O que houve com a economia açucareira durante a presença holandesa no Nordeste?

Questão 1

(ENEM)

No principio do século XVII, era bem insignificante e quase miserável a Vila de São Paulo. João de Laet davalhe 200 habitantes, entre portugueses e mestiços, em 100 casas; a Câmara, em 1606, informava que eram 190 os moradores, dos quais 65 andavam homiziados*. (*homiziados: escondidos da justiça). Nelson Werneck Sodré. Formação histórica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1964.

Na época da invasão holandesa, Olinda era a capital e a cidade mais rica de Pernambuco. Cerca de 10% da população, calculada em aproximadamente 2.000 pessoas, dedicavam-se ao comercio, com o qual muita gente fazia fortuna. Cronistas da época afirmavam que os habitantes ricos de Olinda viviam no maior luxo. Hildegard Féist. Pequena história do Brasil holandês. São Paulo: Moderna, 1998 (com adaptações).

Os textos acima retratam, respectivamente, São Paulo e Olinda no início do século XVII, quando Olinda era maior e mais rica. São Paulo é, atualmente, a maior metrópole brasileira e uma das maiores do planeta. Essa mudança deveu-se, essencialmente, ao seguinte fator econômico:

a) maior desenvolvimento do cultivo da cana-de-açúcar no planalto de Piratininga do que na Zona da Mata Nordestina.

b) atraso no desenvolvimento econômico da região de Olinda e Recife, associado à escravidão, inexistente em São Paulo.

c) avanço da construção naval em São Paulo, favorecido pelo comércio dessa cidade com as Índias. d) desenvolvimento sucessivo da economia mineradora, cafeicultora e industrial no Sudeste.

e) destruição do sistema produtivo de algodão em Pernambuco quando da ocupação holandesa.

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Questão 2

Com o fim da União Ibérica e a reconquista de Pernambuco por parte dos portugueses, os holandeses passaram a montar o seu campo de cultivo de cana-de-açúcar:

a) na Argentina.

b) no Peru.

c) nas ilhas japoneses.

d) nas ilhas Antilhas, na América Central.

e) nas ilhas Polinésias.

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Questão 3

(Mackenzie) (...) o número de refinarias, na Holanda, passara de 3 ou 4 (1595) para 29 (1622), das quais 25 encontravam-se em Amsterdã, que se transformara no grande centro de refino e distribuição do açúcar na Europa. (Elza Nadai e Joana Neves). A respeito do aumento de interesse, por parte dos holandeses, não apenas na refinação do açúcar brasileiro, mas também no transporte e distribuição desse produto nos mercados europeus, acentuadamente no século XVII, é correto afirmar que:

a) com a União Ibérica (1580-1640), os holandeses desejavam conquistar militarmente o litoral nordestino para obter postos estratégicos na luta contra a Espanha.

b) a ocupação de Salvador, em 1624, por tropas flamengas, foi um sucesso, do ponto de vista militar, para diminuir o poderio de Filipe II, rei da Espanha.

c) a criação da Companhia das Índias Ocidentais foi responsável pela conquista do litoral ocidental da África, do nordeste brasileiro e das Antilhas, visando obter mão de obra para as lavouras antilhanas.

d) o domínio holandês, no nordeste brasileiro, buscava garantir o abastecimento de açúcar, controlando a principal região produtora, pois foi graças ao capital flamengo que a empresa açucareira pôde ser instalada na colônia.

e) a Companhia das Índias Ocidentais, em 1634, na luta pela conquista do litoral nordestino, propõe a proteção das propriedades brasileiras submetidas à custódia holandesa, porém, em troca, os brasileiros não poderiam manter sua liberdade religiosa.

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Questão 4

Uma das principais contribuições para as cidades pernambucanas de Olinda e Recife, provocada pela movimentação econômica em torno da administração holandesa dos engenhos de açúcar, foi:

a) a reforma urbana, promovida pelo governo de Maurício de Nassau.

b) o desenvolvimento de grandes corporações de manufatura têxtil.

c) a criação de usinas hidrelétricas.

d) a transformação dessas cidades em grandes centros de expedições de bandeirantes.

e) a incorporação de ex-escravos às usinas de açúcar, como sócios.

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Respostas

Resposta Questão 1

Letra D

O desenvolvimento da mineração, da cafeicultura e da indústria no Sudeste transferiu a opulência econômica do Nordeste (cujo auge ocorreu na segunda metade do século XVII), em especial da cidade pernambucana de Olinda, para cidades como Ouro Preto (em um primeiro momento, no século XVIII), São Paulo e Rio de Janeiro.

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Resposta Questão 2

Letra D

Após os portugueses expulsarem os holandeses de Pernambuco com ajuda dos nativos, a Companhia das Índias Ocidentais instalou suas plantações e usinas de açúcar nas ilhas Antilhas, na América Central, oferecendo, assim, uma concorrência implacável contra o açúcar brasileiro, o que levaria à subsequente crise dos senhores de engenho pernambucanos.

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Resposta Questão 3

Letra D

A empresa holandesa que controlava a produção e distribuição de açúcar no Ocidente chamava-se Companhia das Índias Ocidentais. O interesse dessa companhia nos engenhos brasileiros dava-se pelo fato de que o lucro com o investimento na produção e no transporte de açúcar seria muito maior que o simples refinamento do produto, feito na própria Holanda.

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Resposta Questão 4

Letra A

Com a decisão de montar no Brasil um centro político e econômico tipicamente holandês, o príncipe Maurício de Nassau tornou-se o governador do “Brasil Holandês” a partir do ano de 1637. Com a chegada de Nassau, uma das principais transformações ocorridas foi infraestrutural, isto é, os holandeses promoveram uma intensa reforma urbana em Olinda e Recife. Essas reformas tornaram essas cidades mais dinâmicas e salubres. Além disso, Nassau promoveu um grande estímulo cultural nessa região.

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O que aconteceu com a economia açucareira quando os holandeses foram expulsos?

O que aconteceu com a economia açucareira do Brasil logo que os holandeses foram expulsos? Após serem expulsos, os holandeses passaram a investir na plantação de açúcar na região das Antilhas. Em pouco tempo, os produtores brasileiros não suportaram a concorrência comercial imposta pelo açúcar antilhano.

Quais as consequências das invasões holandesas no Nordeste para a produção açucareira?

Os holandeses foram expulsos de Pernambuco e começaram a produzir açúcar nas Antilhas, tornando-se concorrente da produção brasileira. Portugal não tinha investimento disponível para reerguer os engenhos do Nordeste e não conseguiu concorrer com os holandeses, causando uma crise na produção de açúcar no Brasil.

Como era a produção açucareira no período de dominação holandesa no Nordeste brasileiro?

Contudo, apesar de tantas vantagens apresentadas pelo desenvolvimento dessa atividade, a produção açucareira exigia uma complexa infraestrutura que envolvia o uso de grandes propriedades, a farta disponibilidade de mão de obra, manutenção de pastos para animais de tração, extração de madeira e a construção de ...

Por que podemos relacionar a presença holandesa no Nordeste com a crise da produção açucareira?

A concorrência holandesa foi, portanto, uma das principais causas da crise do açúcar brasileiro no período colonial, pois eles conseguiram produzir açúcar mais barato e de melhor qualidade do que o brasileiro.