Consequências de infecção urinária na gravidez

Enviado por siat em sex, 23/03/2012 - 14:56

 
ITUs podem aumentar risco de nascimento prematuro, baixo peso ao nascer e de desenvolvimento de asma na infância

Investigadores do The Research Institute at Nationwide Children' s Hospital, nos Estados Unidos, relatam o desenvolvimento de um modelo de rato que tem seu desenvolvimento afetado negativamente por uma infecção no trato urinário da mãe, uma ocorrência também verificada em humanos. Utilizando o primeiro modelo da espécie, os pesquisadores identificaram proteínas no sangue que podem indicar se esta infecção tem potencial para prejudicar o crescimento fetal.

Quase a metade das mulheres são afetadas por infecções do trato urinário (ITU). Embora a maioria das ITUs raramente causem complicações na população em geral, tais condições durante a gravidez podem afetar o desenvolvimento do feto, aumentando o risco de nascimento prematuro, baixo peso ao nascer e de desenvolvimento de asma na infância. A indicação é que mulheres grávidas realizem teste de rotina para ITUs durante o primeiro teste de gestação, sobretudo aquelas com alto risco para as condições.
Modelos de ratos têm sido úteis na compreensão das alterações imunológicas que ocorrem durante a gravidez quando a mãe desenvolve uma infecção no útero. No entanto, não existe modelo animal para mostrar como os efeitos colaterais de uma infecção localizada fora do útero, como a inflamação da bexiga causada por uma infecção no trato urinário pode afetar o feto em desenvolvimento.
"Observações que uma infecção isolada do trato urinário está associada a resultados perinatais adversos têm sido verificadas", diz a líder do estudo Sheryl S. Justice. "Os efeitos que a inflamação da bexiga e outros sintomas de infecção têm sobre a gravidez ainda não foram totalmente caracterizados em humanos", continua. Segundo ela, ainda não existem biomarcadores de confiança para indicar se do trato urinário infectado de mulheres grávidas coloca seus bebês em risco.
Para analisar esse cenário, a equipe de Sheryl estudo modelos de ratos com infecção do trato urinário que estavam grávidas. Devido ao curto período gestacional destes animais, eles foram incapazes de observar parto prematuro em condições experimentais. No entanto, a prole das ratas estudadas apresentaram até 80% de diminuição do peso fetal quando comparada a prole de ratas não infectadas.
Amostras de sangue mostraram diferenças significativas em proteínas pró-inflamatórias entre mães infectadas e mães não infectadas dias antes do parto. "A resposta inflamatória no útero era mais grave do que no rim, sugerindo que o tecido da placenta pode ser mais suscetível a alterações no estado imunológico do que outros órgãos próximos", diz a pesquisadora.
O peso mais baixo prole correlacionada com os mais altos níveis séricos da proteína inflamatória IL-6. "Nossos resultados sugerem fortemente que níveis séricos de IL-6 pode estar ligada a um fraco crescimento do bebê dentro do útero", diz Sheryl, que continua: "estamos agora posicionada para investigar essas proteínas como potenciais biomarcadores que podem ter valor preditivo para identificar feto em risco de parto prematuro induzido por ITUs"

Publicação: 22/03/12
Fonte: Isaúde.net

Consequências de infecção urinária na gravidez
Engravidar eleva ainda mais a propensão das mulheres à infecção urinária Foto: Alex Silva. Ilustração: Daniel Almeida/SAÚDE é Vital

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As infecções urinárias afetam até 10% das grávidas e cobram extrema cautela nessa fase. Isso porque estão entre as causas de parto prematuro. “A gestação interfere na imunidade da mulher e provoca alterações anatômicas, com o útero pressionando a bexiga. São fatores que predispõem à cistite”, explica a ginecologista Mariana Maldonado, do Rio de Janeiro.

Mulheres com histórico de infecções prévias devem alertar seus médicos para monitorar as bactérias na urina durante todo o pré-natal. A cistite nesse período pode não apresentar sintomas, o que dificulta a detecção.

Feito o diagnóstico, o tratamento deve ser iniciado imediatamente: existem antibióticos seguros para gestantes. Nos quadros assintomáticos, há ainda a opção de recorrer a suplementos de vitamina C, que deixam a urina e a região menos propícias à proliferação dos micro-organismos.

4 dicas para prevenir a infecção urinária na gestação

1. Mantenha o pré-natal em dia
A recomendação é fazer exames de urina pelo menos três vezes nesse período.

2. Converse com seu médico
Compartilhe se sentir ardência ou dor ao urinar para apurar o motivo.

3. Não adie a ida ao banheiro
Fazer xixi com maior regularidade reduz o risco de infecções na região.

4. Invista nas frutas cítricas e outras fontes de vitamina C
Esse nutriente torna a urina mais alcalina, algo desconfortável para bactérias.

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É perigoso grávida ter infecção urinária?

Segundo o Ministério da Saúde, a infecção urinária ocorre em 17 a 20% das gestações e se associa a complicações mais graves, como sepse materna, que pode colocar a saúde da mãe e do bebê em risco.

Como saber se a infecção urinária está grave na gravidez?

Portanto, é fundamental ficar atenta aos seguintes sinais:.
dor ou sensação de queimação ao urinar;.
sensação de não conseguir esvaziar a bexiga;.
vontade frequente e repentina de urinar, apresentando baixa quantidade;.
urina turva ou com sangue;.
desconforto na região da bexiga;.

O que provoca infecção urinária na gestação?

As principais causas da infecção urinária durante a gravidez O aumento do fluxo sanguíneo na gravidez — o volume de sangue pode aumentar até 50% — favorece a contaminação do rim por germes e bactérias presentes no organismo.

Quais são as consequências de uma infecção urinária?

Se não tratada, a infecção urinária pode causar outras complicações como a infecção dos rins, chamada de pielonefrite, ou até mesmo, evoluir para casos de septicemia, a infecção generalizada.