Como a presença da Cordilheira dos Andes influencia o desenvolvimento?

Os países que compõem a América Andina são: Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. Esses países correspondem a uma extensão territorial de 5,3 milhões de quilômetros quadrados, sendo habitado por aproximadamente, 144 milhões de pessoas. A maioria da população (70%) é composta por ameríndios e mestiços, consequência da miscigenação entre o índio (população nativa) e o branco (colonizador europeu).

Geograficamente pertencente à América do Sul, faz parte da América Latina, por critérios socioeconômicos, históricos e culturais.  

Como a presença da Cordilheira dos Andes influencia o desenvolvimento?

Aspectos naturais e físicos

A característica mais marcante do relevo da América Andina é a Cordilheira dos Andes que se estende de norte para sul acompanhando o oeste da América do Sul e é o aspecto comum do quadro natural dessa região. Encontramos também planícies litorâneas estreitas acompanhando o Pacífico e outras planícies na porção oriental nas terras baixas amazônicas. Em meio às montanhas que formam os Andes também registramos a existência dos altiplanos na Bolívia e no Peru.

O clima na cordilheira apresenta o típico comportamento das áreas com elevada amplitude altimétrica. Ao subirmos a Cordilheira registramos temperaturas cada vez menores e a presença de neve permanente nos picos mais elevados. É o clima de montanha. No sentido norte-sul registramos os climas: equatorial, tropical, desértico (sul do Peru e norte do Chile), mediterrâneo e temperado (diminuindo as temperaturas em direção ao sul do Chile).

A presença do Deserto de Atacama no Chile e Peru é explicada pela influência da corrente marítima fria de Humboldt. Suas águas geladas dificultam a evaporação e os ventos úmidos provenientes do Pacífico condensam-se sobre ela provocando chuvas sobre o oceano. No continente, por essa razão, os índices de umidade são muito reduzidos. Esse deserto pode atravessar períodos de até 25 anos sem o registro de chuvas. Sua atmosfera muito seca é propícia à observação astronômica.

A vegetação acompanha o clima observando-se a presença da Floresta Equatorial Amazônica, arbustos como os lhanos da Venezuela, Florestas Tropicais, xerófitas e estepes (Atacama) e Floresta Temperada de Coníferas no sul do Chile.

Os rios de maior destaque na América Andina são o Madalena na Colômbia, o Orenoco na Venezuela e um trecho do rio Amazonas no Peru. Na vertente do Pacífico os rios são curtos em extensão devido à proximidade do local de nascente (Andes) e o local da foz (Oceano Pacífico).

Aspectos humanos

Na América Andina predomina o elemento mestiço do branco europeu (colonização espanhola) e do indígena (lembrando a importante presença de uma civilização pré-colombiana nessa região: os incas). Evidentemente observamos exceções como o Peru e o Equador com maioria indígena.

A religião predominante é a cristã católica. Na cultura dos povos andinos a influência indígena também é marcante. São países subdesenvolvidos com grandes desigualdades sociais internas e maioria de população muito pobre com baixa qualidade de vida. O Chile parece apresentar nas últimas décadas uma significativa melhoria em seu padrão de vida.

A população concentra-se nas planícies litorâneas e nos altiplanos. As planícies orientais, na Amazônia, e a maior parte da Cordilheira, acidentada e elevada, constituem os vazios demográficos. Devido a um rápido e intenso processo de urbanização a região apresenta maioria urbana mas graves problemas sociais e de infraestrutura nas cidades decorrentes de uma urbanização recente e desordenada.

Aspectos econômicos

A América Andina reúne países de economia primária mono-exportadora, principalmente de recursos minerais. São economias subdesenvolvidas dependentes de tecnologia e capitais e das cotações dos produtos primários no mercado externo. Assim, a economia dos países andinos é bastante diversificada, mas possui como base as atividades primárias, como: a mineração, a pesca, a agricultura e a pecuária.

Com relação à mineração, temos o petróleo (encontrado no Equador, Colômbia e principalmente na Venezuela), o chumbo, a prata (encontrados no Peru), o cobre (encontrado no Chile), o estanho, a bauxita e o gás (encontrados na Bolívia).

A pesca possui destaque no Equador, na Colômbia e também no Peru. A agricultura familiar é praticada pelos camponeses mais pobres, que plantam com poucos recursos e métodos mais tradicionais. Já a agricultura comercial utiliza técnicas mais modernas e se concentra em grandes propriedades onde a produção vai para a exportação.

A pecuária se concentra na criação de rebanhos bovinos e ovinos, porém a produção é baixa e não supre a necessidade do mercado interno.

A Venezuela tem como destaque o petróleo, explorado pela PETROVEN no baixo curso do rio Orenoco e na região do Lago Maracaibo. É grande exportadora e membro da OPEP. Secundariamente poderíamos destacar o minério de ferro e o café. Sua renda per capita mais elevada em comparação aos outros países andinos deve-se aos recursos obtidos pela exploração de petróleo, mas a renda é mal distribuída e a pobreza é expressiva nesse país.

A Colômbia é o segundo maior produtor e exportador de café no mundo, concorrente direto do Brasil nesse mercado. Exporta petróleo, mas não é membro da OPEP. Enfrenta graves problemas internos com a produção de drogas e com o narcotráfico, atividades que se tornaram significativas na economia desse país.

O Equador é um país muito pobre e sua economia depende das exportações de banana e petróleo (já foi membro da OPEP). Recentemente eliminou sua moeda, o sucre, em favor da adoção do dólar.

O Peru apresenta uma pauta de exportações mais variada mas igualmente dependente de produtos primários: prata, petróleo, pescado (favorecido pela Corrente de Humboldt), ferro, chumbo e algodão. A Bolívia é exportadora de estanho e gás natural (gasoduto Brasil-Bolívia) e está aumentando sua produção de petróleo. Utiliza-se do porto de Santos para seu comércio exterior. Também enfrenta problemas com o narcotráfico.

O Chile apresenta a economia mais aberta e estável da região e de toda a América do Sul. No norte do país destacam-se as atividades mineradoras como o cobre, principal produto de sua economia. A região central, de maior concentração populacional, apresenta a produção de cereais, frutas e concentração industrial. No sul atividades turísticas, exploração madeireira e agropecuária. A produção pesqueira também é grande favorecido pela mesma Corrente de Humboldt. É exportador de vinho, azeite, pescado, cobre e tem procurado diversificar mais sua economia com o desenvolvimento do setor industrial. Tem se caracterizado por uma economia muito aberta aos investimentos externos e busca associar-se ao NAFTA enquanto espera maior evolução do MERCOSUL e a possível criação da ALCA. Apresenta os melhores indicadores sociais e o melhor IDH da América do Sul.

Como a presença da Cordilheira dos Andes influência?

A cordilheira dos Andes influencia a circulação atmosférica num grande espectro de escalas, desde a geração de ondas de montanha (Seluchi et al. 2003b) até o posicionamento das ondas planetárias (Styamurty et al. 1980).

Qual a importância da Cordilheira dos Andes?

A Cordilheira dos Andes possui grande importância ambiental, econômica e cultural para os povos andinos. Essa região, de habitação muito antiga, possui populações tradicionais, como os quéchuas, que vivem de atividades de subsistência e possuem grande devoção pelos recursos naturais oferecidos pelas montanhas.

Qual é a importância econômica da Cordilheira dos Andes?

Uma das mais relevantes atividades econômicas do local é o turismo, o qual é visitado por milhares de pessoas todos os anos. Por ser uma altitude elevada, o ar é rarefeito, sendo um dos problemas a escassez de oxigênio. Mesmo nessas condições diversos povos vivem próximos da Cordilheira.

Qual é a influência da Cordilheira dos Andes no clima da América do Sul?

A Cordilheira dos Andes possui uma grande influência sobre o clima das diferentes regiões na América do Sul, ajudando a distribuir parte da umidade produzida na Amazônia para o interior do Brasil, além de apresentar as nascentes dos rios que dão origem ao Amazonas.