Como incentivar os alunos na leitura?

Você sabia que a média de leitura no Brasil está bem abaixo da média mundial? E se te contarmos que 42% dos brasileiros, com mais de 5 anos, alegam não ler porque não compreendem ou têm dificuldades? É papel das IES incentivar a leitura entre os estudantes para mudar esse cenário. Confira algumas medidas que você pode adotar hoje mesmo!

A leitura é uma das principais ferramentas de aprendizagem. É um dos mecanismos básicos de uma educação de qualidade. 

Mas a prática dessa habilidade vai além da capacitação técnica: ler é também um potente mecanismo de transformação social. Pois a leitura informa, emociona, liberta e humaniza o indivíduo. 

O objetivo de uma formação superior também vai além da capacitação técnica. Apesar dela ser importante, para garantir a qualificação e a vivência profissional dos alunos, os cursos de graduação também visam desenvolver habilidades como pensamento crítico, curiosidade e ética.

Neste artigo, você irá conhecer um pouco mais sobre o cenário da leitura no Brasil e entender como a sua instituição de educação superior (IES) pode estimular esse hábito Assim, também melhora a qualidade do ensino oferecido e os resultados alcançados. Confira!

Como as práticas de leitura mudaram? 

Com o passar dos anos, é comum que as pessoas percam o hábito de leitura. Enquanto na infância existe espaço para a prática, com o tempo, a agenda ocupada de adultos toma o lugar de atividades de lazer.

Além disso, os livros concorrem com outros estímulos pelo foco das pessoas: apps, redes sociais e jogos digitais são formas mais práticas de inserir momentos de lazer na rotina. Os estímulos se intensificaram e diversificaram muito. 

Paralelamente, foi se criando um senso comum de que a leitura seria chata, difícil ou inacessível. Mesmo assim, a leitura pode ser um momento de lazer e aprendizado, de experimentar outras vivências e desenvolver competências socioemocionais.

É por isso que, cada vez mais, instituições de educação, famílias e os próprios indivíduos têm procurado sobre como incentivar a leitura nas diferentes fases da vida.

Sendo assim, pensar em como incentivar a leitura nas instituições de educação superior (IES) deve ser prioritário. Uma vez que o espaço acadêmico possui papel estratégico na promoção da leitura, pois abre o diálogo e a troca de ideias, enriquecidas pelas obras do repertório dos alunos.

Entenda a situação da leitura no Brasil

A acessibilidade é, de fato, um empecilho para diversas comunidades. Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, 61% das escolas públicas brasileiras não têm um acervo bibliográfico à disposição dos alunos. 

Acompanhando essa tendência, a média de leitura do Brasil hoje está bem abaixo da média mundial: em um ranking com 70 países, o Brasil ocupa a 60ª posição.

Por todos esses fatores, é muito importante que as IES estimulem e ofereçam condições aos estudantes para a criação do hábito de leitura

Para muitos, a fase universitária pode ser a primeira oportunidade de vivenciar essa experiência. Para outros, esse pode ser o momento de desfazer preconceitos que se estabeleceram em torno da leitura. 

Também é uma oportunidade de repensar a rotina e inserir momentos de lazer em meio aos estudos. Assim o aluno não apenas tem uma rotina mais saudável, mas também incorpora diferentes conhecimentos ao seu repertório.

Cada novo leitor pode multiplicar esse hábito e transformar outros ao seu redor. Ao falar sobre os livros lidos e trazer suas ideias para outros contextos, cada leitor ajuda a disseminar a ideia de que ler não é apenas uma tarefa, mas sim uma forma de adquirir conhecimento.

Infelizmente, as afirmações “ler é difícil” ou “ler é chato” acabaram sendo amplamente difundidas por falta de informação, acesso ou estímulo. 

Segundo a mesma pesquisa que citamos anteriormente, 42% dos brasileiros, com mais de 5 anos, alegam não ler porque não compreendem ou têm dificuldades e 44% não são leitores e nem leram nem mesmo um trecho de um livro. 

Vale ressaltar que existem diversos tipos de leitura e obras e, com certeza, existe uma obra atrativa para cada tipo de leitor. Por isso, uma proposta de incentivo à leitura deve levar em consideração os níveis de compreensão dos interesses temáticos e a relação das obras com o contexto em que estão inseridas.

Faz parte do papel de ensino, intelectual e social, de uma IES promover o estímulo à leitura. Por isso, mais adiante, separamos algumas dicas especiais para a sua instituição. 

Como incentivar os alunos na leitura?

Mas, afinal, qual a importância da leitura?

Se você quer saber como incentivar a leitura na sua instituição de educação superior, em primeiro lugar, é preciso ter em mente o quanto essa atividade é importante em todas as fases da vida.

A partir dela, os indivíduos recebem estímulos que ajudam a exercitar o raciocínio, enriquecer o vocabulário, aguçar a capacidade de interpretação e ampliar o seu repertório a respeito dos mais variados assuntos.

O principal ponto da leitura é que ela instiga a imaginação e a criatividade, transportando quem se aventura nele para diferentes épocas, contextos históricos e realidades. Nesse contexto, é preciso mencionar também a importância da leitura para a formulação do senso crítico e o refinamento da habilidade de escrita.

Por meio da leitura, o estudante tem a oportunidade de experimentar uma posição ativa em seu processo de aprendizagem

Ele percebe que é capaz de se tornar protagonista no próprio processo de aquisição do conhecimento, assim como de encontrar ferramentas para estruturar os seus próprios argumentos diante de uma série de questões.

Além das questões referentes à autonomia do aluno, diversos outros fatores podem levar um estudante a ler. Eles vão desde a curiosidade por um determinado tema e a indicação realizada por um professor ou colega, até a própria aparência de um livro. 

Vale destacar também que as adaptações de produções literárias para a TV e o cinema, tão recorrentes nos dias de hoje, são outra forma de despertar a curiosidade pela obra original. Portanto, para que uma pessoa comece a ler, o incentivo de outros é fundamental. 

A relação entre leitura e educação

De acordo com a pesquisa Retratos da Leitura, o(a) professor(a) e as mães são apontados como os principais influenciadores(as) do gosto pela leitura (15%), seguidos pelos pais (6%). Isso se explica pelo foco em livros de desenvolvimento e didáticos, principalmente durante a infância. 

Já em relação à literatura, o(a) professor(a) desponta como maior responsável por incentivar o interesse dos alunos (52%), à frente de filmes baseados em livros (48%) e a indicação de amigos (41%).

Ainda que não tenha ocorrido na infância, é importante que ele aconteça em outras fases da vida, como no ingresso à universidade. É por isso que as IES precisam se concentrar em buscar diferentes formas de como incentivar a leitura.

O hábito de ler é estratégico e fundamental para o processo de formação acadêmica. As universidades têm como propósito a formação de cidadãos com pensamento crítico. Diante disso, os estudantes se tornam sujeitos conscientes e mais capazes de agir em benefício da sociedade.

Quando adquirem o hábito da leitura, eles também aprendem a buscar fontes confiáveis para os seus estudos e para se informarem de modo geral. Desta maneira, tornam-se conscientes de que não podem acreditar em qualquer informação com que se deparam.

Leia também:  Discutindo sobre o dilema entre livro digital ou físico

Como incentivar a leitura: desafios na era digital

Fica claro o quanto a leitura é importante para o desenvolvimento do repertório geral dos indivíduos, formação de senso crítico, ampliação do vocabulário, refinamento da capacidade de escrita, entre outros aspectos. Esse hábito, que pode ser desenvolvido na infância ou trazido de volta na vida adulta, faz toda a diferença.

O papel da promoção da leitura não é só da família e do Estado, mas também das instituições de educação: oferecer as metodologias e serviços adequados para o desenvolvimento dos alunos enquanto leitores.

As IES têm a possibilidade de proporcionar instrumentos que estimulem a leitura nesta época em que vivemos que é, sobretudo, digital. Entre os desafios está ajudar os alunos a lerem de forma ativa.

Com a presença de redes sociais e sobrecarga de informações, a leitura passiva, em que se lê de maneira rápida e sem compromisso – de modo que não se construa um ponto ou raciocínio a respeito do que se está lendo – se torna mais comum em diferentes esferas.

Como contraponto, a leitura ativa possibilita a construção de um diálogo entre o leitor e o autor da obra sobre a qual o primeiro se debruça. Só assim o estudante será capaz de refletir sobre os temas estudados, conectando-se realmente às informações.

Mas é claro que, ao vivenciar um ambiente basicamente digital, as novas gerações acostumaram-se a consumir conteúdos de teor mais imediatista, que se tornam rapidamente obsoletos. Diante disso, encontram dificuldade em mergulhar em textos aprofundados e que exigem grandes doses de concentração.

Buscando uma leitura mais eficaz na educação superior

Essa realidade traz um obstáculo para os educadores: quando o aluno chega ao ensino superior sem  o grau de conhecimento adequado, pode se tornar necessário focar em interpretação de texto e pensamento crítico, já que essas habilidades fazem toda a diferença no aproveitamento do curso.

Em algumas áreas, como Direito, a carga de leituras densas é notável, exigindo alunos que não apenas tenham o hábito de ler, mas também de filtrar informações, buscar referências e aproveitar melhor o conteúdo.

Os alunos devem estar preparados para lidar com diferentes gêneros de texto, desde obras biográficas até artigos científicos e dissertações, para ampliar seu repertório dentro e fora da sala de aula. 

Com isso, terão mais embasamento para debates, levarão conteúdo para sua atuação futura e aproveitarão melhor a bibliografia. Neste artigo apresentaremos algumas dicas-chave para incentivar a leitura na sua instituição de educação superior.

Se o seu objetivo é saber como incentivar a leitura em sua IES, existem algumas boas práticas para adotar a partir de hoje. Confira as dicas que preparamos para gestores e docentes de instituições de ensino:

  1. Disponibilize um rico e diverso acervo de livros
  2. Facilite o processo de empréstimo de livros
  3. Conte com um acervo digital
  4. Desenvolva atividades digitais interativas e interdisciplinares
  5. Incentive a utilização de questões abertas em avaliações
  6. Incentive a leitura nas redes sociais
  7. Elabore um perfil do leitor com indicações certeiras de obras
  8. Crie programas de incentivo e estímulo específicos para a IES
  9. Estimule a criação de grupos de debates
  10. Fomente a leitura compartilhada
  11. Diversifique autores
  12. Expanda o conceito de texto

1. Disponibilize um rico e diverso acervo de livros

O primeiro passo para quem está buscando sobre como incentivar a leitura entre os alunos de uma IES é oferecer a eles possibilidades. Que tal investir um pouco nos livros de literatura, além dos de abordagem acadêmica? 

Use as bibliografias básica e complementar das disciplinas dos cursos oferecidos pela instituição, mas também insira conteúdos para aprofundar as temáticas. Fazendo esse investimento, aos poucos a sua biblioteca vai ficando mais completa e atrativa.

2. Facilite o processo de empréstimo de livros

Simplifique o máximo possível o processo de busca e empréstimo dos exemplares. Um bom sistema de buscas virtual para localizar o livro e uma biblioteca organizada são etapas fundamentais desse processo. Assim, tanto o aluno quanto os bibliotecários terão mais ferramentas para encontrar o que buscam.

Quais são os procedimentos necessários para levar o livro pra casa? Qual o critério de tempo, caso a biblioteca não comporte múltiplos exemplares e vários alunos queiram o mesmo livro? Algumas etapas de identificação serão sempre necessárias, mas simplifique o máximo que puder também.

3. Conte com um acervo digital

Pensando na disponibilidade, essa é uma de nossas principais dicas sobre como incentivar a leitura, principalmente para as gerações mais novas, já acostumadas com essa forma. Sem dúvida, as bibliotecas digitais são um atrativo poderoso para o público acadêmico.

Nesse formato não existem limitações físicas e o estudante pode ter acesso à obra que quiser, na hora que quiser, sem filas de espera, de qualquer local e dispositivo eletrônico (desde que esteja conectado à internet). 

Além da praticidade para aluno e instituição (que evita custos com manutenção, atualização e extravio de obras), as bibliotecas digitais atendem a um dos requisitos estabelecidos pelo MEC.

Leia também: como escolher uma plataforma de biblioteca digital?

4. Desenvolva atividades digitais interativas e interdisciplinares

Já não pensamos hoje mais na rotina de um jovem contemporâneo sem o ambiente virtual. Quanto mais o convite à leitura e as relações com as obras estiverem neste meio, mais será possível acessar tal estudante. 

Até porque essas ferramentas também criam novas propostas para o ensino híbrido e remoto, inclusive funcionando como estratégia de incentivo à leitura.

Estimule os professores a utilizarem plataformas digitais de aprendizagem e atividades interativas sobre as obras estudadas. Quem sabe uma tarefa multidisciplinar unindo diversas áreas do conhecimento?

Com a usabilidade das plataformas, que permite que o docente acrescente itens ao servidor das turmas, além de fóruns de discussão, a interatividade traz uma dimensão extra ao plano de leitura.

5. Incentive a utilização de questões abertas em avaliações

Outro incentivo por parte dos docentes atrelado às atividades obrigatórias curriculares que podem fazer toda a diferença é a maior aplicação de questões abertas em avaliações. 

Esse formato de teste demanda do aluno uma leitura completa da obra, estimula a formulação de pensamentos e argumentações e, consequentemente, melhora a capacidade de interpretação de texto do estudante — desenvolvimentos esses que vão também ampliando e facilitando a sua aproximação com a leitura. 

O formato de questão aberta pode ser utilizado tanto em provas presenciais como avaliações virtuais. Vale lembrar que a utilização de questões abertas também faz parte dos padrões avaliativos e exigências do MEC.

Também é um diferencial do ponto de vista das formas de aprendizagem. Assim como muitos estudantes aprendem melhor lendo ou ouvindo, outros desenvolvem seu conhecimento por meio da escrita. Fazer anotações e usá-las para estudo e referência nas avaliações ajuda a fixar as ideias agregadas.

Leia também: Confira a importância do mapa mental para o ensino e 5 passos para criar o seu

6. Incentive a leitura nas redes sociais

A presença da biblioteca da IES nas redes sociais, como Instagram, Facebook e Tik Tok, é mais uma forma de aproximação com o leitor. 

Em um perfil dinâmico e alimentado constantemente, a IES pode propor desafios de leitura entre os seguidores (identificados por hashtags), criar rankings dos mais lidos e até mesmo indicações de leitura. 

Por meio de recursos de vídeos rápidos, é possível se comunicar de maneira diária com os estudantes mostrando brevemente os bastidores de uma biblioteca e aproximando-os dessa realidade. 

Publicações sobre dicas de leituras e sugestões de livros podem ser atrativos interessantes também.

7. Elabore um perfil do leitor com indicações certeiras de obras

Nem todo leitor tem os mesmos interesses. Além dos livros obrigatórios do curso, é interessante que o projeto das disciplinas conte com dicas de leitura complementar, mas elas podem variar.

Identifique o perfil de cada leitor pelo seu histórico de empréstimos e enquetes de avaliação e faça dicas específicas para cada perfil. Livros de ficção ou não-ficção, relatos ou narrativas mais longas, publicações recentes ou clássicas, etc.

Os relatórios gerenciais das bibliotecas virtuais podem auxiliar bastante nesse processo. Se as recomendações de obra são mais precisas neste sentido, a chance de engajamento do leitor é muito maior.

8. Crie programas de incentivo e estímulo específicos para a IES

Observe a rotina dos estudantes na sua IES e identifique aspectos que podem ser explorados em programas de estímulo à leitura. 

Para a elaboração de ações assim, você pode identificar temas de gosto mais popular ou até mesmo uma localização geográfica que chame a atenção dos alunos dentro da instituição para desenvolver uma atividade naquela região.

9. Estimule a criação de grupos de debates

Que tal propor que os estudantes leiam algumas obras específicas para discutirem sobre elas em sala de aula? Além de aguçar a capacidade interpretativa dos alunos, essa é uma ótima maneira para quem busca como incentivar a leitura no ensino superior.

Pautar tais indicações de acordo com temas que estejam sendo discutidos de forma recorrente no noticiário ou que sejam de grande relevância para a formação dos alunos ajudará a instigá-los ainda mais a se prepararem para a discussão, construindo uma argumentação consistente.

10. Fomente a leitura compartilhada

A leitura compartilhada ou colaborativa consiste em uma atividade realizada, em conjunto, por estudantes e docentes. Além de lerem um texto juntos, eles compartilham as suas impressões sobre o que acabou de ser lido. 

Essa prática pedagógica favorece a compreensão dos alunos sobre o tema de estudo, ao promover um processo reflexivo mais aprofundado.

Por meio da leitura compartilhada, o educador tem ainda a oportunidade de mostrar aos discentes estratégias que os capacitem para atribuir sentido ao que estão lendo, além de apresentarem o contexto necessário para a compreensão da obra.

Ou seja, trata-se de uma maneira de construir coletivamente um sentido mais abrangente para o objeto de leitura.

11. Diversifique autores

Outro ponto fundamental ao qual os docentes devem se atentar é à diversidade no ensino superior. Infelizmente, hoje os espaços acadêmicos não contam com abertura para todas as pessoas, o que também diminui as referências acadêmicas e culturais. 

Na prática, significa que ainda não há tanta diversidade de gênero, raça ou vivência nas obras vistas em sala de aula. Então, por exemplo, ao construir uma educação antirracista, inclua autores negros e racializados. 

Use textos de acadêmicos LGBTQIAP+ para colocar em pauta as questões sociais vivenciadas por esses grupos. Busque trazer mulheres para a bibliografia, mesmo que ainda sejam minoritárias. A proposta é que, ao longo do tempo, cada vez mais vozes diversas que produzem ciência façam parte do currículo.

12: Expanda o conceito de texto

Esse ponto pode ser um desafio extra, caso a equipe pedagógica sinta que ainda não há uma interatividade adequada com os textos. Se livros mais densos e teóricos podem acarretar em uma carga de dificuldade, que tal buscar referências em outros gêneros?

A leitura de reportagens, por exemplo, é uma ótima forma de entender o impacto e a correlação das ideias vistas em sala de aula com o mundo ao redor.

Benefícios da leitura digital no processo de aprendizagem

Agora que você viu como incentivar a leitura na sua instituição de educação superior, vamos reforçar a importância e os benefícios da leitura digital. É só seguir a leitura (de forma ativa) para continuar se aprofundando no tema!

Aqui cabe lembrar que a leitura digital é aquela realizada em ambiente virtual, seja a partir de celulares, tablets, computadores ou de dispositivos próprios para esta finalidade, os famosos e-readers ou leitores de livros digitais.

Outro ponto que vale trazermos aqui é que a leitura digital não se restringe a livros em si. Ela engloba também o consumo de artigos, notícias, além de textos em redes sociais, blogs e aplicativos de mensagem. 

Inclusive, o grande número de mensagens trocadas nos meios virtuais é um fator que proporciona tanto o aumento da leitura digital quanto o exercício da escrita entre os jovens.

A leitura digital pode ainda andar ao lado do uso de multimídia e hipermídia na educação. Isso significa que vale aliá-la a recursos audiovisuais e estratégias de gamificação, por exemplo.

Confira, a seguir, alguns dos principais benefícios da leitura digital no processo de construção do conhecimento!

1. A leitura digital é mais acessível para todos
2. O acesso à informação se torna mais democrático
3. As obras são constantemente atualizadas
4. Diversidade de títulos
5. Preservação do meio ambiente
6. Durabilidade das obras

1. A leitura digital é mais acessível para todos

O livro físico pode apresentar algumas dificuldades de acesso, como escassez do número de exemplares na biblioteca da IES, por exemplo. Além disso, os títulos físicos podem ser difíceis de transportar, sobretudo para os alunos que moram em locais mais distantes. A organização do acervo também representa um desafio para as IES.

Por outro lado, as obras digitais podem ser acessadas a qualquer momento, desde que se tenha conexão à internet. Onde quer que estejam, os estudantes podem consultar os livros que desejam por meio de computadores e dispositivos móveis.

Organizadas em espaço virtual, as obras podem ser facilmente encontradas, a partir de sistemas de busca com diversas possibilidades de filtro.

Outro aspecto da acessibilidade proporcionado pela leitura digital é o acesso a pessoas com deficiência. Os conteúdos digitais possuem uma série de recursos que podem apoiar esses estudantes em aspectos como ajuste de contraste e de tamanho da fonte, leitura por voz (aliás, os audiolivros estão se tornando cada vez mais populares), entre outros.

Com a falta de representatividade em espaços de estudos, proporcionar ferramentas de inclusão de estudantes com deficiência é uma forma de trazer mais diversidade ao corpo discente.  Como consequência, promove a permanência dessas pessoas no ensino e, posteriormente, a inserção de PCD no mercado.

2. O acesso à informação se torna mais democrático

Para você que pesquisa como incentivar a leitura na sua IES, saiba que outro ponto alto de oferecer um acervo digital é a possibilidade de atender a milhares de alunos ao mesmo tempo.

Além disso, a gestão dos livros digitais tem custos expressivamente menores para as instituições de educação superior, uma vez que não depende de espaço físico para armazenamento.

3. As obras são constantemente atualizadas

Outra vantagem quando falamos na oferta de um acervo digital pelas IES é terem sempre disponíveis as versões mais recentes das obras oferecidas. 

Em determinados cursos, como o de Direito, este diferencial é bastante estratégico, pois as doutrinas estudadas são revisadas com frequência, diante das alterações na legislação.

Com a atualização automática das obras no meio digital, a sua IES pode economizar consideravelmente. Também facilita a consulta: o aluno terá a certeza de que aquela obra está de acordo com as mudanças mais recentes e se sentirá preparado ao estudá-la.

4. Diversidade de títulos

Por meio de um acervo digital, é possível oferecer uma grande diversidade de títulos de forma muito mais econômica, como você já percebeu até aqui.

Além disso, os alunos têm a possibilidade de entrar em contato com mais temas, tanto pela oferta maior quanto pelos pontos de contato variados com a bibliografia e recomendações de profissionais da biblioteca e sistemas de registro.

Deste modo, os educadores podem suscitar discussões mais ricas em sala de aula e os estudantes, conectarem-se a realidades e contextos diversos. 

5. Preservação do meio ambiente

A leitura digital diminui a necessidade de produção de papel, assim como de combustível para o processo logístico de distribuição das obras. Reduz também a produção de lixo.

Sendo assim, impacta diretamente na preservação do meio ambiente.

6. Durabilidade das obras

Com o acervo digital, também não se corre o risco de que os livros sejam perdidos ou danificados. O armazenamento e acesso às obras é realizado de forma totalmente online.

Ao longo do tempo, isso gera menos gastos de manutenção, além de facilitar a organização por parte de bibliotecários.

Importância da biblioteca digital

Ao escolher uma plataforma de biblioteca digital para a sua instituição de educação superior, você oferece aos estudantes um acervo completo e totalmente online.

Neste sentido, é preciso optar por uma plataforma que apresente navegabilidade intuitiva – capaz de ajudar os alunos a encontrarem facilmente os títulos buscados – e que possibilite que a sua IES tenha liberdade para organizar as obras.

Atente-se também à frequência com que o acervo é atualizado e aos livros já disponíveis, uma vez que eles devem contemplar as indicações realizadas nas bibliografias básica e complementar dos cursos oferecidos pela sua instituição.

Outra dica é realizar o percurso que os estudantes terão que fazer para acessar as obras, no momento em que você for testar a ferramenta. Trata-se de uma maneira de garantir que ela seja, de fato, intuitiva.

Não esqueça também de se atentar ao suporte oferecido pela plataforma. É preciso assegurar-se de que a sua IES terá atendimento rápido para o esclarecimento de dúvidas durante a implementação e ao longo do uso da plataforma.

Recursos adicionais como a possibilidade de inclusão de notas e marcações durante a leitura também são bastante interessantes e devem ser levados em consideração no processo de escolha da plataforma.

Ao pesquisar como incentivar a leitura e escolher por adotar uma biblioteca digital, esta será somada à biblioteca física da sua instituição de educação superior. Deste modo, tanto o acervo da IES quanto o acesso às obras, como explicamos até aqui, serão maximizados.

Exigências do Ministério da Educação (MEC)

É preciso destacar também que, ao optar pela adoção de uma biblioteca digital, a sua instituição precisa ficar atenta às exigências ligadas à avaliação do MEC.

O decreto nº 9.325, de 2017, institui as normas para a regulação, supervisão e avaliação das IES, sendo que as bibliotecas são bastante relevantes para essa análise.

A bibliografia básica indicada no plano de ensino de todos os cursos deve estar presente na sua biblioteca digital, sempre com os títulos atualizados.

A bibliografia complementar é também de grande importância, já que os alunos encontram nela fontes-chave para o seu processo de formação. Essa bibliografia está entre os critérios avaliados pelo Ministério da Educação. Diante disso, pelo menos cinco títulos devem ser disponibilizados por unidade curricular.

O que são estratégias de leitura?

As estratégias de leitura são métodos de lidar com o texto que aumentam a frequência com que o leitor entra em contato com livros, trazem maior absorção do conteúdo e ainda abrem espaço para interpretação e pensamento crítico.

Mas, assim como outras habilidades, elas precisam ser exercitadas para se desenvolver. O leitor que pratica técnicas para aprimorar seu ganho de conhecimento é o leitor que tem um processo mais educativo e prazeroso.

Em primeiro lugar, é importante começar qualquer leitura com uma análise preditiva: o que aquele texto pode dizer? Se o leitor já tem contato com a temática daquele texto, vale pensar em como aquilo vai interagir com o conhecimento ganho. 

Se a temática for desconhecida, é uma oportunidade de tentar extrair a expectativa antes de começar.  Ao ter contato com o texto, o leitor deve despertar seu senso de curiosidade. Ao analisar a estrutura e o gênero, pode extrair não apenas aquilo que é dito, mas também o contexto com que o texto foi produzido. 

Por exemplo, uma dissertação de mestrado tem um contexto diferente de um artigo de jornal ou um livro de não-ficção.  Ao longo da leitura, é fundamental questionar: o que aquele texto traz de novo? Como isso se relaciona com outros conhecimentos? Que sentido podemos inferir dele? Que discussões podem surgir desse espaço?

Essas perguntas são norteadoras no contato com os livros, principalmente no ensino superior. Os educadores devem aproveitar para incentivar seus alunos a ir além na interação com o texto e entender o que eles significam frente ao que o curso estuda.

Portanto, as mudanças propostas neste artigo exigem dedicação e observação, mas certamente irão transformar a relação que os estudantes têm com a leitura. Com um planejamento adequado, coordenadores e docentes podem levar o apreço por esse hábito para as salas de aula.

Agora que você já sabe sobre o funcionamento de bibliotecas e recebeu dicas de como incentivar a leitura na sua IES, conheça 7 passos sobre como criar biblioteca digital!

Como motivar os alunos para a leitura?

Leia o texto até o final e confira!.
Dê o exemplo. ... .
Visite livrarias e bibliotecas. ... .
Estabeleça relações entre a leitura e os interesses da criança. ... .
Explore os mais diversos gêneros literários. ... .
Faça da tecnologia uma aliada. ... .
Faça com que a criança compreenda a importância da leitura..

Qual a melhor forma de incentivar a leitura?

Veja algumas dicas para fomentar a leitura:.
Escolha livros adequados a cada faixa etária. ... .
Torne a leitura um hábito. ... .
Visite bibliotecas e livrarias. ... .
Monte um cantinho de leitura. ... .
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Tenha a certeza de que o momento seja prazeroso. ... .
Leiam a mesma obra juntos..

Como os professores podem incentivar os alunos a serem futuros leitores?

Uma dica para estimular o gosto pela leitura em sala de aula é criar um circuito de leitura entre os alunos, onde eles possam escolher os livros que mais lhes interessa e revezar essas leituras. O professor é como um guia para seus alunos, sistematizando o saber, a partir das necessidades e desafios dos mesmos.

Como incentivar a leitura de forma divertida?

10 formas de tornar a leitura mais divertida.
Crie um cantinho da leitura. ... .
Explore o livro do início ao fim. ... .
Dê vida aos personagens. ... .
Divida os papéis. ... .
Experimente efeitos sonoros. ... .
Reviva as experiências dos livros. ... .
Convide a família toda. ... .
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