Compartimentalização celular e suas origens Show
Estrutura e função das mitocôndrias e dos cloroplastos. Endossimbiose. Compartimentalização celular e suas origensO conteúdo de Biologia foi criado com o apoio da Fundação Amgen AP® é uma marca comercial registrada da College Board, que não revisou este recurso. Conheça a teoria endossimbiótica, que explica como os cloroplastos e as mitocôndrias surgiram na célula eucarionte. Cloroplastos e mitocôndrias provavelmente surgiram na célula devido a uma associação simbióticaMitocôndria e cloroplastos são organelas celulares importantes, estando relacionadas, respectivamente, com o processo de respiração celular e fotossíntese. Essas organelas apresentam algumas características peculiares que sugerem elas tenham surgido de maneira especial nas células eucariontes. A teoria que explica essa ideia de origem é a endossimbiótica, proposta por Lynn Margulis. → O que a teoria endossimbiótica propõe? Segundo a teoria endossimbiótica, os cloroplastos e as mitocôndrias surgiram nas células eucariontes por causa de uma associação simbiótica, ou seja, que beneficiava todos os envolvidos. De acordo com essa ideia, um organismo heterotrófico, que podia englobar partículas, fagocitou (envolveu) procariontes que viviam livremente e eram capazes de realizar algumas importantes funções para a célula. As mitocôndrias eram provavelmente procariontes que utilizavam o oxigênio e realizavam o processo de respiração celular, fornecendo energia para a célula que o englobou. Alguns dos procariontes englobados faziam fotossíntese e passaram a viver de maneira harmoniosa dentro do organismo que os fagocitou, dando origem aos cloroplastos. Por causa das vantagens que esses organismos tinham ao viver juntos, com o tempo, eles tornaram-se um único organismo. A teoria é chamada de endossimbiótica, pois sugere que uma célula vivia dentro de outra. → Que características permitem confirmar essa teoria? A teoria é sustentada pelo fato de que cloroplastos e mitocôndrias apresentam algumas semelhanças com organismos procariontes, como bactérias. Entre essas semelhanças, podemos citar:
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. A Teoria da Endossimbiose se propõe a explicar a origem da mitocôndria e dos plastídios, assim como parte da evolução das células eucarióticas[1]. Segundo a teoria, a primeira relação de endossimbiose se estabeleceu pela associação entre uma Arquea e uma Alfa-proteobacteria, que foi interiorizada[2][3]. A organela mitocôndria é descendente dessa bactéria. Essa associação ocorreu há aproximadamente 1,6 bilhão de anos e o organismo resultante é o ancestral de todas as células eucarióticas[4]. Há aproximadamente 1,5 bilhão de anos, outra relação de endossimbiose ocorreu quando uma célula eucariótica internalizou uma Cianobactéria[5]. Os plastídeos, como o cloroplasto, são descendentes dessa Cianobactéria[6]. O organismo que surgiu dessa relação, denominada endossimbiose primária, deu origem à três linhagens de algas: rodófitas, glaucófitas e clorófitas [7]. Ao longo da evolução, clorófitas e rodófitas foram internalizadas por outras células eucarióticas, se tornando endossimbiontes[8]. A essa relação se dá o nome de endossimbiose secundária. A Teoria da Endossimbiose foi desenvolvida ao longo do século XX. Em 1905, Mereschkowsky propôs que os plastídios eram descendentes de cianobactérias [9]. Em 1967, Lynn Margulis consolidou a teoria. No artigo publicado, a pesquisadora propôs que o surgimento de células eucarióticas se deu pela ingestão de um procarioto aeróbico por um procarioto anaeróbico. Margulis também ratificou a hipótese da ancestralidade dos plastídios[10]. Atualmente, a hipótese mais aceita para explicar o processo que deu origem à mitocôndria é a proposta por Martin e Muller, em 1998[2]. Diversas evidências morfofisiológicas suportam a Teoria da Endossimbiose. Entre elas a constatação de que plastídios e mitocôndrias: possuem DNA circular, assim como bactérias; e só se formam por fissão binária, o que indica uma origem independente do restante da célula. Características metabólicas também apoiam a teoria: a respiração celular ocorre nas mitocôndrias e em algumas bactérias; e a fotossíntese ocorre no cloroplasto e em cianobactérias. Nas últimas décadas, as análises do material genético destas organelas também evidenciaram o parentesco com bactérias.[11][12] História[editar | editar código-fonte]A ideia de que a célula eucariótica é um conjunto de micro-organismos foi pela primeira vez sugerida na década de 1920 pelo biólogo norte-americano Ivan Wallin, mas a teoria da origem endossimbiótica das mitocôndrias e cloroplastos só foi formulada por Lynn Margulis da Universidade de Massachusetts - Amherst em 1981, com a publicação do seu ensaio Symbiosis in Cell Evolution (“Simbiose na Evolução das Células”) no qual sugeriu que as células eucarióticas nasceram como comunidades de organismos em interação, que se uniram numa ordem específica. Os elementos procarióticos poderiam ter entrado numa célula hospedeira, quer por ingestão, quer como um parasita. Com o tempo, os elementos originais teriam desenvolvido uma interação biológica mutualmente benéfica que mais tarde se tornou numa simbiose obrigatória. Margulis também sugeriu que o flagelo e cílio das células eucarióticas pode ter tido origem numa espiroqueta endossimbiótica, mas aqueles organelos não contêm ácido desoxirribonucleico (DNA, em terminologia inglesa) e não têm semelhanças ultraestruturais com os dos procariotas; por estas razões, aquela ideia não tem grande apoio na comunidade científica. A mesma autora sugeriu ainda que as relações simbióticas são uma das principais forças no processo evolutivo, tendo afirmado (em Margulis e Sagan, 1996) que "os seres vivos não ocuparam o mundo pela força, mas por cooperação" e considera incompleta a teoria de Darwin de ser a competição a principal força na evolução. Christian de Duve (premiado com o Prémio Nobel Medicina, em 1974) considera que os peroxissomas podem ter sido os primeiros endossimbiontes, que permitiram às células adaptar-se à quantidade crescente de oxigénio molecular na atmosfera da Terra, no entanto, como estes organelos também não possuem DNA, esta teoria é considerada especulativa e sem bases sólidas. Indícios da origem endossimbionte das mitocôndrias e cloroplastos[editar | editar código-fonte]Os seguintes dados indiciam que as mitocôndrias e cloroplastos tiveram origem em bactérias endossimbiontes:
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
Referências
Ver também[editar | editar código-fonte]
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Quais evidências sugerem que as mitocôndrias e os cloroplastos foram em algum momento células Procarióticas independentes?→ Evidências da endossimbiose:. Mitocôndrias e cloroplastos possuem maquinaria celular e material genético próprios, sendo o DNA circular, como o das bactérias;. Apresentam ribossomos mais semelhantes aos de células procarióticas do que eucarióticas;. Quais as evidências que reforçam a origem das mitocôndrias e cloroplastos?Evidências a favor da teoria
Uma série de evidências apóia a teoria da origem endossimbiótica das mitocôndrias e dos cloroplastos. Em primeiro lugar, as mitocôndrias e os cloroplastos possuem seu próprio genoma e seu DNA é capaz de se autoduplicar. O genoma destas organelas é formado por uma molécula de DNA circular.
Quais as evidências que confirmam a teoria endossimbiótica para as mitocôndrias e cloroplastos?Evidência da Teoria da Endossimbiose
Mitocôndrias e cloroplastos possuem em próprio DNA, diferente do existente no núcleo celular das células eucarióticas. O DNA das duas organelas é circular, com capacidade de se autoduplicar e não associado com histonas, semelhante ao padrão encontrado em bactérias.
Que evidências sustentam o conceito de que a mitocôndria é o cloroplasto Eucariótico correspondiam anteriormente a membros de vida livre do domínio bactéria?Ela se sustenta pelo fato das principais organelas eucarióticas que são derivadas das bactérias, ter sua origem através da endossimbiose.
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