O que os tipos de escrita representados nas imagens têm em comum explique

A escritaque se desenvolveu na antiga civilização egípcia encontrava-se envolta em mistério até o ano de 1822, quando o pesquisador francês Jean François Champollion decifrou a famosa pedra de roseta, na qual se encontravam caracteres demóticos, gregos e os hieróglifos. No Egito, o hieróglifo foi o tipo de escrita que mais exerceu influência na sociedade, haja vista que era a escrita predominante em livros sagrados e nas demais peças fundamentais da Literatura.

Os egípcios utilizavam o termo medjunetjer, que significa “a palavra do deus” ou “palavra divina”, para designar o tipo de escrita hieroglífica. O termo hieróglifo tem origem grega e expressa o mesmo significado, isto é, “inscrição sagrada”, dos radicais: hieros, sagrado, e glyphein, gravar. O hieróglifo, portanto, era considerado o tipo de símbolo mediador entre a mente divina criadora e o mundo criado. Através dessa escrita, os sacerdotes e escribas egípcios poderiam referir-se à criação divina e ao próprio divino, servindo-se dos símbolos por ele fornecidos que eram passíveis de serem associados às coisas existentes.

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Dessa forma, os hieróglifos estruturam-se em três formas principais: 1) como escrita pictográfica, isto é, como produtora de caracteres que formam imagens (de objetos, pessoas, animais etc.), funcionando como signo-palavra; 2) como ideogramas, isto é, cada um desses símbolos pictográficos passa uma ideia que deve ser traduzida de acordo com o contexto dos outros símbolos a ele associados; 3) como fonograma, ou seja, cada hieróglifo também tem a ele associado um som diferente. Curiosamente, os egípcios conseguiram estabelecer som para 24 consoantes de sua língua mesmo sem terem desenvolvido uma língua alfabética, como os fenícios, gregos e romanos.

Sendo assim, cada imagem hieroglífica, ou pictograma, é acompanhada de uma ideia e de um som específicos. Por exemplo, o pictograma de um homem com a mão na boca pode representar várias ideias, como “falar”, “ter sede” ou “comer”, a depender do contexto em que estiver inserido.

Por Me. Cláudio Fernandes

No Egito Antigo, a escrita tinha uma grande importância no desenvolvimento de atividades de cunho sagrado e cotidiano. Em linhas gerais, os egípcios desenvolveram três sistemas de escritas diferentes entre si. A primeira e mais importante delas é a hieroglífica, que era estritamente utilizada para a impressão de mensagens em túmulos e templos. Logo em seguida, havia a escrita hierática, uma simplificação da hieroglífica, e a demótica, utilizada para escritos de menor importância.

O desenvolvimento da escrita veio seguido pela produção de uma rica produção literária capaz de abranger desde os temas cotidianos, indo até a explicação de mitos e rituais sagrados. Entre os livros de natureza religiosa e moral, destacamos o “Livro dos Mortos” e o “Texto das Pirâmides”, respectivamente. Em paralelo, também havia produções textuais mais leves e jocosas, como no caso do livro “A sátira das profissões”, escrito que critica os incômodos existentes em cada tipo de trabalho.

Para a manutenção de um vasto império como foi o Egito, a escrita acabou sendo tarefa exclusiva de uma privilegiada parcela da população. Os escribas eram os únicos que dominavam a leitura e a escrita dos hieróglifos. Sua formação acontecia em uma escola palaciana onde os mais bem preparados obtinham cargos de fundamental importância para o Estado. Entre outras funções, um escriba poderia contabilizar os impostos, contar os servos do reino, fiscalizar as ações públicas e avaliar o valor das propriedades.

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Em troca dos serviços prestados, um escriba recebia diferentes tipos de compensação material. É importante lembrar que o dinheiro ainda não havia sido inventado naquela época e, com isso, o trabalho de um escriba acabava sendo pago por meio de vários alimentos, como frutas, pão, trigo, carne, gordura, sal ou a prestação de um outro serviço em troca. Formando uma classe intermediária, os escribas tinham posição de destaque junto ao Estado e o restante da sociedade.

A complexidade do sistema de símbolos que compunham a escrita hieroglífica dos egípcios foi um grande mistério durante vários e vários séculos. Somente no inicio do século XIX, quando o general Napoleão Bonaparte realizou a invasão do Egito, é que esse tipo de escrita começou a ser desvendado. Uma equipe de cientistas franceses passou a catalogar diversas peças e fragmentos cravejados pela misteriosa escrita egípcia.

Entre outros achados se destacava a “Pedra de Roseta”, uma lápide de basalto negro onde foram encontradas inscrições em grego, hieroglífico e demótico. Somente em 1821, graças aos esforços do jovem pesquisador Jean François Champollion, a palavra “Ptolomeu” foi por ele traduzida desse documento escrito. A partir daquela pequena descoberta, foi possível realizar a leitura de uma variedade de outros documentos que explicam importantes traços desta civilização.

Por Rainer Sousa
Mestre em História

Que os tipos de escrita representados nas imagens têm em comum?

Resposta: Na imagem há escritas de povos diferentes e a relação entre elas é que significam a mesma coisa. Os povos antigos ainda não tinham o conhecimento das palavras como a gente tem hoje em dia e a única forma deles se comunicarem e anexarem suas coisas era por meio desses desenhos.

Quais são os diferentes tipos de escrita?

Existem dois principais tipos de escrita, a baseada em ideogramas, que representa conceitos, e a baseada em grafemas, que representam a percepção de sons ou grupos de sons; um tipo de escrita baseada em grafemas é a alfabética.

Qual foi a primeira escrita do mundo?

Uma escrita sistematizada aparece somente por volta de 3500 a.C., quando os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme na Mesopotâmia. Os registros cotidianos, econômicos e políticos da época eram feitos na argila, com símbolos formados por cones. Nesse mesmo momento, surgem os hieróglifos no Egito.

Qual foi o motivo principal para o surgimento da escrita?

A escrita surge como necessidade do desenvolvimento da economia e da sociedade que estavam ocorrendo principalmente no Oriente Médio. A primeira forma de escrita registrada nesta localidade é a cuneiforme que evoluiu dos registros de tempo de trabalho.