados a uma sessão de menor volume, verificando-se assim a influência da duração do exercício na hipotensão pós-exercício. Downloads
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