O que a rizosfera e por que é considerada o paraíso dos microrganismos?

Qual a definição de rizosfera?

A rizosfera refere-se à região do solo influenciada pelas raízes, com máxima atividade microbiana. O crescimento das plantas é controlado substancialmente pelo solo na região radicular, um ambiente que a própria planta ajuda a criar e onde a atividade microbiana associada exerce diversas atividades benéficas.

Qual a função da rizosfera?

O efeito da rizosfera é importante em função do potencial de redução de resíduos de pesticidas, devido tanto ao cometabolismo por populações microbianas, como também pelo catabolismo dos xenobióticos para o uso como fonte de C e de energia.

O que é rizosfera quais os elementos que a compõe?

A rizosfera é a região onde o solo e as raízes das plantas entram em contato. Na rizosfera as bactérias são os microrganismos predominantes. … O crescimento bacteriano é estimulado por nutrientes como aminoácidos e vitaminas liberadas do tecido radicular.

Qual o papel da rizosfera na absorção de nutrientes?

Já na rizosfera há maior concentração de nutrientes orgânicos provindos das raízes, que favorecem, e muito, o crescimento de microrganismos (Figura 1); todavia, em solos argilosos essa influência se limita a cerca de 2 mm em torno das raízes (49), podendo ser mais abrangente em solos arenosos ou desérticos.

Onde está localizada a rizosfera?

A região do solo onde as raízes das plantas se desenvolvem, pouco abaixo da superfície, é chamada rizosfera.

Por que a rizosfera é considerada o paraíso dos microrganismos?

Os organismos podem ser divididos em dois grandes grupos: os procariotos e os eucariotos. … A rizosfera é considerada o paraíso dos organismos, em função do contínuo aporte de matéria orgânica, que pode variar quantitativa e qualitativamente, dependendo da espécie vegetal, do tipo de solo e de fatores climáticos.

Quais organismos vivem na rizosfera?

Alguns dos gêneros mais representativos encontrados na rizosfera das plantas cultivadas são: Alternaria, Aspergillus, Acaulospora, Fusarium, Gigaspora, Glomus, Mucor, Penicillium, Pythium, Rhizoctonia, Scutellospora (Siqueira e Franco, 1988).

Por que na rizosfera existe uma maior população de microrganismos?

Geralmente na rizosfera há uma maior predominância de bactérias, devido à liberação do tecido radicular de substâncias como carboidratos, vitaminas, aminoácidos e enzimas.

Por que a rizosfera é um habitat mais favorável para comunidade microbiana?

A presença das raízes e as modificações físicas e químicas que elas produzem criam um ecossistema especializado, onde o crescimento das populações na comunidade microbiana pode ser beneficiado ou inibido.

Qual a forma de N com maior poder de acidificação da rizosfera?

O nitrogênio na forma amoniacal pode ser absorvido pelas plantas e auxiliar na acidificação da rizosfera. Neste aspecto, a sua utilização pode ser avaliada como vantagem, pela possibilidade de aumentar a eficiência na utilização de fosfatos, por exemplo, cuja disponibilidade é influenciada pela diminuição do pH.

Quais seres habitam a rizosfera?

Um fenômeno característico da rizosfera é a associação de bactérias e fungos com as raízes das plantas. Muitos micro-organismos existentes nessa parte do solo aderem às raízes e estabelecem com as plantas uma relação mutuamente vantajosa (uma simbiose).

Onde podem ser encontrados os microorganismos?

Os microrganismos podem ser encontrados em qualquer lugar, na água, no solo, na pele e no trato digestivo de animais. A flora intestinal saudável, por exemplo, é formada por bilhões de microrganismos. Em locais que foram esterilizados não existem esses seres, já que esse processo destrói as formas de vida microbiana.

Por que os Micro-organismos possuem uma enorme diversidade metabólica?

Esta enorme diversidade e viabilizada por alguns processos e vias metabólicas que só existem nos microrganismos. Estes seres conseguem desenvolver processos bioquímicos e viabilizar a vida em ambientes outrora considerados com incapazes de a manter.

Porque existe diversidade de microrganismos?

Em virtude da sua longa história evolutiva e da necessidade de adaptação aos mais distintos ambientes, os microrganismos acumularam uma impressionante diversidade genética, que excede, em muito, a diversidade dos organismos eucariontes (Ward, 1998; Hunter-Cevera, 1998).

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O que a rizosfera e por que é considerada o paraíso dos microrganismos?

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Em 1904, o agrônomo alemão e fisiologista de plantas Lorenz Hiltner foi o primeiro autor a utilizar o termo “rizosfera” para descrever a interface da raiz da planta com o solo (HILTNER, 1904). Hiltner descreveu a rizosfera como uma área em torno da raiz da planta habitada por uma comunidade microbiana que é influenciada por compostos químicos liberados pela raiz da planta. 
Estabeleceu que a rizosfera é a zona de influencia das raízes que vai desde sua superfície ate uma distancia de 1 a 3 mm. 
Além disso, Hiltner previu que bactérias benéficas são atraídas pelos exsudatos radiculares, mas que há também os “não convidados”, que se ajustam metabolicamente ao uso dos exsudatos liberados pela planta.
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Estrutura da rizosfera
A região da rizosfera é composta por três zonas que são didaticamente definidas com base na proximidade em relação à raiz: i) endorrizosfera que inclui porções do córtex e endoderme (espaço apoplástico) até o rizoplano, tendo cerca de 10 micrometros; ii) rizoplano é a zona medial adjacente à raiz incluindo a epiderme e a mucilagem, sendo considerada a zona limítrofe, com apenas 1 micrometor de espessura e iii) ectorrizosfera que se estende para fora a partir do rizoplano, tendo em torno de 20 micrometros a partir da superfície da raiz. 
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Função da rizosfera
Nos solos, as raízes da planta crescem e secretam uma matriz diversificada de exsudatos orgânicos que estimulam o crescimento de comunidades microbianas presentes na rizosfera. A microbiota dos solos é carente de carbono, ou seja, faltam compostos orgânicos energéticos para sua nutrição. As plantas, porém, secretam até 40% dos seus fotossintatos na rizosfera elevando a densidade da população microbiana na rizosfera em relação ao solo, e este fenômeno é conhecido como “efeito rizosférico”.
A abundância e diversidade microbiana está ativamente envolvida no desenvolvimento vegetal, catabolizando a matéria orgânica, e atuando na mineralização de nutrientes, na fixação de nitrogênio, na proteção contra pragas e controle de patógenos (Inúmeros estudos revelaram que determinados táxons ou grupos de microrganismos possuem a capacidade de suprimir doenças na rizosfera (GARBEVA et al., 2004; MENDES et al., 2011). A descrição deste processo faz com que o mesmo possa ser melhor explorado em benefício da agricultura. Uma das explicações deste processo está embasada no fato de que um aumento da abundância microbiana dá origem a uma microbiota estável, não permitindo a multiplicação intensa de agentes patogênicos e, consequentemente, protegendo a planta (MARON et al., 2010; MENDES et al., 2011). Este fenômeno é conhecido como supressão geral de doença e esta atividade é atribuída à microbiota total). 
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As raízes das plantas, além da função de sustentação, absorção de água e nutrientes, também produzem exsudatos radiculares. Esses compostos são substâncias produzidas pelas plantas e liberadas na rizosfera.
Esses compostos são liberados, ativa ou passivamente, durante todas as fases do desenvolvimento das plantas, em quantidades e composições diversas, dependendo de vários fatores, como a espécie da planta e as condições de estresse às quais são submetidas.
 
Os compostos exsudatos incluem a secreção de íons, oxigênio livre, água, enzimas, mucilagem e uma diversidade de metabólitos primários e secundários com carbono na sua composição.
Os principais compostos exsudados são os carboidratos, os ácidos orgânicos e os aminoácidos, que são liberados passivamente, ao longo de um gradiente de concentração (Tabela).
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A liberação de exsudados se inicia a partir da liberação de compostos pelas sementes quando essas são plantadas. Em resposta aos exsudados das sementes, os microrganismos aderem à superfície radicular e colonizam o sistema radicular em desenvolvimento.
Tem a função principal de disponibilizar variadas fontes de carbono, influenciando diretamente na proliferação de comunidades particulares de microrganismos.
A exsudação radicular faz parte da rizodeposição processo que é uma importante fonte de carbono orgânico do solo liberado pelas raízes das plantas. A quantidade e qualidade dos exsudados radiculares é determinada por espécies de plantas, a idade de uma planta individual e fatores externos, como estressores bióticos e abióticos. Exsudação da raíz representa claramente um custo significativo de carbono para a planta.
Este composto tem demonstrado atividade antimicrobiana contra vários patógenos de solo, sendo que os microrganismos de solo utilizam a fonte de carbono liberada pela raízes. Assim, a secreção de compostos específicos podem incentivar relações simbióticas ou podem inibir associações patogênicas. 
Em leguminosas os flavonoides exsudados contribuem para a ativação de genes em rizóbios, induzindo a formação dos nódulos nas raízes.
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Dessa forma, muitos estudos têm mostrado que rizosferas diferentes possuem comunidades microbianas diferentes, provavelmente devido aos diferentes padrões de exsudação.
Entretanto, sabe-se que a proporção e a composição desses compostos são influenciadas por diversos fatores como a espécie vegetal e estádio fenológico da planta, as condições fisiológicas, a idade da planta, os impedimentos mecânicos ao crescimento da raiz, a condição nutricional e os fatores ambientais. Sob condições de estresse hídrico e nutricional há um incremento na liberação de exsudatos radiculares. Tem sido demonstrado que pode haver diferenças quanto à liberação de exsudatos dentro da mesma espécie. Alguns autores relatam que vários genótipos influenciam a comunidade microbiana presente nas raízes, em razão da diferença na sinalização eliciada, principalmente, se estiver sob uma situação de estresse.
Em um estudo com exsudatos e sua influência nas comunidades rizosféricas concluíram que, dos compostos exsudados, o ácido oxálico induziu maior número de mudanças nos grupos de bactérias que habitam o ambiente rizosférico, comparado à glicose. Isso seria devido ao fato de que a glicose é decomposta por um maior número de microrganismos, em oposição ao ácido oxálico, que, por ser utilizado por um número mais restrito de espécies microbianas, modificou os grupos de microrganismos presentes na rizosfera. Consequentemente, observaram que a glicose – e não o ácido oxálico – é usada pela maioria das comunidades bacterianas do solo. Constataram também que a atividade microbiana e a composição da comunidade dependem do “pool” de compostos orgânicos de baixo peso molecular, principalmente na rizosfera.
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A exsudação radicular faz parte da rizodeposição processo que é uma importante fonte de carbono orgânico do solo liberado pelas raízes das plantas. A quantidade e qualidade dos exsudados radiculares é determinada por espécies de plantas, a idade de uma planta individual e fatores externos, como estressores bióticos e abióticos. Exsudação da raíz representa claramente um custo significativo de carbono para a planta. Mas além disso, a rizosfera é capaz de fornecer ao solo carbono a partir de diferentes fontes.
Fontes de C da rizosfera:
Morte de células da coifa e das extremidades radiculares;
 Secreção de mucilagem insolúvel;
Secreção de exsudatos solúveis;
Secreção de C orgânico volátil (CO2);
Simbiontes;
Morte ou lise de células da epiderme e córtex radicular.
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Composição microbiana
A rizosfera é um paraiso dos microrganismos. A abundância microbiana presente na rizosfera é alta, em torno de 109 células por grama de solo, sendo esta composta por milhares de espécies microbianas. Devido não só a quantidade, mas também a diversidade de compostos organicos depositados na rizosfera, assim como ao ambiente físico-químico, a quantidade de diversos microrganismos na rizosfera pode exceder mais de mil vezes aquela do solo não rizosferico. Devido ao efeito rizosferico, a medida que a distancia da rizosfera diminui, aumenta a incidência de organismos dos mais diferentes grupos como bactérias, actinomicetos e fungos.

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O que é rizosfera Qual é a sua importância para os microrganismos do solo?

Rizosfera: refere-se à região do solo influenciada pelas raízes, com máxima atividade microbiana. O crescimento das plantas é controlado substancialmente pelo solo na região radicular, um ambiente que a própria planta ajuda a criar e onde a atividade microbiana exerce diversas atividades benéficas.

O que é rizosfera e qual sua importância?

Rizosfera é uma zona em que ocorre diversas alterações microbianas, aumento da atividade e número de organismos e interações complexas entre plantas e microrganismos. Um fenômeno característico da rizosfera é a associação de bactérias e fungos com as raízes das plantas.

Por que os microrganismos colonizam a rizosfera?

A rizosfera tem o poder de aumentar a população de microrganismos, controlar o pH do solo liberando íons de hidrogênio, influenciar nas interações microbianas, além de elevar a disponibilidade de nutrientes.

Quanto a rizosfera é correto afirmar que ela é definida como a?

Quanto à rizosfera, é correto afirmar que ela é definida como a. região do solo que recebe influência direta das raízes, possibilitando proliferação microbiana.