Como prevenir a infecção do trato urinário associada a cateter vesical de demora?

5 de fevereiro de 2020 por filipesoares

Como prevenir a infecção do trato urinário associada a cateter vesical de demora?
 Imprimir

Estudo sobre as ações de Enfermagem que previnem a infecção do trato urinário.


A infecção do trato urinário é caracterizada pela invasão de micro-organismos em qualquer tecido da via urinária e está no grupo dos quatro tipos mais frequentes de infecções hospitalares.

As infecções são manifestações frequentes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devido à gravidade do paciente. Maior diversidade microbiana e maior exposição a procedimentos invasivos como o cateterismo vesical. Indicado na maioria das vezes para avaliação do débito urinário, e em pacientes comatosos e sedados. Estudos comprovam que, em curto espaço de cateterismo vesical, a urina previamente estéril torna-se colonizada por bactérias. Os patógenos mais frequentemente envolvidos nas infecções urinárias dos pacientes graves associados ao cateterismo vesical são: enterobactérias.

Como prevenir a infecção do trato urinário associada a cateter vesical de demora?

Para a maioria dos pacientes internados nas UTI, a infecção urinária está relacionada ao uso do cateterismo vesical e está associada aos seguintes fatores: bacterianos, como a virulência e a aderência aos receptores uroteliais; do hospedeiro, como flora bacteriana normal, pH ácido vaginal e urinário, alta concentração de ureia, ácidos orgânicos e o ato da micção que remove as bactérias da parede vesical, bem como fatores genéticos e alterações anátomo-funcionais no trato urinário, normalmente dificultam a aderência de uropatógenos ao urotélio e encontram-se reduzidos; predisponentes, como técnicas de assepsia e de sondagem vesical, e de tempo de sondagem.

Enfermagem para prevenção de infecção do trato urinário

Diante da atuação da equipe de Enfermagem na execução do cateterismo vesical. É necessário que a gerência de Enfermagem da UTI implante medidas para minimizar a incidência e os riscos destas infecções. Prevenindo-as pelo aprimoramento técnico-científico de sua equipe, buscando um equilíbrio entre a segurança do paciente e o custo-efetividade.

Diante desses fatores que predispõe o surgimento de infecção nas UTI. É papel do(a) enfermeiro(a) adotar medidas que reduzam a incidência destas infecções. Em especial das infecções do trato urinário (ITU) relacionadas ao cateterismo vesical, por se tratar de uma prática realizada predominantemente pela Enfermagem. No contexto da multidisciplinaridade existente no ambiente da UTI, é necessário que o(a) enfermeiro(a) desenvolva um papel crucial na prevenção e combate à infecção hospitalar, pelo treinamento de sua equipe, educação continuada e melhor interação e comunicação com a equipe médica e da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de seu serviço.

Uma infecção do trato urinário associada a cateter é uma infecção do trato urinário em que a cultura positiva foi coletada quando um cateter vesical de demora permaneceu continuamente no local por > 2 dias. Pacientes com sondas vesicais estão predispostos a bacteriúria e infecções do trato urinário. Os sintomas podem ser vagos ou podem sugerir sepse. O diagnóstico depende da presença de sintomas. Os testes incluem exame de urina e cultura após remoção da sonda e inserção de uma nova. As medidas de prevenção mais eficazes são evitar a sondagem desnecessária e remover as sondas o mais rapidamente possível.

A infecção das vias urinárias podem se desenvolver em mulheres durante os dias após a remoção do cateter.

Sinais e sintomas

Pacientes com infecção do trato urinário associada a cateter podem não ter alguns dos sintomas típicos de infecções do trato urinário (disúria Disúria Disúria corresponde à micção dolorosa ou desconfortável, tipicamente uma sensação aguda de queimação. Algumas doenças podem causar dolorimento sobre a bexiga e períneo. Disúria é um sintoma... leia mais , frequência Frequência urinária A frequência urinária corresponde à necessidade de urinar várias vezes durante o dia, a noite (noctúria) ou ambos, mas com volume normal ou quase normal. A frequência pode ser acompanhada de... leia mais ), mas podem reclamar que sentem a necessidade de urinar ou desconforto suprapúbico. Mas esses sintomas de uma infecção do trato urinário do trato inferior também podem ser causados pela obstrução do cateter ou desenvolvimento de cálculos Cálculos urinários Cálculos urinários são partículas sólidas no sistema urinário. Podem causar dor, náuseas, vômitos, hematúria e, possivelmente, calafrios e febre decorrentes de infecção secundária. O diagnóstico... leia mais vesicais. Sintomas de pielonefrite Pielonefrite aguda As infecções do trato urinário bacterianas podem acometer uretra, próstata, bexiga, ou rins. Podem não existir sintomas ou pode haver frequência urinária, urgência miccional, disúria, dor na... leia mais aguda ou crônica podem também se desenvolver sem a presença de sintomas urinários típicos. Pacientes podem apresentar sintomas inespecíficos como mal-estar, febre, dor no flanco, anorexia, estado mental alterado e sinais de sepse Sepse e choque séptico A sepse é uma síndrome clínica de disfunção de órgãos com risco de vida, causada por uma resposta desregulada a infecções. No choque séptico há uma redução crítica da perfusão tecidual; pode... leia mais .

  • Exame de urina e cultura para pacientes com sintomas ou com risco de sepse

  • Pacientes com granulocitopenia

  • Pacientes que receberam transplante de órgão e que tomam imunossupressores

  • Gestantes

  • Pacientes submetidos à cirurgia urológica

Em mulheres que retiraram a sonda, recomenda-se que sejam submetidas a cultura de urina em 48 h independentemente do surgimento de sintomas.

  • Antibióticos

Pacientes assintomáticos de baixo risco não são tratados. Pacientes sintomáticos e alto risco são tratados com antibióticos e medidas de suporte. O cateter deve ser substituído quando o tratamento começa. A escolha do antibiótico empírico é a mesma que para pielonefrite aguda Pielonefrite aguda As infecções do trato urinário bacterianas podem acometer uretra, próstata, bexiga, ou rins. Podem não existir sintomas ou pode haver frequência urinária, urgência miccional, disúria, dor na... leia mais . Às vezes, vancomicina é acrescentada ao regime. Subsequentemente, os antibióticos com o espectro mais estreito de atividade, com base na cultura e testes de sensibilidade, devem ser utilizados. A duração ideal não está bem estabelecida, mas 7 a 14 dias são razoáveis em pacientes que tiveram uma resposta clínica satisfatória, incluindo o desaparecimento das manifestações sistêmicas.

Mulheres e homens assintomáticos com remoção recente de sonda e que apresentem infecções do trato urinário diagnosticadas por cultura de urina devem ser tratados de acordo com os resultados da cultura. A duração ideal do tratamento não é conhecida.

As medidas mais eficazes para prevenção são evitar a sondagem e remover a sonda o mais rapidamente possível. Também reduzem o risco a otimização da técnica asséptica e a manutenção de um sistema fechado de drenagem. A frequência e mesmo quando trocar rotineiramente os cateteres são desconhecidos. Cateterismo intermitente tem menos riscos do que o uso de um cateter permanente e deve ser usado sempre que possível. A profilaxia antibiótica e cateteres revestidos com antibióticos não são mais recomendados para pacientes que exigem cateteres de demora a longo prazo.

  • O uso prolongado de cateteres urinários de demora aumenta o risco de bacteriúria, embora a bacteriúria geralmente seja assintomática.

  • A infecção do trato urinário sintomática pode se manifestar com sintomas sistêmicos (p. ex., febre, estado mental alterado, diminuição da pressão arterial) e nenhum ou poucos sintomas típicos de uma infecção do trato urinário.

  • Fazer exame e cultura de urina se os pacientes tiverem sintomas ou estiverem com risco de sepse (p. ex., por causa de imunocomprometimento)

  • Tratar de forma semelhante a outras infecções do trato urinário complicadas.

  • Sempre que possível, evitar o uso de cateteres ou removê-los na primeira oportunidade.

Clique aqui para acessar Educação para o paciente

OBS.: Esta é a versão para profissionais. CONSUMIDORES: Clique aqui para a versão para a família

Como prevenir a infecção do trato urinário associada a cateter vesical de demora?

Direitos autorais © 2022 Merck & Co., Inc., Rahway, NJ, EUA e suas afiliadas. Todos os direitos reservados.

Como prevenir a infecção do trato urinário associada a cateter vesical de demora?

Como prevenir a infecção do trato urinário associada a cateter vesical de demora?

Como prevenir a infecção do trato urinário associada a cateter vesical de demora?

Quais as medidas de prevenção da infecção associada ao cateter vesical?

Manter o fluxo de urina desobstruído; Esvaziar a bolsa coletora regularmente; Manter sempre a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga; Não realizar irrigação do cateter com antimicrobianos nem usar antissépticos tópicos ou antibióticos aplicados ao cateter, uretra ou meato uretral.

Quais as principais medidas para prevenção da infecção do trato urinário?

necessário elevar a bolsa acima do nível da bexiga. Utilizar sistema fechado e estéril com válvula antirrefluxo. mesmas não estiverem visivelmente sujas; ✓ O uso de luvas não substitui a necessidade de higiene das mãos. usar antissépticos tópicos ou antibióticos aplicados ao cateter, uretra ou meato uretral.

Quais cuidados devem ser adotados para evitar infecção do trato urinário em pacientes com sonda vesical instalada?

Calçar luva estéril; Conectar sonda ao coletor de urina (atividade), testando o balonete (sistema fechado com sistema de drenagem com válvula anti-refluxo); Realizar a antissepsia da região perineal com solução padronizada, partindo da uretra para a periferia (região distal);

Quais são os cuidados essenciais a um paciente em uso do cateter vesical de demora?

Orientações de alta ao paciente em uso de Sonda Vesical de Demora.
Lava bem as mãos com água e sabão antes e depois de manusear a sonda..
Sempre deixar sua sonda presa na coxa com fita (esparadrapo ou micropore) para que não ocorra tracionamento da mesma..
Nunca deixar a bolsa coletora no chão..