Por que os daltônicos apresentam uma dificuldade para enxergar as cores?

É comum não observar a beleza de coisas que fazem parte do dia a dia, acontece por causa da rotina acelerada das pessoas. Você já percebeu o tom vermelho das suculentas maçãs nas barracas das feiras livres? Ou o verde-escuro das belas verduras? Pois é, depois de ler essa matéria, seu olhar nunca mais será o mesmo!

No centro da retina existem dois tipos de fotorreceptores – células que captam a luz que chega à retina, transmitindo para o cérebro um impulso nervoso, permitindo que este reconheça imagens – do tipo cone, que permitem a visão em cores; e o tipo bastonete, que permite a visão em preto e branco. Uma pessoa é considerada daltônica quando não tem cones suficientes, por isso, a mensagem relativa à cor não chega ao cérebro. Daltonismo é uma denominação comum para pessoas que têm alterações na visão das cores.

Os portadores do gene anômalo apresentam dificuldade na percepção de determinadas cores primárias, como o verde e o vermelho, o que se repercute na percepção das restantes cores do espectro. Acredita-se que até 8% da população seja portadora deste distúrbio, dentro deste percentual, apenas 1 % inclui as mulheres, os 7% restantes incluem o sexo masculino.

Quais são os tipos de daltonismo existentes e como são diagnosticados?

É uma doença que não tem cura e nem tratamento. Também não tem nenhuma relação com outras doenças oftalmológicas, nem evolui.Na visão normal, os pigmentos verde, vermelho e azul são bem definidos. Cada tipo de daltonismos influencia em tons diferentes.

PROTONOPIA: Diminuição ou ausência total do pigmento vermelho. Na visão do daltônico, o que ele enxerga são tons de marrom, verde ou cinza. Mas vai variar de acordo com a quantidade de pigmentos do objetivo focado. A tendência é que verde pareça vermelho, tipo sépia.

DEUTERANOPIA: Esse não enxerga a cor verde. Os tons vistos são mais próximo do marrom. Quando o daltônico visualiza uma árvore, ele enxerga apenas cor, com pouca diferença de tons entre tronco e folhas. Alguns daltônicos apresentam o distúrbio em dois cones e distinguem apenas uma cor. O vermelho e o verde são mais comuns.

TRITANOPIA: Um tipo raro que interfere na visão das cores azul e amarelo. Não é o caso da perda da visão total do azul, mas na percepção das tonalidades, que são diferentes. O amarelo como rosa claro, e o laranja desaparece.

Você é portador de Daltonismo? Faça um teste

Desenvolvimento por um médico japonês, Shinobu Ishihara, o teste Ishihara é muito utilizado para diagnosticar a disfunção. O método completo é composto de 38 placas com pontos coloridos em intensidades diferentes e, no centro, é inserido um numeral com uma cor que o portador do distúrbio não pode identificar.

As pessoas que se submetem ao teste e conseguem enxergar o número no centro não são daltônicas. Caso contrário é preciso procurar um oftalmologista. Tente identificar os números nas figuras coloridas abaixo. Depois, avalie as respostas corretas no final da página.
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Por que os daltônicos apresentam uma dificuldade para enxergar as cores?

Respostas:

Figura 1: 16
(todos devem ser capazes de identificar esse número, inclusive os portadores de daltonismo)
Figura 2: 42
Figura 3: 2
Figura 4: 5
Figura 5: 10
Figura 6: 29

Caso você não tenha conseguido identificar os números conforme as respostas corretas, faça uma avaliação com o médico oftalmologista.

Lembre-se: Este artigo visa informar o público e não substitui avaliação por médico oftalmologista, que é o único profissional capacitado para realizar o diagnóstico preciso e indicar o tratamento mais adequado para cada caso. Portanto, não pratique a auto-medicação e procure sempre o seu médico.

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Fonte: CBO – Conselho Brasileiro de Oftalmologia

RAQUEL MOZARDO

O daltonismo, doença ocular caracterizada por, na grande maioria, como uma deficiência genética que dificulta a percepção de cores primárias, pode impedir o exercício de algumas profissões, como pintor, geógrafo, piloto de avião ou qualquer outra atividade que exige o contato com tonalidades.

“Quando vou dar aula, tenho dificuldade quando a matéria é sobre cores. Por isso que eu inclusive evito dar aulas para turmas básicas. Alguns exercícios propõem que o aluno relacione as cores e esses são os mais difíceis de trabalhar em cima”, explica o daltônico e professor de inglês, Vagner Serafim.

O portador da doença encara dificuldades durante o dia, o simples fato de escolher uma roupa ou renovar a carta de habilitação são problemas que o daltônico enfrenta. “Hoje minha maior dificuldade é renovar a habilitação, tenho que fazer muitos exames para ter o documento. Outro problema para mim é o farol, eu vou pela ordem das luzes, mas os semáforos não são padronizados e isso é um transtorno”, conclui Vagner.

“Os cones da retina têm em seu núcleo, diversos pigmentos que possibilitam a distinção das cores. Os cones de um daltônico podem ter alguma alteração ou não estar em quantidade suficiente. Esses cones identificam as cores verde, vermelho e azul, que juntas formam os demais tons”, explica o oftalmologista José Salaroli, da COSB (Clínica de Olhos de São Bernardo).

No Brasil existem cerca de 15 milhões de daltônicos, sendo mais fácil encontrar a doença em homens, com 5% dos casos, do que em mulheres, com 0,25%. Isso ocorre porque o daltonismo afeta o cromossomo X. Já que o homem tem cromossomo XY, caso ele venha a receber dos pais um cromossomo X defeituoso, ele tem 100% de chance de ser portador da doença. Por outro lado a mulher, que tem cromossomo XX, tem 50% de chance de receber um gene ruim, diminuindo a probabilidade de portar o daltonismo.

A doença se manifesta na infância e pode ser percebida pela escola ou até mesmo pelos pais. “Eu percebi o daltonismo nas aulas de pintura, quando eu ia desenhar, eu pintava conforme o que eu via. Inclusive fiquei, muitas vezes, de castigo por terem pensado que eu estava brincando em sala de aula. Mas foi assim que se descobriu que eu era daltônico”, conta o professor de inglês.

Há vários tipos de daltônicos, 75% não identificam a cor verde (deutanopia), 24% têm dificuldade em enxergar a cor vermelha (protanopia) e 1% não veem a cor azul (tritanopia). E ainda existe um caso mais raro, que são aqueles que não reconhecem nenhuma cor primária e enxerga tudo em preto e branco, são os acromatas.

Porque os daltônicos apresentam uma dificuldade para enxergar as cores?

Os cones de um daltônico podem ter alguma alteração ou não estar em quantidade suficiente. Esses cones identificam as cores verde, vermelho e azul, que juntas formam os demais tons”, explica o oftalmologista José Salaroli, da COSB (Clínica de Olhos de São Bernardo).

Como que um daltônico enxerga as cores?

Na visão do daltônico, o que ele enxerga são tons de marrom, verde ou cinza. Mas vai variar de acordo com a quantidade de pigmentos do objetivo focado. A tendência é que verde pareça vermelho, tipo sépia.

Por que o daltônico não diferencia?

Em uma pessoa daltônica, os cones responsáveis pela captação das cores, simplesmente não funcionam como deveriam; o termo abrange uma série de possíveis “defeitos” na visão. As formas mais comuns de daltonismo hereditário são as distorções de percepção do verde e do vermelho.

Quais as dificuldades enfrentadas por uma pessoa daltônica?

Pessoas com daltonismo enfrentam barreiras de acessibilidade que vão desde questões do cotidiano, como na escolha de roupas, até em situações mais complexas e tensas, como na triagem no atendimento em pronto socorros feita por cores.