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O fim do século XVIII apresentou duas grandes transformações ao mundo. A Europa era então o principal centro político e econômico do planeta, e as Revoluções Francesa e Industrial (protagonizada pela Inglaterra) transformaram a forma como as pessoas passaram a lidar com o mundo ao seu redor. A Revolução Francesa foi transformadora ao apontar que, em vez de se submeter a um rei despótico, todo ser humano tinha direito de ter a sua liberdade por meio do trabalho e da razão. E foram esses valores liberais que impulsionaram, na Inglaterra, o movimento conhecido como Revolução Industrial. O aperfeiçoamento da máquina a vapor pelo inglês James Watt, em 1765, foi o ponto de partida para um movimento fabril intenso, que se desdobrou em vários capítulos. Por isso, a Revolução Industrial teve diferentes etapas, e vale a pena conhecer cada uma delas. Confira aqui as primeiras duas etapas da Revolução Industrial e esteja pronto para gabaritar as provas de História e Geografia. Primeira Revolução Industrial: a partir do século XVIIIO tear a vapor permitiu que a tecelagem tivesse uma produtividade muito maior. (Fonte: Loocmill/Shutterstock)Além de um matemático notável, Watt era engenheiro. Esse é um símbolo importante do mundo que estava por vir. Se o homem medieval obedeceu ao rei e ao clero, o homem moderno descobriu o mundo por si próprio e procurou formas de intervir racionalmente na natureza de forma a atender as demandas humanas. Desde então, as engenharias são cada vez mais valorizadas. A máquina a vapor aprimorada pelo inglês teve como principal aplicação a produção têxtil. As primeiras fábricas inglesas, portanto, tinham enormes teares que trabalhavam incessantemente na produção de fios e tecidos. No mesmo ritmo das máquinas, trabalhavam crianças, adultos e idosos em rotinas exaustivas de até 16 horas por dia. A abertura de milhares de postos de trabalho em indústrias localizadas em centros urbanos coincidiu com uma crise na economia rural, que diminuiu a demanda por mão de obra. Por isso, as pessoas migraram para as cidades e, se antes trabalhavam para proprietários de terras, agora seus patrões eram os donos de fábrica — grandes industriais com capital suficiente para investir no maquinário. Segundo o historiador britânico Eric Hobsbawn, isso mudou a forma como o homem percebe o mundo ainda hoje. Um exemplo se refere à mensuração do tempo. Até então, o trabalho era organizado pelo tempo do Sol, e o relógio era um artigo dispensável. Já no meio urbano, eram as máquinas que ditavam como cada segundo da vida deveria ser disciplinado. Sob um ritmo frenético, as máquinas produziam como a humanidade jamais sonhou. E o boom na produção impulsionou uma série de outras mudanças. Desde então, as cidades cresceram e a necessidade de matérias-primas aumentou, razão pela qual os “novos continentes”, como América e África, seriam ainda mais explorados. Segunda Revolução Industrial: entre os séculos XIX e XXA produção dos primeiros carros em larga escala também partiu da Inglaterra. (Fonte: In Dancing Light/Shutterstock)Se a Primeira Revolução Industrial foi marcada pela máquina a vapor, a segunda etapa foi caracterizada por tecnologias da comunicação e da mobilidade. Entre os séculos XIX e início do XX, automóveis, telefones, televisores e rádios foram apenas alguns exemplos do que o mundo capitalista demandou para ligar mercados produtores e consumidores. Ferrovias e navios passaram a descarregar mercadorias em todo o mundo. Outro fenômeno fundamental que marca essa época foram as Grandes Guerras, que também deram fim à Segunda Revolução Industrial. Elas cumpriram um grande papel e definiram um eixo de influência mundial. Dessa forma, tão importante quanto produzir em larga escala, o principal era ser capaz de vender uma forma de vida, para então vender e distribuir produtos ao longo do mundo. Nesse período, a indústria química, elétrica, de petróleo e de aço também se desenvolveram. Os carros, por exemplo, exigiram o desenvolvimento de uma série de matrizes, como do metal, do petróleo e da borracha. Os seringais brasileiros foram fundamentais para atender a esse mercado nas primeiras décadas do século XX. Além disso, houve um acúmulo maior de riquezas no velho continente e nos Estados Unidos: se antes esses países exportavam tecidos, o produto vendido agora eram carros, rádios e outros itens de maior valor agregado. Por isso, esses países enriqueceram às custas da falta de tecnologia de outras nações. Com o passar do tempo, isso se tornou ainda mais complexo ao entrar em jogo a informática, a robótica e outras tecnologias que estão presentes ainda hoje. Mas isso fica para um próximo texto. Continue acompanhando nosso conteúdo. Fonte: Uol Educação. Quer fixar esse conteúdo? Aqui vai um resumo:Este conteúdo foi útil para você?4196133cookie-checkQuais são as diferenças entre a 1ª e a 2ª Revolução Industrial? Quais são as características da primeira e Segunda Revolução Industrial?A Primeira Revolução Industrial representa o início do processo de industrialização limitado à Inglaterra no século XVIII. A Segunda Revolução Industrial iniciou-se após a Segunda Guerra Mundial e representou um período de grandes inovações tecnológicas.
Quais são as características da primeira fase da Revolução Industrial?A Primeira Revolução Industrial surgiu na Inglaterra no final do século XVIII início do século XIX, foi marcada principalmente pelo advento da máquina à vapor na indústria têxtil e locomotiva, nesse período a produção deixou de ser artesanal e passou a ser manufaturada e a produção passou a ser em larga escala.
Quais as principais características da 2ª fase da Revolução Industrial?Principais invenções da Segunda Revolução Industrial
A ampliação das ferrovias e a invenção do avião e do automóvel; O surgimento dos meios de comunicação, como telefone, televisão, cinema; O surgimento de antibióticos e vacinas, além da ampliação dos conhecimentos sobre doenças e novas técnicas de cirurgia.
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