Quais são as atividades agropecuárias estão sendo desenvolvidas na área da floresta?

Todos os anos, o fogo rouba partes da Amazônia. Esse é o traço mais marcante do avanço da agricultura (principalmente da soja) e da pecuária. Ambas são atividades econômicas importantes.

As queimadas, que são visíveis mesmo do espaço, reduzem a cinzas tudo o que encontram pelo caminho, inclusive as florestas.

Infelizmente, isso é apenas um aspecto do problema.

Durante a estação seca, que vai de maio a setembro, o Brasil chama a atenção do mundo pelos incêndios florestais.

A queimada é uma prática de manejo agrícola usada para abrir espaço para as plantações de subsistência (a chamada agricultura de corta-e-queima) e para as pastagens de gado. O fogo destrói as áreas naturais de cerrado e floresta tropical.

Causas das queimadas

Na Amazônia brasileira, as queimadas geralmente se espalham floresta adentro a partir das terras agrícolas adjacentes. Entre os anos 2000 e 2002, os incêndios florestais quase triplicaram, passando de 16 mil para 42 mil casos por ano.

Essas queimadas abrem espaço para a criação de gado, que é a principal causa da conversão direta das florestas úmidas tropicais.

Os produtores de soja aos poucos avançam sobre as terras de produção de gado e empurram a pecuária para novas áreas. Junto com a pecuária, o desmatamento vai tomando espaço da floresta.

A fronteira agrícola representa uma área mais ou menos definida de expansão das atividades agropecuárias sobre o meio natural. Geralmente, é nessa zona que se registram casos de desmatamento ilegal e de conflitos envolvendo a posse e o uso da terra sobre as chamadas terras devolutas, espaços naturais pertencentes à união e que não são delimitados por propriedades legais, servindo de moradia para índios e comunidades tradicionais e familiares.

A localização dessa área de expansão foi se modificando ao longo da história. Durante o período após o descobrimento, quando a Coroa Portuguesa decidiu implementar uma produção agrícola no país, a zona litorânea composta predominantemente pela Mata Atlântica constituiu-se, então, como a primeira fronteira agrícola brasileira.

Posteriormente, sobretudo ao longo do século XX, as práticas agrícolas expandiram-se de forma mais intensa para o interior do território nacional, em função tanto da política de Marcha para o Oeste, implementada por Getúlio Vargas, quanto da política de substituição de importações promovida por Juscelino Kubitschek.

Nesse ínterim, a região de expansão passou a ser a região Centro-Oeste, com frentes migratórias de produtores advindos do Sul e do Sudeste do Brasil. O resultado foi a transformação de estados como Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul em verdadeiros celeiros, produtores principalmente de grãos, com destaque para a soja voltada para a exportação. Além disso, houve também uma intensiva devastação do Cerrado, que conta atualmente com menos de 20% de suas reservas originais.

Atualmente, a fronteira agrícola brasileira encontra-se em direção à região Norte do país, registrando uma grande quantidade de conflitos na área da Floresta Amazônica, com destaque para o caso Doroth Stang, uma ativista estadunidense naturalizada brasileira que foi assassinada por fazendeiros na cidade de Anapu (PA).

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Em linhas gerais, a fronteira agrícola costuma configurar-se por meio de uma frente de expansão, seguida por uma frente pioneira. Essa última é responsável por consolidar de forma mais acabada a atividade agropecuária em uma determinada região. Posteriormente, essas atividades passam por uma etapa de modernização produtiva.

A frente de expansão agrícola é costumeiramente realizada pelos posseiros, que iniciam um processo de cultivo sobre as terras devolutas, envolvendo agricultura familiar e de subsistência, com uma produção, em muitos casos, organizada em cooperativas.

No entanto, essa frente de expansão costuma ser rapidamente sucedida por uma frente pioneira, representada por grandes fazendeiros, que, através do processo de grilagem (falsificação de documentos e títulos de propriedades), afirmam serem eles os donos das terras utilizadas por posseiros e até mesmo grupos indígenas.

Das disputas territoriais envolvendo indígenas e, principalmente, os posseiros e os grileiros surgem os principais conflitos no campo, com recorrentes assassinatos e conformação das chamadas “terras sem lei”. Nesse entremeio, intensificam-se as atividades de remoção e comercialização ilegal de madeira oriunda de reservas florestais.

Portanto, a principal necessidade do meio rural atualmente envolve uma ação pública que de fato resolva os problemas do uso da terra no Brasil, controlando os conflitos e fiscalizando as fraudes, haja vista que mais da metade dos documentos de posse de terra no país é ilegal, conforme pesquisa realizada pelo geógrafo Ariovaldo Umbelino de Oliveira.


Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia

Onde são desenvolvidas as atividades agropecuárias?

A produção agropecuária é uma atividade desenvolvida no espaço rural, em áreas que se encontram ocupadas pelo setor primário da economia, no qual se destacam a agricultura, a pecuária e as atividades extrativistas.

Como a agricultura está relacionada com a floresta?

A agricultura pode se relacionar com a floresta quando os dois sistemas estão integrados, ou seja, quando os agricultores entendem que não é necessário derrubar a floresta para desenvolver suas atividades, assim como usualmente acontece.

Como a agricultura está relacionada a floresta Amazônica?

Agricultura na Amazônia: produção agrícola rentável E ainda, espécies nativas da região como cacau, borracha, castanha de caju, dendê, açaí e outros produtos são de grande importância social e econômica. A produção de 100% da área nacional de guaraná, 75% de açaí, 24% de cacau e 56% do dendê estão dentro do Bioma.

Como as práticas agropecuárias O desmatamento e as?

O desmatamento é uma prática muito comum para a realização da agropecuária. A retirada da cobertura vegetal provoca a redução da biodiversidade, extinção de espécies animais e vegetais, desertificação, erosão, redução dos nutrientes do solo, contribui para o aquecimento global, entre outros danos.