O que acontece quando a concentração de gás carbônico no sangue está alta?

Hematose é o nome dado às trocas gasosas que ocorrem nas superfícies respiratórias dos seres vivos. Nos seres humanos, a hematose ocorre nos pulmões, mais precisamente nos alvéolos pulmonares.

Nos alvéolos, acontece a remoção do gás carbônico e a incorporação de oxigênio no sangue, transformando o sangue venoso em arterial. Após a hematose, o sangue segue para o coração e é bombeado para diferentes partes do corpo, garantindo que o oxigênio chegue a todas as células.

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Resumo sobre hematose

  • Hematose são trocas gasosas que ocorrem, nos seres humanos, nos alvéolos pulmonares.

  • Nos alvéolos, acontece a difusão do oxigênio do ar para o sangue e a difusão do gás carbônico presente no sangue para os alvéolos.

  • A depender do tipo de respiração que o animal realiza, temos a hematose branquial, a pulmonar, a cutânea e a traqueal.

  • A hematose branquial ocorre nas brânquias; a pulmonar, nos pulmões; a cutânea, na superfície do corpo do animal; e a traqueal, nas traqueias.

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O que é hematose?

Hematose é um processo que pode ser definido, de maneira simplificada, como a remoção do gás carbônico e a incorporação de oxigênio no sangue, levando à transformação do sangue rico em gás carbônico (venoso) em sangue rico em oxigênio (arterial).

→ Tipos de hematose

Alguns autores definem a hematose como trocas gasosas que ocorrem no nível das superfícies respiratórias por meio da difusão. Desse modo, a depender do tipo de respiração que o animal realiza, temos:

  • Hematose branquial: ocorre tipicamente em animais aquáticos, e a troca gasosa é observada entre o sangue e as brânquias.

  • Hematose pulmonar: ocorre em seres humanos, e a troca gasosa é observada em estruturas denominadas pulmões, mais precisamente nos alvéolos pulmonares.

  • Hematose cutânea: ocorre a troca gasosa entre o sangue e a superfície do corpo do animal, e pode ser observada, por exemplo, em anfíbios e anelídeos.

  • Hematose traqueal: ocorre a troca gasosa em estruturas chamadas de traqueias, e pode ser observada em insetos.

Onde ocorre a hematose?

Como mencionado, a hematose ocorre em diferentes locais a depender do animal estudado, podendo ser nas brânquias, nos pulmões, na pele e nas traqueias. Nos seres humanos, ocorre nos pulmões, mais precisamente nos alvéolos pulmonares.

Os alvéolos pulmonares são estruturas que lembram pequenas bolsas, e suas paredes são formadas por uma camada epitelial fina, a qual se apoia em tecido conjuntivo, no qual se observa uma grande quantidade de capilares. A troca gasosa nos alvéolos é facilitada pelo fato de as paredes dos capilares e dos alvéolos serem formadas por apenas uma camada de células e o sangue circular lentamente nesse local.

Como ocorre a hematose pulmonar?

A hematose pulmonar ocorre ao nível dos alvéolos pulmonares e garante a transformação de sangue com elevada concentração de gás carbônico em um sangue rico em oxigênio. O ar atmosférico chega até os pulmões por meio do sistema respiratório. Assim, o ar percorre o seguinte caminho no nosso corpo:

  • cavidade nasal;

  • faringe;

  • laringe;

  • traqueia;

  • brônquios;

  • bronquíolos;

  • alvéolos pulmonares.

O que acontece quando a concentração de gás carbônico no sangue está alta?
 A hematose pulmonar ocorre nos alvéolos pulmonares.

O ar que chega aos alvéolos está rico em oxigênio, enquanto o sangue presente nos capilares está rico em gás carbônico. Ocorre então a difusão do oxigênio do ar presente nos alvéolos para o sangue e a difusão do gás carbônico presente no sangue para os alvéolos. Após a troca gasosa, o sangue segue em direção ao coração para ser bombeado para todo o corpo e o gás carbônico é liberado para o meio via expiração.

O monóxido de carbono é um gás incolor e inodoro que é produzido quando muitos materiais são queimados e pode ser tóxico quando respirado em grandes quantidades

  • A intoxicação por monóxido de carbono é comum.

  • Os sintomas podem incluir dor de cabeça, enjoos, sonolência e confusão.

  • O diagnóstico é baseado em exames de sangue.

  • Detectores de monóxido de carbono, ventilação adequada de caldeiras e outras fontes de combustão interior, além de não permitir que um automóvel seja mantido em funcionamento em um espaço fechado (por exemplo, uma garagem fechada), ajudam a prevenir a intoxicação por monóxido de carbono.

  • O tratamento inclui ar fresco e altas concentrações de oxigênio, às vezes usando uma câmara de oxigênio hiperbárica (de alta pressão).

O monóxido de carbono inalado se liga à hemoglobina, a proteína dos glóbulos vermelhos que confere ao sangue sua cor vermelha e permite que ele transporte oxigênio. O monóxido de carbono impede que o sangue transporte oxigênio e, como resultado, os tecidos do corpo não recebem oxigênio suficiente. Uma quantidade reduzida não costuma ser prejudicial; no entanto, resulta numa intoxicação quando as concentrações de monóxido de carbono no sangue se tornam muito elevadas. O monóxido de carbono é expelido dos pulmões e desaparece do sangue após várias horas.

É normal que a fumaça dos incêndios contenha monóxido de carbono, especialmente quando a combustão de combustíveis é incompleta. A intoxicação por monóxido de carbono pode ser causada pela ventilação indevida de automóveis, grelhas, aquecedores a gás ou a querosene e elétricos (incluindo os fornos de queima de aglomerados de madeira e carvão). Por exemplo, quando o cano de escapamento de um carro em movimento é bloqueado por acúmulo de neve ou outro objeto, os níveis de monóxido de carbono sobem rapidamente dentro do carro e podem ser fatais. A inalação do fumo de tabaco provoca monóxido de carbono no sangue, mas não o suficiente para causar sintomas de intoxicação.

Uma intoxicação leve por monóxido de carbono causa dor de cabeça, enjoos, tontura, dificuldade de concentração, vômitos, sonolência e falta de coordenação. A maior parte das pessoas que sofrem uma intoxicação leve por monóxido de carbono recupera-se rapidamente quando se expõe ao ar fresco.

Uma intoxicação moderada ou grave por monóxido de carbono causa falta de discernimento, confusão, inconsciência, convulsões, dor no peito, falta de ar, pressão arterial baixa e coma. Sob este efeito, a maior parte das vítimas não é capaz de se mover e deve ser socorrida.

Muitas vezes, a intoxicação grave por monóxido de carbono é fatal. Raramente, nas semanas seguintes à recuperação aparente de uma intoxicação grave por monóxido de carbono, surgem sintomas como perda de memória, falta de coordenação, distúrbios de locomoção, depressão e psicose (que são conhecidos como sintomas neuropsiquiátricos tardios).

O monóxido de carbono é perigoso, pois a pessoa pode não reconhecer a sonolência como sintoma de intoxicação. Assim, alguém com uma intoxicação leve pode dormir e continuar a respirar monóxido de carbono até que ocorra um envenenamento grave ou morte. Algumas pessoas com intoxicação leve por monóxido de carbono devido a uma exposição prolongada, causada por caldeiras ou aquecedores, podem confundir seus sintomas com os de outras doenças, como a gripe ou outras infecções virais.

  • Exame de sangue

A intoxicação por monóxido de carbono é diagnosticada pela dosagem da concentração de monóxido de carbono no sangue.

Como os sintomas podem ser vagos e variáveis, uma intoxicação leve por monóxido de carbono pode ser confundida com gripe. Se pessoas de uma mesma residência, principalmente uma residência aquecida, todos apresentarem sintomas gripais vagos, os médicos podem suspeitar que a causa seja exposição a monóxido de carbono.

Para prevenir uma intoxicação, fontes de combustão no interior das casas, como o aquecimento a gás e aquecedores que queimam madeira, é necessária uma instalação com ventilação adequada. Se não for possível este tipo de ventilação, uma janela aberta pode limitar o acúmulo de monóxido de carbono, permitindo que este escape do edifício. Os tubos de ventilação colocados em fornos e outros aparelhos de calefação requerem inspeções periódicas para se detectarem fendas e fugas.

Comercializam-se detectores químicos domésticos que podem identificar o monóxido de carbono no ar, bem como alarmes sonoros que são ativados em sua presença. Se existir suspeita de monóxido de carbono em uma casa, as janelas devem ser abertas e a casa deve ser evacuada e a origem do monóxido de carbono deve ser detectada. A vigilância constante com detectores pode permitir, portanto, detectar o monóxido antes que ocorra uma intoxicação. Como ocorre com detectores de fumaça, recomenda-se detectores de monóxido de carbono em todas as casas.

  • Ar fresco

  • Oxigênio suplementar

  • Possivelmente oxigênio hiperbárico

O seguinte é um recurso em inglês que pode ser útil. Vale ressaltar que O MANUAL não é responsável pelo conteúdo deste recurso.

  • American Association of Poison Control Centers: Representa os centros antiveneno sediados nos EUA que fornecem serviços gratuitos e confidenciais (24/7) através da Linha de ajuda contra envenenamento (1-800-222-1222)

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O que acontece quando a concentração de gás carbônico no sangue está alta?

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O que o gás carbônico causa no corpo humano?

Quando expelidas em grandes quantidades, as partículas mais grossas ficam retidas no nariz e garganta, podendo provocar incomodo, irritação nos olhos, narinas, além de facilitar a instalação de doenças no organismo como: gripe, renite alérgica, bronquite alérgica a poeira e asma.

O que significa gás carbônico no sangue?

O gás carbônico é constantemente produzido pelas células durante o metabolismo celular (respiração celular), gerando uma diferença de concentração entre o interior da célula e seu exterior (espaço intercelular ou interstícios), e uma consequente difusão desse gás carbônico para o líquido intersticial.

Porque o aumento de gás carbônico pode aumentar a frequência respiratória?

O aumento na quantidade de CO2 no sangue aumenta o nível de acidez do plasma sanguíneo, o que excita o centro respiratório, levando ao aumento da frequência respiratória. A frequência respiratória aumenta quando a concentração de CO2 no sangue é grande.