Os sinais vitais de uma pessoa são as medidas corporais básicas de um ser humano, medidos para saber o estado de saúde. Os quatro sinais principais são temperatura, frequência respiratória, frequência cardíaca e pressão arterial. Os sinais vitais são verificados sempre que um paciente chega a um hospital ou em casos de resgate. O profissional que habitualmente verifica os sinais vitais é o enfermeiro ou técnico em enfermagem. Saiba a seguir como verificar os sinais vitais em caso de necessidade.
Verificando a temperatura
Utilize um termômetro para medir a temperatura corporal. Há diversas opções no mercado, de vidro, digital, de ouvido, entre outros. O termômetro pode ser utilizado de forma oral, retal ou debaixo da axila. Limpe bem o aparelho com álcool antes de utilizá-lo e caso seu termômetro seja a pilha, certifique-se que a bateria não está fraca, pois poderá comprometer o resultado da aferição. Insira o instrumento no local adequado (boca, reto ou axila) e aguarde o tempo indicado para verificar a temperatura. Pessoas com mais de 38º apresentam quadro febril e devem consultar com um profissional o quanto antes. A febre é indicativo do corpo de que algo não está funcionando perfeitamente e por isso precisa de atenção.
Frequência cardíaca e respiratória
Para avaliar manualmente a frequência cardíaca, coloque os dedos indicador e médio na artéria radial, que está localizada na parte interna do pulso, próxima ao polegar. Também é possível verificar na artéria carótida, localizada na lateral do pescoço. Cuidado para não apertar demais esses locais, pois assim você estará prejudicando a medição. Pressione apenas o suficiente para sentir o batimento. Você deve verificar os batimentos durante um minuto ou por 30 segundos (nesse caso, multiplique por 2 o resultado). Um adulto saudável e em condições normais tem entre 60 e 80 batimentos cardíacos por minuto. Com essa informação, você consegue avaliar inicialmente o estado de saúde.
Pressão arterial
A pressão arterial deve ser medida com aparelho específico para esse fim. Há máquinas automáticas e instrumentos manuais para realizar essa atividade. A leitura deve ser feita com a pessoa quieta e sem que ela tenha acabado de caminhar ou realizar algum tipo de atividade física, mesmo que mínima. É considerada normal uma leitura menor que 120/80 (ou 12/8). Valores maiores que esses são classificados como hipertensão (pressão alta) e o paciente deve procurar um médico. A pressão arterial pode ser medida fora dessas condições em pacientes que estão sendo resgatados de situações de urgência ou emergência.
A verificação precisa dos sinais vitais é feita por profissionais de saúde com os instrumentos adequados e em condições favoráveis. Em caso de dúvida, consulte um profissional. Quer tornar-se um profissional de saúde? Matricule-se em um dos cursos da área de saúde da Escola Épicos, o Centro de Educação Profissional de Curitiba para formação de profissionais de saúde.
O que fazer ao prestar socorro às vítimas de trânsito?
Lembre-se de que em primeiro lugar está a sua segurança e das pessoas que estão no local.
No atendimento de socorro às vítimas, utilize luvas ou outro material, como sacos plásticos, para proteger suas mãos do contato com sangramento e secreções.
Ao iniciar o contato com a vítima, faça tudo com base em 4 atitudes:
Informe à vítima o que você está fazendo para ajudá-la.
Ouça suas queixas, não minta e não dê informações que causem impacto.
Aceite sua ansiedade respondendo às perguntas com calma.
Seja solidário e permaneça junto à vítima em um local onde ela possa ver você.
Se a vítima estiver agressiva, solicite a ajuda de familiares ou conhecidos dela, se houver algum.
Facilite a respiração da vítima, tendo sempre o cuidado de não movimentá-la
Afrouxe a roupa da vítima.
Solte o cinto de segurança, caso ele esteja dificultando a respiração.
No caso de motociclistas, abra a viseira e a presilha do capacete.
Mantenha o local onde a vítima se encontra arejado.
Se a janela estiver aberta, fale com a vítima sem abrir a porta. Se for abrir a porta, faça com muito cuidado para não movimentar a vítima.
Identifique as vítimas com prioridade de socorro
1°: Vítimas inconscientes (desacordadas).
2°: Vítimas com parada respiratória.
3°: Vítimas com parada cardíaca.
4°: Vítimas com hemorragia (sangramentos abundantes).
A prioridade de atendimento não está diretamente relacionada à gravidade da lesão.
Uma vítima com parada cardíaca, por exemplo, tem maiores chances de morrer do que uma com parada respiratória.
Porém, com procedimentos simples, você poderá aliviar rapidamente a causa da parada respiratória, garantindo a sobrevivência da vítima.
Outro ponto de atenção é que o sexo e a idade da vítima não devem ser considerados na prioridade do atendimento.
O que não fazer ao prestar socorro às vítimas de trânsito?
O que não se deve fazer:
Movimentar a vítima pode piorar uma lesão na coluna ou fratura. A movimentação só deve ser realizada, se houver perigos imediatos ou algum risco incontrolável.
Retirar capacetes de motociclistas pode agravar lesões no pescoço e fraturas no crânio.
Aplicar torniquetes para estancar hemorragias só deve ser feito por especialistas e em caráter de exceção.
Dar alguma coisa para a vítima ingerir poderá atrapalhar os procedimentos hospitalares.
Regras de ouro para acertar a maioria das questões de Primeiros Socorros:
- Sua segurança primeiro. Proteja-se, evite contato com sangue ou secreções. Improvise ou use luvas e outros Equipamentos de Proteção Individual (EPI).
- Boca-a-boca somente com equipamento apropriado ou pessoal treinado.
- Não ofereça medicamentos.
- Não dê líquidos para vítimas com suspeita de lesões internas (mesmo se ela pedir).
- Não utilize as técnicas de garroteamento ou torniquete.
- Não mexa em um membro fraturado, limite-se a imobilizá-lo.
- Evite remover a vítima. Se inevitável, movimente o mínimo possível.
- Não retire ou remova os veículos envolvidos para não prejudicar o trabalho da perícia.
Quais são as principais etapas do atendimento de primeiros socorros às vítimas de trânsito?
As principais etapas no atendimento de primeiros socorros às vítimas de trânsito são:
Análise primária.
Análise secundária.
Manutenção dos sinais vitais.
Execução de procedimentos emergenciais.
Como realizar a análise primária?
Na análise primária, você deve tentar identificar se a vida da vítima está em risco e tratar rapidamente os problemas que podem levá-la à morte.
Observe se a vítima:
Respira, fala, vê e ouve.
Está consciente e em condições de prestar informações que possam ajudar no socorro.
Sangra pelo nariz, boca ou ouvidos.
Sofre asfixia ou parada cardíaca.
Como realizar a análise secundária?
Na análise secundária você deverá avaliar a vítima da cabeça aos pés em busca de lesões graves, mas que não colocam a vítima em risco iminente de morte.
O ideal é realizar a análise secundária com 2 pessoas, para que uma segure a cabeça da vítima, pressionando as orelhas para não movimentar o pescoço, enquanto a outra apalpa as partes do corpo.
Verifique:
Cabeça: crânio e face.
Pescoço: observe se há edemas (inchaços), cortes ou perfurações.
Olhos, orelhas, nariz e boca: se por eles saem sangue ou fluidos.
Tórax: se há edema, objetos encravados, fraturas.
Abdômen: divida o abdômen da pessoa em 4 quadrantes e apalpe.
Dorso: se há edema, afundamento ou deformidades.
Pelve: se há hematomas, sangramento pelas cavidades.
Extremidades: dedos, mãos, pés, braços, se houve amputações, cortes e fraturas.
Como verificar os sinais vitais da vítima?
Quem chega ao local de acidente para prestar socorro, precisa saber identificar os sinais vitais da vítima, para avaliar o quadro clínico geral.
Os sinais vitais a serem verificados são:
Respiração
Pulsação
Pressão arterial
Temperatura corporal
Dilatação e reatividade das pupilas
Cor e umidade da pele
Respiração
Aproxime-se para escutar a boca e nariz do acidentado, verificando também os movimentos de tórax e abdômen.
Avalie se a vítima está respirando e se respira de forma irregular. Conte o número de vezes que a vítima respira a cada minuto:
O normal é 12 a 20 movimentos respiratórios por minuto. | O normal é 20 a 30 movimentos respiratórios por minuto. | O normal é 30 a 40 movimentos respiratórios por minuto. |
Se a vítima não estiver respirando, levante o queixo dela e verifique se as vias aéreas estão obstruídas.
Pegue a mandíbula da vítima, movimente-a para cima para estender o pescoço e descolar a língua da garganta, liberando a passagem do ar. Tome muito cuidado com a cervical.
A respiração artificial boca-a-boca, desde 2010, não é uma ação recomendada. Ela deve ser executada somente por pessoal treinado e com equipamentos próprios.
Pulsação
Para verificar a pulsação da vítima, acomode o braço da pessoa e com os dedos indicador e médio apoiados no pulso (sobre a veia) conte os batimentos cardíacos.
Outro local indicado para perceber a pulsação é o pescoço, pela artéria carótida.
Veja como analisar se os batimentos estão normais nos diferentes casos (adultos, crianças e lactantes):
Entre 60 e 100 bpm (batimentos cardíacos por minuto). | Entre 100 e 120 bpm (batimentos cardíacos por minuto). | Entre 120 e 140 bpm (batimentos cardíacos por minuto). |
Uma forma de encurtar o tempo de contagem da pulsação é medir por 30 segundos e multiplicar o resultado por 2. Ou ainda medir por 15 segundos e multiplicar por 4.
Pressão arterial
É o sinal vital mais difícil de ser verificado por um socorrista não profissional, sem ajuda de equipamentos.
Uma forma de avaliar a pressão arterial e diagnosticar possíveis hemorragias e falhas circulatórias, é o teste de perfusão capilar nas extremidades:
Aperte a ponta do dedo da vítima por 5 segundos. A tendência é que a ponta do dedo fique sem coloração (mais clara) por causa da dispersão do sangue.
Solte e observe, o normal é que o sangue e a coloração voltem em menos de 2 segundos.
Se demorar mais de 2 segundos, significa que a pessoa está com hipotensão arterial (baixa tensão arterial), como consequência do baixo volume de sangue.
Se a pressão e a circulação estão mais baixas que o normal é porque provavelmente há perda de sangue (hemorragia).
O termo “HIPO” significa “abaixo do normal”.
Sempre que uma palavra começar com “hipo” troque por “baixo ou baixa”:
Hipotensão = baixa pressão arterial
Hipovolemia = baixo volume de sangue
Hipotermia = baixa temperatura corporal
O termo “HIPER” é o contrário e significa “acima do normal”.
Sempre que uma palavra começar com “hiper” troque por “alto ou alta”:
Hipertensão = alta pressão arterial
Hipervolemia = alto volume de sangue
Hipertermia = alta temperatura corporal
Temperatura corporal
A temperatura corporal normal varia entre 36 e 37 graus.
É o único sinal vital que não varia conforme a idade da vítima.
Quando a temperatura está acima do normal, o quadro é de hipertermia. Neste caso, você deve:
Desagasalhar a vítima.
Colocar compressas úmidas e frias na testa, pescoço, axilas e virilha.
Se possível, dar um banho de imersão.
Se a temperatura estiver abaixo do normal, a vítima estará sofrendo de hipotermia. Neste caso, você deve:
Manter o corpo da vítima aquecido.
Agasalhar a vítima com cobertores ou manta térmica (para evitar o agravamento do quadro).
Cerca de 40% das vítimas desenvolvem um quadro de hipotermia durante a fase de atendimento inicial.
Dilatação e reatividade das pupilas
A pupila é a bolinha preta que temos no meio do olho, bem no centro da íris:
- Quando está exposta à luz, as pupilas se contraem.
- No escuro, dilatam-se.
No atendimento de vítimas de acidentes de trânsito, avalie tamanho, simetria e reação à luz:
O ideal é que as pupilas estejam simétricas e com tamanho normal, dilatando-se ou contraindo-se de acordo com a incidência de luz.
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A nomenclatura dos tipos de dilatação das pupilas pode cair na sua prova.
Miose e midríase são os nomes mais cobrados. Veja essa dica para te ajudar a lembrar a diferença entre a miose e a midríase:
Dilatada começa com a letra “D”.
Na palavra midríase há a letra “D” (em miose não tem).
Se tem a letra “D” no nome é porque as pupilas estão dilatadas.
Sabendo o que é midríase, por eliminação você se lembrará que miose é usado para pupilas contraídas (isto é, o contrário de dilatadas).
Cor e umidade da pele
As alterações de cor e umidade da pele se manifestam primeiro na face e extremidades dos membros, ou seja nas mãos e pés.
Observe a coloração da pele para avaliar o quadro da vítima:
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Sintoma de contração dos vasos sanguíneos, causada por:
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Sintoma de dilatação dos vasos sanguíneos, causada por:
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